Já sabíamos, hoje confirma-se, Vitinha vai para o PSG. Custa ver um dos nossos sair, ainda para mais quando tem tanto talento. E nós tivemos tanta sorte por o ter por ca na época passada.
Sim, eu sei que o FCPorto precisa vender, mas nós adeptos não gostamos de ver sair os melhores, já escrevi sobre isto aqui na página.
A Vitinha só posso agradecer por tudo, desejar-lhe felicidades. É um dia espero voltar a tê-lo por ca de dragão ao peito. Porque tal como Fábio Vieira, Vitinha é um dos nossos!
Ver miúdos da formação ter oportunidade de jogar, brilhar e alcançar conquistas na equipa principal é algo que, invariavelmente, nos deixa felizes, com orgulho por ver que ali, para além de atletas estão meninos da casa, que são uns de nós lá dentro.
E esta época eram primeiro 7, 7 de nós lá dentro, depois ficaram 6 miúdos a encherem-nos de orgulho.
Mas de cada vez que abre o mercado, vem o reverso da medalha. São os meninos da formação, os nossos meninos, que atraem mais pretendentes. Sim, sei que não é só, também todos aqueles que não sendo da formação, se destacam, atraem atenções.
E nós não gostamos de os ver sair, porque são os nossos meninos, são os que melhor nos representam lá dentro, por nós ficariam cá toda a carreira.
Mas será que o FC Porto pode resistir a vender? Será que é fácil afastar quem tem dinheiro? Nós gostávamos que sim, mas na verdade não sei se é bem assim. O FC Porto precisa de vender para equilibrar contas e para ir ao mercado. Às vezes até parece que muitos já se esqueceram que o clube está a sair de uma situação financeira complicada. Portanto, as coisas são o que são. O FC Porto forma ou contrata, valoriza e vende, é este o ciclo.
E há ainda outra questão pertinente, a vontade dos jogadores. Quem não quer ganhar mais? Ora, é fácil, por exemplo, um clube inglês ou espanhol, independentemente dos objetivos desportivos que tenha, oferecer mais, muito mais do que o FC Porto pode pagar. E isso dificulta a continuidade dos atletas ou as renovações de contratos.
E mais, o futebol tornou-se um negócio, em que os empresários pouco se importam com as carreiras dos atletas. O importante é que não fiquem demasiado tempo num clube.
Ao ler o que se escreve nas redes sociais (e para quem não sabe do que estou a falar, deixem-se estar na ignorância, porque é só malta a trocar argumentos como se já estivéssemos em período eleitoral, basicamente, quem é a favor de Vilas Boas ou não) pergunto-me: acham que com outra direção desaparecia, por magia, a necessidade de vender? Olhem que não.
Se pudéssemos escolher, o FC Porto não vendia os melhores, titulares ou suplentes. Se pudéssemos escolher, o FC Porto comprava por 35 milhões não vendia. E minha gente, se fosse eu a decidir, os que sairiam duvido que fosse por muito. Mas não podemos escolher e os negócios do futebol são o que são.
Vender pelas cláusulas, por muito que muitos digam que o fizeram, parece que tal acontece cada vez menos. O que existe cada vez mais são formas de fazer os valores do negócio subir ao longo do contrato do atleta com o novo clube, por objetivos.
O que mais me custa é ver alguns sair para equipas com projetos desportivos menos interessantes que os Dragões.
Hoje confirma-se a saída de Fábio Vieira , por 40 milhões de euros, 35 milhões mais 5 milhões por objetivos, para o Arsenal. Custa porque é um jovem da casa, um jogador promissor que ainda tem muito para evoluir e sabemos que no FC Porto iria ser importante. Forte murro no estômago.
Podemos questionar se é bom ou mau negócio. Eu, que nem percebo muito de finanças, digo, aceitável no plano financeiro, no plano desportivo, não é positivo para o FC Porto.
