domingo, 2 de agosto de 2020

Crónica e Análise: Benfica 1 – FC Porto 2



1 – Crónica

No início de noite deste sábado, o FC Porto e o Benfica defrontaram-se no Estádio Cidade de Coimbra, em jogo a contar para a final da Taça de Portugal. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 1-2.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por Diogo Costa; Manafá, Pepe, Mbemba e Alex Telles; Danilo, Uribe e Otávio; Corona, Marega e Luis Diaz.
O FC Porto entrou bem em jogo e cedo criou perigo junto da baliza do Benfica por intermédio de Corona, minuto 4, mas o guarda-redes adversário negou-lhe o golo madrugador. Foi uma primeira parte pautada pelo escaço número de oportunidades de golo e pelo domínio e controlo portista, sobretudo nos primeiros 25 minutos, período em que somou vários cantos. Até que ao minuto 38 a história do encontro ficou, irremediavelmente, marcada pela expulsão, por segundo cartão amarelo, de Luis Diaz. Minutos depois, o senhor árbitro expulsou também Sérgio Conceição, ficando o FC Porto a jogar com 10 e sem o seu treinador no banco.
O segundo tempo iniciou-se com o primeiro golo do FC Porto, por intermédio de Mbemba, que deu a melhor sequência a um livre cobrado por Alex Telles, minuto 47. Minutos depois, minuto 59, novamente Mbemba acertou na baliza benfiquista, dando a melhor sequencia a mais uma bola parada desta feita cobrada por Otávio, aumentando assim a vantagem portista no marcador para 0-2. Na resposta, ao minuto 62, pela primeira vez no jogo, o Benfica procurou criar perigo junto da baliza portista, estava lá Diogo Costa para segurar com facilidade e tranquilidade. A partir deste momento, o Benfica procurou pressionar enquanto que o FC Porto procurou defender-se o melhor possível de modo a manter o perigo afastado da sua baliza. Ao minuto 84, através de uma grande penalidade, o Benfica reduziu a desvantagem no marcador. Minutos depois, já em período de compensação, os encarnados atiraram uma bola ao poste.
Com esta vitória o FC Porto garantiu a 17ª Taça de Portugal do seu palmarés, juntando-a ao campeonato, fazendo assim a tão desejada dobradinha.

2 – Análise

As finais não se jogam, ganham-se. O FC Porto levou esta regra à letra e ainda fê-lo contra tudo e todos. Foi um jogo difícil, muito difícil. É verdade que não se esperavam facilidades, porque numa final não as há, mas ao longo do jogo, sobretudo ao aproximar do intervalo, as dificuldades acentuaram-se, primeiro com a expulsão de Luis Diaz (não consigo perceber porque o vídeoárbitro não pode intervir nas decisões relativas aos cartões amarelos, se pudesse, quem sabe se o primeiro amarelo do colombiano tinha sido revisto? E assim teria sido evitada uma expulsão) e depois com a expulsão de Sérgio Conceição. Foi preciso união, determinação, inteligência, rigor, empenho, espírito de sacrifício e superação para conseguir a Taça. Foi um FC Porto sólido, solidário, guerreiro e eficaz a defender e a atacar, que ontem viu-se obrigado a jogar toda a segunda parte com menos 1, ou 3, ou 4… Os Dragões souberam aproveitar para marcar nos momentos certos, não desperdiçando dois lances de bola parada e depois souberam ser eficazes a defender. Em suma, foi uma vitória à Porto! Na raça! Destaco Mbemba, pelos dois importantes golos. A Taça vem para o Dragão, porque a equipa não desistiu de lutar perante as dificuldades. Isto é ser Porto!
É desta forma que os Dragões colocam um ponto final numa época que teve tanto de difícil, quanto longa. Valeu a pena sofrer, no final o sabor da vitória é melhor.

PS. Quando o Presidente da República preparava-se para entregar a Taça a Danilo, perante o compasso de espera, deduzi que estariam a espera de Casillas e não estava errada. Grande momento, grande gesto o do FC Porto para com Iker Casillas no momento de levantar a Taça! Isto é o Porto! Somos Porto!







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