Depois de uma necessária interrupção nas publicações sobre a época passada, retomo-as para abordar o plantel de 2023-2024.
A baliza portista esteve bem entregue, quer a Diogo Costa quer a Cláudio Ramos. Não foi por aqui que o FC Porto perdeu o campeonato ou que surgiram os problemas mais complexos.
A defesa portista, apesar de ter sido a melhor defesa do campeonato, causou-nos muitas dores de cabeça e muitos calafrios. A lesão de Marcano, ainda numa fase inicial da época, revelou-se um problema muito complexo. David Carmo mostrou ser capaz do bom, do menos mau e do mau, não conseguiu ser constante e por isso não conseguiu ser a solução que seria necessário. Otávio veio para o FC Porto na janela de transferências de janeiro. Entrou muito bem na equipa, embora alguns jogos depois parecia estar a recuar e a cometer alguns erros que seria esperado e desejado que não tivessem acontecido. Pepe, esse jovem capitão da equipa, sempre que bem fisicamente (e esteve muitas vezes bem), foi importante para a equipa. Se todos os jogadores tivessem a garra, a inteligência e a determinação do Pepe, seria incrível. Tenho de fazer uma referência a Wendell. Esta época o lateral esquerdo conseguiu ser mais seguro, constante e muitas vezes decisivo. É sem dúvida deste Wendell que o FC Porto precisa.
No meio campo. A época arrancou com uma saída no plantel que alterou muita coisa na forma da equipa jogar, Otávio. Acredito que esta saída tenha sido, possivelmente, das maiores dores de cabeça que a equipa técnica enfrentou, pela necessidade de reorganizar a estrutura e a forma de jogo da equipa. Por outro lado, Alan Varela pegou de estaca, sendo, sem dúvida, um elemento preponderante da equipa. Nico González começou bem, depois quebrou, provavelmente por necessitar de se adaptar e retomou de pedra e cal para ser um elemento importante a meio campo. Confesso que esperava que Ivan Jaime conseguisse ser um jogador importante na equipa. Acho que necessitou de se adaptar e acredito, desejo mesmo, que na próxima época consiga mostrar muito mais do que mostrou.
A frente de ataque. O FC Porto marcou muito menos golos do que seria esperado, desejado e necessário. Em muitos momentos sentia-se que a equipa parecia numa espécie de bloqueio, presa numa incapacidade de rematar à baliza contrária. Taremi fico à quem das espetativas. Evanilson, depois de recuperar de lesões, conseguiu ser muito importante e sempre que ia ao chão, ficava com o coração nas mãos (acredito que não era a única). Pepê jogou muito mais a meio campo, sendo muitas vezes determinante. Galeno foi muitas vezes importante, mais vezes nos jogos da Liga dos Campeões, mas não só. Francisco Conceição não começou como titular, mas a partir do momento que agarrou o lugar, carregou, muitas vezes, a equipa às costas, sendo muito determinante. Muita gente não concordou com o seu regresso, mas também acredito que mudaram a opinião com o passar do tempo. Tivessem todos os jogadores a garra do Francisco e nós estaríamos mais descansados.
Sei, sabemos todos, que haverá necessariamente saídas importantes. Mas gostaria que fosse possível manter Diogo Costa, Alan Varela, Nico González, e Francisco Conceição, construindo a equipa em torno destes jogadores. Vamos aguardar, com a serenidade possível, o que vai ditar o mercado de transferências.
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