Suponho que é do conhecimento de todos que o FC Porto está
debaixo de olho da UEFA a nível financeiro e que por essa razão não podia
exceder o limite de gastos e portanto não foi possível fazer grandes aventuras
(compras) no mercado de verão. Por isso ficou com os jogadores com os quais
podia ficar e foram feitos os ajustes que foram possíveis fazer perante as
saídas que ocorreram no final da época passada. Verdade seja dita que o plantel
não é assim tão diferente daquele que Sérgio Conceição tinha ao dispor na época
passada, que foi campeão e que o treinador portista herdou de Nuno Espírito
Santo. Ou seja, verificaram-se saídas, mas a base da equipa estava lá.
Guarda-redes
Casillas, Vaná e Fabiano todos eles tiveram oportunidade de
jogar esta época, já que Sérgio Conceição optou por distribuí-los pelas
competições. Casillas, naturalmente, foi quem fez mais jogos, entre campeonato
e Liga dos Campeões. Contudo, devido ao grave problema de saúde que sofreu, foi
obrigado a parar e a ceder o seu lugar entre os postes nos três jogos finais do
campeonato a Vaná.Vaná, a quem coube defender as redes portistas na Taça da
Liga. Já fabiano ficou com a missão de guardar a baliza portista na Taça de
Portugal e correu bem. No entanto, não foi a opção do treinador na final da
Taça, cedendo o seu lugar a Vaná. Quanto a Diogo Costa, parte integrante do
plantel da equipa principal e não só, acabou por ser chamado para ficar no
banco nos últimos três jogos do campeonato, já que Fabiano estava a recuperar
de lesão. Este será, por certo, o guarda-redes de futuro para o FC Porto, por
isso, na próxima época, não seria má ideia dar-lhe a responsabilidade de
defender as redes azuis e brancas numa das taças.
Defesas
Maxi, esta foi a época que o Uruguaio fez menos jogos.
Felipe, assumiu a liderança da defesa, umas vezes ao lado de Militão, outras
com a companhia de Pepe. Já todos sabemos que vai mudar-se para Madrid, onde
vai jogar no Atlético, vai deixar saudades. Éder Militão, chegou, viu,
convenceu, jogou a central e a lateral direito, cumpriu (na minha opinião
melhor a central) e foi vendido ao Real Madrid ainda a época não tinha
terminado. Diogo Leite, jovem promessa da formação do FC Porto, fez parte do
plantel da equipa principal, mas não só, teve forte concorrência e por isso não
foi utilizado muitas vezes. Mbemba, lesionou-se mal chegou e, talvez por isso,
acabou por perder espaço e não foi utilizado muitas vezes. Alex Telles, é o
motor da lateral esquerda; jogou quase todos os jogos (de repente só me lembro
de ter sido substituído em dois jogos); responsável por bater cantos, livres e
grandes penalidades; voltou a ser importante nas assistências. De cada vez que
Alex apresentava problemas físicos, crescia a preocupação da nação portista,
porque não havia substituto direto no plantel. Jorge, não se adaptou. Pepe, que
me desculpem a franqueza, acho que não veio trazer nada de novo. Seja coincidência
ou não, a verdade é que a equipa até começou a sofrer mais golos com ele em
campo, pelo que na minha perspetiva a sua contratação não foi uma mais valia
para o plantel. Manafá revelou-se um jogador com margem que poderá, iniciando a
época no Olival, ser útil.
Médios
Danilo, depois da grave lesão que sofreu na época passada,
procurou atingir a sua melhor forma esta época, foi um jogador importante para
a equipa. Herrera, passamos toda a época na expetativa de um acordo entre
mexicano e o FC Porto para renovar o contrato, mas tal não aconteceu e tudo
indica que o capitão portista vai mesmo sair a custo 0. Seja como for, não há
nada a apontar a Herrera, cumpriu a sua função exemplarmente. Vai fazer falta a
equipa. Óliver, tal como aconteceu na época passada, nem sempre foi opção do treinador.
Contudo, sobrou sempre a sensação que de cada vez que jogava a equipa ganhava
com isso. Otávio, mereceu a confiança do treinador muitas vezes, mas sobra-me a
sensação que o brasileiro tem mais para dar. Sérgio Oliveira, não foi muito
utilizado na primeira metade da época e acabou por ser emprestado. Bruno Costa,
fez parte do plantel da equipa principal, mas não só, foi opção de Sérgio
Conceição algumas vezes. É um médio para o futuro. Bazoer, foi muito pouco utilizado
e acabou por sair em Janeiro. Loum, chegou em janeiro e foi pouco utilizado.
Avançados
Corona, esta deve ter sido a melhor época que o mexicano fez
de Dragão ao peito. Foi lateral direito quando a equipa precisou que o fosse,
foi avançado quando a lateral direita estava entregue a quem de direito.
Cumpriu bem os dois papeis e acabou por renovar contrato. Brahimi, tal como
aconteceu com Herrera, passamos a época com a expetativa de um acordo entre o
argelino e o FC Porto, tal não aconteceu e Brahimi, tudo indica, deverá deixar
o Dragão a custo 0. Se tal acontecer, vai fazer falta a equipa, pela sua
capacidade de arrancar lances de génio que, muitas vezes, ajudavam a resolver
jogos. Esta época o argelino foi igual a si mesmo: capaz de lances geniais; ou
de perder lances por não ter soltado a bola. Em suma, Brahimi foi Brahimi.
Marega, foi um jogador decisivo, mais na Liga dos Campeões do que no
campeonato, onde teve largos meses sem conseguir marcar apesar de ser opção do
treinador. Aboubakar, sofreu uma grave lesão e, por essa razão, não jogou
grande parte da época. Fez falta ao ataque portista. Soares, fico sempre à
espera que o brasileiro aumente o seu acerto com as balizas, mas Soares fica
aquém das minhas expetativas. Adrián López, foi “resgatado” por Sérgio
Conceição para integrar o plantel, podia ter sido mais um caso de sucesso. O
espanhol marcou, um dos golos importantes para os azuis e brancos (em Roma),
mas se calhar podia ter sido mais aproveitado o seu contributo para a equipa,
sobretudo perante a grave lesão de Aboubakar. Hernâni, não foi utilizado com
muita frequência, ainda assim, marcou um golo importante esta época, frente ao
Boavista. André Pereira, não teve muitas oportunidades. Fernando Andrade, veio
em janeiro para procurar colmatar a lesão de Aboubakar, mas sejamos realistas,
ficou longe das expetativas e não conseguiu fazer a diferença.
Em suma, não creio que este plantel portista era fraco, mas
talvez não tinha verdadeiras alternativas para cada posição em campo.
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