sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Crónica e Análise: Paços de Ferreira 3 – FC Porto 2

        

1 – Crónica

 

Na noite desta sexta o FC Porto deslocou-se ao terreno do Paços de Ferreira, em jogo a contar para a 6ª jornada da Iliga. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 3-2.

Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por: Marchesin; Corona, Mbemba, Diogo Leite e Manafá; Grujic,  Uribe, Sérgio Oliveira, Otávio, Evanilson e Marega.

O FC Porto entrou algo apático e o Paços aproveitou esse facto da melhor forma, colocando-se em vantagem ao minuto 11. Os Dragões tentaram reagir rapidamente, mas faltou eficácia. Evanilson, ao minuto 12, não conseguiu levar a melhor sobre o guarda-redes. Ao minuto 13, foi Grujic quem tentou, contudo não conseguiu ser eficaz. Mais tarde, minuto 23, num livre, Sérgio Oliveira ficou perto, muito perto do empate, mas a bola foi ao poste. Do outro lado do campo, ao minuto 33, o Paços criou perigo. Pouco depois, minuto 38, os da casa chegaram mesmo a marcar, mas o golo foi anulado. Contudo, os pacenses marcaram ao minuto 43. O FC Porto, viria a reduzir a desvantagem no marcador, em tempo de compensação da primeira parte, por intermédio de Sérgio Oliveira, na cobrança de uma grande penalidade.

No início do segundo tempo Sérgio Conceição alterou as peças do xadrez azul e branco, lançando Nakajima e Luis Diaz para os lugares de Uribe e Grujic. Ainda assim, voltou a ser o paços a entrar melhor e ao minuto 57 tentou criar perigo junto da baliza à guarda de Marchesin, só não conseguiu, porque Diogo Leite conseguiu bloquear o remate do adversário. Mas ao minuto 59, marega jogou a bola com a mão dentro da área, grande penalidade assinalada e o Paços voltou a marcar. Minutos depois, minuto 63, o Paços acertou com a bola na trave da baliza portista. E ao minuto 66, foi Marchesin quem travou os festejos dos da casa. Mais tarde, do outro lado do campo, minuto 78, Otávio reduziu a desvantagem dos azuis e brancos no marcador. Já perto do final, o Paços voltou a criar perigo.

Com este resultado o FC Porto permanece com 10 pontos.

 

2 – Análise

 

Não se esperava um jogo fácil, mas esperava-se que os comandados de Sérgio conceição dessem a volta às dificuldades e transformassem-nas em facilidades. Contudo não foi o que se passou. O FC Porto não entrou bem em jogo e nunca se conseguiu encontrar. Os Dragões sofreram um golo relativamente cedo, tentaram reagir mas não conseguiram ser eficazes. Depois acabaram por sofrer outro golo, sendo que conseguiram reduzir a desvantagem à beira do intervalo. No segundo tempo as substituições efetuadas (e quanto a mim bem) por Sérgio Conceição tinham como objetivo soltar a equipa, procurando que esta conseguisse chegar ao empate. No entanto, a equipa não conseguiu concretizar esse objetivo, visto que o volume ofensivo traduziu-se em poucos remates. Entretanto a defesa voltou a falhar, já que o Paços voltou a marcar. Os Dragões ainda reduziram a desvantagem, mas claramente faltou muito mais para chegarem ao empate. Diria que a equipa hoje esteve desconcentrada, desligada e desinspirada. Esta não pode ser a atitude dentro de campo. Todos nós sabemos que os reforços mal tiveram tempo para se adaptar, que a equipa está a procurar evoluir em competição e que o calendário tem sido muito apertado sem que haja tempo para treinar. Mas a equipa tem de se encontrar rapidamente, porque o tempo não para, o calendário avança e o FC Porto vai ficando para trás. É certo que ainda falta muito caminho para percorrer até ao final do campeonato, mas corremos o risco destes pontos fazerem falta e da margem de erro ser cada vez menor, diria mesmo que neste momento é nula. É preciso que a defesa solidifique, que o ataque encontre a fórmula da eficácia e que mesmo que a equipa não faça exibições brilhantes, conquiste os 3 pontos. Bem sei que, obviamente, todos gostamos de vitórias pautadas por grandes exibições, mas neste momento diria que isso não é o mais importante.  

