sexta-feira, 31 de julho de 2020

Antevisão da Final da Taça de Portugal


1 – Aqui está a antevisão de Sérgio Conceição e de Danilo Pereira da final da Taça de Portugal, frente ao Benfica.

“"ESTAMOS PRONTOS PARA UM JOGO IMPORTANTE"
Sérgio Conceição projetou a final da Taça de Portugal, frente ao Benfica, que se vai jogar em Coimbra (sábado, 20h45)
Sérgio Conceição não esconde que o principal objetivo da época foi alcançado com a conquista do título de campeão nacional, mas o FC Porto quer muito juntar-lhe a Taça de Portugal, troféu que escapa aos Dragões desde 2011. Na antevisão da final, que reserva o terceiro clássico de 2019/20 com o Benfica, o treinador portista reconheceu que pela frente estará um adversário forte e de qualidade, mas a vontade do grupo em erguer um troféu que já merecia ter erguido no ano passado é enorme. Vencer, como sempre, é o único objetivo dos campeões nacionais. A final da Taça de Portugal está agendada para este sábado, às 20h45 (RTP1), no Estádio Cidade de Coimbra.
A mesma preparação de sempre
“A preparação do jogo foi exatamente igual a todas as outras semanas que antecederam jogos importantes. Não mudou nada. Foi uma semana normal de trabalho. Como o Danilo disse, e bem, foi uma semana de trabalho com muita ambição, determinação, confiança e alegria. Depois do jogo de Braga, tivemos que o dissecar e ver o que correu bem e menos bem, mas estamos prontos para um jogo importante. Está em causa e em jogo um título.”
O passado é passado
“Com a experiência que tenho neste mundo do futebol, acho que os dois jogos contra o Benfica ou o campeonato que ganhámos, por muito contentes que estejamos, já fazem parte do passado. O importante é o jogo de amanhã. Nada do passado intefere na preparação para este jogo.”
Sempre a aprender
“Aprendo todos os dias com os jogadores, com as pessoas que trabalham comigo no Olival, e são muitas, e até com o tratador da relva, não desprestigiando. Até aprendo mais com ele do que com outros. A aprendizagem é contínua e diária. Os anos passam e vamos ganhando essa maturidade com toda essa aprendizagem diária. Estou sempre aberto a aprender.”
A experiência do treinador do Benfica
“O Bruno Lage não tinha muita experiência quando pegou na equipa do Benfica e fez um bom trabalho. O Nélson Veríssimo já é treinador há alguns anos, mas normalmente só se olha quando chegam a equipas da Primeira Liga. Muitos treinadores têm um trajeto longo na formação e nas equipas secundárias. Não vejo que haja algum tipo de vantagem por aí. Há pequenas diferenças na dinâmica, porque um ou outro jogador é diferente, mas estamos preparados.”
O melhor onze para ganhar
“Vou escolher o onze que me dá mais garantias para ganhar a final.”
Os elogios de Luís Gonçalves
“Nas férias ainda suporto elogios, mas em competição… O Engenheiro não dá muitas entrevistas, mas de vez em quando tem que falar. Foi uma peça muito importante neste título, como muitos outros, até ao nosso grande presidente. Olho para esses elogios com responsabilidade e com vontade de continuar a agradar às pessoas. Isso só se consegue trabalhando muito e obtendo resultados.”
O FC Porto campeão na comunicação social
“Vi uma grande alegria dos adeptos do FC Porto e de toda a estrutura. Tudo aquilo que é falar de futebol no sentido dessas situações que gravitam à volta deste desporto tão bonito e apaixonante, a nós não tem que interferir em nada. Sejam estatísticas ou o que se fala na imprensa. Temos de nos focar no nosso trabalho e no nosso objetivo, que é chegar bem ao jogo e poder vencê-lo. Corremos o risco de nos distrairmos e um milésimo de segundo pode fazer a diferença entre a bola entrar ou não.”
A estratégia do adversário
“Não posso controlar a estratégia do adversário, só depois de começar o jogo, mas controlamos o nosso trabalho, a nossa estratégia e o nosso plano. Trabalhamos no máximo para estarmos num nível muito alto. É uma final apaixonante porque é imprevisível. Não há favoritos em finais e muito menos nesta, disputada por dois clubes históricos.”
Matheus Uribe e Luis Díaz ainda no boletim clínico
“Trabalharam de forma condicionada. Todas as horas são importantes para nos darem respostas mais concretas sobre a utilização deles. Vamos esperar até próximo do jogo. O cenário não é fantástico, mas também não é deprimente. Se não estiverem eles, estarão outros com igual qualidade e que querem ganhar tanto como eles.”
O trabalho durante a quarentena
“Tivemos que fazer muitas coisas diferentes, pois foi uma situação nova para toda a gente. O importante foi o estado de espírito fantástico de todos: jogadores, staff e Departamento de Saúde, que foi essencial durante o tempo de paragem. Imaginem querer um determinado treino para um jogador que vive num apartamento e para outro que tem um jardim. Tivemos de nos adaptar a isso, mas houve muita gente a contribuir para que os jogadores tivessem a carga que queríamos, bem como a qualidade de trabalho. Depois, estávamos permanentemente em contacto, pois além do trabalho físico havia também o trabalho emocional. Fizemos muitas videoconferências, a ver jogos nossos antes da paragem. Não foi fácil, mas foi muito bom e os jogadores perceberam que era um período decisivo na época. Para já, não foi mau, pois ganhámos o campeonato, mas falta ganhar a Taça de Portugal.”
As sensações antes de jogos como este
“Quando era jogador, gostava de sentir o frio na barriga até à hora que o jogo começava, mas depois passava com o foco e a concentração. Enquanto treinador, quero sentir sempre essa adrenalina, que é importante, mas o frio na barriga sinto em outras situações na minha vida quando encontro pessoas com dificuldades, nomeadamente crianças e pessoas idosas. Isso toca-me. Na visita ao IPO, por exemplo, é um sentimento difícil de explicar. Levo isto para este campo porque há coisas mais importantes do que uma final ou um jogo de futebol. Tenho a adrenalina normal de um jogo de futebol, não mais do que isso. Para a minha carreira, é um título importante, mais que não vai mudar nada. Tenho de continuar a evoluir naquilo que sou, mas é mais um título importante para juntar aos que já conseguimos.”
A pressão de ganhar
“Não há um aparelho que avalie essa pressão, mas nada do que se passou entra na preparação do jogo e no nosso foco para o jogo. Não é pelas duas finais anteriores que perdeu que o FC Porto vai querer ganhar mais amanhã. O FC Porto quer sempre ganhar.”
Ganhar, seja onde for
“É um gosto ganhar, nem que seja na China. Sou de Ribeira de Frades, uma aldeia perto de Coimbra, e sempre que lá vou tenho recordações bonitas da minha infância, mas não mais do que isso. Ganhar aqui, no Cazaquistão ou na China é igual. O importante é ganhar.””

