quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Balanço De 2010

No final de cada ano é sempre mais fácil fazer um balanço dos acontecimentos mais marcantes, e desportivamente este ano de 2010 foi recheado de casos.

Fevereiro
Depois da expulsão no túnel da Luz, ainda em 2009, Hulk e Sapunaru tiveram de esperar até saber qual seria o castigo, só o souberam em Fevereiro.

Março
O FC Porto chegou à final da Taça da liga, mas perdeu o troféu para o Benfica.
Neste mês o CJ da federação diminuiu os castigos aplicados, a Hulk e Sapunaru, que cumpriram jogos de castigo a mais.

Maio
O FC Porto viu o Benfica sagrar-se campeão, cinco anos depois. Os dragões acabaram por ocupar o terceiro lugar do pódio.
Neste mesmo mês os portistas venceram a Taça de Portugal.
Pinto da Costa foi reeleito.
Jesualdo saiu do FC Porto

Junho
Realizou-se, na África do Sul o campeonato do mundo, a Espanha foi a vencedora. Portugal não passou dos oitavos de final, caiu aos pés dos espanhóis.
André Vilas-Boas assinou contrato com o FC Porto, passando a ser o mais jovem treinador a orientar os dragões.

Julho
Surpreendentemente o FC Porto contratou João Moutinho ao rival Sporting.

Agosto
Rebentou o caso Queiroz.
Bruno Alves e Raul Meireles saíram do FC Porto depois de alguns anos de ligação.
Os portistas venceram a Supertaça cândido de Oliveira ao Benfica.

Outubro
Paulo Bento assumiu o comando técnico da selecção portuguesa.

Novembro
O FC Porto ganhou ao Benfica 5-0, um jogo a contar para o campeonato.

Dezembro
O FC Porto é campeão de Inverno, com oito pontos de avanço sobre o segundo classificado, o Benfica.
André Vilas-Boas renovou contrato com o FC Porto.


A todos os leitores deste blog desejo um 2011 em grande, com tudo o que há de melhor: paz, saúde, felicidade e que o FC Porto seja campeão!


No blog
www.artigosonlineanaandrade.blogspot.com
encontram o balanço de outros acontecimentos deste ano.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

“ANDRÉ VILLAS-BOAS RENOVA CONTRATO POR MAIS UM ANO

O treinador do FC Porto, André Villas-Boas, renovou esta terça-feira o seu contrato com o clube por mais um ano. A assinatura do novo vínculo, que decorreu
no Auditório José Maria Pedroto, no Estádio do Dragão, estende a ligação entre as partes até ao final da época 2012/13.

Foi o presidente dos Dragões, Jorge Nuno Pinto da Costa, quem anunciou a prorrogação do contrato, referindo que este gesto não deveria ser tornado público
«dentro de um gabinete», mas sim num espaço com o nome de José Maria Pedroto. Esteve ainda presente a restante equipa técnica, administração, órgãos sociais
e directores das várias empresas do FC Porto.

«Quando, no começo da época, apresentámos no nosso estádio o André Villas-Boas como nosso técnico, não foi um acto de coragem ou de arrojo. Conheço-o desde
os 15 anos, não era uma esperança, mas sim uma certeza. Só existe um voto de confiança renovando o contrato, alargando o tempo do vínculo. Esperamos que
seja apenas um dos muitos contratos que vamos renovar», referiu Jorge Nuno Pinto da Costa.

«Este é um voto de confiança e apreço pelo nosso trabalho, ainda para mais num dia especial para o presidente. Estamos a meio de um percurso longo e esperamos
chegar ao sucesso nesta época, a todos os níveis. É um privilégio para mim ter uma equipa técnica, médica e auxiliar desta competência. Espero conseguir
pô-la ao serviço do sucesso do clube. Continuaremos a acreditar no nosso compromisso com a vitória e a segui-lo passo a passo», afirmou André Villas-Boas.”

Em
www.fcporto.pt

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Helton Ao OJOGO

“"Villas-Boas mexeu com este grupo"

PEDRO MARQUES COSTA

Na primeira grande entrevista desde que é capitão do FC Porto, Helton falou do presente e do futuro, mas recusou-se a abordar a fundo algumas questões do
passado. Por exemplo, elogiou o novo treinador, André Villas-Boas, que diz ter trazido "mais liberdade" aos jogadores, mas nunca quis falar do último,
Jesualdo Ferreira. Quanto ao resto, destacou as qualidades do plantel, mas, mais do que isso, o espírito de grupo que impera no Dragão, tendo pegado em
Mariano para exemplificar a união no balneário. Sobre o campeonato, recusa-se a dá-lo como conquistado, mas sempre foi dizendo que viveu um dia memorável
na goleada sobre o Benfica.


Imagina-se a treinar, por exemplo o FC Porto, na próxima época?

Eu, a treinar o FC Porto? Essa é boa [risos]. De onde surgiu essa ideia?

É apenas uma brincadeira para sublinhar o facto de André Villas-Boas só ter mais um ano do que o Helton...

Bem, vou falar por mim. Quando tive a certeza de que ele seria o nosso míster, procurei colocar em prática os ensinamentos da minha família, que sempre
me ensinou a separar uma eventual amizade das questões profissionais. Isso significa que tenho de ter respeito pelas pessoas. Ele podia ser mais novo do
que eu ou poderia ter o triplo da minha idade que eu iria tratá-lo sempre com respeito. Aliás, nunca o tratei por André; sempre que me dirijo a ele, digo
"míster". E quando preciso de conversar com ele, muitas vezes na condição de capitão, bato à porta do seu gabinete e pergunto se posso entrar. Em nenhum
momento pensei na sua idade, mas sim na pessoa e na sua qualidade. Para além disso, ele tem ambição, respeita os jogadores e oferece-nos liberdade.

Curiosamente, muitos jogadores têm utilizado a palavra "liberdade" quando falam de André Villas-Boas. Isso significa que não havia liberdade com Jesualdo
Ferreira?

Eu falo apenas do André, do míster André...

E quais são as vantagens e as desvantagens de ter alguém tão novo a treinar uma equipa como o FC Porto?

Muitos poderiam ver a idade como uma desvantagem; eu, não. A idade muitas vezes não condiz com a mente. Existem pessoas mais velhas que muitas vezes não
conseguem ser respeitados pelos mais novos. Quanto às qualidades - e não quero com isto dizer que as pessoas mais velhas não são assim -, destaco a forma
como ele está sempre em sintonia com os jogadores, para além de conseguir passar mais rapidamente as ideias que tem. Se repararem, também não há muitos
velhotes no nosso plantel [risos]...

Houve alguma palestra emblemática de André Villas-Boas?

No final de todas as palestras que ele faz, os jogadores param para pensar. Podem ter a certeza de que não há nenhuma que não seja assim, e isso é óptimo.
Há uma coisa que este grupo tem: pensamento positivo. Nunca desistimos, mesmo quando parece que algo vai correr mal. Temos um grande espírito de grupo,
e ninguém está preparado para abrir mão disso.

Pinto da Costa afirmou, numa entrevista a O JOGO, que sentia a equipa acomodada e que a chegada de Villas-Boas também serviu para abanar com o grupo. Concorda?


[pausa prolongada] É verdade que o míster André mexeu com este grupo. Ele tem ideias e métodos bem diferentes daquilo a que estávamos habituados. Na vida,
temos de estar sempre à procura de novas formas de nos motivarmos. O incentivo passa por procurar algo diferente, mas sem fugir à base que, aqui no FC
Porto, são as vitórias. Já viram há quantos anos estou aqui no FC Porto? Esta será a minha sexta época... E, durante este tempo, já fui quatro vezes campeão...


Já agora, a saída de Bruno Alves, o capitão, fragilizou de alguma forma o balneário?

O Bruno sempre teve uma grande postura no clube, sempre demonstrou seriedade, empenho e prazer pelo que fazia. Era uma referência para muitos que cá estavam,
mas também para quem chegava. Se fragilizou o balneário? Não vemos as coisas desse modo. Sabemos que, se tivesse ficado, nos estaria a ajudar, mas aqueles
que cá estão conseguiram ocupar, e bem, o espaço do Bruno. Obviamente estamos sempre ao lado dos amigos, sobretudo daqueles que nos ajudaram a ser felizes,
mas entendo que ambas as partes têm de estar em sintonia. Nesse sentido, acredito que o que aconteceu foi bom para ele, mas também para o clube.

"Houve alturas em que um colega falhava um golo e a culpa era do Helton"

O facto de ser o capitão de equipa serviu para o incentivar?

Vou fazer uma retrospectiva da minha carreira no FC Porto. No primeiro ano, fiz 11 jogos e sofri apenas um golo, por sinal de penálti, mal assinalado, marcado
pelo João Tomás, na altura no Braga. Fiz um bom final da temporada, e a prova disso é que no ano seguinte mantive a titularidade. Foi passando o tempo,
e nunca tinha sido capitão, nem nunca tinha sido comentada essa possibilidade, nem tão-pouco tinha sido destacada a minha importância. Mesmo assim, nunca
deixei de trabalhar. Algumas vezes colocaram em causa o meu trabalho, quase sempre sem eu ter culpa. Aliás, e em jeito de desabafo, por vezes um colega
perdia um golo em frente à baliza e a culpa era do Helton. Mas pela minha personalidade e vontade de triunfar, por tudo aquilo que já passei no futebol
- e não falo apenas do FC Porto, porque também conquistei títulos no Brasil -, nunca deixei de acreditar nas minhas qualidades. Nos momentos mais difíceis
tive pessoas do meu lado que me ajudaram e que me diziam que, muitas vezes, algumas pessoas se esqueciam daquilo que eu já tinha feito. Voltando à pergunta
sobre se a braçadeira de capitão me incentivou... Posso dizer que falei com uma pessoa à qual disse o seguinte: "Muito obrigado, o senhor fez-me voltar
a gostar de jogar futebol..."

Mas quando foi isso? E quem é essa pessoa?

Isso não vou revelar....

Imagina-se a acabar a carreira no FC Porto?

Isso é um assunto interno... Ainda tenho 32 anos, mas porque não?

Falou-se recentemente da possibilidade de ir para o Fluminense. Gostava de regressar ao Brasil?

Bem, se fosse por vontade de alguns amigos, que são tricolores, de certeza que já lá estava [risos]. Mas tenho trabalho, contrato até 2012, sinto-me feliz
no FC Porto e tenho a minha família adaptada à vida em Portugal. Neste cenário, só ponderava o regresso se os dirigentes do FC Porto me dissessem que não
contavam mais comigo. Para já, a minha prioridade é o FC Porto e nem sequer penso no resto. É verdade que se comentou sobre a possibilidade de ir para
o Fluminense, mas nunca passou disso mesmo.

Pinto da Costa considerou-o o melhor guarda-redes em Portugal. Concorda? E se não concordar, quem é o melhor guarda-redes do campeonato?

Fico feliz por ele ter dito isso, ainda para mais vindo do presidente. Mas temos de reconhecer que, neste caso, a opinião dele é suspeita [risos]. Não me
considero o melhor; limito-me a trabalhar para ser o melhor. E não vou escolher ninguém, porque poderia falhar, apesar de considerar que tudo depende do
momento. Reconheço que estou a atravessar um bom momento, mas a equipa também me tem ajudado muito.

Mas o Helton também foi, por exemplo, um dos melhores jogadores em campo em Paços de Ferreira...

Lá está, estamos aqui uns para os outros. É o nosso espírito. Aqui não são o Hulk, o Falcao ou o Varela que têm dado o máximo; são o Hulk, o Falcao, o Walter,
o Ukra, o Castro, o Guarín, o Fernando, o Rolando, o Otamendi, o Maicon... Somos todos.

Vítor Baía afirmou que a melhor época do Helton foi quando ele ainda estava no FC Porto. Concorda?

É verdade que tive uma época brilhante quando ele esteve aqui. Foi uma pessoa que me ensinou a gostar do FC Porto, a lutar pelo FC Porto, que me fez ver
muitas coisas. Ele, o Jorge Costa, o Pedro Emanuel... Estou muito grato por aquilo que aprendi com eles e não posso deixar de concordar que vivi uma grande
época quando ele cá estava. Mas agora pretendo fazer ainda melhor. E isso depende de mim.

"Não ouvi o apito de Elmano Santos"

Ouviu o apito de Elmano Santos no penálti no jogo com o Setúbal?

Ainda estou para perceber o motivo pelo qual vi um cartão amarelo nesse jogo... Houve uma substituição na nossa equipa, num canto contra nós, mas o árbitro
não deu tempo para o Sapunaru - que estava a entrar - chegar até à nossa área. Nunca tinha visto nada assim, e limitei-me a perguntar-lhe porque não o
deixou posicionar-se na nossa área. Vi um amarelo por isso, sendo eu o capitão.

E no lance do penálti, ouviu o apito?

Não ouvi apito nenhum. Sinceramente.