Em suma, o FC Porto teve um jogo difícil e não foi capaz de responder da melhor forma. Sem tempo para respirar, segue-se a Liga dos Campeões. Vamos Porto!

 

 

 

 

 

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Antevisão da 6ª Jornada da Iliga

1 – Aqui está a antevisão de Sérgio Conceição da 6ª jornada da Iliga, frente ao Paços de Ferreira.

 

““É UM DOS JOGOS MAIS DIFÍCEIS QUE VAMOS TER”

Sérgio Conceição projetou o Paços de Ferreira-FC Porto da sexta jornada da Liga (sexta-feira, 20h30)

Depois de somar o primeiro triunfo no Grupo C da Liga dos Campeões ao bater o Olympiacos (2-0), no Estádio do Dragão, o FC Porto tem uma curta viagem até Paços de Ferreira na sexta jornada do campeonato (sexta-feira, 20h30, Sport TV). Na antevisão do desafio com os pacenses, que se realiza no Estádio Capital do Móvel, Sérgio Conceição garantiu que os campeões nacionais vão entrar em campo com a ambição de sempre, mesmo que pela frente esteja um adversário de qualidade e com argumentos para criar dificuldades. À entrada para esta ronda, o FC Porto é terceiro classificado, com dez pontos, menos cinco do que o Benfica, enquanto o Paços de Ferreira segue na 14.ª posição, com cinco.

O Paços de Ferreira

“Tivemos pouco tempo de preparação, é um facto, daí termos começado esta conferência com atraso, pois há sempre situações a trabalhar. São jogos diferentes, competições diferentes, dificuldades diferentes. Vamos defrontar um Paços de Ferreira sólido, que tem feito bons campeonatos desde sempre. É uma equipa competitiva, forte a jogar no seu estádio e que com este treinador evidencia essa competitividade, bem como a boa organização que tem. Não há grandes nomes, mas é uma equipa forte, compacta, coesa e que sabe o que faz. Cabe-nos encontrar soluções para ganhar o jogo.”

Uma equipa à imagem do treinador

“Nos últimos dois ou três jogos, os guarda-redes adversários foram os melhores em campo, o que demonstra a força do Paços de Ferreira. Ainda hoje disse aos jogadores que, na teoria e na prática, é um dos jogos mais difíceis que vamos ter. É um campo difícil e uma equipa bem organizada, à imagem do Pepa, que tem feito um excelente trabalho. O Pepa está mais treinador com o passar dos anos e é um valor seguro que demonstra a qualidade dos treinadores portugueses. Os jogadores do Paços de Ferreira são conhecedores do que têm de fazer e há muita variabilidade de movimentos. São agressivos à perda e ocupam bem os espaços. É uma equipa bem trabalhada pelo Pepa.”

A equipa e o sistema

“Temos de ver os jogadores que temos disponíveis. É normal que não se saiba o que se passa no Olival, mas diferentes situações são trabalhadas diariamente. Depende daquilo que temos pela frente e também do conhecimento que os jogadores têm daquilo que queremos do jogo, independentemente do sistema base que trabalhamos, que não é só um. A partir daí temos de ver todos os jogadores disponíveis e os que estão melhor a todos os níveis. O treinador é pago para trabalhar da melhor forma e para arranjar soluções para ganhar os jogos.”

Luis Díaz em dúvida

“Está melhor. Poderá estar entre os convocados, ou não, dependendo das próximas horas.”