“"TEMOS QUE JOGAR UMA FINAL E AS FINAIS SÃO PARA GANHAR"
Danilo esteve ao lado de Sérgio Conceição na projeção da final da Taça de Portugal, frente ao Benfica, que se realiza em Coimbra (sábado, 20h45)
É já este sábado que se disputa a final da Taça de Portugal, que terá como palco o Estádio Cidade de Coimbra (20h45, RTP1). O capitão Danilo sentou-se ao lado do treinador Sérgio Conceição para perspetivar o clássico com o Benfica e deu voz ao sentimento que reina no balneário dos campeões nacionais: o foco está em fazer um bom jogo, ganhar e selar a tão desejada dobradinha no fecho da longa época de 2019/20. Danilo não esconde que o grupo quer muito erguer o troféu da Taça de Portugal, que foge aos Dragões desde 2011.
Bom espírito para a final
“Temos que estar bem e vejo a equipa confiante e com bom espírito. Isso é importante para defrontar um adversário que não é fácil e que é nosso rival. Temos treinado bem e trabalhado bem. Temos de ter um bom espírito para ganhar esta final.”
Motivação no máximo
“Um final da Taça é sempre uma motivação extra para nós. Desde que o mister Sérgio Conceição chegou, estamos sempre a lutar em várias frentes e não descartamos nenhuma. As estatísticas são apenas história. Temos que jogar uma final e as finais são para ganhar.”
Um título importante
“A importância deste título é grande. Depois do campeonato, é o título mais importante em Portugal. Para os jogadores, para o staff, para os adeptos e para o clube é importante conquistar este título. Olhamos com muita ambição para esta final, mesmo sabendo que já estivemos em algumas finais e que não conseguimos ganhar. Queremos mudar isso e vamos com muita ambição para este jogo. Mesmo que tivéssemos ganho as duas finais anteriores, a ambição de ganhar esta seria a mesma. No FC Porto somos ambiciosos por natureza e queremos ganhar o máximo de títulos possível. Vamos lutar por mais este título.”
As duas vitórias sobre o Benfica no campeonato
“Ganhar os dois jogos contra o rival no campeonato é sempre motivador. Mas uma final é um jogo diferente, em que o nível de motivação vai estar muito alto. Não depende do momento das equipas, pois é só um jogo. Não é por termos ganho os dois jogos no campeonato que sentimos que estamos por cima. Temos de ser muito fortes para trazer a Taça para casa.”
Um FC Porto forte após a paragem
“Foi o espírito que tivemos que fez a diferença. Nunca deixámos de trabalhar, mesmo estando em quarentena, numa situação atípica e nunca vivida antes. Continuámos sempre com o mesmo foco, pois sabíamos que o campeonato iria regressar e que ganhava quem tivesse a mentalidade mais forte. Foi com esse intuito que trabalhámos sempre e mantivemo-nos focados no nosso objetivo.”
Ainda há um título para conquistar
“Não fazia sentido olhar para a próxima época porque esta ainda tem muita coisa em disputa. Não fazia sentido pensar em algo que não seja o futuro mais próximo.””