"Goleada ao Benfica foi um momento memorável"

Directos ao assunto: a vitória no campeonato está próxima?

Ora bem, vamos fazer contas. Faltam 16 jogos e cada um vale três pontos... Ou seja, ainda não ganhámos nada. Este campeonato está muito competitivo e, como
já deu para perceber, qualquer equipa pode perder a qualquer momento.

Perguntado de outra forma: seria complicado perder o campeonato depois de uma primeira parte de temporada com apenas dois empates?

Temos a oportunidade de conquistar o título, mas não há jogos fáceis e os maus resultados podem suceder a qualquer momento. Já repararam que tem sido complicado
assistir a goleadas? Isso é a prova da competitividade do campeonato. Não há equipas fracas e já tivemos jogos muito complicados com clubes de menor expressão.
Felizmente, temos conseguido vencer, mas apenas porque estamos com um colectivo muito forte.

Na equipa que foi mais vezes utilizada, apenas o Moutinho não fazia parte do plantel da época passada. Afinal, a que se deve esta diferença de rendimento?


Confesso que não gosto de fazer comparações. Para mim, importa destacar os méritos desta equipa, embora reconheça que também podemos aprender com os erros,
de forma a não os repetir. Para além disso, teria de falar de pessoas que não estão actualmente no clube, e isso não quero fazer. O importante é falar
do presente, das pessoas que cá estão, do grupo actual - que é fantástico - e de tudo o que já conseguimos alcançar nestes primeiros meses de competição.


Tendo em conta os elogios, considera que este é o melhor grupo que encontrou no FC Porto?

Posso dizer que é um excelente grupo. Sem dúvida. Mas, cada um teve as suas virtudes e defeitos, não tendo sido por acaso que fomos tantas vezes campeões
ao longo dos últimos anos.

Qual foi o momento mais importante desta época?

Todos reconhecemos a importância de começar a temporada com uma vitória, sobretudo frente ao campeão da época passada, e isto apesar de encararmos todas
as equipas da mesma forma. Sabemos que há jogos e jogos, mas respeitamos todas as equipas, porque isso é um sinal de humildade. Costumo dizer que a humildade
não se aprende na escola, mas que vem do berço. E, felizmente, pode dizer-se que a humildade passou um pouco por todos os berços aqui do clube.

E qual foi o jogo mais difícil até ao momento?

Tivemos dois jogos muito importantes, não só pela dificuldades impostas pelos adversários, mas também pelo estado do relvado. Foi em Coimbra, frente à Académica,
e em Viena. Foram duas partidas muito complicadas, porque com aquelas condições climatéricas não conseguimos controlar todos os aspectos do jogo.

E nem sequer estava para jogar em Viena. Nessa partida, estava a preparar-se para assistir ao jogo sossegado no banco...

Bem, sossegados nunca estamos. Nem no banco, nem em casa, quando não somos convocados. Aliás, às vezes até é bem pior, porque a ansiedade é maior. De fora,
vemos coisas que lá dentro nem nos apercebemos que estão a acontecer. Mas voltando a esse jogo, acabei por jogar devido a uma infelicidade do Beto. Ele
queria muito jogar aquele jogo, para demonstrar em campo toda a dedicação que tinha vindo a colocar nos treinos. Foi uma situação chata para ele, mas também
para mim, porque tive apenas cinco minutos para aquecer... Felizmente, correu tudo bem e conseguimos uma vitória importante.

E o jogo mais fácil, esta temporada, foi frente ao Benfica para o campeonato?

Fácil? Não, de maneira nenhuma. Não há jogos fáceis. Nesse encontro, limitámo-nos a não complicar e se marcámos tantos golos foi graças ao nosso empenho
e qualidade. Mas, reconheço, foi um jogo memorável. Nunca o FC Porto tinha vencido o Benfica por aqueles números em jogos do campeonato...

Foi um momento de afirmação da superioridade do FC Porto no campeonato?

A equipa tem demonstrado um espírito muito bom. O grupo está em sintonia, mesmo aqueles que são menos utilizados ou até os que não são utilizados. Aliás,
tenho de destacar o caso do Mariano que, por uma infelicidade, não foi inscrito para a primeira fase da época. As pessoas não sabem, mas o que ele tem
feito é algo de verdadeiramente impressionante. Ele é um companheiro, um amigo, e a atitude dele no dia-a-dia tem sido impressionante, até pelo que ele
representa no balneário. E estes actos servem para explicar muito do que se passa este ano, porque ele nem sequer tem jogado.

Conhece Dublin?

Não conheço, mas conto lá ir [risos]...

Mas então o FC Porto é mesmo candidato a vencer a Liga Europa?

Estamos a fazer o nosso trabalho e o melhor é deixarem-nos quietinhos, no nosso canto, a fazer o nosso trabalho. Lá mais para a frente se verá se somos
ou não candidatos. Uma coisa é certa: temos os nossos objectivos e no FC Porto pensamos sempre em grande.

"Roberto? Temos de gostar do que fazemos"

Considera o Roberto, do Benfica, um bom guarda-redes?

Não falo dos meus colegas de trabalho...

Faço então a pergunta de outra forma: é complicado para um guarda-redes sobreviver às críticas, tal como aconteceu com o Roberto no início da época?

E como aconteceu comigo no passado... É complicado. Muito complicado. Temos de gostar muito do que fazemos, porque, caso contrário, fica muito difícil superar
determinadas situações.

E como se dá a volta a esses momentos?

Com trabalho. Não há outra forma. Não adianta pensar que chegamos a casa, fazemos um chazinho e que tudo vai melhorar. Não é assim que acontece.

E foi muito difícil reagir aos golos sofridos, por exemplo, frente ao Chelsea e Atlético de Madrid para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões?

Se tivermos a consciência tranquila de que fizemos o nosso melhor, não ficamos muito afectados, independentemente de quem critica. Aliás, às vezes essas
críticas dão moral e ânimo, dependendo de quem vem... Se vierem de algumas pessoas... Bem, aí é que vai dar vontade de trabalhar ainda mais. Pensamos:
"Ai ele não gostou do que eu fiz; legal, vou trabalhar ainda mais".

"Hulk vai acabar por se fixar na selecção"

A selecção do Brasil é um caso encerrado para si?

É complicado falar sobre isso. Cada treinador tem as suas ideias e nem todos confiam nos mesmos jogadores. É normal. Sinceramente, nunca me preocupei com
a selecção. E quando digo preocupar, estou a querer dizer que nunca foquei aquilo como primeiro plano. Ou seja, a selecção foi e será sempre a consequência
do trabalho que faço no meu clube. Não adianta pensar na selecção se não estiver bem no clube.

Ficou surpreendido pelo facto de Hulk ter ficado de fora das últimas convocatórias?

Sou suspeito para falar, porque trabalho com ele todos os dias. É óbvio que temos de respeitar aqueles que vão no lugar dele, porque também são bons jogadores.
Apesar disso, acredito que o Hulk ajudaria muito esta selecção, tal como tem ajudado o FC Porto. Ele está em grande forma e, conhecendo bem a selecção
do Brasil, acho que é uma questão de tempo até se fixar em definitivo naquela equipa, até porque qualidade para isso não lhe falta.

Os remates de Hulk mas também de... James

Quem é o jogador do FC Porto que remata melhor? A pergunta parece ter uma resposta óbvia: Hulk. No entanto, Helton, que trabalha todos os dias com o plantel,
faz questão de acrescentar mais nomes à lista. "Ora aí está uma pergunta difícil... O melhor... Bem, com esta bola todos os remates são complicados. Se
piscar os olhos, já fui [risos]. Agora mais a sério: o Hulk, o Guarín, o Belluschi, o James... O James remata muito bem, cuidado com ele. Mas é complicado
escolher só um, porque todos têm uma maneira diferente de bater na bola. Uma coisa é certa: eles fazem-me a vida negra nos treinos", contou.

O agradecimento a Moutinho

A mudança de João Moutinho para o FC Porto apanhou de surpresa muitas pessoas ligadas ao futebol, mas Helton confessa que encarou a transferência com naturalidade.
"Sinceramente, não pensei nada de especial quando vi a notícia nos jornais. Depois, quando o encontrei pela primeira vez, limitei-me a dizer-lhe que se
precisasse de alguma coisa, estaria aqui para o ajudar. Nada mais." Apesar disso, o guarda-redes reconhece que não existe a tradição de haver trocas de
jogadores entre os grandes, muito menos um capitão de equipa. "Sim, sim. Eu sei disso. Mas aconteceu e ainda bem para nós. Foi uma grande contratação e
já tive a oportunidade de lhe agradecer pessoalmente por ele ter vindo para o FC Porto."

O sonho da música e as brincadeiras no balneário

Helton realizou um sonho: no passado dia 13, apresentou, em plena Casa da Música, o novo CD do seu grupo musical, Ministério Shalom, perante cerca de 500
convidados, entre os quais a quase totalidade do plantel do FC Porto. "Foi um grande dia para mim e confesso que fiquei surpreendido por terem ido todos.
Caramba, foi mesmo muito bom, ainda mais sendo a realização de um sonho. Houve até amigos que mudaram o dia das suas viagens para me irem ver. Foi fantástico".
E no balneário, qual foi a reacção no dia seguinte? "Bem, tive de aguentar as brincadeiras do costume. Houve até quem dissesse que o bombo já estava ensinado
[risos]".”


Em
www.ojogo.pt

sábado, 25 de dezembro de 2010

Pinto da Costa ao OJOGO

Em dia de Natal, deixo aqui um presente para os leitores deste blog, a entrevista de Pinto da Costa ao OJOGO.


“"Quem está na sua cadeira de sonho dificilmente aceita trocá-la"

MANUEL TAVARES E JORGE MAIA

Pinto da Costa não ganha sempre. No dia em que recebeu O JOGO no seu gabinete no Estádio do Dragão, tinha acabado de perder Pôncio Monteiro. "Um amigo de
todos os dias e de todas as horas", confessou com a mesma emoção que coloca no discurso sempre que fala do FC Porto, que ambos defenderam lado a lado.
Pinto da Costa não ganha sempre, mas não se consegue habituar a perder, e é por isso que aposta em voltar a ganhar tudo esta época. O campeonato e a Taça,
claro, mas também a Liga Europa, até porque acredita que, depois de Viena, o FC Porto pode voltar a ser feliz em Sevilha. Para o conseguir, conta com "uma
grande equipa", mas acima de tudo com um treinador que conhece "desde sempre": "Sei quem bem quem é o André e o que ele vale." É por isso que o presidente
do FC Porto tem a certeza de que Villas-Boas vai ficar no clube para além dos dois anos que tem de contrato.


Que importância teve André Villas-Boas neste arranque de temporada do FC Porto?

Teve a importância que atribuo sempre a um treinador. Um treinador é sempre uma peça-chave em qualquer equipa. A escolha do treinador é uma responsabilidade
que sempre assumi precisamente por isso. Para que, no caso de correr mal, seja da minha responsabilidade. Creio que 50 por cento daquilo que conseguimos
até agora é mérito do André Villas-Boas e da sua equipa técnica, que é excelente.

Havia dúvidas em relação à juventude dele. Nunca as partilhou?

Não. Nunca tive dúvidas, até porque se tivesse, não o tinha contratado. Acho que um indivíduo aos 32 anos, que era a idade que ele tinha, ou é bom ou não
é.

Qual é a primeira qualidade que procura quando escolhe um treinador?

A primeira de todas é a competência, e essa associada à liderança e à coragem. O que mais me irrita num treinador é ter consciência de que devia fazer algo
e não o fazer porque tem medo. Conheço o André desde os 15 anos e sei que ele fará sempre o melhor para que o FC Porto vença.

Sublinhou que Villas-Boas é uma aposta pessoal. Sentiu resistências dentro da SAD à sua escolha?

Não. Todos sabem que não há nenhuma decisão aqui que não seja tomada por consenso. Há apenas uma excepção: eu escolho o treinador. Foi sempre assim. Foi
assim com o Jesualdo, com o Mourinho, com o Robson e com todos. Quero ser eu a assumir essa responsabilidade e quero que o treinador saiba que é uma escolha
pessoal. Neste caso, foi uma escolha sem risco, porque conheço o André desde sempre; sei quem ele é e o que vale.

O FC Porto desempenhou algum papel no fracasso das negociações entre o Sporting e Villas-Boas?

Não. Quando o André Villas-Boas teve um acordo com o Sporting assinado no Gerês, com a presença do dr. José Eduardo Bettencourt, o FC Porto não teve nada
a ver com isso. O FC Porto nessa altura estava ainda lançado para o pentacampeonato, e não pensávamos em substituir o treinador. Tomámos conhecimento de
que ele tinha um contrato-promessa, achei que era uma boa solução e cheguei a dar essa opinião ao presidente do Sporting. Depois, num jogo em Coimbra,
o presidente da Académica disse-me que devia optar por ele e que não existia compromisso com o Sporting, porque havia uma cláusula que não fora cumprida.
Só quando decidimos que o Jesualdo saía é que partimos para a escolha de um novo treinador. Nessa altura era do conhecimento público a rescisão do acordo-promessa
que ele teve com o Sporting.

