1 – Crónica
Empate no Clássico da Luz
No início de noite deste Domingo, Benfica e FC Porto
defrontaram-se em jogo a contar para a décima quarta jornada da Liga. No final
do encontro, verificou-se um empate a 2.
No primeiro clássico do ano, o FC Porto chegou à Luz com menos
três pontos que o adversário, pelo facto de ter menos um jogo. E, com o
objetivo de somar os três pontos, Vítor Pereira apostou no onze que no momento
lhe deu mais garantias. Assim sendo, para o lugar de James, entrou Defour. Posto
isto, vamos à história do clássico.
Durante a primeira meia hora de jogo, o clássico teve todos
os condimentos que um jogo de futebol necessita: intensidade, golos e incerteza
no marcador, em suma, teve emoção. Ao minuto oito, o FC Porto adiantou-se no
marcador com um golo de Mangala. Mas em resposta, ao minuto dez, o Benfica empatou
a partida. Contudo, os dragões não viraram a cara a luta e Jackson voltou a dar
a vantagem aos dragões ao minuto quinze. No entanto, ao minuto dezassete, os da
casa voltaram a empatar. E passados os primeiros trinta minutos, eis que o jogo
acalmou, não perdeu intensidade, mas perdeu um pouco da emocionalidade. O FC
Porto permaneceu no controlo das operações e viu um lance perigoso ser anulado
por suposto fora de jogo de Varela, erro, como acontecera no início do desafio
com Defour e Alex Sandro. E, chegou o intervalo com o marcador empatado a 2.
No segundo tempo imperou a tática de ambos os lados. Mas
Helton teve oportunidade de brilhar ao negar o golo dos encarnados.
Com este resultado permanece a distância de três pontos
entre ambos os emblemas.
2 – Análise
O primeiro clássico do ano ditou um empate entre águias e
dragões. Como clássico que é clássico não se revela fácil, logo, um empate não
se traduziu num mau resultado, contudo, a vitória é sempre o objetivo mais
desejado. Gostei da prestação do FC Porto, principalmente do facto de ter
atuado sempre como uma equipa ao longo de todo o encontro. O jogo desta noite
foi um bom jogo, principalmente nos primeiros trinta minutos da primeira parte.
Houve emoção quanto baste, houve incerteza no marcador e o FC Porto nunca se
deixou ir a baixo pelo facto de ver sempre anulada a vantagem. O segundo tempo
foi um pouco diferente, mas na minha opinião, não deixou de ser um bom jogo,
talvez ficou a ser mais tático. O FC Porto continuou a ser uma equipa, no
entanto ficou a faltar mais precisão no passe final. Ah, mais uma vez Helton
esteve bem ao defender aquele que poderia ter sido mais um golo – aliais,
parece que segundo o site da liga o foi… E que dizer mais? Talvez deveria falar
do senhor do apito, uma vez que ficaram por expulsar dois jogadores do benfica,
que foram mal assinalados foras de jogo ao ataque portista, mas infelizmente
tal não foi nenhuma novidade. E terminado
o clássico, tudo permanece igual no topo da classificação.
1 comentário:
Uma primeira-parte intensa, de grande espectáculo, com golos, entusiasmo, momentos de bom futebol, emoção, competitividade, correcção e um Porto - com a já esperada entrada de Defour no lugar de James ...- que jogou muito bem, muito equilibrado, muito personalizado, melhor, sempre na frente, mas a nunca ter possibilidades de aguentar a vantagem mais de 2 minutos, mérito do Benfica que reagiu de imediato às desvantagens. Se o resultado de 2 a 2 ao intervalo, com todos os golos até ao minuto 16 - aos 8 Mangala adiantou o F.C.Porto; empatou Matic aos 10; Jackson colocou novamente o bi-campeão na frente aos 14; e Gaitan empatou aos 16 -, até se pode aceitar, a haver um vencedor teria de ser o conjunto de Vítor Pereira que foi mais equipa, teve mais bola e trocou-a melhor, foi mais perigoso no futebol corrido, enquanto a equipa da Luz apenas criou perigo em lances de bola parada, normalmente pelo lado direito, em jogadas criadas por Salvio. A destoar, nos belíssimos 45 minutos iniciais, o auxiliar do lado dos bancos, António Godinho, que cortou duas jogadas a Varela, uma em que o Drogba da Caparica ficava na cara de Artur. Também os dois guarda-redes e alguma falta de concentração das defesas, nos cantos e livres.
Na segunda-parte foi diferente.
Não houve golos, não houve a mesma intensidade, mas continuou a haver um bom Porto, sempre mais equipa, mais organizado, mais bola, melhor bola. OK, Cardozo podia ter marcado - Helton muito bem -, mas seria uma grande injustiça que a melhor equipa saísse derrotada. Faltou ao F.C.Porto ter mais alguém no banco que desse mais andamento na parte final, alguém refrescasse sem perda de qualidade - Marat Izmailov só fez 3 treinos com a equipa...-, faltou um avançado que mantivesse em respeito a defesa e a profundidade.
Resumindo e concluindo:
Empatamos em casa do principal rival, numa altura difícil, sem jogadores importantes e com um banco à base de jovens talentosos, mas ainda sem grande tarimba para jogos desta importância. Saímos por cima, mostramos a nossa qualidade, o nosso carácter, a nossa força colectiva, frente a uma equipa que estava, diziam eles, em super-forma. Como disse, gosto deles assim, antes, ninguém os segura, a fanfarronice e a bazófia, dos mais ou menos catedráticos, é a marca, depois, no jogo jogado... mostramos que somos melhores.
Parabéns aos adeptos portistas pela mobilização, pelo apoio, pelo entusiasmo.
Parabéns ao Vítor Pereira, quem não se sente não é filho de boa gente e já chega de diminuir o mérito de um e colocar o outro no pedestal.
Parabéns João...pode vir o João, parabéns ao António Godinho... o Benfica com este árbitro, até pode partir pernas, a impunidade é a marca deste artista, que, felizmente, vai deixar o apito.
Bjs
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