Análise
Ao contrário do habitual, hoje vou começar pela análise.
Foi, antes de mais, um bom treino, mas ficou visível que
ainda há muito trabalho pela frente. Há boa “matéria-prima”, mas ainda falta
limar arestas. O que é normal, visto que ainda a pouco tempo começaram os
treinos e alguns só esta semana chegaram. Ainda assim, na minha opinião foi um
bom jogo.
Não percebo, por isso, aqueles que num jogo de apresentação,
e sabendo que há jogadores que acabaram de chegar, logo tem poucos treinos, já
começaram a assobiar. Talvez os que assobiaram queriam que, com um mês de
trabalho e com os jogadores a chegar “a conta gotas” já estivessem todos os
processos bem afinados; que a conexão entre os setores da equipa já fosse
perfeita; que os jogadores já acertassem com precisão cada passe efetuado para
os colegas; enfim, que tudo já estivesse perfeito. Se esperavam isso, então é
porque percebem tanto de futebol como eu percebo de astrologia, ou seja, nada…
Não é a assobiar que vão conseguir que a equipa comece a funcionar mais rápido.
Pelo contrário, assim só mostram que são adeptos que não percebem grande coisa
de futebol. E não, não é assim que se mostra que somos adeptos exigentes,
porque somos, mas também sabemos apoiar a equipa, sem assobios. Se já vão para
o estádio com a ideia de assobiar a equipa mal um lance saia errado, então mais
vale ficarem em casa a assobiar para a televisão, pelo menos não fazem figuras
tristes, porque foi o que fizeram aqueles que assobiaram ontem, figuras
tristes.
Crónica
O Jogo de Apresentação
Realizou-se ontem, no estádio do Dragão, o jogo de
apresentação do plantel portista 2014-2015. No final do jogo registou-se um
empate a 0.
Antes do jogo, “Eram 17h45 em ponto quando o treinador
Julen Lopetegui acordou o Dragão e deu início à apresentação do FC Porto
2014/15. O momento, que já é uma tradição em todas as pré-épocas portistas, deu
início à cerimónia, já com cerca de meia casa no Dragão. Quando se iniciou a
apresentação individual dos jogadores, já o estádio estava praticamente cheio.
Voltando atrás, o relvado do Dragão tornou-se, mais uma vez,
palco da Dança do Dragão, um ritual de bom augúrio de origem chinesa realizado
pela escola de artes marciais She-Si. Seguiu-se, sob o conceito "Sempre
Preparados", uma coreografia de som e imagem, que fez recordar a
apresentação dos equipamentos para esta época, na Baixa do Porto. O momento
alto foi a chamada, um a um, dos jogadores que compõem o plantel, seguindo-se o
jogo particular frente aos franceses do Saint-Étienne.”
Quanto ao jogo:
“Sem o recém-chegado Martins Indi na equipa, e com os
mexicanos Reyes e Herrera (que têm menos de duas semanas de trabalho), Sami
(como ponta de lança) e o jovem Rúben Neves no "onze", o FC Porto
demonstrou já algumas das ideias-base para a nova temporada. Procurando
encurtar o campo quando o adversário tem a bola e alargá-lo ao máximo em
situação contrária, os Dragões criaram algumas situações de perigo, com
destaque para um remate de Herrera e recarga por cima de Quaresma, aos 22
minutos, e para um pontapé à entrada da área de Rúben Neves ao lado, aos 37.
Esse lance surgiu na sequência de uma das mais prolongadas posses de bola em
ataque dos portistas e deixou em relevo o papel do médio de apenas 17 anos.
Rúben Neves mostrou uma enorme personalidade, tentando
passes longos e curtos, pedindo a bola e distribuindo jogo. Também Óliver
Torres deu nas vistas ao marcar os tempos de posse de bola e demonstrar toda a
sua qualidade técnica. Nem tudo foi perfeito, pois claro, e o Saint-Étienne
também criou perigo, nomeadamente numa jogada em que Hamouma passou por Maicon
e rematou para uma boa defesa de Fabiano.
Ao intervalo, verificaram-se as substituições típicas neste
tipo de encontros, com Óliver Torres a ser o único elemento do FC Porto, do
meio-campo para a frente, que se manteve em campo. Quintero posicionou-se à
direita do ataque, Tello na esquerda e Adrián López no meio, enquanto Casemiro
e Brahimi (que iniciaram os treinos na segunda-feira) renovaram o meio-campo.
Foi precisamente Quintero a causar a ilusão de golo, com um remate às malhas
laterais, aos 52 minutos, e a isolar Adrián López sete minutos depois, mas o
espanhol rematou à figura de Moulin.
Apesar destas dois lances, o segundo tempo foi mais incaracterístico
do que o primeiro e os franceses, com mais rotinas de jogo, aproveitaram
algumas perdas de bola do FC Porto para criar perigo em contra-ataque. Brilhou
então Fabiano, com uma defesa com a ponta dos dedos após cabeceamento de Baysse
(70 minutos) e a "fechar" a baliza perante um isolado Monnet (77).
Lopetegui tirou ainda um defesa (Reyes) para lançar mais um avançado (Kelvin) e
testar situações em que é preciso "meter a carne toda no assador". O
Saint-Étienne nunca se desconjuntou e o resultado final espelha o momento
actual: ainda há muito trabalho pela frente e os adeptos reconhecerem-no ao
despedir-se da equipa com uma salva de palmas.”
Em
Numeração do plantel portista para 2014/15:
1 – Helton;
2 – Danilo;
3 - Martins Indi;
4 – Maicon;
6 – Casemiro;
7 – Quaresma;
8 – Brahimi;
9 - Jackson Martínez;
10 – Quintero;
11 – Tello;
12 – Fabiano;
13 – Reyes;
15 – Evandro;
16 – Herrera;
18 - Adrián López;
19 – Sami;
20 - Carlos Eduardo;
21 – Ricardo;
24 - Ricardo Nunes;
26 - Alex Sandro;
28 – Kelvin;
30 - Óliver Torres;
35 – Defour;
36 - Rúben Neves;
39 - Gonçalo Paciência;
41 – Kadú;
43 - Igor Lichnovsky;
44 – Opare;
50 – Graça;
52 - Víctor García;
77 - Joris Kayembe.
Quanto à equipa técnica, é composta pelo treinador Julen
Lopetegui, pelos adjuntos Julen Calero, Juan Carlos Martinez e Rui Barros e
pelo treinador de guarda-redes Juan Carlos Arevalo.
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