Dois anos de contrato é suficiente para um treinador que é falado como hipótese para clubes como o Inter de Milão ou o Liverpool?

Qualquer indivíduo que ganha é falado. Para isso corresponder à verdade, são necessárias duas coisas: a vontade de alguém contratar outra pessoa, e a vontade
dessa pessoa de ser contratada. O André tem manifestado de forma categórica que - e a frase é dele - a cadeira do FC Porto é a sua cadeira de sonho, e
quando um indivíduo está no seu clube, dificilmente aceitará uma troca.

O facto de ser portuense e portista é uma qualidade para um treinador do FC Porto?

É, sem dúvida. Nestes 28 anos como presidente, tive muitos treinadores. Tive quase sempre treinadores altamente competentes, cem por cento profissionais,
mas que não tinham o coração azul e branco. Tirando o Pedroto, o Artur Jorge e o Oliveira, nos últimos anos não tive um treinador do FC Porto. O Villas-Boas
acompanhou os sucessos do clube e compreendeu, com o Robson e com o Mourinho, o que era preciso lutar para ter sucesso. Se é um apaixonado pelo clube,
não foi por isso que o convidei, mas é um acrescento na minha satisfação saber que escolhi um treinador pela sua competência, pelo seu carácter e pela
sua liderança e que, ainda por cima, ele é dos nossos.

Acredita que Villas-Boas pode bater o recorde de quatro anos de Jesualdo?

Acredito. Acredito numa coisa com a certeza absoluta, que é que ele vai fazer mais do que os dois anos de contrato que tem agora.

Apesar do interesse...

Apesar do interesse, seja de quem for. Aliás, admira-me é que haja tão poucos interessados.

Então vai renovar com ele?

Isso é algo para discutir mais adiante.

"Saídas? Temos é jogadores de topo a pedirem para voltar ao FC Porto"

Vai ser possível manter jogadores como Hulk e Falcao na próxima época?

Acredito que sim. O Hulk tem uma cláusula de 100 milhões e se alguém bater esse dinheiro, ele pode sair. Mas estou convencido de que para o ano poderemos
manter a estrutura da equipa actual.

Mas não há o risco de ficar com jogadores como Bruno Alves e Raul Meireles, que estiveram cá, mas tinham a cabeça noutro sítio?

Qualquer jogador tem objectivos. Os que jogam nos clubes mais pequenos querem jogar nos grandes, e os que jogam aqui sonham com o Barcelona e com o Real
Madrid. Mas posso dizer-lhe que não sinto vontade de sair em nenhum jogador. O que temos, e não quero mencionar nomes, é jogadores de topo a pedir-nos
para voltar ao FC Porto.

Disse que não há jogadores negociáveis durante a abertura de mercado em Janeiro. Nem Cristian Rodríguez ou Fucile?

O que eu disse foi que nenhum dos jogadores que o treinador considerar importantes sairá, seja por que preço for. Agora, se houver jogadores que não jogam
e aos quais faça bem rodar quatro ou cinco meses num clube diferente, poderemos analisar essas situações.

Não tem propostas concretas nesse sentido?

Há vários clubes interessados em um ou dois jogadores, mas ainda não definimos o que vamos fazer.

Há a hipótese de se proceder a algum reajuste do plantel pelo lado do seu reforço?

Não há. Há dois anos havia uma lacuna no lado esquerdo que hoje não há - não vejo melhor jogador que o Álvaro Pereira. Depois, com o meio-campo que temos,
também não é fácil ver que jogador poderia entrar no FC Porto. O Messi talvez conseguisse, mas não lhe podemos chegar...

No início da época falou-se na hipótese da contratação de Kléber, do Marítimo. Essa porta está fechada?

Completamente.

"Eticamente, a Liga está errada"

Como tem visto a actuação de Fernando Gomes na Liga de Clubes?

Acho que tem feito um grande esforço e, em termos administrativos e empresariais, a Liga está no bom caminho. Embora entenda que, eticamente, a Liga está
errada e o campeonato viciado. Qualquer empresa que entra no desporto como patrocinador, é para ganhar; parece-me mal que o patrocinador da Liga seja também
o patrocinador de um dos clubes concorrentes. Da mesma forma que a Revigrés quer que o FC Porto vença, que a Super Bock quer que o Sporting ou o FC Porto
vençam, também o patrocinador da Liga quer que o Benfica ganhe, e isso é eticamente reprovável. Aliás, quando fui presidente da Liga o engº Roque ofereceu-se
para a patrocinar com a Revigrés. Decidimos que sim, mas que o FC Porto teria de abdicar do patrocínio e arranjar outro patrocinador. Só que o engº Roque
disse que não abdicava do FC Porto e que desistia de apoiar a Liga. Penso que o que se passa agora é incorrecto.

Mas acredita que, considerando a dimensão do mercado português, há alternativa aos actuais patrocinadores?

Tem de haver - a Liga tem de os procurar. Agora, parece-me incorrecto que o patrocinador da Liga seja o mesmo de um dos concorrentes, porque corremos o
risco de viciar a competição. Acho que é eticamente incorrecto e já manifestei essa opinião junto de quem de direito.

Sente-se aliviado com a saída de Ricardo Costa da Comissão Disciplinar da Liga?

Quem se deve sentir aliviado são as vítimas das suas decisões. Já falámos no Hulk, que foi injustamente castigado com 17 jogos, quando devia ter cumprido
três. Imagino que seja um alívio para ele e para o Sapunaru, que nem sequer pôde jogar.

Jesualdo Ferreira disse que, mais do que as ausências, esse processo influenciou negativamente o estado de espírito do plantel. Partilha dessa opinião?


Partilho, porque, perante uma injustiça tão clara, tão unânime entre os juristas que consultámos, instalou-se um clima de revolta e de impotência perante
a inevitabilidade de jogar um campeonato que estava decidido à partida.

"Jesus é grande treinador e muito inteligente"

Jorge Jesus considerou anteontem os elogios que lhe dirigiu uma tentativa de dividir a família benfiquista, questionou a capacidade de Villas-Boas para
resistir à pressão e duvidou do êxito do FC Porto sem a ajuda de terceiros. Era a resposta que esperava?

Só tenho uma objecção: é que fico admirado por ele não considerar um jogo de pressão a final da Supertaça contra um campeão nacional em título. Aí fico
admirado; de resto, entendo perfeitamente. Essas declarações só reforçam o que disse: além de ser um grande treinador, é muito inteligente. Acho que o
único falhanço dele foi ter considerado jogos sem pressão os dois FC Porto-Benfica que já disputou, um até para a final de uma Taça.

"Fernando Seara a presidente, Eduardo Barroso como vice"

Fala-se de eleições para a FPF. Ainda recentemente se falava na hipótese de Fernando Seara avançar com Octávio Machado. Tem seguido essa corrida?

Não tenho, não. Acho que o presidente da Federação deve ter passado no futebol, obra feita no futebol. Ouvi há dias alguém dizer do doutor Fernando Seara
que é um homem do futebol. Não sei onde jogou, não sei onde treinou, não sei que clube dirigiu. Não sei se ir para a televisão falar de árbitros já define
um homem de futebol. Se for assim, proponho o Eduardo Barroso para vice-presidente, que ele também fala tanto de árbitros como o Seara. Mas o presidente
deve ser uma pessoa com passado e obra no futebol. E isenta. E quando digo isenta, é equidistante dos clubes. Alguém que assume as posições do Benfica
contra os outros, um indivíduo que é mandatário de campanha do presidente de um clube, acho que esse indivíduo não tem os requisitos de isenção para desempenhar
o cargo de presidente da FPF.

A recandidatura de Gilberto Madail seria uma boa solução?

O dr. Madail é simpatizante do Benfica, mas não há ninguém que não seja simpatizante de um clube ou de outro. Agora, não toma posições a favor de um lado
contra outros, não foi mandatário de ninguém em nenhum clube e, portanto, parece-me que esses requisitos, ele tem. Mas essa corrida não é nada comigo.
Acho é que o facto de alguém ser comentador na televisão não habilita essa pessoa para a presidência da FPF.

E quanto às eleições para a presidência da República, tem alguma posição?

Não tenho. Não devo tomar nenhuma posição. Enquanto presidente do FC Porto, não tenho posição, nem preferência, nem devo manifestar-me de qualquer forma.

"Paulo Bento conseguiu empatia com o povo"

Como analisa o trabalho de Paulo Bento na Selecção Nacional? E tem alguma explicação para a diferença de rendimento em relação a Carlos Queiroz?

O Paulo Bento está a fazer um bom trabalho, como o comprovam os três jogos que realizou. Conseguiu uma grande empatia com o povo, e o facto de ser um seleccionador
preanunciado pela comunicação social facilitou-lhe a vida e deu-lhe espaço para trabalhar à vontade e sem interferências. O trabalho do Carlos Queiroz,
não o acompanhei de perto e não sou capaz de o analisar.

Antes do anúncio de André Villas-Boas, falou-se na hipótese de Paulo Bento treinar o FC Porto. Essa hipótese foi real?

Não. Falei uma vez com o Paulo Bento quando ele ainda era jogador da Selecção. Nunca falei com ele enquanto treinador do Sporting e só voltei a falar muito
recentemente, quando ele já ocupava o cargo de seleccionador nacional. Nunca esteve em cima da mesa a hipótese de ele treinar o FC Porto, e sei que é absolutamente
falso que alguma vez tenha comprado casa no Porto ou inscrito as filhas num colégio da cidade. De resto, asseguro-lhes que não há nenhum treinador que
possa dizer que foi convidado pelo FC Porto a não ser o André Villas-Boas.

"Salgueiros e Boavista são vítimas de Rui Rio"

Como vê a situação dos clubes da cidade, em concreto o Boavista e o Salgueiros?

Vejo com tristeza, porque são dois clubes que marcaram uma época. O Salgueiros é um histórico da minha infância, e o Boavista não precisa de apresentações.
Ambos são vítimas do presidente da Câmara que temos. Tenho a impressão de que se isto acontecesse em Lisboa, já teria sido encontrada uma solução para
os seus estádios e para os seus problemas.

Curiosamente, o FC Porto tem prosperado com Rui Rio...

Temos prosperado porque, como nunca recebemos nada de ninguém, continuamos na mesma. A única coisa que o FC Porto recebeu dos anteriores presidentes foi
a deferência, respeito e atenção que deixou de receber com este. Não é o facto de se ser recebido na Câmara, de se vir aos jogos do FC Porto ou de se enviar
um telegrama a desejar felicidades que faz com que se ganhe ou perca. Mas é agradável. Um clube que ostenta o nome da cidade, que é seu embaixador em todo
o mundo, não ter o mínimo apoio e ser ignorado pela Câmara é uma coisa absurda, mas não é por isso que deixamos de ganhar.”

Em
www.ojogo.pt

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

A todos os leitores do meu blog, desejo um feliz Natal, com muita paz, saúde, felicidade e claro com presentes!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Faleceu Pôncio Monteiro

A família portista está de luto, pois ontem faleceu Pôncio Monteiro, um grande defensor do clube, um homem que nunca teve medo de dar a cara pelo FC Porto nem o corpo às balas, mesmo em situações complicadas.
Tenho a certeza que todos os portistas agradecem, ao SR. DR. Pôncio Monteiro, do fundo do coração, todas as vezes que defendeu o clube que tanto amou. E tenho também a certeza que não será esquecido.
À sua família as minhas condolências.
Que descanse em paz DR. Pôncio Monteiro

domingo, 19 de dezembro de 2010

Análise: Paços de Ferreira 0 – FC Porto 3

Terminar o ano com uma vitória
E vão 36 vitórias! E esta esteve meio complicada!
Estava à espera de um pouco mais, de qualquer forma, foi aceitável. Otamendi marcou o primeiro golo aos 11 minutos, outras vezes o segundo esteve à vista, mas não aconteceu. No segundo tempo a vantagem esteve em risco, mas Helton segurou a margem mínima. E, depois de fazer os portistas quase desesperar; pelo menos eu já estava a ficar um tanto ou quanto irritada com o facto do Paços estar a chegar perto da baliza portista com relativa facilidade, no entanto compreende-se que os pacenses tenham tentado atacar, já que estavam a jogar em casa e a bem dizer a lógica do futebol é ambas as equipas darem o melhor para tornar o jogo dinâmico. Mas o melhor é eu voltar ao jogo. Quase no final, apareceu a grande penalidade que deu origem ao segundo golo, Hulk foi o autor do mesmo e por fim, Walter fez o terceiro. Foi pena os dois golos não terem aparecido mais cedo.
E este ano de 2010 está desportivamente fechado e com mais uma vitória.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

FC Porto e Sevilha encontram-se nos dezasseis-avos

Hoje; na sede da UEFA, na Suíça; realizou-se o sorteio da Liga Europa. Sorteio que ditou o confronto entre o FC Porto e o Sevilha, cujo vencedor defrontará, nos oitavos de final ou os gregos do PAOK ou os russos do CSKA de Moscovo.
Assim, os dragões vão regressar a mais um palco de glória na sua história, o estádio onde em 2003 venceram a Taça UEFA.

