2015 está a chegar ao fim, é, por isso, hora de fazer um
balanço do ano em tons de azul e branco. Quero, desde já, referir que o texto
será longo…
Não foi, de todo, um ano perfeito – no que diz respeito ao
futebol - até porque faltaram os títulos, mas foi um ano com algumas surpresas
interessantes que nem o mais crédulo dos portistas ousava acreditar possíveis
de se concretizar.
Começando pela Liga dos Campeões, o FC Porto disputou os
oitavos de Final frente ao Basileia; após eliminar os suíços defrontou o Bayern
de Munique nos quartos de final. A primeira mão, no Dragão, foi perfeita, o FC
Porto venceu por 3-1, fez uma exibição de gala que deixou os portistas
orgulhosos. Só que no espaço de uma semana, o universo azul e branco desceu do
céu ao inferno com estrondo. É que na segunda mão tudo correu mal e o FC Porto
foi eliminado da prova. Para a história ficará a eliminação, mas pelo menos
para mim, na memória fica o fantástico jogo da primeira mão. Não, não sou
apologista de vitórias morais, mas foi a prova de que por vezes as equipas com
menos poder financeiro conseguem neutralizar os tubarões dessa europa do
futebol.
A taça da Liga terminou sem grande história. Após passar às
meias-finais, o FC Porto foi derrotado pelo Marítimo e viu, assim, fugir a
hipótese de disputar a final da competição.
Quanto ao campeonato Nacional, digamos que o FC Porto podia
ter disputado o título até ao final, só que não foi isso que se passou. Na
penúltima jornada os Dragões não venceram no restelo e acabaram por entregar de
bandeja o título ao Benfica que nem tinha vencido o seu jogo. Para a história
desse campeonato fica o facto do Benfica ter revalidado o título, mas para nós
portistas fica na memória o facto de ter existido um manto protetor, ou um
colinho – como lhe queiram chamar – ao qual o FC Porto respondeu com um
silêncio ensurdecedor, apenas interrompido por Lopetegui.
Terminada a época 2014-2015, era chegada a hora de preparar
a época seguinte. Para não ser muito diferente dos outros anos, Lopetegui viu grande
parte dos jogadores habituais titulares – Fabiano, Danilo, Alex Sandro,
Casimiro, Oliver, Quaresma e Jackson – saírem e, novamente, teve de reconstruir
a equipa.
Enquanto o futebol Português recuperava do abalo provocado
pela troca de Jorge Jesus da Luz para Alvalade; e surgiam as primeiras notícias
que apontavam Maxi ao FC Porto, eis que surge a “bomba”: o FC Porto ia contar
no plantel com Casillas. Seguramente a contratação mais surpreendente dos
últimos tempos e que fez com que o nome FC Porto seja, ainda mais , conhecido
por esse mundo fora.
Só após a contratação de Casillas, é que realmente se
confirmou a contratação de Maxi, que assim passou de adversário odiado a
jogador apreciado. Para além de Maxi e Casillas, Lopetegui passou a contar com
Layun, Cissokho, Danilo, Imbula, André André, Sérgio Oliveira, Corona, Varela,
Bueno e Osvaldo.
Até agora à a referir que o FC Porto continua em prova na
Taça de Portugal; está em primeiro lugar no campeonato nacional; iniciou, não
da melhor forma a participação na Taça da Liga; e transitou da Liga dos
Campeões para a Liga Europa.
Não posso, de forma alguma, terminar o balanço referente ao
futebol sem reservar umas linhas para a equipa B portista que está a fazer um
campeonato francamente fantástico. Luís Castro conta com uma equipa recheada de
novos jogadores, onde não falta o talento, a ambição, motivação e a vontade de
vencer. É por isso que, sem surpresa, os B’S estão no primeiro lugar da Segunda
Liga.
No andebol, em 2015, houve motivos para os adeptos portistas
sorrirem e estarem orgulhosos. Começando pela conquista do heptacampeonato, num
playof disputado com o Sporting em que o título se decidiu no jogo final e nos
segundos finais; passando pela caminhada na EHF Liga dos Campeões que, apesar
de muito boa não permitiu que os Dragões avançassem para a fase seguinte da
prova; e o fantástico campeonato em que o FC Porto soma 17 vitórias em outros
tantos jogos. É caso para dizer, em 2016 continuem assim, rapazes!
2015 foi o ano do regresso do basquetebol à primeira Liga.
Mas também foi o ano da renovação no hóquei.
Para terminar, quero desejar a todos os que visitam este
cantinho portista um feliz 2016, repleto de coisas boas: paz, alegria, amor,
saúde, sucesso, trabalho; que concretizem os sonhos ou desejos formulados para
o próximo ano; e que lá para Maio a festa do campeonato seja feita em tons de
azul e branco! Feliz ano novo!
PS. Que em 2016 os assobiadores percebam que a sua triste
atitude não ajuda nada a equipa, bem pelo contrário só moraliza os adversários,
é o que se deseja. Tal como se deseja que os dirigentes portistas emerjam do
silêncio em que estão mergulhados.