1 – Aqui está a antevisão de Sérgio Conceição da 25ª jornada
da I Liga, frente ao Famalicão.
“"TEMOS FOME DE VOLTAR A JOGAR E DE GANHAR"
Sérgio Conceição projetou o regresso do campeonato com a
realização da 25.ª jornada, na qual o FC Porto joga em Famalicão (quarta-feira,
21h15)
A última vez que o FC Porto entrou em campo para disputar um
jogo oficial foi a 7 de março, frente ao Rio Ave (1-1), no Estádio do Dragão.
Agora, 88 dias depois de um empate impossível de digerir frente aos
vila-condenses, o coletivo portista retoma a luta pelo título e vai a Famalicão
para manter a liderança do campeonato. Na antevisão da partida referente à 25.ª
jornada da Liga NOS, que se disputa esta quarta-feira (21h15, Sport TV), no
Estádio Municipal de Famalicão, Sérgio Conceição garantiu que a equipa está bem
preparada a todos os níveis para dar uma boa resposta perante a equipa-sensação
desta época. O objetivo, claro está, é só um: somar os três pontos e manter a
liderança isolada, aconteça o que acontecer na jornada.
O regresso à sala de imprensa do Olival
“É com gosto e enorme prazer que estou aqui outra vez depois
de praticamente três meses fora da competição, das conferências. Algumas vezes
com opiniões divergentes, mas é sempre bom estar de volta. Nós nunca parámos.
Não fomos de férias e trabalhámos sempre. Isso demonstra a vontade e a
esperança que tínhamos de que o campeonato ia ser retomado, para demonstrarmos
no campo que éramos e que somos a melhor equipa. Queremos acabar sendo a melhor
equipa do campeonato, pois isso é que é importante.”
Foco no trabalho e esperança
“Estes quase três meses não foram fáceis para ninguém. Foi
preciso sermos inteligentes na forma como queríamos manter o plantel sempre a
trabalhar e motivado, com o foco e a esperança de que as coisas iam ser
retomadas. A equipa está focada e a trabalhar muitíssimo bem. Fez um trabalho
fabuloso nestas últimas semanas, mas também no tempo em que esteve em casa.
Houve um grande esforço de toda a gente no clube. Obrigado a todos e aos
jogadores pelo trabalho que fizeram. Estamos preparados e sabemos que vamos
defrontar uma equipa que, para mim, é a verdadeira surpresa do campeonato. Tem
muita qualidade individual e um treinador que está a demonstrar que tem
categoria para fazer o trabalho que está a fazer e que tem futuro. Agora é
treinador principal com muito mérito. Precisamos de estar equilibrados em
Famalicão para não sermos surpreendidos.”
Uma paragem sem benefícios
“Esta paragem não beneficiou ninguém. Ninguém estava à
espera desta pandemia e da situação em que o mundo se encontra. Não quero
entrar num discurso em que uma equipa ganhou coisas e outras não. Esta crise
não beneficiou ninguém e o futebol também sofre. Houve muita gente a perder
pessoas que eram queridas. É redutor estarmos a falar especificamente do
futebol e se uma equipa ganhou mais ou menos do que outra.”
Um mundo novo
“Temos um mundo novo e as normas de segurança são para toda
a gente. O futebol faz parte dessa responsabilidade social e toda a gente tem
que ter essa responsabilidade. Não é fácil salvaguardar a saúde das pessoas,
mas aquilo que desejo é que não se entre num exagero e que um futebol seja um
exemplo positivo. Mas a minha grande preocupação é a equipa do Famalicão. Vamos
jogar num ambiente limpo, pois somos todos controlados. Aproveito para dar os
parabéns por se terem criado as condições para terminar o campeonato. Sou a
favor de tudo aquilo que faça do futebol um espetáculo.”
Marcano e Nakajima
“É sempre mau não ter todo o plantel à disposição. Lamento
profundamente o que aconteceu ao Marcano, que é um jogador muito importante
para nós e no balneário. Em relação ao Nakajima, não está no grupo de trabalho.
A Direção vai tratar da melhor forma a ausência dele e não há muito mais a
falar. Claro que gostaria de ter toda a gente disponível.”
