segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Ainda Sobre O Empate no Clássico



Ainda não consegui digerir o empate de ontem… estou dividida num misto de orgulho pelo  que esta equipa fez em campo e por uma espécie de raiva pelo empate do Benfica nos descontos.
O FC Porto fez uma grande exibição, que só pecou pela falta de eficácia. Na primeira parte foi uma equipa avassaladora, que pressionou, controlou, dominou, colocou em campo garra, raça e que aguentou da melhor forma a pressão do rótulo de equipa jovem. Corona, Diogo Jota, André Silva, Óliver e Otávio protagonizaram uma espécie de carrocel futebolístico, que encostou o Benfica a sua área sem conseguir pensar o jogo, ao qual faltou eficácia; sustentado por Casillas, Maxi, Filipe, Marcano, Alex Telles e Danilo. Só que no segundo tempo Rui Vitória fez alterações que mudaram um pouco o jogo e Nuno teve de responder para que a sua equipa não perdesse o controlo. Assim, esta é a minha análise às substituições:
Ruben Neves – creio que ao substituir Corona por Ruben Neves, o objetivo seria responder à alteração de Rui Vitória que nesse momento começou a fazer o que não tinha conseguido até aí, criar jogo no meio campo. Assim, com a entrada do número 6 portista creio que Nuno pretendeu, por um lado, travar a subida de produção do adversário e, por outro, ter uma alternativa no remate de fora da área, dando equilíbrio a meio campo. Por isso percebi e concordei com a alteração.
Layun – na  minha opinião, a substituição de Óliver por Layun teve duplo sentido. Por um lado, todos sabemos que Layun é um defesa, mas também pode jogar no ataque, assim, o mexicano ajudaria a defender e, por outro, poderia ajudar no ataque, tanto com os seus cruzamentos, como com os seus remates. Logo, também percebi a substituição.
Herrera - e que dizer da substituição de Diogo Jota por Herrera? Creio que a ideia seria ganhar mais um elemento no meio campo, que fosse capaz de segurar a bola. Das três substituições, esta foi a que menos concordei. Não, não foi só por ter sido Herrera a ceder aquele canto da desgraça, mas porque talvez faria mais sentido colocar em campo um elemento de ataque, para que a equipa pressionasse mais nos últimos minutos, mantendo o adversário longe da baliza de Casillas.
Eu não estou na cabeça do treinador e não sei se foi assim que Nuno pensou, mas é desta forma que analiso as substituições. E é verdade que agora é tão mais fácil dizer o que se faria ou deixaria de fazer…
Creio que não se pode dizer que um jogo à 10ª jornada seja decisivo para as contas do campeonato. Uma vitória no jogo de ontem não colocaria o FC Porto no topo da classificação, todos o sabemos, mas colocaria mais pressão ao Benfica e mais determinação aos Dragões; um empate deixa tudo na mesma, mas ao contrário do que eu ouvi alguém dizer ontem, não acho que o FC Porto deixe de depender de si próprio para chegar ao topo, até porque ainda há muito campeonato, muitos pontos em disputa – não acredito que o Benfica vai ganhar os jogos todos. Cabe, por isso, ao FC Porto fazer o que tem de fazer, ganhar os seus jogos, porque as contas fazem-se no final, não à 10ª jornada. A equipa demonstrou que é capaz de lutar pelo título, não lhe falta garra, atitude, união – talvez por isso seja ainda mais difícil de digerir este empate - tem é de resolver o problema da falta de eficácia urgentemente, para que a história do jogo de ontem não se repita.


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