Calendário de jogos:
Sevilha-FC Porto, 17 de Fevereiro, 20h05
FC Porto-Sevilha, 22 de Fevereiro, 17h00

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Análise: FCPorto 3 – CSKA Sófia 1

E vão 35 vitórias!
Este jogo já não mudava nada, a passagem à próxima fase já estava garantida e o primeiro lugar do grupo L assegurado. Por isso houve algumas mexidas no onze inicial, situação que já era de todo esperada.
Não vi a totalidade do jogo, quando entrei no carro o FC Porto marcou o golo, pelos vistos comecei a ouvir na hora h! Foi Otamendi a activar o marcador, praticamente a meio do primeiro tempo. No início da segunda parte os Búlgaros empataram, mas o empate não durou muito, Ruben Micael tratou de desfazer esse empate. Falcão voltou a falhar uma grande penalidade, ai, ai! as grandes penalidades e o colombiano parece que não se dão lá muito bem! E finalmente ao cair do pano James marcou o terceiro. Quase que as contas não ficavam por aqui. O jogo não foi nada assim de muito especial, mas não foi mau de todo.
Agora é esperar pelo sorteio de Sexta para ver quem será o próximo adversário.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Bicampeão do Mundo, A Seis Anos

Seis anos, faz hoje seis anos que o FC Porto sagrou-se bicampeão do mundo. Recordo-me perfeitamente desse jogo. Levantei-me cedo, preparei-me para sofrer um bocadinho, mas nunca pensei que fosse tão complicado. A bola teimava em não entrar, o tempo ia passando e o prolongamento aproximava-se. Até Vítor Baía deu-nos um grande susto. Depois vieram as grandes penalidades, mais uma grande doze de sofrimento. Confesso que já estava à beirinha do desespero, quando Pedro Emanuel acabou com aquele jogo. Nesse momento o sofrimento e os nervos deram lugar à festa e às lágrimas de alegria.
Vou sempre recordar este jogo como um dos jogos que mais sofri até hoje.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Análise: FC Porto 4 – Joventude de Évora 0

FC Porto nos quartos de final da Taça.
Infelizmente não pude ver o jogo na TV, nem acompanhá-lo, na totalidade, através da rádio, quando comecei a ouvir o FC Porto chegou ao terceiro golo minutos depois, até ao final ouvi-o. E é com base naquilo que ouvi, e na crónica do amigo Vila Pouca bem como a crónica do site oficial que digo que me parece que os dragões ganharam com toda a justiça. Falcão abriu o activo, João Moutinho; finalmente marcou com a camisola dos dragões; fez o segundo golo da noite, Álvaro Pereira elevou a vantagem para três e Walter fechou as contas do jogo.
Parece-me que perdi um jogo agradável.

PS.
Um recorde foi hoje batido, o FC Porto não perde à 34 jogos, esperemos que este número continue a crescer.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Análise: FC Porto 1 – Vitória de Setúbal 0

Vitória … contra o Vitória.
Depois de um jogo disputado num terreno super complicado, o FC Porto regressou a casa e ao campeonato português. Os dragões ganharam, mas não foi um jogo brilhante, como aliais já se esperava.
Infelizmente não pude assistir à primeira parte, e pelos vistos perdi o melhor, já que pelo que ouvi dizer a primeira parte foi melhor que a segunda. O que diga-se que não é totalmente estranho, visto que o jogo de Viena foi complicado, era de supor que durante a primeira parte as forças chegassem para fazer algo razoável. Hulk voltou a marcar, de grande penalidade, um golo que deu a vitória. No segundo tempo as forças baixaram e o rendimento também, o Vitória cresceu um pouco e criou alguns problemas, mas o FC Porto pareceu-me que nunca deixou de tentar contrariar esse ascendente sadino.
Este jogo não foi bom, acreditaremos que o próximo vai ser melhor.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Análise: Rapid de Viena 1 – FC Porto 3

Quanta neve!
Num palco de recordações imensas; para quem assistiu a esse grande feito que foi a primeira vitória do dragão na maior prova entre clubes da Europa, eu ainda não era nascida, mas pelo que já ouvi contar, foi um momento lindo; pois bem, o FC Porto voltou a vencer em Viena, desta feita para a Liga Europa.
É verdade, a neve dá sorte ao FC Porto, e hoje houve mais uma prova disso. Os dragões venceram o Rapid de Viena num campo de neve.
Não foi um bom jogo, mas também era difícil de o ser. Foram os austríacos a inaugurar o marcador, mas a persistência azul e branca conduziu os dragões para a reviravolta no marcador. Por um triz não se repetia o resultado de a 23 anos, mas Falcão quis aumentar ainda mais a vantagem.
Os jogadores do FC Porto foram enormes, grande prova de esforço foi aquela, mas saíram vitoriosos e isso compensa qualquer adversidade. Apenas vou destacar em particular Falcao, que não facilitou e marcou 3 golos, tornando-se no melhor marcador da prova.
Com esta vitória no gelo, os dragões consolidaram o primeiro lugar do grupo L da Liga Europa.
Apetece dizer:
Vai 3 copos de vinho do Porto? Sim, mas com muito gelo!

sábado, 27 de novembro de 2010

Análise: Sporting 1 – FC Porto 1

Resultado justo
Um empate a 1, foi assim que terminou o clássico, e quanto a mim, pelo que as duas equipas fizeram, foi um resultado justo.
O Sporting foi o primeiro a marcar, no primeiro tempo; parte do jogo que foi dominada pelos leões; mas será que o golo leonino foi legal? Na segunda parte, o FC Porto surgiu com outra atitude e chegou ao empate, Falcão marcou. Maicon voltou a ser expulso e obrigou André Vilas Boas a fazer uma alteração para equilibrar a equipa, Falcão foi o escolhido para dar o lugar a Otamendi.
Os dragões mantém os 13 pontos de distância para os leões, mas podem ver as águias aproximarem-se.
Onde está o FC Porto que goleou o Benfica?

PS.
Os adeptos do Sporting pelos vistos não estão em crise, já que gastaram dinheiro em maçãs para as atirar para o relvado … crise?

Declarações de Pinto da Costa ao OJOGO

“"Estes são jogadores à Porto e em Janeiro não sai nenhum"

PEDRO MARQUES COSTA

Pinto da Costa esteve ontem no 40º aniversário da Casa do FC Porto em Lisboa e, a O JOGO, antecipou o clássico, confessando-se optimista. O presidente portista
desviou-se da polémica em torno do regresso de João Moutinho a Alvalade e, admitindo que pode ceder jogadores menos utilizados já em Janeiro, disse também
que, do núcleo duro de Villas-Boas, não sai nenhum. Quanto à diferença de comportamento em relação ao ano passado, além de elogios ao treinador deixou
escapar que talvez alguns jogadores não estivessem de corpo e alma no clube. Bruno Alves e Raul Meireles foram os únicos a sair...

A propósito do regresso de João Moutinho a Alvalade, José Eduardo Bettencourt apelou à calma dos adeptos. Acreditou nesse apelo?

Não me vou meter nisso; são "fait divers". Viemos cá unicamente para um jogo de futebol contra uma equipa que respeitamos e vamos tentar ganhar.

Mas André Villas-Boas desconfiou das palavras do presidente do Sporting...

Passo ao lado disso.

Parece-lhe que uma vitória em Alvalade garante o título?

Não. Apenas ficarão a faltar menos três pontos e menos um jogo. Nada mais do que isso.

Está confiante nessa vitória?

Sim, estou. Aliás, estou sempre. Se não estivesse confiante com o que esta equipa está a fazer, quem haveria de estar?

Calculo que não abandonaria a tribuna se algo corresse mal, como fez Luís Filipe Vieira...

Não comento as atitudes dos outros. Cada um faz o que pensa e o que lhe apetece. Não tenho nada a ver com o que ele faz, nem ele tem nada a ver com o nosso
comportamento.

Na equipa-base deste ano, Moutinho é a única novidade. Afinal mudou o quê?

Esta é uma equipa mais motivada, mais unida, mais à Porto. Eu disse no ano passado que teríamos um plantel à Porto e acho que o temos. A primeira condição
para ser um jogador à Porto é estar de alma e coração no clube. No ano passado, se calhar nem todos estavam. Isto não é uma crítica, é uma constatação.
Este ano, apesar de quase diariamente serem colocados noutros clubes, os jogadores, que até se riem disso, estão de alma e coração no FC Porto.

E pode garantir que nenhum sai em Janeiro?

Nem é preciso garantir. Poderá sair algum, mas nenhum daqueles que o treinador considera importantes e que estão a jogar. Pode é ser necessário garantir
rodagem nalguns casos, mas ainda nem pensamos nisso. Só o faremos em Janeiro.

20 jogos, 18 vitórias, dois empates. Sinceramente, acreditava mesmo neste saldo?

É evidente que qualquer um torceria o nariz se lhe dissessem que, em 20 jogos, teria 18 vitórias e dois empates. Mas olhando para trás e para a forma como
estamos a jogar, como o treinador os pôs a jogar e como o grupo está unido, se tivesse de puxar o filme atrás não vejo onde poderíamos ter perdido.”

Em
www.ojogo.pt

PS.
O FC Porto chegou a Lisboa, e pelos vistos desta vez também teve direito a tratamento VIP por parte da polícia. Ainda bem que esse tratamento não estava reservado só ao Benfica!

domingo, 21 de novembro de 2010

Análise: Moreirense 0 – FC Porto 1

Em frente na Taça
Antes deste jogo, no BLOG dragaodoente, publiquei o seguinte comentário:
O jogo de hoje é um jogo com algum risco, visto que as equipas ditas mais pequeninas esperam nestes jogos, contra um grande, fazer uma proeza e assim saltarem para as primeiras páginas dos jornais. Cabe ao FC Porto contrariar essa vontade e continuar a fazer o seu trabalho como tem feito até aqui, cabe aos jogadores portistas demonstrarem que é para manter a caminhada vitoriosa que tem vindo a fazer.
E não falhei, realmente o Moreirense tornou o jogo perigoso, visto que dez jogadores defenderam as tentativas de ataque portista na primeira parte. No segundo tempo, Falcão marcou o golo da vitória que permite ao FC Porto seguir em frente na prova.
Deste jogo pouco mais à a acrescentar.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Viagem ao Estádio, Guiados Pelo OJOGO

Depois de ontem ter publicado um texto a felicitar o Estádio do Dragão, bem como uma reportagem que me pareceu interessante publicada no OJOGO de ontem, hoje publico uma visita que o OJOGO fez ao palco de emoções azul e branco.


“Viagem ao mundo secreto do Dragão

TOMAZ ANDRADE

Para assinalar o sétimo aniversário do Estádio do Dragão, o FC Porto abriu ontem as portas do recinto ao público para visitas guiadas gratuitas e também
aos jornalistas, convidados a espreitarem lugares desconhecidos e de grande simbolismo para o clube. Uma visita de duas horas e meia, que foi do piso -3,
uma espécie de catacumba onde estão as salas das máquinas, até à cobertura do estádio. As vertigens estavam incluídas no pacote e qualquer anomalia fotográfica
encontra justificação no nervosismo provocado pela altura.

Desde a inauguração, em Novembro de 2003, que o Estádio do Dragão não pára de receber prémios. Por exemplo, já foi distinguido como melhor projecto europeu
e foi o primeiro recinto a receber a distinção "estádio de cinco estrelas" devido a boas práticas ambientais, como fez notar Luís Silva, director da área
de gestão de infra-estruturas e cicerone da visita. O Dragão também já foi premiado pela utilização racional da energia e qualidade da iluminação.

A partir da sala de Imprensa, a visita iniciou-se com um passeio pela zona dos balneários - só foi mostrado o do visitante, com capacidade para 28 atletas,
que se distingue do do FC Porto apenas devido a elementos de personalização utilizados pelos jogadores -, com paragens na zona de aquecimento interior,
capela e hall de acesso aos balneários. Camarote presidencial e camarote "platinium" (o mais luxuoso) também fizeram parte dos locais visitados. Sendo
um estádio multifuncional, com capacidade para receber eventos de vária ordem, há alguns números interessantes a destacar. Por exemplo, o custo médio de
organização de um jogo é de 65 mil euros e o custo médio de consumo por partida (gás, electricidade e água) chega aos 920 euros. Anualmente, o Dragão consome
electricidade no valor de 341 mil euros. Já agora, em cada jogo trabalham no estádio 1100 pessoas.

