1 – Crónica
Empate Com Sabor Amargo na Amoreira
No início de noite deste Domingo o FC Porto deslocou-se ao
terreno do Estoril em jogo a contar para a 10ª jornada da Liga. No final do
encontro verificou-se um empate a 2.
Para este encontro Lopetegui apostou num onze composto por: Fabiano;
Danilo, Maicon, Martins Indi e Alex Sandro; Casemiro, Herrera e Brahimi; Quaresma,
Jackson e Adrián López. De ressalvar que, no final do encontro, o treinador
portista sublinhou que Quintero esteve com problemas e que, por isso, não podia
ser utilizado de início. Posto isto, vamos ao jogo.
As duas equipas entraram bem em jogo, com o FC Porto à
procura do ataque, mas o Estoril a surpreender e, também, a entrar forte,
apostando em lances de contra-ataque. O que fez com que o jogo estivesse dividido
nos primeiros minutos. Foi do FC Porto a primeira oportunidade de golo, contudo
Adrián López não acertou na baliza. Brahimi inaugorou o marcador ao minuto 20,
com mais um lance de génio capaz de levantar o estádio. No entanto a vantagem
portista durou apenas alguns minutos, visto que ao minuto 27 o Estoril empatou.
Com o aproximar do intervalo, os dragões começaram a pressionar mais em busca
do golo da vantagem que pudesse trazer tranquilidade ao jogo. No entanto a
defesa estorilista foi limpando todos os lances de perigo e o intervalo chegou
com um empate a 1 no marcador.
O FC Porto entrou para o segundo tempo com o mesmo registo
que tinha apresentado na ponta final do primeiro tempo, ou seja,, a pressionar muito
e com velocidade. Porém a defesa dos da casa ia mantendo o mesmo registo, isto
é, limpando todas as ameaças para a sua baliza. Lopetegui arriscou, lançando
Quintero e Aboubakar, para os lugares de Casemiro e Adrián López. Aproveitando
alguns fogachos de força dos jogadores mais avançados, o Estoril procurou aproximar-se
da baliza de Fabiano, não só à procura de um golo, mas também para procurar
fazer com que a defesa ganhasse forças. E foi assim que surgiu a grande
penalidade a favor dos da casa, ao minuto 78. Fabiano ainda adivinhou o lado
para onde rematou Tózé, mas não conseguiu travar o remate do médio emprestado pelo
FC Porto. Estoril em vantagem, Lopetegui arriscou ainda mais retirando Maicon e
lançando Óliver para o seu lugar. . E os dragões lá continuaram a procura pelo
golo que chegou ao minuto 94, da autoria da última cartada de Lopetegui, Óliver.
E, no último minuto de jogo, Jackson podia ter feito o terceiro golo portista,
podia, mas a bola não entrou e por isso o jogo terminou com um empate no
marcador.
Com este resultado o FC Porto soma 22 pontos, cai para
terceiro lugar, a apenas 1 ponto do segundo classificado, o Vitória de
Guimarães e a 3 do Benfica que lidera o campeonato com 25 pontos.
2 – Análise
Antes de tudo o mais, que grande jogo de futebol… um Estoril
a defender-se como pôde e a procurar contra-atacar quando teve oportunidades
para tal, diria sem medos; um FC Porto guerreiro que nunca deixou de pressionar
em busca do segundo golo, e como pressionou o FC Porto… Faltou brilhar a
estrelinha da sorte e alguma lucidez.
Uma coisa é certa, já eram esperadas dificuldades na
Amoreira, pois o Estoril costuma ser um “osso duro de roer” em sua casa. E foi.
Brahimi inaugurou o marcador com mais um
lance de génio – estás a habituar-nos mal, rapaz… mas continua assim, porque
nós gostamos de ficar mal habituados. No entanto o Estoril empatou pouco tempo
depois. Depois, bem depois o FC Porto carregou no acelerador até ao intervalo. E
no segundo tempo continuou a carregar no acelerador, encostando os da casa às
cordas. O golo parecia ali tão perto, mas afinal de contas estava tão longe. É
que a defesa estorilista limpava de qualquer forma os lances de ataque
portistas. Para além disso, por vezes os jogadores portistas procuravam chegar
à baliza o mais rápido possível, nem sempre fazendo as melhores escolhas. E, de
quando em vez, a equipa da linha aproveitava para tentar subir à procura de afastar
o FC Porto da sua área na tentativa de respirar um pouco. E foi num desses
momentos que surgiu a grande penalidade. Que foi convertida por Tózé. E o FC
Porto não baixou os braços, continuou a carregar no acelerador em busca do golo
que desse o empate. Foi o que conseguiu Óliver já no minuto 94. E Jackson esteve tão perto do
terceiro.
Na minha opinião Lopetegui fez tudo o que podia fazer,
arriscou tudo, e bem, o golo não chegou, mas também não foi por falta de
tentativas. Há jogos assim.
Confesso que um pouco antes do segundo golo do Estoril já
estava a começar a desesperar, porque tanto ataque acabar travado pela defesa
estorilista dá cabo da crença de qualquer um. Mas o desespero foi maior quando
o Estoril empatou… bolas o futebol por vezes não é nada justo. Depois veio
aquele golo de Óliver e só pensei: «ainda há tempo para mais um» e Jackson
quase o fazia. Enfim, é verdade que é melhor o empate que a derrota, mas
perante um tão grande caudal ofensivo, este empate fica a saber a pouco.
Em suma, o FC Porto arrecadou um ponto num campo
tradicionalmente difícil e fica agora no terceiro lugar, atrás de Vitória de
Guimarães e Benfica.
PS. Grande apoio portista na bancada!
Sem comentários:
Enviar um comentário