Em

2 – O meu palpite para a equipa titular é:
Diogo Costa; Manafá, Mbemba, Pepe e Alex Telles; Danilo, Sérgio Oliveira e Otávio; Corona, Marega e Luis Diaz.

3 – Sobre o jogo
É uma final e não há finais fáceis, por isso esta não será diferente. Não se espera um jogo fácil, mas espera-se que os comandados de Sérgio Conceição transformem as dificuldades em facilidades. Para tal espera-se um FC Porto competente; concentrado; coeso; confiante; empenhado; determinado; motivado; ambicioso; rigoroso; sólido; solidário; unido; e eficaz tanto a defender como a atacar.
Força FC Porto!

terça-feira, 28 de julho de 2020

O Fim dos Programas com Comentadores Dos 3 Grandes na SIC e TVI

Ontem, surpreendentemente, a direção da SIC Notícias anunciou o fim dos programas desportivos com comentadores dos 3 grandes, Play Off e Dia Seguinte. Ricardo Costa, diretor de informação do canal, argumentou que “A pandemia podia ter ajudado a que os agentes do futebol percebessem bem a situação em que o futebol, como toda a sociedade se encontra, mas infelizmente não foi isso que aconteceu. Ou seja, o regresso do futebol voltou ainda pior do que estava antes em termos de guerra entre os clubes“. Ricardo Costa acrescentou que “Esse ambiente de toxicidade que se foi criando à volta deste tipo de programas, e para o qual contribui muito os próprios clubes e as suas máquinas de comunicação, coloca-nos perante uma situação de que chegou a altura de terminar este tipo de programas na SIC Notícias“. Explicou que “achamos que temos de dar o salto em frente e continuar a acompanhar o desporto e o futebol de outra forma, mais com jornalistas e comentadores”. 
Quais jornalistas e quais comentadores? Se vão manter os que costumam comentar, não estou a ver onde vai baixar a toxicidade. Aguardemos.  Percebo o argumento da toxicidade, mas Não me parece fazer muito sentido reforçar que a pandemia piorou a situação. Querem ver que o vírus, de repente, começou a afetar estes programas e o futebol português como antes não acontecia? 

Entretanto, também ontem, a TVI24 anunciou, igualmente, o fim do mesmo formato de programas, Livre Direto e o Prolongamento. 