Com tantos custos, o clube encontra receitas que vão desde o aluguer do espaço para vários eventos, como aniversários ou apresentações de automóveis, até
visitas guiadas (mais de 150 mil desde 2003). Por ano, o Dragão recebe em média 40 mil pessoas em diversos eventos.

Depois dos números racionais, a parte emocional. Ontem, enquanto decorria a visita, um adepto que se tinha deslocado à clínica, instalada no interior do
estádio, fez questão de ir ao relvado e tirar algumas fotografias. O curioso da questão foi que estava em cima de uma maca.

Se saírem de lá tristes, o FC Porto teve sucesso

Este é um espaço restrito do Dragão. O balneário da equipa visitante oferece todas as comodidades e tem capacidade para 28 jogadores. Ao lado os treinadores
têm um balneário próprio. O balneário do FC Porto é idêntico a este, mas com detalhes personalizados.

Jantares só para alguns

Com capacidade para 126 pessoas, o camarote presidencial do Dragão prima pelo luxo. Mais recatada ainda é uma sala contígua, destinada a jantares exclusivos
para, no máximo, 22 pessoas. Ao centro fica Pinto da Costa e, normalmente, o presidente adversário. Os mais importantes troféus servem de elemento decorativo.


O coração do Dragão

O gabinete de vigilância e segurança, uma espécie de aquário colocado por cima da bancada sul, controla todo o estádio em dias de jogos com recurso a 140
câmaras (82 fixas e 58 móveis) e faz a articulação entre as diversas forças da ordem. Controlo de adeptos e de entradas são os principais objectivos.

Aqui em cima é que se vê bem

A cobertura do estádio é suportada por arcos gigantes. Debaixo deles existe um passadiço técnico, que daria um bom ponto de observação do jogo.

Sala das máquinas

Há uma para caldeiras e outra que funciona como cisterna, com capacidade para um milhão e 200 mil litros de água.

Prisão

Tirando uns quantos adeptos do Manchester, ninguém conhece este espaço. São quatro salas de retenção, controladas pela PSP, destinadas a adeptos perigosos.


Gestão técnica do edifício

É nesta sala que, ao longo de 24 horas, todo o recinto é gerido, entre elevadores, luzes, portas e vigilância.

Parque de diversão

Em dias de jogos os filhos dos jogadores podem brincar neste espaço. Nos outros dias é alugado para aniversários e festas, com idas pelo meio ao relvado.
Está equipado com duas consolas.

Visitas

Os passeios guiados pelo estádio constituem uma fonte de receita. Ontem foram grátis e até houve um adepto que foi de maca ao relvado.”

Em
www.ojogo.pt

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Parabéns Dragão!

Hoje o magnífico, espectacular, fantástico, belo … Estádio do Dragão faz 7 aninhos, está, por isso de parabéns.
Quantas vitórias já aconteceram neste espaço? Muitas, e há-de aparecer mais ainda. Quantos títulos já se festejaram no palco de emoções azul e branco? Muitos, e mais hão-de vir. Quantos golos já se marcaram? Imensos, mas … mais ainda vão ser marcados. Quantos adeptos já entraram no estádio, quer para ver jogos, quer para visitar? Milhares e hão-de se multiplicar, e bater recordes de assistência. Porquê? Porque o Dragão e o FC Porto merecem.
Eu já tive o privilégio de visitar este maravilhoso estádio, e podem crer que nunca esquecerei esse dia; 3 de Setembro de 2004; o dia em que entrei no recinto azul e branco para conhecer os cantinhos do dragão. Jogos nunca assisti, mas é um dos meus sonhos.
Parabéns Dragão! Venham mais 7 e mais 7 e mais 7 e mais 7 …….


“Dragão: o estádio dos 6 milhões

HUGO SOUSA / ANTÓNIO M. SOARES

Há sete anos, a 16 de Novembro de 2003, o ilusionista Luís de Matos descia ao relvado do Dragão de helicóptero, iniciando uma série de truques que prenderam a atenção dos mais de 50 mil adeptos que presenciaram ao vivo a inauguração do estádio. Inesquecível e mágico, diz quem viu. De então para cá, impôs-se a magia dos números: 14 títulos conquistados (uma Liga dos Campeões, uma Taça Intercontinental, cinco campeonatos, três Taças de Portugal e quatro Supertaças); 164 jogos disputados pelo FC Porto, entre particulares e oficiais; 120 vitórias, 28 empates e 16 derrotas; 309 golos marcados e 97 sofridos. Nas bancadas, excluindo jogos da Selecção, provas de automobilismo, concertos de música e até casamentos, já estiveram mais de seis milhões de adeptos - tudo somado, foram seis milhões 155 mil e 432 espectadores, mais exactamente, considerando a contagem oficial facultada pelos portistas.

Elogiado por quem o visita, a obra do arquitecto Manuel Salgado, actual vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa, esteve quase a ganhar um irmão gémeo na Grécia. "Cheguei a estar eu próprio em Atenas, em 2007, para esse efeito, num projecto influenciado pelo Dragão e que depois não teve seguimento. Mas sendo obra de uma equipa alargada e de grandes profissionais, houve quem tenha assumido projectos noutros sítios depois do Dragão", conta Manuel Salgado a O JOGO.

Sete anos depois, o estádio portista continua a coleccionar prémios e admiradores, que lhe destacam não só a beleza, mas também a funcionalidade. "Gosto que digam que é funcional, porque foi concebido com um propósito, e a funcionalidade, adaptada ao que se destina, é um dos objectivos da arquitectura. Mas, também gosto quando os meus pares o elogiam enquanto obra arquitectónica e não apenas como funcional", acrescenta Manuel Salgado.

As obras do Dragão arrancaram em 2001 e ficaram concluídas em 2003, conforme exigia o caderno de encargos do Euro'2004. O relvado chegou a ser um problema e exigiu uma intervenção radical dos portistas, que solucionaram de vez o tapete voador que atrapalhou os primeiros jogos e obrigou mesmo ao regresso às Antas depois da inauguração.

Berço que embalou Messi

A inauguração do Estádio do Dragão não foi um marco só para o FC Porto, já que esse encontro também ficou marcado pela estreia oficial de Messi com a camisola
do Barcelona. O argentino, ainda não na pele de astro, tinha 16 anos e 145 dias quando pisou o relvado, entrando para o lugar de Fernando e jogando os
derradeiros 16 minutos da partida. Mas, de azul e branco, sob o comando de Mourinho, nomes como Evaldo, Pedro Mendes, Maniche, Hugo Almeida e Derlei, estes
dois últimos autores dos golos, ainda faziam as maravilhas dos adeptos do clube. Curiosamente, de então para cá nenhum jogador se manteve no clube ainda
no activo. Só Pedro Emanuel, elemento da equipa técnica de André Villas-Boas, poderá ainda contar histórias aos actuais jogadores do FC Porto, ele que
acabaria por ser ver envolvido em alguns dos maiores feitos do clube dali para a frente.


FC Porto 2 Barcelona 0

Estádio do Dragão

Árbitro Martins dos Santos (AF Porto)

-

FC Porto

Vítor Baía (Nuno 48'); Secretário (Pedro Ribeiro 72'), Jorge Costa (Pedro Emanuel 48'), Ricardo Carvalho e Evaldo (Mário Silva 51'); Tiago (Hélder Barbosa
85'), Pedro Mendes, Maniche (Vieirinha 80'); Derlei (Paulo Machado 72'), Ricardo Fernandes (Hugo Almeida 63') e Bruno Moraes (Jankauskas 51')

Treinador José Mourinho


Barcelona

Jorquera; Óscar, Ros (Riera 76'), Oleguer (Tiago 80') e Fernando (Messi 74'); Márquez, Gabri e Xavi; Santamaria (Jordi 66'), Luis García (Exposito 20')
e Luis Enrique

Treinador Frank Rijkaard

-

Ao intervalo 0-0

Golos 54' (g.p.) Derlei, 68' Hugo Almeida

amarelos Nada a assinalar

vermelho Nada a assinalar

Manuel Salgado

"Dizem que é frio mas não o mudava"

Se o desenhasse hoje, mudaria alguma coisa no projecto do Dragão? "Apanhou-me de surpresa com a pergunta. Dizem que é um estádio frio, ventoso, mas acho
que isso é genético e, como alguém já disse, o futebol é um desporto de Inverno. A minha resposta é: 'Não, não mudava nada'", garante o arquitecto Manuel
Salgado a O JOGO sete anos depois de ter assistido à inauguração de um estádio que lhe saiu literalmente das mãos. "Ainda no que diz respeito à ventilação,
sempre disse que esse seria um factor essencial para ter um relvado em boas condições", lembra, num tópico que se mantém actual, considerando exemplos
menos conseguidos nesse particular.

Autor de vários projectos, o actual vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa assume o destaque assumido pelo Dragão no portefólio particular.
"É uma referência emblemática. O CCB [Centro Cultural de Belém], os espaços públicos da Expo e o Dragão são as obras mais destacadas do portefólio, embora
possa enumerar outras, como o porto de Ponta Delgada, a pólis do Cacém ou Viseu", diz, ele que agora trocou o desenho pelo gabinete de urbanismo da Câmara.
"Faço arquitectura pela mão dos outros", brinca. Sobra-lhe menos tempo para ver futebol e menos ainda para se deslocar ao Porto e ver como evoluiu a zona
envolvente ao Dragão. "Ainda não vi como ficou a Alameda, porque a última vez que estive na zona do estádio foi quando inauguraram o pavilhão. O que vi
na altura, pareceu-me bem. Aliás, ainda no que respeita ao Dragão, gostaria de enaltecer o papel dos dirigentes do FC Porto. Recebemos um programa e orientações
fundamentais para o sucesso do projecto." E desenhará mais algum estádio? "Gostaria de o fazer. Aprendi muito com o Dragão."

Um projecto premiado

Para lá de ter sido a casa do campeão nacional em cinco dos seus sete anos de vida, o Dragão tem acumulado prémios e títulos próprios. Para além de ostentar
a classificação de cinco estrelas da FIFA, o estádio do FC Porto distingue-se em áreas como a ecologia - prémio Greenlight para melhor projecto europeu
da Agência para a Energia da Comissão Europeia em 2003 -, a reciclagem - Certificação 100R da Sociedade Ponto Verde, que garante 100% de tratamento de
resíduos em 2009 - e até a siderurgia - prémio para melhor projecto europeu da European Convention for Construction Steelwork de 2003. O Dragão também
foi o primeiro estádio do mundo a receber a Certificação Integrada de Qualidade (ISO 9001) e Ambiente (isso 14001), sendo incluído pela FoxSports na lista
dos 25 estádios mais sagrados do futebol mundial.

Concertos, corridas e até casamentos

Como seria de esperar, o futebol tem sido o prato principal na ementa do Dragão. Para além do FC Porto, a Selecção Nacional também é frequentadora assídua
do recinto que recebeu uma semifinal do Euro'2004. Mas há vida para além da bola no estádio do FC Porto. Ao longo dos últimos anos, o Dragão já recebeu
concertos de algumas das maiores bandas mundiais - como foi o caso dos Rolling Stones -, provas de automobilismo - destaque para a Corrida dos Campeões
-, festivais de música, convenções, festas de aniversário e até casamentos. Ã prova da flexibilidade de um recinto que foi projectado para ser mais do
que um estádio de futebol.”

Em
www.ojogo.pt

domingo, 14 de novembro de 2010

Análise: FC Porto 2 – Portimonense 0

Jogo mole
O FC Porto venceu, mantém a distância de 10 pontos para os segundos, mas não foi um jogo brilhante.
Walter foi titular, devido à lesão e consequente ausência de Falcão, e o brasileiro estriou-se a marcar para o campeonato. O 1-0, que surgiu ao minuto 29, permaneceu durante muito tempo, e, só perto do final, Hulk fez o segundo tento, de grande penalidade. Não foi um jogo brilhante, repito, eu até esperava um pouco mais da equipa, no entanto percebo que o adversário tenha criado dificuldades, pois pretendia manter o 00 por mais tempo possível. De resto, não tenho mais a acrescentar sobre este jogo.
Para a semana há taça de Portugal e depois uma ida a Alvalade.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Análise Individual do OJOGO

“O FC Porto um a um

Belluschi alimentou apetite de Hulk e Falcao

TOMAZ ANDRADE

Helton 7

Terminar um clássico sem golos sofridos é digno de registo, mais ainda quando se demonstra segurança. Na primeira parte, foi quase um espectador, mas, na segunda, esteve sujeito a algumas situações complicadas. Fez uma grande defesa após um remate de David Luiz, depois parou outro remate de Carlos Martins e ainda tirou a bola da cabeça de Kardec, num canto.

