quarta-feira, 13 de março de 2013

Crónica e Análise: Málaga 2 – FC Porto 0



1 – Crónica

FC Porto Fora da Liga Milionária

No início de noite desta Quarta-Feira, o Málaga recebeu o FC Porto em jogo a contar para a segunda mão dos oitavos de final da Liga dos campeões. No final do encontro verificou-se a vitória dos espanhóis por 2-0.
Para este encontro Vítor Pereira decidiu apostar nos regressos de Mangala e Moutinho para os lugares de Maicon e James.
Durante os primeiros minutos, o FC Porto não entrou mal, teve bola e controlou o adversário quando este tentava aproximar-se da área portista. Acontece que a partir de um determinado momento os dragões foram perdendo o controlo das operações e as coisas complicaram-se um pouco. Mas tudo ficou pior quando, à beira do intervalo, o Málaga chegou à vantagem.
No início do segundo tempo Vítor Pereira fez entrar James para o lugar de Moutinho, que terá saído com algum problema físico. Esta situação não teria nada de complicado caso Defour não tivesse visto o segundo amarelo e deixado a equipa reduzida a dez. A perder, empatado na eliminatória e com dez em campo as coisas complicaram-se para os azuis e brancos que passaram uns minutos de maior sufoco. Mas com as alterações promovidas pelo treinador, a equipa começou a tentar “respirar” melhor e até esteve próximo de marcar. Aliais, a bola chegou a entrar na baliza do Málaga, contudo, o golo foi anulado por fora de jogo. Não marcou o FC Porto, marcaram os espanhóis. Tudo mais complicado ainda e cada vez menos tempo para o final. Mas os  portistas ainda voltaram a tentar marcar o golo que podia, ou não, ter mudado tudo.
O golo não chegou e assim o FC Porto está fora da Liga dos Campeões.



2 – Análise

Os deuses do futebol não quiseram proteger o FC Porto, a estrelinha da sorte não brilhou para o dragão. Estou triste, muito triste; sofri como à muito tempo não sofria. Na verdade tinha a noção de que o jogo não ia ser fácil, pois o Málaga, obviamente, ia correr atrás do prejuízo e tentar a tudo o custo dar a volta a eliminatória. Mas também acreditava que o FC Porto tinha armas, porque as tem sem qualquer dúvida, para passar à próxima fase da prova. E como eu, tantos portistas acalentávamos esta crença, principalmente e legitimamente, depois do jogo da primeira mão, onde os azuis e brancos deveriam ter marcado mais um golo, pois o mereciam inteiramente. Não marcaram e para este jogo a vantagem revelou-se magra, muito magra. Infelizmente tudo correu mal ao Dragão. Primeiro o golo sofrido à beira do intervalo; depois a provável lesão do Moutinho – que não seja nada de grave é o que eu espero – seguiu-se a expulsão do Defour; o segundo golo sofrido já perto do fim e, para terminar o role, o golo anulado ao FC Porto. Mau de mais para ser verdade. Poderia dizer muita coisa, mas hoje vou ficar por aqui, porque não sou capaz de escrever mais nada. Amanhã, mais a frio, talvez seja capaz de olhar com outros olhos para este jogo e de conseguir dizer algo mais sobre ele. Agora só peço, por favor, agarrem-se ao campeonato com unhas e dentes e não o deixem fugir.


5 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Matias disse...

Ainda nem acredito que o Porto esta fora da Liga dos Campeões! As minhas apostas online falharam rotundamente...
Estava confiante na passagem aos quartos de final, mas é certo que os deuses do futebol ontem não estiveram conosco, faltou uma pontinha de sorte, mas agora nada a fazer.
Agora é isso mesmo, que se agarrem com unhas e dentes ao campeonato...

dragao vila pouca disse...

Depois do jogo frente ao Estoril e por causa do desligar portista após o 2-0, disse em post, Málaga esclarecerá se foi apenas poupança, uma noite desinspirada ou algo mais preocupante. O jogo de hoje mostrou que não foi poupança. Foi um sinal que o F.C.Porto não está num bom momento. O Dragão não esteve no La Rosaleda. Este Porto de hoje foi apenas uma caricatura da equipa que esta época já jogou muito bem.