O FC Porto, através do Dragões Diário, reagiu desta forma: 
Para que fique claro
A direção de informação da SIC anunciou ontem o fim dos programas que integravam painéis de comentadores identificados como adeptos do FC Porto, do Benfica e do Sporting, alegadamente devido ao “ambiente de toxicidade” que se gerou em torno destes debates, supostamente agravado durante pandemia “e para o qual contribuem muito os próprios clubes e as suas máquinas de comunicação”. Em condições normais, o FC Porto não teria nada a dizer sobre uma decisão editorial deste género – cuja legitimidade não é colocada em causa –, mas tendo em conta a justificação avançada por Ricardo Costa, diretor de informação da SIC, cumpre esclarecer algumas coisas: o FC Porto nunca indicou qualquer comentador à SIC, nunca discutiu a seleção de comentadores com alguém da SIC, nunca instrumentalizou comentadores da SIC e nunca veiculou qualquer linha discursiva ou estratégia de comunicação através de comentadores da SIC – e o que se aplica à SIC aplica-se a todos os outros canais. A direção de informação da SIC pode e deve tomar as decisões que entender, mas é inaceitável que queira sacudir as responsabilidades sobre os conteúdos que passa em antena para quem as não tem. Além disso, o FC Porto não pode deixar de notar que se mantém inamovível a posição de um comentador desportivo da SIC, Rui Santos, que se tem notabilizado pela difusão de argumentos notoriamente racistas, conforme já foi salientado pela SOS Racismo. Isso sim, mereceria um cabal esclarecimento público, de preferência sem desculpas esfarrapadas. A não ser que para a direção de informação da SIC os discursos racistas devam ser tolerados ao ponto de não serem considerados produtores de um “ambiente de toxicidade”.”

Perante tudo isto, sobra-me duas questões: porquê agora? E porque os dois canais anunciaram a mesma decisão no mesmo dia? Há algo de estranho aqui. Vamos ver o que o tempo nos reserva e, estou certa, encontraremos respostas para as questões. 


sábado, 25 de julho de 2020

Crónica e Análise: Sporting de Braga 2 – FC Porto 1


1 – Crónica

Na noite deste sábado o FC Porto deslocou-se ao terreno do Sporting de Braga, em jogo a contar para a 34ª jornada da I Liga. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 2-1.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por Diogo Costa; Manafá, Pepe, Diogo Leite e Alex Telles; Danilo, Uribe e Otávio; Corona, Soares e Luis Diaz.
O FC Porto entrou bem em jogo e ao minuto 6, Uribe colocou os Dragões em vantagem. No entanto, o médio lesionou-se no mesmo lance, o que fez com que Sérgio Conceição fosse forçado a retirá-lo do campo por troca com Sérgio Oliveira. Em vantagem, os Dragões apostaram na gestão e controlo da partida, sem permitir que o Sporting de Braga conseguisse criar real perigo para a baliza à guarda de Diogo Costa. Mais tarde, minuto 30, Soares ficou perto de marcar, não fosse um jogador adversário ter afastado a bola. Na resposta, minuto 31, o Sporting de Braga tentou criar perigo, mas o jogador Bracarense falhou o alvo. Já muito perto do intervalo, Alex Teles viu o guarda-redes adversário negar-lhe os festejos após a cobrança de um livre. Depois Sérgio Oliveira chegou a marcar, contudo, o golo foi anulado por fora de jogo.
No segundo tempo, ao minuto 54, o Sporting de Braga reestabeleceu a igualdade no marcador, para esse desfecho muito contribuiu o desvio em Zé Luis. Na resposta, minuto 55, Otávio procurou ser feliz, mas viu o guarda-redes bracarense travar-lhe o remate. Do outro lado do campo, foi Diogo Costa quem, por duas vezes, segurou o empate. Ao minuto 66, o jovem guarda-redes portista viu a bola acertar em cheio no poste da sua baliza, mas na sequencia do lance, o Sporting de Braga marcou e colocou-se na frente do marcador. Minutos depois, minuto 73, Diogo Costa voltou a negar um golo ao adversário. Do outro lado do campo, minuto 77, Corona tentou afinar a pontaria, mas falhou o alvo.
Com esta vitória o FC Porto termina o campeonato com 82 pontos, mais 5 que o segundo classificado, o Benfica.

