1 – Crónica
Três Pontos Numa Vitória Difícil
No final de tarde, início de noite deste Domingo o FC Porto
recebeu o Arouca em jogo a contar para a 25ª jornada da Liga. No final do
encontro verificou-se a vitória dos dragões por 1-0.
Para este encontro Lopetegui apostou num onze composto por:
Fabiano; Ricardo, Martins Indi, Marcano e Alex Sandro; Casemiro, Herrera e
Óliver; Quaresma, Aboubakar e Brahimi..
O FC Porto procurava dominar o jogo, quando sofreu uma contrariedade.
Ao minuto 11, Fabiano saiu da baliza e da área e cometeu falta sobre um adversário.
O guarda-redes viu o cartão vermelho, o que obrigou Lopetegui a mexer na
equipa. Helton entrou por troca com Ricardo e os dragões ficaram a jogar com
uma linha de três defesas. O Arouca não soube aproveitar o facto de estar a
jogar contra 10 e os jogadores portistas, nomeadamente Óliver, Quaresma e Brahimi
iam desenhando lances de ataque que, invariavelmente, acabavam em nada, muito
por culpa da indefinição no último passe. Num desses lances, Óliver, a passe de
Quaresma, ficou perto do golo. Noutro desses lances, Quaresma sofreu falta no
interior da área arouquense, mas o senhor árbitro não assinalou a respetiva
grande penalidade. Até que ao minuto 32 Aboubakar deu a melhor sequencia a um
lance de Quaresma e ativou o marcador. E foi com os dragões a vencer por 1-0
que chegou o intervalo.
O segundo tempo foi um pouco diferente. Lopetegui optou por
recolocar uma defesa de 4, passando Herrera a ocupar a lateral direita, ficando
Casemiro e Óliver no meio campo. No entanto alguns minutos depois o treinador
portista acabou por retirar Óliver por troca com Ruben Neves. A equipa pareceu
ter perdido a capacidade de construção no miolo, mas, por outro lado, ganhou resistência.
Os dragões baixaram um pouco o ritmo, talvez na procura de gerir não só o esforço,
mas também o resultado. E o Arouca procurou aproveitar para chegar perto da área
e da baliza de Helton. O guarda-redes teve mesmo de intervir num lance,
enquanto que a defesa portista tratou de afastar o perigo que rondava.
Com esta vitória o FC Porto soma 61 pontos e permanece na
segunda posição a quatro pontos do Benfica.
2 – Análise
Difícil, foi uma vitória difícil, e importante, muito
importante.
Nem todas as vitórias podem ser conquistadas com exibições
brilhantes, há aquelas que são conquistadas com muito suor, muito sofrimento e
esforço coletivo e são essas que ajudam a fortalecer as equipas. Foi o que
aconteceu hoje. Cedo o FC Porto viu-se reduzido a 10 - Ó Fabiano? – e Lopetegui
optou, na minha opinião bem, por retirar Ricardo e colocar uma defesa de 3.
Ainda no primeiro tempo Aboubakar conseguiu ativar o marcador, sendo que a
vantagem pela margem mínima ao intervalo só peca por escassa, no meu ponto de
vista, mais um golo não teria sido favor nenhum face ao número de jogadas ofensivas
mal aproveitadas e ao domínio verificado. No segundo tempo a saída de Óliver – compreensível,
visto que regressou de lesão – na minha opinião, acabou por retirar alguma
capacidade de construção de jogo no meio campo. Se bem que a entrada de Ruben
Neves fez com que a equipa ganhasse mais resistência. Também compreensivelmente
o FC Porto baixou o ritmo de jogo a meados da segunda parte.
Gostei do resultado e gostei da garra, da humildade, da
união, da solidariedade, da competência e da eficácia que esta equipa hoje demonstrou.
Estou orgulhosa, mais uma vez.
Em suma, foi uma batalha dura, mas no final a vitória ficou
no Dragão que é o mais importante neste momento. Segue-se o Nacional em mais
uma final.
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