1 – Crónica
No início de noite desta quarta o FC Porto deslocou-se ao
terreno do Sporting, em jogo a contar para a 2ª mão da meia final da Taça de
Portugal. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 1-0, o
que significou um empate a 1 na eliminatória. A vitória do Sporting definiu-se nas
grandes penalidades, por 5-4.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto
por Casillas; Maxi, Filipe, Marcano e Alex Telles; Herrera, Óliver e Ótávio;
Ricardo Pereira, Soares e Brahimi.
O primeiro tempo pautou-se pelo equilíbrio entre duas
equipas que já se conhecem muito bem, o que resultou em poucas ocasiões de golo
junto de ambas as balizas. O Sporting entrou ligeiramente melhor em jogo, mas o
FC Porto conseguiu controlar e dominar o jogo. Ao minuto 19 Otávio tentou fazer
o golo, contudo, não acertou no alvo. Do outro lado do campo, o Sporting tentou
criar perigo perto do intervalo.
No início do segundo tempo houve uma ocasião de perigo para
cada lado. Ao minuto 52 Soares não conseguiu dar o melhor seguimento a uma
jogada de Brahimi. Já do outro lado do campo, ao minuto 59, o Sporting desperdiçou
uma ocasião de perigo. Entretanto o Sporting aproveitou o cansaço dos médios
portistas e conseguiu livrar-se da pressão, ainda assim, não criou real perigo
para a baliza de Casillas. Até que ao minuto 85 os leões colocaram-se em
vantagem num golo feliz. Na resposta, por três vezes, os Dragões, na mesma
jogada, atiraram a bola à trave; na terceira vez que a bola bateu na trave,
chegou a entrar, contudo, o lance foi anulado por fora de jogo.
O prolongamento não trouxe nada de novo e por isso a decisão
foi empurrada para as grandes penalidades. Marcano foi o primeiro a tentar
fazer o golo, no entanto não o conseguiu, porque a bola foi ao poste. No final
verificou-se um 5-4.
Com este resultado o FC Porto vê terminada a participação na
Taça de Portugal.
2 – Análise
Chegar à final da Taça de Portugal era um dos objetivos para
esta época e o FC Porto entrou na segunda parte da eliminatória em vantagem.
Não se esperavam facilidades, não só por este ser um clássico, mas também por
ser a 2ª mão da meia final, portanto, um jogo decisivo. Foi um jogo equilibrado,
entre dois adversários que se conhecem muito bem e que tinham pouca vontade de
arriscar. Prova disso mesmo é a escassez de oportunidades de golo, tanto de um
lado como do outro. Não me lembro de nenhuma defesa de um dos guarda-redes. Basicamente
o FC Porto controlou o primeiro tempo e o Sporting, porque o meio campo
portista foi perdendo fulgor, começou a ter ascendente a meio do segundo tempo.
Não posso dizer que gostei da exibição portista, porque preferia que os Dragões
tivessem entrado determinados na procura do golo que aumentasse a vantagem e
dificultasse a tarefa dos leões. Ao invés senti que o FC Porto entrou para
controlar a vantagem que trazia do primeiro jogo no Dragão. Diz-se que quem não
marca arrisca-se a sofrer e, de facto foi isso que acabou por acontecer, ainda que,
tal como já referi anteriormente, o Sporting – como aliás o FC Porto – não tenha
criado perigo eminente junto da baliza de Casillas. Foi um golo feliz. Veio
depois o prolongamento e a lutaria das grandes penalidades. Já sei que Óliver saiu
por apresentar problemas físicos; percebo a troca de Ótávio por Sérgio Oliveira;
só não percebo muito bem porque Marega não entrou para o lugar de Soares em vez
de Aboubakar, talvez tinha sido mais proveitoso aproveitar a sua velocidade.
Claro que é mais fácil fazer estas análises agora, Sérgio Conceição saberá
porque não optou pelo maliano. Tenho de destacar Herrera e Maxi, ambos pela garra,
pelo querer, pela determinação e pelo espírito de sacrifício; o mexicano não
quis desistir de lutar por algo que impedisse os penaltis; já o Uruguaio, mesmo
com um corte na cabeça, preferiu permanecer dentro do campo até ao final –
Bravo Dragões!
Em suma, foi um jogo muito dividido, ganhou quem teve a
sorte de fazer a bola entrar na baliza. Caiu um dos objetivos desta época,
resta ao FC Porto focar todas as atenções no campeonato, onde faltam jogar 4
finais. Apoio não vai faltar, por certo, por isso vamos Porto!
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