Dificilmente vamos, todos, concordar com um negócio, seja pelos valores, seja pelo atleta. Facto. Não gostamos de ver os melhores sair. Sinceramente, nem pela cláusula, nem abaixo nem a cima. Se não vejamos. Imaginemos que em vez do Fábio Vieira era o Otávio a ir para o Arsenal por 35 milhões, concordariam? Eu sei a resposta. Não, porque afinal de contas nós não gostamos de ver sair os melhores.
O problema é que, até ao fecho do mercado, tenho a certeza que vamos levar mais murros destes no estômago. Até porque parece eminente a saída de Vitinha para o PSG.
E, apesar de entender que o FC Porto necessita de vender, não estou a saber lidar com este mercado. Nunca vou saber lidar com estas saídas, nunca.
Eis os resultados das equipas do FC Porto que entraram em campo esta semana.
Futebol:
Juniores A
No sábado, 28 de maio, os sub19 receberam o Esturil, em jogo a contar para a 14ª jornada da fase de apuramento de campeão do campeonato nacional de juniores A. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 6-0, com golo de Rui Monteiro (3), Tiago Antunes, Giorgi Abuashvili e Jorge Meireles.
Juniores B
No , de junho, os sub17 receberam o Belenenses, em jogo a contar para a 6ª jornada da fase final do campeonato nacional de juniores B. No final do encontro verificou-se um empate a 1, com o golo portista a ser apontado por Serif Nhaga.
Na sexta, 10 de junho, o FC Porto deslocou-se ao terreno do Sporting de Braga, em jogo a contar para a 7ª jornada da fase final do campeonato nacional de juniores B. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 2-1, com o golo portista a ser apontado por Jeremy Agbonifo.
Juniores C
No domingo, 29 de maio, os sub15 receberam o Vitória de Guimarães, em jogo a contar para a 5ª jornada da fase final do campeonato nacional de juniores C. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 3-6, sendo os golos portistas apontados por Alassana Baldé, Rodrigo Moreira e Tiago Silva.
No domingo, 05 de junho, o FC Porto deslocou-se ao terreno do Sporting de Braga, em jogo a contar para a 6ª jornada da fase final do campeonato nacional de juniores C. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 1-3, sendo os golos portistas apontados por Rodrigo Mora, Martim Cunha e Alassana Baldé.
No sábado, 11 de junho, os sub15 receberam o Benfica, em jogo a contar para a 7ª jornada da fase final do campeonato nacional de juniores C. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 1-2, com o golo portista a ser apontado por Manuel Miranda.
Andebol:
Na sexta, 27 de maio, o FC Porto deslocou-se ao terreno do Águas Santas, em jogo a contar para a 29ª jornada do campeonato nacional. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 18-34.
No sábado, 04 de junho, os Dragões deslocaram-se ao terreno do Madeira SAD, em jogo a contar para a 30ª jornada do campeonato nacional. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 30-34.
No sábado, 11 de junho, o FC Porto defrontou o Madeira SAD, no Centro de Desportos de Congressos de Matosinhos, em jogo a contar para a meia final da Taça de Portugal. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 35-29.
No domingo, 12 de junho, os Dragões defrontaram o Sporting, no Centro de Desportos de Congressos de Matosinhos, em jogo a contar para a final da Taça de Portugal. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 36-35.
Hóquei:
No sábado, 28 de junho, o FC Porto recebeu o Óquei de Barcelos, em jogo a contar para o 1º jogo das meias finais dos Play-off do campeonato nacional. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 8-4.
No sábado, 04 de junho, os Dragões deslocaram-se ao terreno do Óquei de Barcelos, em jogo a contar para o 2º jogo das meias finais dos Play-off do campeonato nacional. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 2-5.
Na terça, 07 de junho, o FC Porto recebeu o Óquei de Barcelos, em jogo a contar para o 3º jogo das meias finais dos Play-off do campeonato nacional. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 4-2.
Basquetebol:
No sábado, 04 de junho,, o FC Porto deslocou-se ao terreno do Benfica, no 1º jogo da final dos Playoffs da Liga Portuguesa de Basquetebol. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 79-58.
