1 – Crónica
Mais três pontos, mais um milhão de euros
No início de noite desta quarta-feira, o FC Porto recebeu no
Estádio do Dragão o Dínamo de Zagreb, em partida a contar para a quinta jornada
da fase de grupos da Liga dos Campeões. No final do encontro verificou-se a
vitória dos dragões por 3-0.
Sem surpresas, depois do jogo do jogo da Taça de Portugal,
Vítor Pereira fez alinhar o onze esperado. Assim sendo, vamos à história de
mais esta vitória.
O FC Porto entrou a dar sinais de perigo, foi de Jackson,
aos cinco minutos, o primeiro aviso. O Dínamo apresentou-se defensivo, contudo,
no primeiro tempo foi capaz de criar perigo junto da baliza portista, sendo que
numa dessas ocasiões, a bola embateu no poste. Entretanto, do outro lado do
campo, João Moutinho viu o guarda-redes adversário defender um remate seu. A
vantagem portista chegou ao minuto 20, Lucho, aproveitou um passe de Moutinho
e, com um remate à entrada da área inaugurou o marcador. Moutinho podia ter
feito o segundo golo, não fosse a bola passar por cima da baliza adversária. Os
croatas estiveram com o empate à vista, mas Otamendi e Varela conseguiram
impedir. O intervalo chegava assim com os dragões em vantagem.
No segundo tempo, o FC Porto apareceu mais solto, a
pressionar mais e a circular bem a bola. Os colombianos, Jackson e James
tiveram perto de marcar, mas o guarda-redes adversário evitou os festejos. Mas
ao minuto 67 não evitou o segundo da noite, este da autoria de João Moutinho,
na cobrança perfeita de um livre. Ainda houve tempo para os regressos à
competição de Alex Sandro e Fernando. Isto antes de, ao minuto 85, Varela
marcar o terceiro golo da noite,
correspondendo da melhor forma a um passe de João Moutinho.
Com esta vitória o FC Porto soma 13 pontos, está na
liderança do grupo A, com mais um ponto que o PSG. Quer isto dizer, que na
última jornada da fase de grupos se saberá quem fica no primeiro posto do
grupo. Basta um empate para os dragões agarrarem esse lugar.
2 – Análise
Na teoria o FC Porto partia com claro favoritismo para este
encontro, mas para que tal se
confirmasse, os dragões precisavam transportar esse favoritismo para o
relvado. Assim o fizeram e por isso surgiu mais uma vitória. O Dínamo de Zagreb
chegou ao Dragão sem nada a perder e tão pouco a ganhar. A bem dizer, para o FC
Porto este jogo servia para manter o primeiro lugar, porque a passagem aos
oitavos de final já era uma certeza. No entanto, o Dínamo, sem soltar a defesa
ainda criou algum perigo. Bom, gostei do jogo, mais da segunda parte que da
primeira, é verdade, mas percebo que o adversário não deixou jogar mais no
primeiro tempo. Muito bem Lucho, Moutinho e Varela nos golos e muito bem
Defour. Contudo, tenho de destacar João Moutinho. É que além do golo que
marcou, assistiu os colegas para os outros golos da noite e a bem dizer podia
ter marcado mais. Vítor Pereira voltou
ao onze esperado e voltou a contar com Alex Sandro e com Fernando, dois
regressos de peso. Vítor Pereira há-de ter uma boa dor de cabeça para o próximo
jogo: Fernando ou Defour? Enfim, voltando à vitória desta Quarta-Feira.
Resta-me acrescentar que foi o quinto jogo da fase de grupos da liga dos
campeões, foi a quarta vitória da época europeia e a centésima vitória para as
competições europeias no seu domínio. Palavras para quê?
1 comentário:
No jogo 150 do F.C.Porto nas provas europeias e no jogo 400 da carreira desse pequeno grande jogador que é João Moutinho, os 27.603 espectadores que na nesta noite fria se deslocaram ao Dragão, viram um Porto de duas caras, vencer justamente e por margem confortável, um Dínamo que só jogou aquilo que o bi-campeão português lhe permitiu.
Nos 45 minutos iniciais foi um Porto de cara feia. Lento, desconcentrado, pouco disponível, sem agressividade e sem pressão, pouco inspirado e em ritmo de treino, que chegou ao intervalo em vantagem - excelente golo de Lucho -, mas sem fazer muito para o merecer. Tendo mais bola, mas trocando-a sem pressas, com jogadores muito parados e pouco dinâmicos na procura dos espaços, o conjunto de Vítor Pereira foi deixando que os croatas com espaço e tempo para pensar e executar, arrebitassem, criassem alguns lances de perigo, que só não tiveram consequências porque esta equipa tem claras limitações e não foi competente na hora da finalização.
Na segunda-parte, o ritmo de treino continuou, com trocas e mais trocas de bola, mas houve mais pressão, mais rapidez e sem grande exuberância, mais inspiração. Ora como a superioridade portista em relação aos campeões croatas é flagrante, não admira que os golos aparecessem com naturalidade, primeiro num livre superiormente executado por João Moutinho e depois por Varela, com uma assistência de calcanhar do nº8. Sem deslumbrar, procurando não se desgastar e tendo até oportunidade para Vítor Pereira dar tempo de jogo a Alex Sandro e Fernando, os segundos 45 minutos mostraram a outra face do F.C.Porto, perante um Dínamo que foi incapaz de reagir, que nunca mais foi perigoso.
Gostei muito de Otamendi e por isso até lhe desculpo aquela displicência da primeira-parte. De João Moutinho, pelo golo, pela assistência e pela forma como põe a bola a girar, quando é preciso pôr a equipa a descansar. Gostei também de Jackson que não marcou, mas jogou e trabalhou muito. Estes foram os três mais. Houve dois ou três que estiveram abaixo do normal, mas não os vou referir...
Nota Final:
Mais 3 pontos, mais 1 milhão, mais um jogo, o 17º, sem perder.
Vem aí um ciclo difícil, Braga no Axa, para o campeonato e a Taça de Portugal e PSG em Paris. Não faço futurologia, mas posso dizer que estamos bem preparados e prontos para enfrentar o que vem aí.
Bjs
Enviar um comentário