A propósito da visita de uma delegação portista, liderada
pelo Presidente Pinto da Costa, a Angola, eis o que o Jornal de Angola publicou
no seu editorial.
«Uma embaixada do Futebol Clube do Porto está em Angola
chefiada por Jorge Nuno Pinto da Costa, o presidente dos “Dragões”.
No campo desportivo, já registámos a grande vitória: uma das
mais importantes instituições desportivas do mundo vai participar na formação
dos jovens futebolistas angolanos, através de um protocolo de cooperação com a
Academia de Futebol de Angola.
Este acontecimento mostra que em Portugal há quem passe
rapidamente das palavras aos actos. Nem todos se ficam pelas boas intenções,
por reuniões fastidiosas e promessas que saem da boca para fora e morrem logo a
seguir nas gavetas de um qualquer ministério do Terreiro do Paço.
Jorge Nuno Pinto da Costa, com o seu proverbial sentido de
humor, vincou isso mesmo. Em declarações à imprensa angolana, disse que se as
relações e as realizações que delas decorrem, entre o F. C. Porto e as
autoridades angolanas, tivessem igual expressão no poder político e económico
de Portugal, os dois povos estariam hoje mais próximos e seguramente a viver
muito melhor. Nós temos matérias-primas estratégicas que fazem muita falta ao
desenvolvimento da economia portuguesa e Portugal tem “know-how”, investigação
e quadros especializados que podem suprir de uma forma eficaz e célere as
nossas carências mais gritantes.
Tudo isto é verdade e tão visível que ninguém contesta. Mas
a dimensão afectiva é ainda mais importante. A inteligência emocional precisa
de afectos e de memórias, de caminhos percorridos lado a lado, de projectos
comuns que reforcem os laços entre dois povos que se conhecem e convivem há 500
anos. O presente só faz sentido se formos capazes de criar relações mais duradouras
e justas, que vão suportar um futuro promissor e próspero para os dois povos.
Numa entrevista à rádio Luanda Antena Comercial (LAC), Jorge
Nuno Pinto da Costa recordou o dia em que o Presidente José Eduardo dos Santos
lhe pediu que localizasse em Portugal o seu treinador no F. C. Luanda, quando
ainda era júnior e um dos mais promissores futebolistas angolanos. Esse gesto
simples tem a grandeza do que liga angolanos e portugueses. Em primeiro lugar,
o que significa no campo dos afectos. E depois, o que existe de positivo num
passado que a dominação colonial inquinou, envenenou, mas não foi capaz de se
erigir como um a muralha de frieza e distanciamento.
O F. C. Porto é um dos maiores clubes do mundo. Desde o
tempo de Feliciano ou Baeta que dá cartas no campo da formação. Das escolas dos
“Dragões” saíram alguns dos melhores futebolistas do universo do futebol. A
cooperação que agora começou com a Academia de Futebol de Angola vai
seguramente ajudar a fortalecer as bases do nosso meio futebolístico, cheio de
talentos mas que precisam de orientação. São autênticos diamantes por lapidar.
A intervenção de técnicos qualificados do F. C. Porto é
fundamental para transmitir novos conhecimentos aos técnicos angolanos e dar
novas perspectivas aos jovens atletas. A metodologia do treino nas camadas
jovens é crucial. Nos escalões de formação é que se moldam os grandes atletas
do futuro. Pelo percurso do nosso futebol sénior, é fácil perceber que a
motricidade dos atletas foi descurada na fase inicial e que o treino específico
falhou. Com a parceria agora estabelecida, esse quadro vai mudar. Só por isso,
foi importante a visita a Angola da embaixada desportiva do F. C. Porto.
Mas há também o jogo dos afectos. Milhares de angolanos
andam pelas ruas das nossas vilas e cidades com as suas camisolas “azuis à
Porto”. O grande clube português tem entre nós muitos milhares de adeptos. Para
esses, mas também para todos os desportistas angolanos, a visita a Angola da
comitiva dos “Dragões” presidida por Jorge Nuno Pinto da Costa foi motivo de
alegria e felicidade. O futebol continua a ser entre nós, o desporto das
multidões. F. C. Porto, Benfica, Sporting e Belenenses continuam a ter muitos
adeptos em Angola. Ainda que o emblema da “Cruz de Cristo” já não tenha ao seu
serviço o grande Matateu, o seu irmão Vicente, ou Laurindo e Godinho, os nossos
craques que foram jogar para Portugal.
A embaixada desportiva dos “Dragões” trouxe consigo e pela
voz do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa o Portugal afectuoso, amigo e solidário
que os angolanos gostavam de ver a todos os níveis e muito especialmente ao
nível do poder político cujos actores se esforçam (e conseguem) para ensombrar
as nossas relações fraternas, que todos queremos ver mais estreitas e fortes.
Mas temos a certeza de que um dia, de Portugal só vão chegar bons ventos e a
amizade contagiante e afectuosa que a embaixada dos “Dragões” agora nos trouxe.
O tempo vai acabar por fazer vir ao de cima, o bom senso e a inteligência.»
Retirado de:
Gostava que muita da imprensa portuguesa fosse capaz de dar
mérito ao FC Porto. Mas em vez disso, neste retângulo à beira mar plantado só há
anti portistas a escrever e pior, a dirigir órgãos de comunicação social.
Esses, diariamente, destilam ódio e criticam tudo o que o FC Porto faz de bom. Pior
ainda, muitos desses órgãos de comunicação social, quando o FC Porto conquistou
provas importantes, relegou o feito para um cantinho da página. Estou a referir-me,
concretamente, à capa do jornal? Abola, no dia seguinte à vitória portista na
Taça Intercontinental.
Fico, por isso, muito feliz com o reconhecimento de órgãos
de comunicação social internacionais aos feitos do FC Porto.
Sem comentários:
Enviar um comentário