1 – Crónica
No início de noite deste sábado, o FC Porto e o Benfica defrontaram-se
no Estádio Cidade de Coimbra, em jogo a contar para a final da Taça de Portugal.
No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 1-2.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto
por Diogo Costa; Manafá, Pepe, Mbemba e Alex Telles; Danilo, Uribe e Otávio;
Corona, Marega e Luis Diaz.
O FC Porto entrou bem em jogo e cedo criou perigo junto da
baliza do Benfica por intermédio de Corona, minuto 4, mas o guarda-redes
adversário negou-lhe o golo madrugador. Foi uma primeira parte pautada pelo
escaço número de oportunidades de golo e pelo domínio e controlo portista,
sobretudo nos primeiros 25 minutos, período em que somou vários cantos. Até que
ao minuto 38 a história do encontro ficou, irremediavelmente, marcada pela
expulsão, por segundo cartão amarelo, de Luis Diaz. Minutos depois, o senhor
árbitro expulsou também Sérgio Conceição, ficando o FC Porto a jogar com 10 e
sem o seu treinador no banco.
O segundo tempo iniciou-se com o primeiro golo do FC Porto,
por intermédio de Mbemba, que deu a melhor sequência a um livre cobrado por
Alex Telles, minuto 47. Minutos depois, minuto 59, novamente Mbemba acertou na
baliza benfiquista, dando a melhor sequencia a mais uma bola parada desta feita
cobrada por Otávio, aumentando assim a vantagem portista no marcador para 0-2. Na
resposta, ao minuto 62, pela primeira vez no jogo, o Benfica procurou criar
perigo junto da baliza portista, estava lá Diogo Costa para segurar com
facilidade e tranquilidade. A partir deste momento, o Benfica procurou pressionar
enquanto que o FC Porto procurou defender-se o melhor possível de modo a manter
o perigo afastado da sua baliza. Ao minuto 84, através de uma grande
penalidade, o Benfica reduziu a desvantagem no marcador. Minutos depois, já em
período de compensação, os encarnados atiraram uma bola ao poste.
Com esta vitória o FC Porto garantiu a 17ª Taça de Portugal
do seu palmarés, juntando-a ao campeonato, fazendo assim a tão desejada
dobradinha.
2 – Análise
As finais não se jogam, ganham-se. O FC Porto levou esta
regra à letra e ainda fê-lo contra tudo e todos. Foi um jogo difícil, muito
difícil. É verdade que não se esperavam facilidades, porque numa final não as
há, mas ao longo do jogo, sobretudo ao aproximar do intervalo, as dificuldades
acentuaram-se, primeiro com a expulsão de Luis Diaz (não consigo perceber
porque o vídeoárbitro não pode intervir nas decisões relativas aos cartões
amarelos, se pudesse, quem sabe se o primeiro amarelo do colombiano tinha sido
revisto? E assim teria sido evitada uma expulsão) e depois com a expulsão de
Sérgio Conceição. Foi preciso união, determinação, inteligência, rigor, empenho,
espírito de sacrifício e superação para conseguir a Taça. Foi um FC Porto
sólido, solidário, guerreiro e eficaz a defender e a atacar, que ontem viu-se
obrigado a jogar toda a segunda parte com menos 1, ou 3, ou 4… Os Dragões
souberam aproveitar para marcar nos momentos certos, não desperdiçando dois
lances de bola parada e depois souberam ser eficazes a defender. Em suma, foi
uma vitória à Porto! Na raça! Destaco Mbemba, pelos dois importantes golos. A Taça
vem para o Dragão, porque a equipa não desistiu de lutar perante as
dificuldades. Isto é ser Porto!
É desta forma que os Dragões colocam um ponto final numa época
que teve tanto de difícil, quanto longa. Valeu a pena sofrer, no final o sabor
da vitória é melhor.
PS. Quando o Presidente da República preparava-se para
entregar a Taça a Danilo, perante o compasso de espera, deduzi que estariam a
espera de Casillas e não estava errada. Grande momento, grande gesto o do FC
Porto para com Iker Casillas no momento de levantar a Taça! Isto é o Porto!
Somos Porto!
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