Novos desafios
“É um desafio diferente. Em termos de preparação, tivemos
imenso tempo para preparar este jogo, mas não sabemos o que vamos encontrar do
outro lado. Quando existe uma pré-época, definimos microciclos de treino, mas
aqui foi tudo diferente. Em quase três meses, só há pouco tempo é que os
jogadores se juntaram nos treinos coletivos. Isso é um desafio diferente. Nesse
sentido, foi difícil, mas naquilo que é a preparação do jogo, a nível tático e
estratégico, foi preparado da mesma forma. Até tivemos mais tempo para preparar
alguns pormenores, mas existe a dificuldade de não sabermos o que vamos
encontrar do outro lado.”
As bancadas despidas de adeptos
“Vai ser diferente entrar num jogo oficial sem público. É
como os condimentos que faltam numa boa salada, mas se temos fome, temos que a
comer na mesma. Temos fome de voltar a jogar e de ganhar, de conquistar títulos.
É com essa fome que temos de ir lá para dentro. É como se tivéssemos os nossos
adeptos nas bancadas a apoiar-nos do primeiro ao último minuto. Temos de olhar
para o jogo dessa forma, mas é óbvio que vai ser diferente. Falta o incentivo
dos adeptos aos 93 minutos, que faz falta e que é essencial naquele momento.
Até as assobiadelas fazem falta. Muito sinceramente, não é a mesma coisa, mas
temos de olhar para a situação e enfrentá-la como ela é. Vamos jogar num
estádio sem público frente a um adversário que vai querer fazer o seu jogo e
ganhar.”
O expectável e o desconhecido
“O desconhecido é mais no plano físico, que é muito
importante no futebol, mas acredito que o Famalicão trabalha ao mais alto
nível. Tem uma estrutura sólida que faz com que o clube seja estável.
Conhecemos todos os jogadores individualmente e aquilo que fazem na equipa.
Conhecemos bem o Famalicão coletivamente e aí não há grandes segredos. Não
acredito que vá mudar muito aquilo que tem sido a dinâmica da equipa e aí não
há surpresas. O desconhecido é a envolvência do estádio e tudo aquilo que é
novo para nós. Estamos na reta final, a dez jogos do fim, por isso não há
grandes novidades.”
A ausência de Alex Telles
“O Manafá é uma solução para a esquerda, como podem ser
outros jogadores.”
A dinâmica da equipa
“Espero que seja retomada a dinâmica que estava a ter no
campeonato. Aquando da paragem, a equipa estava bem e tinha ganho jogos
importantes. Recuperámos alguns pontos na tabela que nos eram essenciais para a
luta pelo nosso principal objetivo. Trabalhámos ao longo destes quase três
meses para dar continuidade a essa dinâmica. Não falo do último jogo, que foi
um empate, mas foi unânime que merecíamos ganhar e até por mais do que um golo.
Não conseguimos devido a uma noite infeliz da terceira equipa e agora
poderíamos estar com três pontos de vantagem, que seriam quatro, sobre o nosso
rival. Aproveito para desejar a maior felicidade do mundo às equipas de arbitragem
e que, quem ganhar dentro das quatro linhas, que ganhe com mérito.”
Sem Marcano e Alex Telles na defesa em Famalicão
“Queríamos ter todo o plantel à disposição. Quando se fala
em defesa, fala-se em organização defensiva, que é tão importante como o processo
ofensivo. Estou tranquilo pois toda a gente está comprometida em fazer o seu
papel na equipa. Jogue quem jogar, a eficácia defensiva será grande, tenho a
certeza.””
Em
2 – O meu palpite para a equipa titular é:
Marchesin; Corona, Pepe, Diogo Leite e Manafá; Danilo,
Sérgio Oliveira e Otávio; Luis Diaz, Soares e Marega
3 – Sobre o jogo
O Campeonato parou à 24ª jornada por causa da COVID-19 e
regressa agora com uma nova normalidade, uma normalidade em que algumas regras são
difíceis de entender. É neste contexto que regressa o campeonato e é neste
contexto que o FC Porto tem de continuar a lutar pelo objetivo principal, o título
de campeão, sem baixar a guarda. Não se espera um jogo fácil, mas espera-se que
os comandados de Sérgio Conceição transformem as dificuldades em facilidades.
Para tal espera-se um FC Porto competente; concentrado; coeso; confiante;
determinado; motivado; ambicioso; rigoroso; empenhado; sólido; solidário;
unido; e eficaz tanto a defender como a atacar.
Força FC Porto!
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