Sapunaru 7

Grande exibição do romeno. Com Coentrão pela frente durante a primeira parte, não lhe deu espaço e evidenciou-se pelo número elevado de cortes. E esteve melhor ainda quando fez um grande passe para Belluschi no lance do terceiro golo. Frente a Gaitán, na segunda parte, continuou com a mesma rotação: cortes atrás de cortes, inteligência de jogo e passes seguros.

Rolando 7

Foi um dos grandes responsáveis por ter deixado seco o ataque encarnado. A jogar à zona, foi afastando o perigo tantas vezes que ganhou confiança ao simular um corte a Kardec e deixar passar a bola para trás. Classe.

Maicon 7

Tal como Rolando, foi um senhor na área portista. Optou sempre bem quando tinha que aliviar a bola ou fazer cortes mais técnicos. Num desses, ficou na memória uma "maldade" sobre Maxi Pereira em situação apertada.

Álvaro Pereira 7

O uruguaio não sabe jogar mal. Se a aplicação e entrega costuma ser igual em todos os jogos, ontem esteve muito atento a Salvio e não lhe deu hipóteses de brilhar. E atacou muito, desequilibrando o sector direito encarnado, pouco se importando com o cartão amarelo que viu.

Guarín 8

Ontem, foi a noite de redenção do colombiano como trinco. Acertou os primeiros passes, ouviu palmas, ganhou confiança e partiu para uma grande exibição. Foi um autêntico muro para Aimar e companhia, não inventando quando a situação era de aperto. Recuperou bolas, lançou o jogo para a frente, tentou o golo num cabeceamento ao lado e ainda "expulsou" Luisão, fruto precisamente da pressão que fez sobre os adversários que lhe apareciam à frente.

Belluschi 8

Jogar bem com o Benfica não é propriamente uma novidade. Realizou uma primeira parte de sonho e esteve simplesmente em todos os golos desse período. Foi dele o passe para Hulk no primeiro e depois assistiu Falcao no segundo após fintar David Luiz, fazendo o mesmo a Sidnei no terceiro golo antes de colocar novamente a bola no colombiano. Só lhe faltou mesmo o golo e tentou-o em dois remates que Roberto defendeu. O argentino foi um 'mouro' de trabalho no meio-campo, recuperando bolas e colocando-as depois nos homens da frente.

João Moutinho 8

Exibição imaculada do oito portista. Mestre na ocupação dos espaços, pressionou o adversário muito à frente e não lhe deu tempo para pensar. Resultado: recuperou bolas e depois serviu o ataque com classe, virando o jogo de flanco quando foi preciso e aparecendo em várias zonas do relvado. Que pulmão! Aos 73', tentou, mais uma vez, o primeiro golo com a camisola portista, mas Roberto defendeu.

Varela 8

Mais uma noite de glória com o Benfica. Depois de uma grande exibição na Supertaça, com uma assistência para Falcao, ontem abriu caminho à goleada após um passe de Hulk. Viu bem Falcao a arrastar os centrais e apareceu na zona vazia para bater Roberto sem dificuldade. Foi o sexto golo no campeonato e foi também uma dor de cabeça para Maxi. Poucas bolas perdeu e conseguiu cruzamentos e muitos ataques pelo lado esquerdo.

Falcao 8

Na Supertaça tinha-se estreado a marcar ao Benfica e ontem dobrou a dose. Dois golos diferentes que definem bem as qualidades do colombiano. No primeiro fez uma acrobacia. Elevou-se no ar, rodou o corpo e meteu a bola na baliza com o calcanhar, após um cruzamento de Belluschi. Três minutos depois, recebeu mais um passe de morte de Belluschi e bateu Roberto com o pé direito. Mas Falcao também sabe jogar sem bola, como no primeiro golo, ao arrastar os defesas
e abrir caminho para Varela. O ponta-de-lança massacrou os defesas, moeu-lhes a paciência e ganhou bolas até no meio-campo.

Rúben Micael 5

O médio foi o primeiro a entrar, substituindo Belluschi, e a equipa não perdeu clarividência. Tentou mostrar serviço em pouco tempo e ainda participou em várias jogadas de envolvimento, sem esquecer o trabalho defensivo.

James Rodríguez 5

Poucos minutos em campo que deram, ainda assim, para mostrar técnica apurada.

Walter -

A entrada do brasileiro foi mesmo para queimar tempo e proporcionar uma ovação a Guarín.

A Estrela: Hulk (9)

Afinal este Benfica é bem mais fácil de amassar

Uma noite perfeita do brasileiro deixou os adeptos deliciados e em êxtase. Na verdade, o próprio Hulk ficou em êxtase quando marcou o primeiro golo ao Benfica em três épocas, o quarto da equipa, na conversão de um penálti que ganhou a Coentrão. Pouco depois chegou o momento sublime, com uma arrancada, uma finta e uma bomba que Roberto não evitou. Dois golos que chegariam para muitos elogios, só que Hulk fez ainda mais. Foi o grande causador de perigo para a defesa encarnada e uma dor de cabeça para David Luiz. Ultrapassou o compatriota aos 12' e ofereceu o primeiro golo a Varela. Ao contrário do que se verificava no início, o brasileiro sabe agora jogar para a equipa e decidir quando deve arriscar. E quando arrisca, falha menos vezes.”

Em
www.ojogo.pt

domingo, 7 de novembro de 2010

Análise FC Porto 5 – Benfica 0

Simplesmente fantástico!
Grande FC Porto! Grande equipa! Grande ambiente!
Que melhor resposta poderia o FC Porto dar? Nenhuma, golear é a melhor forma de mostrar que somos melhores, que somos os maiores! Dar 5 ao Benfica não é para todos! E como eles estavam desorientados!
Varela, Falcão; duas vezes, Hulk; duas vezes, marcaram os golos desta grande vitória, fizeram os adeptos explodir de alegria nas bancadas, e não só! Foi lindo, foi genial, nem tenho palavras, foram todos fantásticos!

Notas:
Vou destacar todos sem excepção, sublinhando que foram todos incríveis.
Helton, Sapunaru, Rolando, Maicon, Álvaro Pereira, Guarin, Belluschi, Moutinho, Varela, Falcão e Hulk, Ruben Micael, James Rodriguez e Walter.
Obrigada a todos, obrigada por esta vitória fantástica, obrigada pela entrega, obrigada pela exibição, obrigada aos marcadores dos golos …


A única coisa que não gostei foi da atitude dos adeptos no início da segunda parte, jogar objectos para dentro do terreno de jogo era escusado, visto que a resposta que era precisa estava a ser dada, e bem, pelos dragões dentro de campo. É preciso que percebam que com atitudes destas prejudicam o FC Porto, que os outros assim têm razões para fazerem queixa, assim, estão a dar-lhes a faca e o queijo para a mão.

sábado, 6 de novembro de 2010

Miguel Lopes

“"Começámos a ganhar no balneário"

PEDRO MARQUES COSTA

Um ano no FC Porto, mais uma pré-temporada com André Villas-Boas e ainda alguns minutos de competição no único troféu conquistado esta época. Miguel Lopes partiu para jogar no Bétis por empréstimo, mas nunca se desligou do Dragão, até porque faz questão de manter o contacto com dirigentes e antigos companheiros de equipa, alguns com quem construiu uma amizade "sólida". Apesar de ter sido dispensado temporariamente - "para crescer e jogar com mais regularidade", lembra -, só guarda elogios para André Villas-Boas. Aliás, nesta conversa com O JOGO em vésperas do clássico, chegou mesmo a atribuir-lhe o maior mérito desta aparente metamorfose do Dragão. "Este ano, chegou ao FC Porto um treinador jovem, com muita ambição e muita vontade de vencer. Ele trabalha muito e bem a cabeça dos jogadores. Incutiu uma mentalidade ganhadora naquele balneário e é isso que está a fazer a diferente. Ele só pensa em vencer; para ele não interessa mais nada. Tem muita confiança e transmite isso aos jogadores. Nunca chega ao balneário com um discurso de medo, nunca diz, por exemplo, que o jogo vai ser difícil. Nada disso. Ele opta sempre um discurso optimista, diz que vamos ganhar, que somos bons, que vamos ser campeões", conta o lateral que participou nos últimos 16 minutos do jogo da Supertaça. E precisamente por saber o que é vencer o rival da Luz num clássico, O JOGO quis saber o que aconteceu antes daquele jogo em que as circunstâncias (Benfica campeão) até apontavam para um maior favoritismo/vantagem do adversário. "Começámos a ganhar a Supertaça no balneário. Antes do jogo, no balneário, os gritos de incentivo foram incríveis. O ambiente no grupo estava fantástico... Estava tudo a babar-se para ir para dentro do campo, tal era a vontade de vencer. Foi uma loucura".
Apesar dos elogios sinceros a André Villas-Boas, nem sempre concorda com ele. Nos últimos dias, por exemplo, recusou-se a assinar a ideia lançada pelo treinador de que este clássico não é decisivo para o Benfica. "Claro que é decisivo. O Benfica vai dar a vida neste jogo". E explicou porquê: "Na eventualidade de o FC Porto ganhar, penso que o campeonato fica fechado. Sinceramente, e conhecendo aquele grupo por dentro, não estou a imaginar o FC Porto a perder 10 pontos para o Benfica no que ainda falta para jogar. Conheço bem o espírito daquele balneário e atrevo-me mesmo a dizer que isso é impossível. É lógico que o FC Porto vai perder pontos até ao final do campeonato, mas os outros também".

Miguel Lopes considerou ainda que o Benfica está mais forte do que na partida da Supertaça, mas também não tem dúvidas em afirmar que ainda não conseguiu atingir o mesmo nível da última temporada. "O Benfica sentiu as saídas do Ramires e Di María, sobretudo porque os jogadores que chegaram estão longe de apresentar a mesma qualidade. Eles perderam confiança. Mas agora estão um pouco melhor, como podemos ver na partida com o Lyon".

A concluir, provavelmente a pergunta mais difícil: qual vai ser o resultado do jogo de amanhã? "Sei lá. Não faço a mínima ideia. É sempre difícil prever um resultado num jogo destes, porque tudo pode acontecer durante um clássico. São jogos diferentes de todos os outros. Sobre este assunto, só tenho uma certeza: quero que o FC Porto vença".


"Ninguém pára o Hulk"

No arranque da temporada, era difícil imaginar um início tão demolidor do FC Porto - 15 vitórias e zero derrotas em 17 jogos. Miguel Lopes concorda com a ideia, apesar de, com o passar do tempo, ter começado a acreditar que era possível acontecer algo de parecido. "Tem sido uma época fantástica. O FC Porto está a jogar num nível muito elevado e é, sem qualquer dúvida, a melhor equipa portuguesa da actualidade. É difícil alguém derrotar o FC Porto neste momento. A partir de um determinado momento, comecei a sentir que só podiam perder se acontecesse uma anormalidade". Para além de um colectivo forte, o lateral lembra as individualidades que se destacam, com especial incidência para o mesmo de sempre: o brasileiro Hulk. "A equipa está a funcionar muito bem e, dessa forma, o talento individual de cada um sobressai com mais facilidade. Há vários jogadores no plantel com capacidade para fazer a diferença a qualquer momento... O Hulk, por exemplo, está a atravessar um momento de forma absolutamente incrível. A jogar assim, ninguém o pára".


A qualidade de Fucile e a inteligência de Sapunaru

Sapunaru ganhou o lugar no lado direito da defesa a Fucile, mas Miguel Lopes não ficou admirado com a opção de Villas-Boas. "O Fucile começou mais tarde, depois de ter participado no Mundial, e o Sapunaru aproveitou bem a oportunidade. Não estou surpreendido com a resposta que tem dado, porque sabia que tinha qualidade. Defende muito bem e, com o Villas-Boas, melhorou no aspecto ofensivo. Agora, escolhe de uma forma mais inteligente quando é que deve subir no terreno". Apesar disso, Miguel Lopes recordou a "grande qualidade" de Fucile, numa luta pela titularidade que "continuará até ao final da época".


"Todos gostam de mim"

Quando Miguel Lopes trocou o FC Porto pelo Bétis não sabia muito bem o que ia encontrar. Agora, alguns meses depois, não tem dúvidas em afirmar que fez uma excelente escolha. "Esta aventura está a correr muito bem. Conheci gente nova, um campeonato diferente e está a ser óptimo. Adaptei-me rapidamente e tenho sido sempre titular, com excepção dos jogos da Taça, durante os quais o treinador tem optado por fazer alguma rotação na equipa". O objectivo passa por regressar ao Dragão, embora não esteja colocada de parte a permanência no Bétis. "Estamos no primeiro lugar e temos todas as condições para subir. As pessoas do clube gostam de mim, os adeptos também. Gostam da minha atitude e do meu empenho, e até dizem que é raro ver um jogador emprestado com esta vontade", confessou por entre um sorriso.”

