1 – Crónica
No final de tarde deste domingo o FC Porto deslocou-se ao
terreno do Portimonense, em jogo a contar para a 5ª jornada da I Liga. No final
do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 2-3.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por:
Marchesin; Corona, Pepe, Marcano e Alex Telles; Danilo, Uribe e Otávio; Luis Díaz,
Zé Luis e Marega.
Foi um início de jogo morno, sem grandes jogadas. Até que ao
minuto 13, Luis Díaz rematou com a bola a passar muito perto do poste da baliza
adversária. Ao minuto 25, o árbitro assinalou grande penalidade que Alex Telles
converteu no primeiro golo do jogo. Pouco depois, Danilo ficou perto de
aumentar a vantagem portista, contudo atirou ao poste. Minutos depois, foi Zé
Luis a tentar marcar, mas viu o guarda-redes negar-lhe os festejos. Esse seria
um aviso para o que viria depois. Ao minuto 45, Zé Luis não desperdiçou a
oportunidade para colocar os Dragões com dois golos de vantagem.
No segundo tempo o Portimonense pareceu querer alterar o
rumo dos acontecimentos, contudo sem conseguir criar perigo. Do outro lado do campo
era o FC Porto quem tinha oportunidades para aumentar a vantagem e desperdiçava-as.
Primeiro foi Marega que não conseguiu bater o guarda-redes e depois foi Danilo,
que, por três vezes tentou e três vezes falhou. Diz-se em futebol que quem não
marca arrisca-se a sofrer e foi o que se passou em dose dupla, ao minuto 74 e 77.
Cabia, então, ao FC Porto correr atrás de uma vantagem que teve na mão e que
deixou-a escapar por entre os dedos. Marchesin teve trabalho a evitar o
terceiro golo dos da casa e do outro lado do campo Danilo, minuto 89, voltou a desperdiçar
uma oportunidade para marcar. Já em período de compensação, Alex Telles viu o
cartão vermelho por cortar uma jogada que levava muito perigo para a baliza
portista. E, ao minuto 97 (o árbitro deu compensação sobre a compensação que
tinha dado, porque o jogo teve parado), Marcano devolveu a vantagem aos Dragões.
Com este resultado o FC Porto soma 12 pontos e está no
terceiro lugar, em igualdade pontual com o segundo classificado, o Benfica; e a
um ponto do primeiro lugar, ocupado pelo Famalicão.
2 – Análise
Não se esperava um jogo fácil e, de facto, não o foi. Ao
intervalo o FC Porto estava a vencer por 0-2 e quando tudo parecia
encaminhar-se para uma vitória tranquila, eis que o Portimonense fez dois golos
de seguida e deixou os Dragões numa situação complicada. Sérgio Conceição disse
no final do jogo que complicou. Admitir que se errou é um bom princípio, mas é
preciso não repetir esse erro. Eu percebo que o treinador portista tenha
decidido retirar Luis Díaz do jogo, seja porque fez uma viagem longa, seja
porque tenha considerado que é preciso gerir esforço, seja porque razão for,
essa substituição não correu bem. Por outro lado e verdade seja aqui escrita, o
Portimonense, que não tinha feito nada de extraordinário que incomodasse Marchesin,
com as substituições ganhou nova energia e reagiu à desvantagem. No futebol
nada pode ser dado como definitivo e nenhuma equipa pode descansar à sombra de
um resultado que parece garantido. Espero que tenha ficado a lição, porque da
próxima vez o desfecho pode não ser o mesmo. Destaco Alex Telles (capaz do
melhor e do pior neste jogo e que vai fazer falta na próxima jornada), Zé Luis
e Marcano, pelos golos que marcaram; mas também destaco Marchesin, o nosso
guarda-redes tem feito defesas espetaculares, no entanto alguém tem de avisá-lo
que perder tempo não é bom para a equipa.
Em suma, o FC Porto venceu de forma justa, apesar do susto,
mas tem de aprender que não pode dar nenhuma vitória como garantida antes do
final do jogo. Segue-se a Liga Europa. Vamos Porto!
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