Na segunda, 06 de junho,, os Dragões deslocaram-se ao terreno do Benfica, no 2º jogo da final dos Playoffs da Liga Portuguesa de Basquetebol. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 56-48.
Na quinta, 09 de junho, o FC Porto recebeu o Benfica, no 3º jogo da final dos Playoffs da Liga Portuguesa de Basquetebol. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 65-47.
No sábado, 11 de junho, os Dragões receberam o Benfica, no 4ª jogo da final dos Playoffs da Liga Portuguesa de Basquetebol. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 63-91.
Foi uma época difícil, que terminou com a conquista da dobradinha, Campeonato nacional mais a Taça de Portugal. Conquistas alcançadas pelo plantel do qual já falei, comandados pelo Mister Sérgio Conceição de quem também já escrevi.
Liga dos Campeões
O sorteio da fase de grupos não foi nada favorável, já que o FC Porto ficou inserido num grupo com AC Milan, Atlético de Madrid e Liverpool. Provavelmente dos grupos mais difíceis desta edição da prova. Ainda assim, os Dragões lutaram pela passagem aos oitavos de final até à ultima jornada. No entanto, tal não foi possível e o FC Porto caiu para a Liga Europa.
Liga Europa
Depois dos Dragões serem despromovidos para a Liga Europa, a Lázio foi o primeiro adversário a calhar em sorte. E, com mais ou menos dificuldades, os Portistas eliminaram os italianos da prova.
Seguiu-se o Lyon. O primeiro jogo não correu bem e acabou por complicar o apuramento, o que viria a confirmar-se na segunda mão.
Ficou um sabor amargo, porque sobra-nos a sensação que talvez esta equipa conseguiria ir mais longe.
Taça da Liga
Esta é a competição que é, claramente, o calcanhar de Aquiles do FC Porto, que, nesta edição, nem conseguiu passar da fase de grupos da competição.
Se tivermos de descartar uma competição para o último dos objetivos da época, essa é, seguramente, a Taça da Liga. Mas seja como for, um dia esta Taça hade ir para o Museu dos Dragões, não foi ainda este ano.
Campeonato Nacional
Todos sabemos que o campeonato é o objetivo máximo para os Dragões, visto que é através da vitória neste que é possível, não só garantir a entrada direta na Liga dos Campeões, com os milhões que tal representa, mas também garantir presença no 1º pote do sorteio da fase de grupos, evitando assim alguns tubarões.
Nem sempre o percurso na prova foi fácil, mas a regularidade e consistência foram importantes para dar a volta às dificuldades quando estas surgiram.
A verdade é que no último jogo da primeira volta, em casa do Estoril, talvez o jogo mais difícil da caminhada, fiquei com a certeza que este campeonato não nos ia fugir. Nesse jogo os Dragões foram para o intervalo a perder 2-0 e no segundo tempo deram a volta ao marcador, vencendo por 2-3. Equipa que nunca desiste é assim.
Toda a segunda volta foi a confirmação de que, mais tarde ou mais cedo, a conquista do título ia concretizar-se. Sim, o Sporting manteve-se por perto, mas com o FC Porto a manter uma vantagem confortável.
O FC Porto venceu o campeonato sendo a melhor defesa 22 golos sofridos; o melhor ataque com 86 golos marcados; que somou 29 vitórias, 4 empates e 1 derrota; que bateu o recorde de pontos alcançados na ILiga, 91 pontos; e mais, que neste campeonato bateu o recorde de jogos sem perder 58, percurso iniciado em outubro de 2020. O FC Porto foi uma equipa regular, consistente, que apresentou bom futebol e
Portanto, os Dragões foram, sem dúvida, a melhor equipa, logo, um justo campeão.
Taça de Portugal
Sintrense, Feirense, Benfica, Vizela e Sporting, foram os adversários que o FC Porto enfrentou e eliminou no caminho até chegar à final. Diria que, apesar das dificuldades, o percurso fez-se de forma tranquila.