Em
www.ojogo.pt

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Análise: FC Porto 1 – Besiktas 1

Vou ser muito sincera, nem sei muito bem que dizer sobre este jogo, mas vou dar o meu melhor.
Eu estava a espera de uma exibição com mais brilho, porque apesar das alterações efectuadas pelo treinador, a equipa tem qualidade para fazer melhor. É certo que fomos, mais uma vez roubados, mas isso não é a desculpa para tudo. Oportunidades desperdiçadas houve muitas. O lance que originou a grande penalidade que deu vantagem ao FC Porto; golo de Falcão; creio que não era penalti, mas o golo do Ruben Micael era golo e foi anulado. Mas isso não foi a desculpa, volto a repetir. Saliento que estava a espera que a equipa fizesse melhor.

domingo, 31 de outubro de 2010

Mea Culpa

Tenho de fazer aqui um mea culpa.
Quando o FC Porto comunicou a CMVM a contratação de André Vilas Boas, eu escrevi isto:

Sê Bem-vindo André!

Ontem o FC Porto comunicou a CMVM a contratação de André Vilas Boas, que será o mais jovem treinador da história do clube.
Sou sincera, este não era o meu treinador preferido, para substituir Jesualdo, pois, parece-me uma aposta um tanto ou quanto arriscada, devido à pouca experiência como treinador principal. No entanto, acredito que André Vilas Boas tenha aprendido muito com os mestres com quem trabalhou. E, portanto, espero que ponha em prática todos os conhecimentos que tem. Agora André Vilas Boas, mas claro que a partir do momento em que é oficialmente treinador do FC Porto, terá sempre o meu apoio incondicional, tanto nos momentos bons como nos maus.
Por isso Boa sorte André Vilas Boas!


Agora, passados 16 jogos, sendo que 15 deles foram vitórias e apenas um empate, sendo que a equipa está motivada, a praticar um bom futebol. Não me resta outra alternativa se não fazer um mea culpa e dizer que realmente a idade não é tudo, que André Vilas Boas aprendeu com os melhores e juntou essa aprendizagem as suas próprias ideias é realmente um óptimo treinador, foi realmente uma boa escolha do presidente.
As minhas dúvidas iniciais talvez fossem mais desconfiança, receio … que não funcionasse, mas agora percebo que tanto pode funcionar com um treinador com muita experiência, como com um com pouca, o que conta é a forma de trabalhar e de motivar os jogadores, e esses estão motivados.
Já sou das portistas que não concordou totalmente com a contratação, mas que agora está rendida.

sábado, 30 de outubro de 2010

Análise: Académica 0 – FC Porto 1

Quanta água!
Como é possível que um árbitro permita que um jogo se realize naquelas condições? Enfim, as condições não foram as melhores, mas o FC Porto passou com distinção este teste antes do clássico da próxima Jornada.
O jogo não foi bom, mas como podia ser? Ao minuto 42 Varela conseguiu colocar a bola na baliza dos estudantes e fazer assim o único golo do encontro. Mais oportunidades surgiram, inclusive uma grande penalidade que Moutinho atirou ao poste. Mais uma vez repito, não foi um bom jogo, mas o importante foi mesmo a vitória.
Esperemos que a lesão de Fernando não seja nada grave, e que o médio possa estar disponível na próxima jornada do campeonato.
O FC Porto mantém a distância de 7 pontos para o segundo.
Em relação ao senhor árbitro … prefiro não comentar.

Nota:
Agradeço aos jogadores o esforço que fizeram hoje para que a vitória fosse uma realidade e aos adeptos que transmitiram apoio à equipa.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dragões de Ouro 2010

Tudo sobre os dragões de ouro, retirado do site oficial, e do OJOGO.

“BRILHO E FERVOR NA ENTREGA DOS DRAGÕES DE OURO

O mérito foi, mais uma vez, aclamado com fervor. A entrega dos Dragões de Ouro 2009/10 decorreu na noite desta quarta-feira, no Casino de Espinho, com 14 figuras do universo azul e branco e duas casas a serem premiadas. Mais de 500 pessoas assistiram à cerimónia.

Para lá da atribuição dos galardões, houve momentos de música ao vivo, que vincaram a ligação existente entre o clube e a cidade que lhe dá o nome. Também os vídeos cumpriram essa função: o «vox pop» de anónimos e de caras conhecidas proporcionou momentos bem descontraídos.

Ineta Radevica (atleta amadora do ano) e Hugo Laurentino (atleta de alta competição do ano), ao serviço da selecção portuguesa de andebol, não receberam os respectivos Dragões de Ouro. Confira, de seguida, a lista completa dos galardoados.

Atleta do Ano: Falcao (Futebol)

Futebolista do Ano: Hulk

Atleta de Alta Competição do Ano: Hugo Laurentino (Andebol)

Atleta Amador do Ano: Ineta Radevica (Atletismo)

Atleta Jovem do Ano: Henrique Magalhães (Hóquei em Patins)

Atleta Revelação do Ano: Marta Marinho (Natação)

Técnico do Ano: Ljubomir Obradovic (Andebol)

Seccionista do Ano: André Lopes (Hóquei em Patins)

Quadro do Ano: Nélson Puga

Funcionário do Ano: Daniela Diogo

Sócio do Ano: Rui Moreira

Filiais e Delegações do Ano: Caso do FC Porto da Afurada (Nacional) e Casa do FC Porto de Bruxelas (Internacional)

Recordação do Ano: D. Armindo Lopes Coelho

Dedicação do Ano: Helena Bastos (Desporto Adaptado)

Dirigente do Ano: Alípio Jorge Fernandes”

Em
www.fcporto.pt


“Hulk

"Melhor prémio será no final"

CARLOS GOUVEIA

Hulk foi uma das principais figuras na cerimónia de entrega dos Dragões de Ouro referente à época de 2009/10. O avançado brasileiro foi distinguido com o prémio de futebolista do ano, curiosamente numa temporada em que até esteve afastado durante 18 jogos. Antes de abordar esse assunto específico, Hulk perdeu-se nos agradecimentos. "Receber este prémio é um grande orgulho. Estou muito agradecido a todas as pessoas do FC Porto, e sobretudo a Jesualdo Ferreira que me ajudou a ser melhor jogador. Agora, resta-me continuar a trabalhar em prol do clube". De seguida, Hulk considerou que o Dragão de Ouro é um "reconhecimento muito grande" do seu trabalho, mesmo quando esteve impedido de jogar durante quase três meses. "Estive fora da equipa durante 18 jogos. Foi muito tempo. Tendo em conta essa situação, fico ainda mais feliz pelo facto de o clube ter reconhecido o meu trabalho. Daqui para a frente, espero ganhar mais prémios, mas desta vez a nível colectivo".

O brasileiro reconheceu que atravessa um bom momento de forma, mas estendeu os elogios a todo o grupo de trabalho. "Não sou o único a estar bem. A equipa também tem jogado muito bem e, quando assim é, fica mais fácil destacarmo-nos em termos individuais. O André Villas-Boas tem-nos treinado bem, mas o melhor prémio será no final, se formos campeões". Hulk desvalorizou ainda o facto de estar bem posicionado para se tornar no melhor marcador do campeonato - "espero é ser campeão" -, antes de reconhecer que aguarda por nova convocatória para regressar à selecção brasileira. "Se continuar a jogar bem no FC Porto, de certeza que vão surgir mais oportunidades. E se for chamado na próxima convocatória [divulgada amanhã], espero corresponder às expectativas". O avançado pediu, depois, o apoio dos adeptos para o jogo de Coimbra - "eles têm sido muito importantes nas vitórias" -, antes de confessar que não liga muito ao facto de já ter mais golos marcados do que Cristiano Ronaldo: "Não dou grande importância a isso, mas fico feliz por estar a realizar uma boa época". A concluir, falou-se ainda de eventuais interessados na sua contratação. "Tenho mais quatro anos de contrato e é no FC Porto que estou com a cabeça. O que se passa fora do campo deixo para os meus agentes".

Falcao

"Quero marcar uma era no clube"

Com apenas uma época completa no FC Porto, Falcao já mereceu a mais alta distinção do clube ao receber o Dragão de Ouro para o Atleta do Ano. Um prémio que enche o colombiano "de orgulho", mas que ele faz questão de partilhar "com todos os companheiros de equipa". "Qualquer um deles podia ter recebido esta distinção que é fruto do trabalho de todos. Dedico-o a Deus e à minha família", começou por referir, justificando a atribuição do prémio com aquilo que sabe fazer melhor: golos. "Sempre procurei ser eficaz e ajudar a equipa quando ela precisou. De certa forma, creio que sobressaí pelos golos", reconheceu, sem nunca esquecer os companheiros. "Somos onze a jogar e todos contribuem para o rendimento individual de cada um" frisou. Ainda assim, e em termos individuais, o colombiano não negou a importância de "receber uma distinção desta magnitude". "Sempre sonhei em marcar uma era no clube e logo no primeiro ano atingir este patamar significa muito para mim", frisou, garantindo que ainda tem por onde "continuar a crescer" e a aperfeiçoar-se. Depois da Supertaça, este é o segundo "título" da época para Falcao. El Tigre quer mais, acha que o FC Porto está "no bom caminho", mas sublinha que "há que ir com calma". "Existe uma esperança muito grande entre os adeptos e nós também a partilhamos, mas o mais importante é o jogo de sábado e queremos vencê-lo". Ora, no sábado o
FC Porto joga com a Académica, a única equipa que ainda não sofreu qualquer golo do colombiano. "Esse é um desafio pessoal, mas o importante é que o Porto ganhe e se puder ajudar com golos, magnífico".

Com os golos como tema, a referência a Hulk era inevitável. Falcao reconhece que o entendimento com o Incrível melhorou esta época, mas não apenas com ele: "já nos conhecemos da época passada e isso contribui para que entendimento seja cada vez maior".

O avançado colombiano tem contrato com o FC Porto até 2014, mas admite renegociá-lo. "Já disse que quero marcar uma era no FC Porto e estou na disposição de renovar o contrato. Imagino que o FC Porto também esteja. Fico o tempo que quiserem", avançou. Finalmente, e confrontado com o apelo ao boicote dos adeptos nos jogos fora feito pelo Benfica, Falcao foi mobilizador. "Os adeptos do FC Porto estão presentes onde nós estamos. Enchem os estádios e agora mais do que nunca precisamos que nos continuem a apoiar".

Pinto da Costa

"Hulk, espero ter-te cá por muitos anos"

A cerimónia onde estiveram presentes cerca de 500 pessoas - do plantel faltou apenas Walter, devidamente autorizado - terminou com o discurso de Pinto da Costa, que fez questão de homenagear individualmente todos os galardoados, com especial destaque para o futebolista do ano. "Ao Incrível Hulk, que se apaixonou por esta causa e que dá todo o seu talento ao colectivo: espero ter-te cá muitos anos". Depois dos elogios ao Incrível, seguiram-se os dirigidos a Falcao: "Posso dizer-te o que já te disse no final de vários jogos. Tenho uma grande admiração por ti. Não só pelos golos, mas pela forma como trabalhas para os outros". Pinto da Costa prosseguiu com um apanhado do que tem sido a temporada. "Disse no início da época que íamos ter um plantel à Porto. Cumpri a promessa".
O presidente do FC Porto também se dirigiu a Rui Moreira, sócio do ano. "Com a sua inteligência, defendeu-nos. Não foi um simples recadeiro, nem recebia mensagens no telefone a meio do programa como outros, tendo demonstrado toda a inteligência no momento em que disse que, consigo, vilanagem não". A terminar, recordou uma conversa com D. Armindo Lopes Coelho, recordação do ano. "Era um homem sério e de causas", evocou, lembrando a história de outro bispo do Porto que, em 1134, exortou os cristãos a irem a Lisboa conquistar os mouros. "Se calhar, era um sábio", concluiu. Já após o final da cerimónia, Pinto da Costa sentiu uma ligeira indisposição.

Muita gente conhecida numa reunião de família

Na cerimónia de entrega dos Dragões de Ouro estiveram presentes personalidades como Joaquim Oliveira, Valentim Loureiro, António Salvador, Pinto de Sousa, Lourenço Pinto, Isabel Santos (governadora civil do Porto), José Mota (governador civil de Aveiro), Pinto Moreira (presidente da Câmara de Espinho), e D. Januário Torgal Ferreira (bispo das forças armadas). Pinto da Costa aproveitou para entregar uma camisola do FC Porto a Marta Violas, presidente da Solverde, proprietária do Casino de Espinho.