2 – Análise

O FC Porto entrou em campo com o objetivo de somar os 3 pontos, prova disso foi a aposta de Sérgio Conceição num onze, sem fazer descansar nenhum daqueles que são os habituais titulares. Diogo Costa voltou a ser aposta e bem, de modo a somar minutos antes da final da Taça. Os Dragões fizeram uma boa primeira parte, marcaram cedo e procuraram controlar o jogo. Para Uribe o golo teve um sabor agridoce, já que marcou o golo e lesionou-se no mesmo lance. Não deu para o médio continuar em campo e para o seu lugar entrou Sérgio Oliveira, recuperado de lesão. O segundo tempo foi diferente, porque o Sporting de Braga, que necessitava de somar os 3 pontos, naturalmente foi atrás do prejuízo. E conseguiu ser feliz. O golo do empate surgiu por infelicidade da defesa portista, já que a bola bateu em Zé Luis e traiu Diogo Costa. Obviamente esse golo animou os da casa que acabaram por conseguir marcar outro golo. Antes, Luis Diaz saiu lesionado, o que tirou poder de reação no ataque portista. Destaco Uribe por, finalmente, ter conseguido marcar um golo neste campeonato. Agora é fácil dizer que Uribe e Luis Diaz não deveriam ter jogado, porque assim ambos ficam em risco para a final da Taça por lesão e que mais valia ter apostado em Fábio Vieira e Vítor Ferreira, por exemplo. De facto os dois jovens poderiam ter sido aposta no onze, mas estou certa que o objetivo do treinador seria manter em competição os jogadores que poderiam ser aposta para a final, no caso Uribe e Luis Diaz, gerindo o esforço e substituindo-os durante o jogo. Entendo, por isso, a titularidade de ambos.
Em suma, o FC Porto perdeu um jogo que deveria ter vencido, para terminar o campeonato com uma vitória. É, por isso, um resultado amargo. Contudo, há que ter a consciência que os Dragões não jogaram sozinhos e o Sporting de Braga, que necessitava de pontos, fez pela vida. Talvez inconscientemente, a final da Taça tenha entrado na cabeça dos jogadores, visto que o objetivo campeonato já estava alcançado e, por isso, a capacidade de reação da equipa no segundo tempo tenha sido menos contundente. Este foi um campeonato difícil, muito longo e com altos e baixos, mas o principal objetivo foi alcançado, o título de campeão. Agora é o momento de olhar para a final da Taça. Vamos Porto!




sexta-feira, 24 de julho de 2020

Antevisão da 34ª Jornada da I Liga


1 – Aqui está a antevisão de Sérgio Conceição da 34ª jornada da I Liga, frente ao Sporting de Braga.

