sexta-feira, 7 de abril de 2023

Crónica e Análise: Benfica 1 – FC Porto 2

    

1 – Crónica

 

No final desta sexta, o FC Porto deslocou-se ao terreno do Benfica, em jogo a contar para a 27ª jornada da Iliga. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 1-2.

Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por: Diogo Costa; Manafá, Pepe, Marcano e Wendell; Uribe, Grujic, Otávio, Pepê, Galeno e Taremi.

O FC Porto entrou bem em jogo, determinado a procurar a baliza contrária. No entanto, foi o Benfica a colocar-se em vantagem ao minuto 9, num lance em que a bola bateu em Diogo Costa e entrou. Mas os Dragões não baixaram os braços. Ao minuto 14, na cobrança de um livre, Otávio viu o guarda-redes contrário desviar para canto. Mais tarde, minuto 41, Manafá chegou a marcar, mas o golo foi anulado, pois o árbitro considerou que Taremi havia feito falta. Mas ao minuto 44, Uribe repôs a igualdade no marcador. Dois minutos depois, Galeno marcou, mas o golo foi anulado por fora de jogo de 6 centímetros.

No segundo tempo, ao minuto 55, Taremi colocou o FC Porto em vantagem. Depois, ao minuto 62, João Mário (que entrou para o lugar de Manafá e que viria a sair minutos depois por lesão) atirou ao lado da baliza encarnada. Mais tarde, minuto 72, Taremi levou a bola e quis oferecer o golo a Zaidu, mas este não chegou à bola. Até ao final, porque estava em desvantagem e porque estava a jogar em casa, o Benfica tentou aproximar-se da baliza à guarda de Diogo Costa, mas a defesa portista não o permitiu.

Com este resultado o FC Porto soma 64 pontos e está a 7 da liderança.  

 

2 – Análise

 

Ganhar. Era palavra de ordem para o FC Porto. Era impensável outro resultado, primeiro, porque perder colocaria, ainda mais, vantagem ao Benfica e abria a possibilidade do Braga, vencendo, passar para segundo lugar; um empate, também não era um bom resultado, porque deixava tudo igual para a frente, mas o Braga poderia aproximar-se; por isso ganhar era o único resultado que interessava. Mas sabia-se que a tarefa não era fácil. E, de facto, não foi. Foi preciso um FC Porto muito competente, concentrado e coeso, com garra, determinação e crença no seu valor enquanto equipa, foi preciso muito rigor, empenho e ambição, foi preciso ser uma equipa sólida, solidária, inteligente e unida em todos os momentos do jogo. E foi exatamente isso que fez o FC Porto ter vantagem, o facto de ser uma equipa, em que todos jogam por todos e todos pelo FC Porto. Foi importante conseguir anular o Benfica e sim, se o Benfica hoje não fez um grande jogo, se não conseguiu ser eficaz no ataque, foi porque o FC Porto não o permitiu. Mérito para Sérgio Conceição, para a sua equipa técnica, para os jogadores e para a eficácia da estratégia de jogo. Hoje quero destacar o coletivo, porque o coletivo foi enorme, mas tenho de destacar Uribe e Taremi, pelos golos.

Em suma, o FC Porto venceu, de forma justa, um jogo em que quis ser e foi superior ao adversário. Para a semana há mais um jogo para vencer. Vamos Porto!

 

 

PS. Não posso terminar sem referir o seguinte. Segui o jogo na Antena1, pelas razões óbvias não tenho Benfica TV e considero que a forma mais fácil de acompanhar o jogo seria pela rádio. Mas, por várias vezes ao longo do jogo, deparei-me com uma necessidade extrema por parte dos três repórteres, o relatador mais os dois que estavam junto ao relvado, em exaltarem o Benfica. Acho tal lamentável, e uma falta de respeito para com  o FC Porto e os seus adeptos. Começou por, no momento da entrada das equipas em campo, ao som do hino do Benfica, ficou um completo silêncio. Confesso que nunca tinha me deparado com tal coisa na transmissão de um jogo de futebol. Depois, o primeiro comentário que o comentador do jogo se lembra de fazer, ainda nem o jogo tinha arrancado, foi algo como: o Benfica vai entrar dominante e cabe ao FC Porto procurar contrariar esse domínio. Ora pois, no final meteu a viola no saco, porque no futebol não é como começa, mas sim como acaba. E quando o Benfica marcou, muitos elogios a Gonçalo Ramos, até que alguém diz que provavelmente o golo seria atribuído a Diogo Costa. Notou-se a desilusão (não maior que a nossa) e notou-se a necessidade em elogiar Gonçalo Ramos, procurando atribuir-lhe todo o mérito da jogada. Eu entendo que o jogador do Benfica tenha muito mérito, mas não havia necessidade de tanta bajulação, digo eu. Notou-se, também, dificuldade em aceitar que o FC Porto não deixou o Benfica fazer mais e que os Dragões foram melhores. Temos pena. Espero que da próxima guardem a bajulação para, por exemplo, um jogo das competições Europeias em que aí sim, faz sentido torcer por uma equipa.

 

 

 

 

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