2014 não foi o ano do Dragão. Foi, isso sim, ano de algumas
mudanças.
O ano não começou bem para os portistas que foram perder à
Luz. E esta derrota em conjunto com a derrota nos Barreiros contribuíram muito
para o afastamento do título.
O início do ano também ficou marcado pela saída de Lucho.
Foi uma saída surpreendente, na medida em que foi inesperada. Lucho não estava
a render muito, mas era uma voz de comando e a equipa perdeu-a numa altura em
que precisava tanto de um comandante.
Foi também no início do ano que veio a público mais uma
triste comédia do futebol Português. O Sporting e o FC Porto estavam no mesmo
grupo na Taça da Liga; na última jornada os jogos eram decisivos, pelo que
teriam de ter começado à mesma hora. No entanto, o jogo do Dragão começou 2
minutos e 45 segundos mais tarde. E como o FC Porto marcou o golo da vitória no
tempo de compensação, foi o suficiente para mais uma queixa protagonizada por
Bruno de Carvalho. A FPF acabou por dar a razão aos dragões que disputaram a
meia final da prova frente ao Benfica, num jogo que terminou empatado e que foi
preciso recorrer às grandes penalidades, saindo o Benfica vencedor.
Paulo Fonseca acabou por deixar o Dragão e, Luís Castro
assumiu o comando da equipa até ao final da época.
Com Luís Castro ao “leme” o FC Porto chegou aos quartos de
final da Liga Europa, caindo aos pés do Sevilha – que acabaria por vencer a
prova – num jogo em que nada correu bem aos dragões.
O FC Porto também ficou pelo caminho na Taça de Portugal, ao
ser eliminado pelo Benfica nas meias-finais.
O ano dos dragões ficou, ainda, marcado pela grave lesão de
Helton, contraída no jogo para o campeonato frente ao Sporting em Alvalade.
Helton enfrentou uma dura e lenta recuperação, mas em Novembro chegou a notícia
de que estava recuperado.
No final da temporada os dragões não conseguiram arrecadar
qualquer título, ficando em terceiro no campeonato Nacional, garantindo, assim,
a presença na pré-eliminatória de acesso à Liga dos Campeões. O facto do FC
Porto ter terminado a época 2013-2014, apenas com a supertaça no bolso, algo
que não é habitual no reino do Dragão, provocou um turbilhão nos adeptos
portistas.
Entretanto, ainda antes da época terminar, Lopetegui foi
anunciado como treinador portista.
No mercado de transferências registaram-se algumas saídas e
entradas, sendo que as saídas mais relevantes foram as de Mangala e de
Fernando. No sentido inverso chegaram diversos jogadores tais como, Tello,
emprestado pelo Barcelona; Óliver, cedido por empréstimo pelo Atlético de
Madrid; Casemiro, cedido por empréstimo do Real Madrid; ou Brahimi, contratado ao Córdoba; entre outros.
No entanto a revelação portista estava nas camadas jovens
dos dragões, Ruben Neves. O miúdo aproveitou da melhor forma a saída de
Fernando e a lesão de Mikel para se afirmar como uma alternativa credível para
ocupar a posição 6.
A pré-época começou e começaram as críticas a Lopetegui. Na
verdade, algumas sem qualquer fundo, críticas só porque sim. As primeiras
surgiram quando o treinador pediu para instalar uma torre no Olival;
seguiram-se as críticas à “armada espanhola”; depois as críticas à
rotatividade; as críticas à não utilização de Quaresma. Lopetegui, parecendo
imune às críticas, foi trabalhando com os seus jogadores, e, a equipa foi
crescendo com os seus erros. É verdade que ainda há muito para melhorar, porque
afinal há sempre, mas a equipa cresceu muito.
O FC Porto fez uma boa pré-eliminatória de acesso à Liga dos
Campeões, deixando para trás o Lille – que inicialmente muitos consideraram um
adversário complicado, mas depois dos dois jogos, consideraram-no um adversário
fácil. Na fase de Grupos da Liga dos Campeões os dragões somaram quatro
vitórias e dois empates, terminando, assim, no primeiro lugar do grupo H.
O FC Porto na Taça de Portugal ficou pelo caminho, derrotado
pelo Sporting no Estádio do Dragão.
No que se refere ao campeonato nacional, o FC Porto ocupa,
neste momento, a segunda posição. Há seis pontos a separar os dragões do
primeiro lugar. Não é impossível chegar ao topo, mas será difícil. E será
difícil muito por causa do andor vermelho que está em andamento.
Para 2015 nós portistas desejamos que o campeonato volte ao
Dragão e que o FC Porto possa ir o mais longe possível na Liga dos Campeões. É
que nós queremos voltar a gritar a plenos pulmões que somos campeões; queremos
voltar a sair à rua em festa; queremos voltar a vibrar com essa festa. Mas para
isso, precisamos que a equipa de Lopetegui continue a crescer; que não fraqueje
em momentos que não pode nem fraquejar, nem errar; precisamos de um FC Porto
forte, capaz de lutar contra os adversários dentro de campo e contra as equipas
de arbitragens. Em suma, precisamos de uma equipa guerreira. Mas essa equipa
guerreira precisa do apoio incondicional dos seus adeptos. Precisamos, equipa e
adeptos, de ser a simbiose perfeita: nós somos a voz, a equipa joga e luta por
si e por nós, pelo FC Porto. Precisamos todos de ser porto.
Finalmente, desejo a todos os que visitam este espaço,
principalmente aos portistas, um bom 2015, com muita paz, amor, felicidade,
saúde, sucesso e que este seja um ano azul e branco.
Bom ano!
1 comentário:
Um feliz 2015, pessoal e desportivamente, falando.
Bjs
Enviar um comentário