Como escrever a crónica de um jogo que vai ficar para sempre
na minha memória? Não, não pode ser uma crónica igual às outras! Simplesmente
porque o que vivi no Dragão neste jogo foi incrível e não sei se serei capaz de
o transformar em palavras. Vamos a isso!
No início de noite deste Domingo o FC Porto recebeu o
Feirense, em jogo a contar para a 33ª jornada da Liga. No final do encontro
verificou-se a vitória dos Dragões por 2-1.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto
por Casillas; Ricardo Pereira, Marcano, Reyes e Alex Telles; Herrera, Sérgio Oliveira e
Otávio; Brahimi, Soares e Marega.
O primeiro grande momento da tarde coincidiu com a entrada
em campo da equipa para realizar o aquecimento. Aí foram os primeiros aplausos
aos campeões. Um momento que se estendeu, com ainda mais emoção, à entrada da
equipa em campo, então, hino e cachecóis abrilhantaram o momento.
Veio depois o jogo. O FC Porto entrou em campo sabendo que
já era campeão – o empate entre os rivais permitiu que os festejos se fizessem
no hotel e que os adeptos levassem toda a alegria de uma conquista que teve
tanto de esperada quanto de difícil para as ruas. Mesmo com o campeonato no
bolso, esperava-se que os Dragões entrassem em campo com a habitual vontade de
vencer. E, de facto, a vontade de vencer lá estava, intacta como se faltassem 3
pontos para a conquista do título. Mas do outro lado estava um Feirense a fazer
pela vida, por isso, não se esperavam facilidades. E, de facto, não as houve.
No início do primeiro tempo o FC Porto tratou de procurar o
golo o mais rápido possível. Soares, e Alex Telles trataram de dar os primeiros
avisos. Em resposta, pouco depois do primeiro quarto de hora do jogo, o Feirense
tentou surpreender Casillas. O FC Porto respondeu quase de imediato Sérgio
Oliveira ficou perto de inaugurar o marcador. Depois foi Reyes a tentar fazer o
golo, mas viu a trave negar-lhe os festejos. Até que ao minuto 37, Sérgio
Oliveira ativou o marcador. O golo provocou mais uma explosão de alegria nas
bancadas.
Pouco depois do reinício do segundo tempo, Sérgio Oliveira
ficou perto de bisar ao minuto 52. O segundo golo portista não demorou a
acontecer. Ao minuto 59, Brahimi fez o segundo golo do jogo, o que resultou em
mais uma explosão de alegria nas bancadas. Mas ao minuto 91, o Feirense acabou
por reduzir a desvantagem no marcador.
Gostei do jogo, não se pode dizer que tenha sido uma
exibição brilhante ou perfeita, mas foi uma exibição agradável. Talvez fosse
escusado sofrer aquele golo, mas o Feirense também jogou e tentou fazer por
merecer.
Mas gostei mais ainda do espetáculo nas bancadas, quer
durante todo o jogo, quer durante a cerimónia de entrega do troféu. De facto
“há magia na bancada do Dragão”! e há emoção! E há alegria! E há um imenso mar
azul que sempre apoiou incondicionalmente esta equipa; que a suportou e
empurrou nos momentos mais difíceis; que estava lá para dar força nos jogos
decisivos; e que agora festeja este título com força, porque, afinal de contas,
ele também é nosso! Queríamos o Porto Campeão, o Conceição fez o Porto Campeão
e a festa voltou ao Dragão! Eu já tinha assistido a festas de consagração de
títulos, mas todas pela televisão, pelo que percebia que eram momentos
incríveis, mas só estando na bancada do Dragão para perceber a verdadeira dimensão
do ambiente vivido: o quanto é intenso, emocionante e contagiante. Por isso, obrigada
FC Porto, obrigada Sérgio Conceição, obrigada a todos os jogadores por não
terem desistido de lutar, por muito que se soubesse que a batalha era longa e
difícil, por terem conseguido vencer a batalha, por serem campeões e por nos
permitirem ser campeões também!
Quanto às contas do campeonato, com esta vitória o FC Porto
soma 85 pontos e distancia-se dos rivais. Fica agora a faltar uma jornada para
o final.
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