“"O NOSSO OBJETIVO É IR LÁ E CONQUISTAR OS TRÊS PONTOS"
Sérgio Conceição projetou o SC Braga-FC Porto, da 34.ª e última jornada da Liga NOS (sábado, 21h15)
A 34.ª e derradeira jornada do campeonato vai levar o FC Porto até ao Estádio Municipal de Braga, onde defronta o SC Braga (sábado, 21h15, Sport TV), ainda com aspirações em chegar ao terceiro lugar. Sérgio Conceição espera um adversário forte e com a motivação em alta, mas os campeões nacionais não vão ao Minho para passear. O pensamento está em somar mais uma vitória e atingir a marca dos 85 pontos no campeonato, a mesma da época passada. À entrada para esta ronda, o campeão nacional FC Porto totaliza 82 pontos, mais oito do que o Benfica, segundo classificado. O SC Braga, por sua vez, ocupa a quarta posição, com 57 pontos, menos três do que o Sporting.
Mais um jogo de campeonato
“Esperamos mais um jogo de campeonato contra uma equipa que nos últimos anos tem feito excelentes prestações. Obviamente que é sempre um campo difícil de se jogar, mas a preparação para o jogo não mudou em absolutamente nada, foi feita como em todas as outras jornadas do campeonato. Olhamos para o adversário, para os pontos fortes e menos fortes, e delineamos e definimos a nossa estratégia. O nosso objetivo é ir lá e conquistar os três pontos.”
O SC Braga sob o comando de Artur Jorge
“Há coisas diferentes. No último jogo, inclusive, jogou em 4-4-2, com dois avançados puros. Acredito que contra nós isso não vai acontecer. Estamos preparados para o que vamos encontrar. Naquilo que é a dinâmica de jogo, há uma ou outra situação que são diferentes, mas também conhecemos as características dos jogadores. É uma equipa conhecida e sabemos que há situações a que temos de estar atentos. Espero um SC Braga forte e com a tal motivação de tentar conseguir algo que o clube quer muito, que é ficar no pódio do campeonato. Mas temos de olhar para nós e preparar o jogo da melhor forma para vencer.”
As derrotas no Dragão e na final da Taça da Liga
“Os jogos são todos diferentes. O jogo do campeonato e da final da Taça da Liga foram diferentes e este também será. O que tem de nos motivar e de estar na nossa cabeça é o trabalho diário e a preparação para o jogo. Vamos encontrar dificuldades diferentes, mas também depende do que fizermos no jogo. Tem a ver com a forma como estivermos em campo, mas sabemos tudo o que é o nosso ADN. Muito daquilo que o adversário fizer tem a ver com a forma como estivermos em campo. Cada jogo tem a sua vida e a sua história.”
A pressão de ganhar
“Quem está nestas equipas, tem sempre pressão para ganhar. O SC Braga precisa de ganhar para conseguir o terceiro lugar, mas isso não nos diz respeito. Representamos um clube histórico e todos os dias em que entramos aqui temos o compromisso de dar o máximo. Para nós é importante a conquista dos três pontos.”
A final da Taça de Portugal fica para depois
“Os ensaios que se vão fazer são depois do jogo com o SC Braga. A estratégia vai ser definida em função desse jogo que temos na próxima semana, mas o jogo mais importante neste momento é com o SC Braga. Ninguém prepara dois jogos ao mesmo tempo. Pode haver lesões e castigos e isso já muda o que será o próximo jogo. ”
O símbolo de campeão no equipamento
“É bonito e é fruto de muito trabalho durante uma época bem longa e difícil para toda a gente. Demos o máximo para ter o símbolo de campeão nacional na camisola e é um gosto tremendo.”
Sérgio Oliveira a recuperar
“Está bem melhor e até poderá entrar já nesta convocatória, mas cada hora que passa é importante. Marcano está fora e é um jogador importante. Há mais um ou outro jogador em dúvida, mas depois passaremos essa informação.”
Um título que é de muitos
“Não gosto de elogios, sem demagogia ou hipocrisia. Há muita gente importante neste título que ninguém vê e conhece. O treinador está sempre na berlinda, mas é mais do que merecido falar no nosso presidente, a pessoa mais importante do clube há muitos anos. Sou apenas um trabalhador como tantos outros, mas apareço mais e sou mais mediático. Há tanta gente que teve um peso tão grande nesta conquista… A começar no tratador da relva, pois sou chato com a altura da relva ou se há uma mancha ou outra. Também há o Departamento de Saúde, o Departamento de Comunicação, etc. É injusto dar o mérito a uma só pessoa e eu não o quero.”
O melhor jogador do campeonato foi o FC Porto
“O melhor jogador do campeonato foi o FC Porto. Um dia foi o Corona, noutro o Alex, etc, mas muitas vezes o MVP Liga Portugal não é o mesmo que o MVP Porto. Eu escolhia sempre jogadores diferentes do que são escolhidos, mas isso sou eu. Há jogadores menos espetaculares mas que são muito importantes para a equipa. Para mim, a equipa do FC Porto foi o melhor jogador do campeonato.”
Números que falam por si
“O grito funciona durante uma semana e eu estou aqui há três anos. Se as pessoas não forem competentes e não houver qualidade, não há milagres. O que conta é a qualidade do trabalho a todos os níveis, uma equipa técnica sólida e competente, tal como todos os departamentos que a acompanham. Não tenho por hábito armar-me em treinador, mas tenho todo o gosto em falar de futebol e não do futebol. Muitas vezes não é o homem que marca o golo, mas sim todo o trabalho da equipa até chegar ao golo. Os números e os resultados falam por si.”
O mercado de transferências não entra no Olival
“Nesta altura recebo sempre muitas mensagens sobre jogadores. Como em tudo na vida, também há empresários e agentes bons e menos bons. Não vale a pena mandarem mensagens até à final da Taça de Portugal, pois não olho para jogadores, para contratos, para absolutamente nada. Temos mais dois jogos para fazer e para ganhar. Não falei nada com ninguém, nem com o presidente nem com Luís Gonçalves.””

Em

2 – O meu palpite para a equipa titular é:
Diogo Costa; Manafá, Pepe, Diogo Leite e Alex Telles; Danilo, Uribe e Otávio; Corona, Marega e Luis Diaz

3 – Sobre o jogo
Este jogo é o ponto final neste campeonato que teve tanto de longo quanto de difícil. Não se esperam facilidades, mas espera-se que os comandados de Sérgio Conceição transformem as dificuldades em facilidades. Para tal espera-se um FC Porto competente; concentrado; coeso; confiante; determinado; empenhado; ambicioso; rigoroso; motivado; sólido; solidário; unido; e eficaz tanto a defender como a atacar.
Força FC Porto!