1 – Crónica
No início de noite deste domingo, o FC Porto deslocou-se ao
terreno do Rio Ave, em jogo a contar para a 4ª jornada da Iliga. No final do
encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 3-1.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto
por: Diogo Costa; João Mário, Pepe, Marcano e Zaidu; Uribe, Bruno Costa e
Otávio; Pepê, Taremi e Evanilson.
O Rio Ave entrou em jogo a mostrar ao que vinha, já que
procuraram criar perigo logo no primeiro minuto de jogo, com Diogo Costa a
responder da melhor forma. Evanilson tentou responder, mas sem pontaria. Os
Dragões não entenderam bem o aviso que os Vilacondenses haviam dado ao primeiro
minuto de jogo e ao minuto 22, sofreram o primeiro golo. Do outro lado do
campo, Evanilson chegou a fazer golo, no entanto, estava fora de jogo, pelo que
não contou. Já do outro lado do campo, ao minuto 33, os da casa duplicaram a
vantagem. Na resposta, Pepê procurou reduzir a desvantagem, mas sem que a
pontaria fosse a melhor, visto que a bola acertou na malha lateral. E, pouco
antes do intervalo, minuto 43, o Rio Ave fez o terceiro.
Na segunda parte foi preciso correr atrás do prejuízo. Já
havia passado a hora de jogo, foi assinalada grande penalidade a favor dos
Dragões, mas Taremi não a conseguiu concretizar, acertou na barra. O FC Porto
procurou chegar ao golo, mas faltou sempre acerto. Em tempo de compensação,
minuto 93, Toni Martínez reduziu a desvantagem. Depois foi Otávio a ficar muito
perto de marcar, mas a pontaria falhou.
Com este resultado o FC Porto permanece com 9 pontos.
2 – Análise
Ponto assente, o FC Porto não era a melhor equipa do mundo
na semana passada, porque ganhou, nem hoje é a pior equipa do mundo, porque
perdeu. Uma derrota nunca é boa e nós não gostamos nada de perder, custa a digerir.
Não é, de todo, momento para o drama, o horror e a tragédia. É tempo sim, para
analisar o jogo, refletir sobre o que não correu tão bem, corrigir o que há
para corrigir e aprender com os erros para que não se repitam. Também sabemos, por
muito que seja difícil aceitar que tal aconteça em prejuízo da nossa equipa,
que no futebol há duas equipas em campo e que uma joga o que a outra deixa
jogar, se uma facilita, também é normal que a outra possa aproveitar esses erros.
Hoje o FC Porto perdeu, porque o Rio Ave foi muito eficaz no ataque e muito
eficaz a defender, aproveitando bem os erros para marcar e condicionando ao
máximo as manobras ofensivas. Foco, foco, muito foco é o que se pede a uma
equipa que tem objetivos claros e bem definidos, conquistar o campeonato e isso
conquista-se jogo após jogo. As distrações e a falta de garra costumam pagar-se
caro. Na primeira parte o FC Porto dominou, mas não controlou o jogo, tão pouco
foi eficaz. Na segunda parte foi necessário arriscar tudo atrás do prejuízo. De
facto os Dragões tiveram oportunidades para conseguir lutar pelo resultado, mas
não foram tão eficazes no ataque como se pretendia. Eficácia, para mim, foi a
chave deste jogo, porque o Rio Ave soube ser eficaz tanto a defender como a
atacar e porque o FC Porto não conseguiu ser eficaz nem na defesa nem no ataque.
Penso que será necessário um médio, porque as opções a meio
campo parecem ser reduzidas e numa época tão longa como esta vai ser (pior
ainda com um mundial pelo meio) é necessário uma opção para o meio do terreno
que dê coisas diferentes à equipa que os atuais médios não dão.
Em suma, um jogo para relembrar, para que os erros não se
repitam e para que o foco marque presença em jogos em que a dificuldade surge.
Na próxima jornada há outra saída difícil. Vamos Porto!