Na final, de regresso ao Jamor, os Dragões defrontaram o Tondela, que acabou de descer à IILiga. O FC Porto entrou em campo com o rótulo de favorito e fez por justificar o rótulo de favorito. Venceu, de forma justa e inequívoca, por 3-1.
No final a Taça veio para o Dragão, onde a esperava uma multidão.
Esta época está terminada. Resta saborear as conquistas, retirar dela o que de positivo houve e foi muita coisa, preparar bem a próxima época e, claro, fazer figas para que o plantel não seja dizimado.
No final da época passada escrevi que com Sérgio Conceição ao leme da equipa, o FC Porto está sempre mais perto de ganhar. Continuo a acreditar que isto é real. E os resultados desta época só vem comprovar a minha opinião.
Sérgio Conceição é um de nós que está no lugar certo. Que não gosta de perder e como nós amamos os que odeiam perder. Que transporta para o seu trabalho e para a equipa a competência, o rigor, a ambição, a paixão, pilares fundamentais do FC Porto e de Pinto da costa. E adiciona aos quatro pilares a exigência, a garra e a resiliência. Tudo isto resulta numa equipa à Porto! Capaz de enfrentar qualquer adversário sem medo, sempre com respeito, mas sem medo.
Esta época não foi diferente. Foi uma época difícil, que em janeiro, perante saídas relevantes, Sérgio Conceição teve de reorganizar. A saída de Luis Diaz, que estava a ser decisivo e, porque não dizê-lo, estava a ser o melhor jogador da equipa, poderia causar uma quebra difícil de reverter com a época em andamento. Mas Sérgio Conceição conseguiu encontrar soluções dentro do plantel e deu a volta a essa grande dificuldade que surgiu no meio do caminho. Mérito de Sérgio Conceição.
É certo, nem sempre estou de acordo com as opções do mister, faz parte do facto de ser uma simples adepta de bancada que analisa com o coração (mesmo que tente ser racional), mas na verdade, nós adeptos sabemos aquilo que o FC Porto (e bem) deixa que saibamos. Já o mister tem dados concretos do departamento médico e dos treinos. Por isso, às vezes quando não percebemos uma ou outra opção é importante tentar ser racionais e perceber que nós sabemos pouco e que há decisões que fazem sentido para a equipa técnica em função de diversos fatores. Claro que às vezes essas decisões não resultam como o desejado, mas isso também faz parte do futebol e do facto do futebol ser praticado por Homens não máquinas.
No outro dia o Presidente Pinto da Costa dizia que não imagina o FC Porto sem Sérgio Conceição, nem Sérgio Conceição sem o FC Porto. E eu concordo. O mister é um de nós que está no lugar certo. Encaixa perfeitamente no FC Porto e tudo o que o clube representa. E aqui volto ao início, com Sérgio Conceição ao leme da equipa, o FC Porto está sempre mais perto de ganhar.
Sei que no futebol o que é verdade hoje pode não ser amanhã, ou o que hoje é mentira amanhã pode ser verdade. Mas a melhor notícia, para além das duas conquistas, é a sua continuidade. Mister, não o vamos deixar ir a lado algum, porque o FC Porto precisa muito de si e da sua forma de estar, porque como já referi anteriormente, nós amamos os que odeiam perder!
E, como não podia terminar este texto de outra forma, Mister, obrigada, muito obrigada pelas conquistas! Sei que nada se consegue sozinho e que tenho de agradecer também à sua equipa técnica e, mais uma vez, aos jogadores, mas na minha opinião, o mérito é seu, porque é você o líder desta equipa, o comandante desta nau. É por causa da sua exigência que esta equipa faz mais, quer mais e não vira a cara a luta, por mais difícil que possa ser ou parecer. Obrigada mister por esta garra que faz a diferença! Obrigada por tudo e tanto! Vamos por mais! Todos juntos, sempre!
