Mágico para sempre. Eram estas as palavras chave do jogo de
despedida de Deco e parece-me que não poderiam ser, de forma nenhuma, outras. É
que Deco continua a espalhar magia! Tal ficou patente no jogo de ontem, entre
as equipas do FC Porto de 2004 e o Barcelona de 2006, em que o mágico apontou
dois golos, um com cada uma das camisolas.
Com o onze inicial do FC Porto de 2004, (Vítor Baía; Paulo
Ferreira, Jorge Costa (cap.), Pedro Emanuel e Nuno Valente; Costinha, Maniche,
Pedro Mendes e Deco; Derlei e Benni McCarthy), praticamente o onze inicial da
final da Liga dos Campeões desse ano, senti, por momentos, senti que tinha recuado
no tempo 10 anos… foi tão bom…
Quanto ao jogo… terminou com um empate a 4, com Deco a
marcar com as duas camisolas, primeiro com a do Barcelona e, para fechar as
contas do jogo, com a do FC Porto.
O primeiro golo foi da autoria de Derlei, logo aos 2 minutos
de jogo. Seguiu-se o golo de McCarthy, ao minuto 15. No segundo tempo o
Barcelona acabou por empatar, através de dois golos. Primeiro marcou Eto'o ao
minuto 54, depois marcou Deco ao minuto 56. Entretanto o FC Porto voltou a
colocar-se em vantagem, através de um golo de Jankauskas, ao minuto 61. Mas Eto'o
voltou a marcar ao minuto 66, empatando, assim, a partida. E ao minuto 80,
Messi colocou o Barcelona em vantagem. Deco voltou a entrar com a camisola
portista e fechou as contas do jogo ao marcar, a Vítor Baía – que entretanto
estava na baliza do Barcelona - o golo do empate ao minuto 90. Diria que foi um
resultado justo!
"Queria agradecer-vos por me terem feito esta
homenagem, que só foi possível graças ao FC Porto e ao seu presidente. Este
clube vai estar sempre no meu coração, foi aqui que cresci como homem e aprendi
o que é o futebol e o valor de poder vencer, por isso estou eternamente grato a
vocês",
Foram estas as primeiras palavras que Deco dirigiu aos
adeptos presentes nas bancadas.
Nós é que agradecemos, Deco, por tudo: pelos anos de dragão
ao peito; pela magia espalhada nos relvados; pelos golos marcados; pelos golos
que outros marcaram após passes de magia; e pela possibilidade de, 10 anos
depois, termos aplaudido os campeões de 2004. Para nós portistas o Deco é, e
será sempre, o nosso mágico número 10, que finta com os dois pés e que é melhor
que o Pelé. Mágico para sempre!
PS. Acho que ficou mal algumas pessoas presentes nas bancadas,
felizmente foram uma minoria, assobiarem Messi, quando este entrou em campo.
Caso não tenham percebido, ele também estava ali por causa do Deco. E, tendo em
conta que esteve presente no mundial, podia perfeitamente não ter marcado
presença, mas não foi isso que se passou. Tal como todos os jogadores que lá
estavam, bem como o público, Messi foi participar no jogo de despedida e homenagem
de Deco. Não havia, por isso, razão para assobios.
Eis as declarações do Mágico Deco no final do encontro à imprensa
“DECO: “FOI UM DIA FANTÁSTICO”
O ex-jogador agradeceu aos adeptos, ao FC Porto, à família
e aos filhos
Deco despediu-se dos relvados no Dragão, o palco em que
tantas alegrias deu aos adeptos azuis e brancos. No final da partida entre FC
Porto 2004 e Barcelona 2006, o “Mágico” estava emocionado e demonstrou-se feliz
por ter o “carinho, respeito e admiração de todos”, após quase duas décadas de
carreira como futebolista.
Em declarações logo após o final do jogo, Deco falou da sua
“vida nestes últimos anos”: “Ganhar títulos é muito importante e muito bom, mas
o que acaba por ficar mesmo da carreira de futebolista é o carinho, respeito e
admiração que tenho de todos”. Apesar de não gostar de rever os próprios jogos,
Deco prometeu ainda que irá relembrar a partida no Estádio do Dragão: “Sem
dúvida que vou ver este jogo novamente, com os meus filhos. Foi uma festa
bonita”.
Mais tarde, ao Porto Canal, Deco agradeceu a todos os que
estiveram envolvidos: adeptos, FC Porto, família e filhos. "Foi um dia
fantástico. Foi uma festa melhor do que eu esperava, memorável, e penso que os
adeptos também se lembrarão sempre deste jogo”.
A vida de futebolista, afirmou Deco, foi a que sempre quis:
“Valeu tudo a pena, todos os sacrifícios, por uma vida fantástica, porque
sempre quis ser jogador de futebol. Faria tudo 100 por cento igual e queria
agradecer a todos os meus amigos que vieram - quando se tem jogadores desta
qualidade dentro de campo, num jogo entre as duas equipas que marcaram a minha
vida, torna-se sempre um bom jogo”.
FC PORTO 2004-BARCELONA 2006 (25 DE JULHO)”
Em
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