Com Mangala e João Moutinho a entrarem directamente para o onze titular e com Defour como falso ala, a equipa portista apresentou no La Rosaleda a mesma equipa que empatou e tão boa conta deu de si na Luz. Entrando tranquila, personalizada, dando a sensação que sabia bem a lição, a equipa portista parecia que ia ter uma noite boa e conseguir um resultado que lhe permitisse seguir para os quartos-de-final. Foi sol de pouca dura. Rapidamente passamos a complicar, tornamo-nos apáticos, nervosos, escolhemos as piores soluções, erramos passes constantemente, nunca ligamos uma jogada, nunca conseguimos criar lances de perigo junto à baliza dos espanhóis. Pior, demos grandes facilidades, facilidades que não se admitem numa equipa com a experiência da equipa portista. Sofremos um golo, limpo, que o árbitro invalidou, mal, mas não aprendemos com o erro. Continuamos a dar abébias, marcamos Isco com os olhos e o jogador do Málaga, com tempo para tudo, fez o 1-0 já na parte final da 1ª parte, altura em que não convém nada sofrer um golo.

Com a eliminatória igualada ao intervalo, tudo estava em aberto para a etapa complementar. Era expectável, atendendo ao pouco que tínhamos feito, que a 2ª parte seria diferente e para melhor. Não foi e não foi, porque a equipa veio na mesma, apesar da entrada de James para o lugar de João Moutinho que se ressentiu da lesão. Prova disso e aos 4 minutos, um perda de bola numa zona proibida, contra-ataque dos andaluzes, Defour, já com cartão amarelo, fez uma falta absurda e despropositada, foi expulso e Porto a jogar com menos um. Se já estava complicado, com o Málaga em vantagem numérica, pior ficou. Vítor Pereira fez sair Varela e entrar Maicon, com a subida de Alex Sandro para o meio-campo e o desvio de Mangala para a lateral. A equipa ficou mais curta, todos atrás, com excepção Jackson, defendeu melhor, mas muito raramente teve capacidade para subir e quando subia, nunca era capaz de passar bem, criar oportunidades para marcar - apenas por uma vez e num lance de bola para, o ponta-de-lança colombiano podia ter marcado. Procurando dar mais profundidade, algo que um desinspirado e cansado Alex Sandro nunca deu, Vítor Pereira fez entrar Atsu. As melhorias não foram muitas e como passado pouco tempo o Málaga fez o 2-0, num lance do bola parada, restava ao F.C.Porto fazer apelo à raça, à alma e ao espírito que tantas vezes fez a diferença. Mas hoje não tudo isso não esteve na Andaluzia e o jogo acabou com a vitória da equipa de M.Pellegrini e pela vantagem necessária para o F.C.Porto ficar pelo caminho.

Notas finais:
Não sou de crucificar ninguém e por isso não vou analisar os jogadores.
Não vale a pena falar do árbitro, não foi por aí que o gato foi às filhoses.
Não tenho dúvidas, somos melhores que os espanhóis e nem seria preciso um Super-Porto para passar. Só que hoje não houve Dragão, foi apenas uma pálida imagem de uma equipa que na 1ª mão espantou a europa do futebol e tanto prometeu.
Despedida amarga, um forte sentimento de frustração, mas a época ainda não acabou. Apesar do desgaste, da desilusão de jogadores que já ganharam tanto e tinham sonhos na prova mais importante da UEFA, espero que os profissionais do F.C.Porto sejam capazes de reagir e mostrem que apesar do valente murro, ainda têm capacidade para atingirem o título, principal objectivo da temporada.
Os campeões caem, mas logo se levantam e mostram o seu carácter e de que massa são feitos.
Acredito que no domingo, num jogo muito complicado, o Dragão dará uma resposta positiva.

Bjs

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.