O impacto da pandemia no futebol

“A minha principal preocupação, como do mundo em geral, é a pandemia tirar muitas vidas e complicar as de outros. Tem sido um problema, mas não sou eu que devo olhar para o regresso do público aos estádios. Contra o Olympiacos tivemos adeptos e foi extremamente reconfortante para nós voltar a sentir e a ouvir o nosso público, mas a realidade é crítica, sem dúvida. Ainda agora o jogo do Marselha, que estava agendado para amanhã, foi adiado porque há mais de dez casos na equipa com quem ia jogar. Isso até dá mais uns dias de descanso ao Marselha, que vem cá jogar uma cartada decisiva connosco. Não podemos dissociar o futebol da pandemia, mas espero que se encontre uma vacina para este maldito vírus.”

As renovações de jogadores

“Não sei quem vai renovar e não tive nenhuma conversa com o presidente sobre isso até agora. As renovações fazem parte da vontade do presidente e da Direção.”

As mudanças no plantel

“Durante os últimos três anos e meio, saíram jogadores de grandíssima qualidade, da defesa ao ataque. Foram mais-valias para o clube em encaixes financeiros, mas estou aqui para potenciar os jogadores ao máximo, ganhar campeonatos e dar mais-valias ao clube. O clube está há três anos sob a alçada do fair-play financeiro, mas sempre fizemos os possíveis para dar o máximo de equilíbrio à equipa perante as mexidas que têm que haver.”

O ressurgimento de Nakajima

“Houve trabalho com o Nakajima e com todos os Nakajimas da equipa. Temos diferentes departamentos a trabalhar com a equipa e claro que há essa vertente do lado emocional, que é importantíssimo, mas o jogador só se sente verdadeiramente recuperado quando começa a jogar. É no jogo que se passa tudo. A melhor vitamina para o jogador é jogar e sentir-se útil à equipa. Todos os jogadores que temos no plantel são úteis e estão muito motivados para jogar bem, como fez o Nakajima nos últimos dois jogos.”

Marko Grujic

“O Marko é um médio que tem um impacto físico no jogo muito interessante. Apesar da elevada estatura, é tecnicamente muito capaz. Tem um ou outro aspeto que tem de melhorar e já falei com ele sobre isso, mas estamos a trabalhar nisso. Depois há também o entrosamento com os colegas, que acontece com o tempo. Há todo um trabalho de preparação que é normal e ele tem de ter tempo para assimilar. Indiquei-o ao FC Porto numa última fase do mercado porque acompanhei o trajeto dele no Hertha de Berlim durante dois anos. Achei que encaixava e que nos dava algo diferente do que já tínhamos. É uma das soluções para o meio-campo e está com uma vontade enorme de poder ajudar. Entrou contra o Olympiacos para reequilibrar o nosso meio-campo e esteve bem.”

A eterna obrigação de ganhar

“As vitórias são sempre obrigatórias, mesmo que estivéssemos em primeiro. Nestes três anos e meio estivemos muitas jornadas em primeiro, mas agora estamos em terceiro, é a realidade. Temos que ir atrás da perda de pontos, que não estava na nossa ideia, mas aconteceu. Não há como mudar o passado e temos é de olhar para o jogo de amanhã, que é o mais importante. Não podíamos nem devíamos ter perdido pontos, mas é o futebol, ainda que também nos tenha faltado aquela pontinha de sorte. De qualquer forma, olho para a realidade e sou muito pragmático nas minhas análises. Temos de olhar para o jogo de amanhã como uma final, verdadeiramente, porque arriscamo-nos a atrasar-nos muito e queremos estar até ao fim na luta por este campeonato.””

 

Em

www.fcporto.pt

 

2 – O meu palpite para a equipa titular é:

Marchesin; Manafá, Mbemba, Pepe e Zaidu; Sérgio Oliveira, Uribe e Otávio; Corona, Evanilson e Marega

 

3 – sobre o jogo

Não se espera um jogo fácil, mas espera-se que os comandados de Sérgio Conceição transformem as dificuldades em facilidades. Para tal espera-se um FC Porto competente; concentrado; confiante; coeso; determinado; empenhado; ambicioso; motivado; rigoroso; sólido; solidário; unido; e eficaz tanto a defender como a atacar.

Força FC Porto!