Rui Moreira [sócio do ano]

"Nunca nos rendemos"

"Nunca nos rendemos. Contrariámos a lógica estabelecida, desafinado o poder centralista da capital. Querem convencer que as nossas vitórias são ilusões, fruto de situações obscuras, mas o nosso reconhecimento é internacional. Queremos ganhar lá fora, mas vamos ter de continuar a ganhar cá dentro"

Ljubomir Obradovic [treinador do ano]

"Continuar a vencer"

"É com enorme orgulho que recebo este Dragão de Ouro, um prémio que sou obrigado a partilhar com os meus jogadores e adjuntos. Todos temos o mesmo mérito. Obrigado a todos e ao FC Porto, mas agora o importante é continuar a trabalhar para vencer novamente o campeonato. Sinto-me muito honrado por receber este galardão"

Henrique Magalhães [atleta jovem do ano]

"Este prémio é uma honra"

"Tem sido um ano de sonho que culmina com a enorme honra que é receber o Dragão de Ouro, um símbolo do meu clube e da cidade. O hóquei precisa de mais visibilidade e estas cerimónias podem ajudar. Quando somos novos, sonhamos sempre alto, mas nem todos conseguem lá chegar. No entanto, gostaria de marcar uma era no clube"

Marta Marinho [atleta revelação do ano]

"Foi um ano de sonho"

"Este foi um ano de sonho. Trabalhei muito, evolui e bati alguns recordes nacionais. Todo o meu esforço foi recompensado com este prémio, o maior que se pode receber no clube. Agora, há que continuar a trabalhar para bater as minhas próprias marcas, uma vez que pretendo estar presente nos próximos mundiais"”


Em
www.ojogo.pt

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Análise: FC Porto 5 – União de Leiria 1

Até dá gosto!
Mais uma vitória, mais três pontos, mais cinco golos marcados. Registo fantástico.
Infelizmente não pude ver o jogo de início, a vida de estudante tem destas coisas, quando cheguei ao carro o FC Porto estava a fazer o segundo golo. Mais um jogo de encher as medidas e a deixar o ego dos portistas bem elevado. O incrível Hulk mais uma vez imparável, voltou a bisar e a deixar, certamente, os adversários com uma grande dor de cabeça. Varela teve tempo para tudo e três zero ao intervalo. No final do jogo vi o resumo e antes de Hulk marcar houve oportunidades desperdiçadas. Falcão, no segundo tempo também fez questão de bisar, fixando o resultado nos cinco. E podiam ter sido mais!
Ficou o sabor bem doce de mais uma vitória e cada vez mais temos a certeza que esta equipa vai longe, não há limites.

Notas
Quero destacar:
Hulk e Falcão pelos golos que marcaram e que deram grande expressão no marcador
Apenas vou destacar estes dois, e neles, destaco toda a equipa. Obrigada a todos por mais esta vitória, continuem assim, porque estão bem!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Análise: Besiktas 1 – FC Porto 3

Foi preciso sofrer, mas o FC Porto conseguiu levar a melhor!
O FC Porto mereceu a vitória, foi mais do que justa, principalmente pela roubalheira de que os dragões foram vítimas.
O Besiktas entrou ao ataque, pareciam querer dominar o jogo, mas foi o FC Porto que começou a controlar as operações. Falcão activou o marcador e podia ter ampliado minutos depois, não fosse o senhor árbitro que decidiu que ia ser protagonista neste final de tarde. A expulsão do Maicon podia ter sido um problema bem grave, felizmente o treinador conseguiu equilibrar a equipa e tapar os caminhos para a baliza. E mesmo com dez Hulk lá conseguiu marcar o segundo e depois o terceiro, este muito bom. Sempre com o senhor árbitro a ser protagonista, a esquecer-se de mostrar cartões amarelos a jogadores turcos. Enfim, isto só mostra que árbitros maus há em todo o lado.
O mais importante é que o FC Porto ganhou e que está na liderança do grupo L com um pé na próxima fase.

Obrigada aos jogadores pelo empenho e por não terem desistido de lutar pela vitória mesmo a jogar contra dois adversários.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Como Isto Vai!

“A VITÓRIA QUE SE CUIDE...

Deixaram a sombra dos túneis e começaram a atacar às claras! Já sabíamos que os stewards do Estádio da Luz gostam de protagonismo e têm tendência para o exorbitar de competências, mas agora está à vista de todos. «Bernabé agredido por steward», relata A Bola, na edição de domingo. Quem se seguirá nesta cruzada? A Vitória que se cuide...

Mas o que mais diverte o Labaredas é a narrativa do jornal arregimentado. Pode ler-se que Bernabé, o tratador da águia, pediu para «identificar quatro stewards, dois deles supervisores». Supervisores estão a ver? Não faz lembrar qualquer coisa? E prossegue o diário dirigido por quem participa em deliberações dos órgãos sociais do Benfica: «Até à hora do fecho da edição não foi possível ter uma reacção da Prosegur». Como?!? Não faltará recolher outra opinião? Tipo a do organizador do evento? Olho aberto, Vitória...”

Em
www.fcporto.pt

Ó meu Deus! Eles já estão muito desorientados! Até já agridem gente deles … onde isto vai parar? Será isto um treino para prepararem algo? Tudo é possível com estes senhores. Ah! E quem vai ser castigado desta vez? Será que vão culpar algum jogador do FC Porto? Ou será que desta vez vão culpar o treinador dos dragões? Ou será que o presidente portista? Estes senhores já atingiram o ridículo à muito tempo, a verdade é que quando vejo notícias destas só me dá vontade de rir.

sábado, 16 de outubro de 2010

Análise: FC Porto 4 – Os Limianos 1

Dragão na próxima fase
Jogo da Taça, uma equipa praticamente remodelada, devido a natural gestão de plantel, e diga-se que o plantel tem qualidade para gerir sem problemas, pelo menos é assim que eu penso.
Walter estriou-se a titular e a marcar, marcou três golos nesta partida, provavelmente o avançado não imaginou que a sua estreia fosse tão recheada! Varela também inscreveu o seu nome na lista dos marcadores. O jogo foi interessante, com o FC Porto a controlar as operações desde bem cedo e sem nunca perder o controlo. Podia ter surgido mais golos.
Sem espinhas e estamos na próxima fase, agora resta esperar para ver o que dita o sorteio.
Próximo jogo, liga Europa.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Entrevista: Tomás Costa

“"FC Porto ganhou muito com Moutinho"

FEDERICO DEL RIO

É possível que o destino de Tomás Costa tenha escapado a muitos portistas, de quem não chegou a despedir-se. Afinal, por onde anda o médio argentino que, em tempos, até chegou a ser apontado como sucessor de Lucho? Emprestado ao Cluj, da Roménia, a aventura não lhe está a correr lá muito bem. Tem jogado pouco. "Trocámos de treinador e fiquei de parte", justifica-se, explicando o facto de só ter dois jogos incompletos no currículo. "Há que ter paciência; no futebol as coisas mudam", desabafa.

E mudam mesmo. O FC Porto, de que Tomás Costa fez parte na época passada, por exemplo, mudou radicalmente. "Tenho visto os jogos sempre que posso e estou a par de tudo. Têm jogado muito bem e despertado atenções na Europa inteira. Aliás, tenho lido jornais ingleses e italianos e já vi referências elogiosas à forma de jogar deste FC Porto", diz. Tomás Costa concorda com esses elogios e, com o natural conhecimento de causa, sente legitimidade para os detalhar.
"Tem sido uma equipa agressiva, que cria muitas situações de golo, porque os avançados são terríveis para qualquer defesa. Falcao, que eu já conhecia da Argentina, nunca me surpreendeu: é um fenómeno e vai cansar-se de tanto marcar", atira, com sorrisos à mistura. Mas há mais por onde seguir na análise. "O FC Porto ganhou muito com a chegada de Moutinho", assegura, apontado como efeito colateral da nova configuração do meio-campo "o nível actual de Belluschi".


Encantado com a dinâmica imposta por André Villas-Boas, com quem trabalhou na pré-temporada, Tomy admite que gostaria de entrar nos planos futuros do treinador. "Sim, claro que gostaria. Tenho mais dois anos de contrato e o FC Porto é um excelente clube para jogar; uma instituição fantástica. Espero ter outra oportunidade. De qualquer forma, ter ganho quatro títulos em dois anos já foi algo muito importante na minha carreira."

Para Tomás Costa, os dragões estão bem lançados para conquistar o título, perdido para o Benfica na última época. Aos que chegaram de novo e que, por isso, podem estrear-se na sensação de vencer o campeonato português, como João Moutinho ou Otamendi, o médio deixa uma mensagem especial. "A melhor recordação que tenho foi precisamente o primeiro campeonato que ganhei no FC Porto. Ver toda aquela gente nos festejos de rua é uma coisa inesquecível; fiquei muito surpreendido na altura. Dei-me conta da dimensão do clube; aqueles milhares de pessoas que saudavam o nosso autocarro descapotável. Essa paixão dos adeptos ficou-me gravada", remata.

Contrato tem cláusula para sair em Janeiro

Como já se disse, a vida de Tomás Costa no Cluj não tem sido fácil: um jogo no campeonato e outro na Taça romena, ambos incompletos. O jogador ainda não desistiu da ideia de afirmar-se na Roménia, mas explica que até pode sair na próxima janela de transferências. "O FC Porto acautelou a possibilidade de eu sair na reabertura do mercado se houver uma proposta de outro clube ou se quiser que regresse. Não quero pensar nisso, mas apenas em jogar e garantir continuidade. Conheci aqui dois argentinos, Culio e Peralta, que me têm ajudado na adaptação."


"Com Jesualdo era sim ou... sim"

Ao contrário do que possa pensar-se, por não ter sido opção regular nos dois anos que passou no Porto, Tomás Costa gostou muito de trabalhar com Jesualdo Ferreira. "É um grande treinador, um professor de futebol como lhe chamávamos no balneário. Muito táctico e obcecado pelo trabalho. Foi o meu primeiro Treinador europeu, recebeu-me bem e estava sempre atento ao que se passava connosco fora dos relvados. Em termos futebolísticos, o conceito mais claro que nos deixou foi o da recepção de bola orientada, com o passo seguinte calculado, e a importância da boa colocação em campo. Os argentinos devem saber do que falo quando observam o Bolatti actual. Ganhar um segundo na jogada é um momento-chave e Jesualdo Ferreira fazia finca-pé nisso: era fundamental para ele e tínhamos de aprender. Era sim ou sim", conta, divertido.

Na memória de Tomy ficou gravada, pela negativa, a eliminação nos quartos-de-final da Champions, com o Manchester. "Empatámos a dois em Inglaterra e perdemos no Porto, com um golo de 40 metros. Ainda estivemos perto de empatar, mas ficámos com essa espinha atravessada. Doeu-nos menos perder por 5-0 com o Arsenal nos oitavos do ano seguinte", confessou o argentino.

"Criei expectativas com a saída de Lucho"

Tomás Costa encara o problema de frente e não foge às responsabilidades: a passagem pelo FC Porto esteve longe de ser um sucesso absoluto a nível individual.
Faltou-lhe exactamente o quê para vingar em Portugal? "Faltou afirmar-me", diz prontamente. Depois, procura os detalhes para explicar o insucesso. "Acho que estive em 70 jogos nos dois anos [fez 71, 40 dos quais no campeonato], mas não me consolidei como titular. Criei muitas expectativas depois da saída do Lucho, porque se abriu uma vaga, mas logo chegaram Belluschi, Valeri e passou a haver mais gente para aquela posição. Eu entrava e saía, com várias posições em campo e nunca com um lugar fixo. Gostaria de emendar isso."

Saudades dos churrascos no terraço de Mariano

Saudade. Tomás Costa aprendeu a tal palavra sem tradução noutras línguas. "Sinto falta do Porto, onde já tinha as minhas coisas. O meu apartamento, o meu automóvel, os meus amigos. Mas, a minha profissão obriga-me a saber adaptar-me às mudanças. Não havendo continuidade no FC Porto, o melhor era sair. Tínhamos chegado a esse acordo". Alguns dos amigos mais chegados do plantel também já partiram para outras paragens: Lucho e Lisandro, por exemplo. "Houve muitos jogadores importantes com quem me cruzei. Lucho, Lisandro, Bruno Alves, Meireles. Era um plantel de grande qualidade. Jogadores que, apesar de terem ganho muito, sentiam sempre fome de glória. Isso ajudou-me muito a interiorizar rápido o que era o FC Porto. Tive de mudar o chip, porque estava habituado a lutar por coisas diferentes no [Rosário] Central".

Os argentinos foram determinantes na primeira aventura europeia. "Fiz grandes amigos. Quando cheguei, Lucho e Lisandro estavam sozinhos e acabei por passar mais tempo com eles. Mariano, Tecla Farías, os colombianos e os uruguaios tinham a família. Fiz uma amizade fantástica com Lucho e Licha. Aliás, visitei o Lucho em Marselha há pouco tempo. É um dos meus melhores amigos. O Lisandro tem também uma qualidade humana impressionante". Há outra coisa de que sente falta: os "asados", ou churrascos, em casa de Mariano. "Ele vive no último piso de um prédio e tem um terraço onde podíamos assar. O Mariano começava sempre a cozinhar, mas o Tecla tinha a mania de meter a mão, porque é um perfeccionista de um bom churrasco. Nunca nos faltou a carne nem erva para o mate [o chá que os sul-americanos não dispensam]".”

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