1 – Crónica
No início de noite desta quarta o FC Porto deslocou-se ao
terreno do Famalicão, em jogo a contar para a 25ª jornada da I Liga. No final
do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 2-1.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto
por Marchesin; Corona, Pepe, Mbemba e Manafá; Danilo, Sérgio Oliveira e Otávio;
Luis Diaz, Soares e Marega.
O FC Porto entrou bem em jogo e Marega, ao minuto 11, teve
oportunidade para inaugurar o marcador, mas não foi capaz de bater o
guarda-redes adversário. Do outro lado do campo, ao minuto 21, o Famalicão
podia ter chegado à vantagem, a bola foi ao lado da baliza de Marchesin. No
minuto seguinte, Luis Diaz podia ter colocado os Dragões na frente do marcador,
no entanto, viu um defesa contrário evitar o golo. Ao minuto 25, Danilo atirou
por cima. Mais tarde, minuto 35, foi Soares quem teve oportunidade para marcar,
mas viu o guarda-redes adversário negar-lhe os festejos.
Os Dragões entraram no segundo tempo de olhos postos na
baliza contrária, mas o golo acabou por acontecer na baliza portista ao minuto 48, depois de um mau passe de Marchesin. O FC
Porto procurou reagir rápido e Danilo voltou a ficar perto de marcar, mas sem
acertar no alvo, minuto 51. Mais tarde, minuto 72, Mbemba ficou muito perto do
empate. O empate que chegaria ao minuto 74, por intermédio de Corona. No
entanto o empate não durou muito tempo. Ao minuto 78, o Famalicão voltou a
colocar-se em vantagem. Até ao final o FC Porto procurou criar perigo, contudo,
sem sucesso.
Com esta derrota o FC Porto permanece com 60 pontos e no
final desta jornada arrisca-se a perder a liderança do campeonato para o
Benfica.
2 – Análise
O Campeonato parou à 24ª jornada por causa da COVID-19 e
regressou hoje com uma nova normalidade, uma normalidade em que algumas regras
são difíceis de entender. É tão estranho um jogo sem público na bancada… Mas é
neste contexto que o FC Porto tem de continuar a lutar pelo objetivo principal,
o título de campeão, sem baixar a guarda. Não se esperava um jogo fácil e, de
facto, não o foi. O FC Porto esteve melhor no jogo, teve mais bola, pressionou,
atacou mais, mas não jogou sozinho e o Famalicão fez tudo para debater-se a
altura, defendeu-se com eficácia e atacou com mais eficácia ainda. Na primeira
parte o FC Porto podia e devia ter marcado pelo menos por duas vezes, mas
infelizmente há problemas que nem o confinamento fez desaparecer. Também não é
menos verdade que os da casa também podiam ter marcado por uma vez. No segundo
tempo o Famalicão entrou a ganhar, muito por culpa de um erro de Marchesin e
porque não dizê-lo, também de Manafá, que deveria ter avançado no terreno, digo
eu. Não suporto os passes para trás, eu sei que por vezes é necessário, mas
também é dessas situações que surgem os erros e, no limite, o golo adversário.
Continuando. Em desvantagem o FC Porto teve de correr atrás do prejuízo. Se já
não era fácil correr atrás do golo com um nulo no marcador, menos ainda em
desvantagem. Mas Corona conseguiu o mais difícil, marcar. O problema é quando a
equipa está balanceada para o ataque e de olhos postos na baliza adversária, a
defesa acaba por ficar mais exposta e o Famalicão acabou por marcar. Depois o FC
Porto partiu para o golo, mas faltou discernimento, faltou razão e faltou
eficácia.
Em suma, perderam-se 2 pontos importantes. Esta é uma prova
de obstáculos, que está na ponta final e em que o FC Porto tropeçou ao
reentrar. Não dá para facilitar neste momento, não da para desperdiçar
oportunidades e não dá para desperdiçar pontos. Mas deitar a toalha ao chão
quando ainda faltam 9 jornadas nem pensar! Por isso é hora de não baixar os
braços, é hora de levantar a cabeça e fazer o que está ao alcance para conquistar
o objetivo. A guerra não está perdida. Nós adeptos vamos continuar a apoiar à
distância que a situação atual nos exige. Vamos Porto!
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