 

 

 

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Crónica e Análise: FC Porto 2 - Olympiacos 0

1 – Crónica

 

No início de noite desta terça o FC Porto recebeu o Olympiacos, em jogo a contar para a 2ª jornada da fase de grupos, grupo C, da Liga dos Campeões. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 2-0.

Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por Marchesin; Manafá, Mbemba, Pepe e Zaidu; Uribe, Sérgio Oliveira e Fábio Vieira; Otávio, Corona e Marega.

O FC Porto entrou bem em jogo e ao minuto 11, Fábio Vieira deu a melhor sequência a um lance resultante de um erro defensivo do adversário. Ativo o marcador a favor dos Dragões, mais cedo ou mais tarde era esperada uma reação dos gregos. E essa reação surgiu ao minuto 20, com Marchesin a impedir os festejos dos visitantes. Minutos depois, minuto 28, Marega teve tudo para fazer melhor, contudo não conseguiu picar a bola sobre o guarda-redes adversário, o nosso bem conhecido José Sá. Mais tarde, minuto 33, novamente José Sá impediu o golo dos Dragões. Do outro lado do campo, minuto 40, os gregos aproximaram-se com perigo da baliza portista, valeu Mbemba a afastar a bola no momento certo.

O Olympiacos entrou no segundo tempo decidido a procurar criar perigo de forma a conseguir chegar ao golo do empate. Os gregos deram trabalho, é certo, Marchesin teve de dizer presente ao minuto 52,, mas não conseguiram marcar. Do outro lado do campo, Marega, minuto 73 e Sérgio Oliveira, minuto 78, tentaram ser felizes, mas viram o guarda-redes adversário levar a melhor. O FC Porto viria a marcar ao minuto 85, por intermédio de Sérgio Oliveira.

Com esta vitória o FC Porto soma 3 pontos e está no segundo lugar do grupo C.  

 

2 – Análise

 

Desde março que as portas do Estádio do Dragão não se abriam para os adeptos, mas hoje o mar azul pôde, finalmente, voltar a casa, ainda que em número muito reduzido, 3750. Poucos, mas bons. E quantas saudades tinha de ouvir apoio das bancadas? Que felizes devem ter-se sentido estes adeptos por poderem representar toda a nação portista no momento do regresso ao estádio. Esperemos que esta seja uma realidade nos próximos tempos, porque os estádios, recintos abertos, não tem porque não ter adeptos na bancada, com lotação limitada e com segurança, claro.

Sobre o jogo. Não se esperava um jogo fácil e de facto não o foi. O Olympiacos não tem por hábito perder muitos jogos, menos ainda sofrer golos e o FC Porto precisava de conseguir pontuar, depois da derrota na primeira jornada, mas a tarefa não se adivinhava fácil. O primeiro tempo foi muito equilibrado, com os Dragões a entrarem melhor em jogo e a marcarem ao minuto 11. Com o passar do tempo, como seria de esperar, o Olympiacos procurou equilibrar o jogo e criar dificuldades junto da baliza à guarda de Marchesin. A equipa portista, sempre muito solidária a defender, concentrada no jogo e muito unida, foi conseguindo afastar o perigo. No segundo tempo os Gregos continuaram a procurar outro resultado e, por isso deram trabalho à defesa portista. A equipa dava mostras de não estar a conseguir soltar-se e responder a forma dos gregos jogar, até que Sérgio Conceição reajustou a equipa, de forma a esta dar a melhor resposta possível, primeiro a defender, mas sem perder o foco na baliza contrária. E já quase no final chegou o segundo golo dos azuis e brancos. Tenho de destacar toda a equipa, porque melhor ou pior, todos deram o seu máximo dentro do campo; mas é justo destacar de forma especial Fábio Vieira, que fez o seu primeiro golo na Liga dos Campeões (muito bem miúdo!); e Sérgio Oliveira (jogas tanto Oliveiraaaaa!).

Em suma, o FC Porto somou 3 importantes pontos num jogo equilibrado. Na próxima semana há mais. Agora segue-se a I Liga, vamos Porto!