1 - Crónica
Na tarde deste domingo o FC Porto deslocou-se ao terreno do Moreirense, em jogo a contar para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 2-1.
Para este jogo Vítor Bruno apostou num onze composto por: Cláudio Ramos; João Mário, Tiago Djaló, Nehuen Pérez e Francisco Moura; Alan Varela, Nico González, Fábio Vieira, Pepê, Namaso e Fran Navarro.
O FC Porto entrou bem em jogo, teve a primeira oportunidade de perigo, protagonizada por Namaso, mas com o guarda-redes adversário a levar a melhor. Depois os Dragões baixaram a intensidade, embora mantendo o domínio do jogo. E, ao minuto 35, Pepê colocou os Dragões em vantagem. No entanto a vantagem portista no marcador durou pouco, já que ao minuto 41 o Moreirense empatou a partida.
No segundo tempo, os da casa mostravam vontade de criar perigo e de procurar fazer história. Enquanto que o FC Porto parecia demorar a encontrar o caminho para voltar a marcar, com Francisco Moura a por à prova o guarda-redes adversário e Namaso rematou sem acertar no alvo. Do outro lado, o Moreirense colocou-se em vantagem ao minuto 77, através de uma grande penalidade.
Com este resultado o FC Porto fica fora da prova rainha do futebol português.
2 - Análise
É certo que hoje esperava-se um jogo difícil, num terreno habitualmente difícil. Mas hoje esperava-se que o regresso à competição depois de uma dura derrota fosse pautado por uma resposta clara, assertiva e positiva. Mas não foi o que se passou. Hoje o FC Porto ficou fora de uma prova que venceu as últimas 3 edições. Hoje caiu um objetivo importante para o clube. Hoje houve contestação. Hoje estou, outra vez, demasiado azeda. Já o disse e volto a repetir. Sim, falta qualidade em determinados setores desta equipa, mas falta, sobretudo, atitude, falta coragem, falta garra, falta determinação, falta ideias e parece haver receio de falhar (e por isso medo de rematar), há muita ansiedade. Esta equipa precisa, urgentemente, encontrar um rumo, uma solução, uma saída, algo diferente do que tem acontecido. Eu não sei se Vítor Bruno é ou não o homem certo, não sei se tem unhas para esta guitarra, começo a temer que não. Nem costumo ver no despedimento dos treinadores uma solução, mas neste momento não sei se de facto Vítor Bruno deve continuar no Dragão. E nem venham com a conversa de que falta dinheiro para contratar melhores jogadores. É que a atitude em campo não se compra, absorve-se com a mística, aprende-se, cultiva-se. E eu já vi planteis do FC Porto com menos qualidade que o atual terem atitude de sobra e por isso conseguiram conquistar títulos.
Em suma, o FC Porto perdeu um jogo em que teve mais bola, mas em que criou pouco perigo, em que voltou a não demonstrar atitude e o resultado foi ficar fora de uma prova. Não há tempo para lamentar, quinta há jogo para a Liga Europa e a atitude tem, mesmo, de ser outra. Vamos Porto!
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