1 – Crónica
Na noite desta terça o FC Porto deslocou-se ao terreno do
Académico de Viseu, em jogo a contar para a 1ª mão da meia final da Taça de Portugal.
No final do encontro verificou-se um empate a 1.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto
por Diogo Costa; Saravia, Mbemba, Diogo Leite e Manafá; Vítor Ferreira, Loum e
Romário Baró; Luis Diaz, Zé Luis e Marega.
Pertenceu ao FC Porto a primeira oportunidade para criar
perigo, ao minuto 2, por intermédio de Marega, mas o avançado não foi bem
sucedido. Do outro lado, Diogo Costa fez uma defesa mais por precaução do que
para evitar perigo eminente. O jogo decorreu sem oportunidades claras para
ambos os conjuntos, com os Dragões a terem mais bola.
O segundo tempo foi um pouco melhor. Ao minuto 50, Vítor
Ferreira procurou criar perigo, tal como Zé Luis ao minuto 58. O avançado cabo-verdiano
não conseguiu à primeira tentativa, conseguiu à segunda. Ao minuto 59, Zé Luis
colocou os Dragões em vantagem. Mas ao minuto 70, o Académico de Viseu repôs a
igualdade no marcador. Nakajima, ao minuto 77, ficou perto de marcar. Loum, ao
minuto 91, ficou perto do golo, mas sem sucesso.
Com este resultado o FC Porto adia a decisão para a 2ª mão
no Estádio do Dragão.
2 – Análise
Não se esperava um jogo fácil, não só porque no futebol não
há jogos fáceis, mas sobretudo porque as equipas ditas pequenas não tem nada a
perder e aproveitam estes jogos para dar trabalho à equipa grande. Foi o que se
passou hoje em Viseu. Não foi um grande jogo de futebol, bem longe disso. O FC
Porto teve mais bola na primeira parte, mas parecia não saber bem o que fazer
com ela. Pareceu faltar ali uma peça na engrenagem que fosse capaz de pensar o
jogo e transportar a bola para a frente. A segunda parte foi um pouco mais
interessante, também devido às alterações, mas faltou assertividade na
conclusão dos lances. Tenho de destacar Zé Luis, por ter voltado a marcar. O FC
Porto poderia e deveria ter feito mais e melhor neste jogo. Talvez, sem querer,
tenha menosprezado o adversário, um pouco com a crença que mais cedo ou mais
tarde resolveria o jogo, porque dispõe de mais argumentos. Mas no futebol o
pensamento nunca pode ser este e o FC Porto arrasta para a segunda mão a
decisão, quando poderia ter procurado vencer este jogo para ganhar vantagem.
Eu percebo as alterações de Sérgio Conceição no onze inicial.
É preciso dar oportunidades aos jogadores menos utilizados para quando forem
chamados à equipa terem ritmo competitivo e para ter ritmo competitivo, é
preciso jogar. Os jogos das Taças são, naturalmente entendidos como
oportunidades para estes jogadores mostrarem que o treinador pode contar com
eles. O problema foi que muitos dos jogadores que entraram não souberam
aproveitar a oportunidade e não foram capazes de mostrar nada de relevante. Não
acredito, de todo, que o treinador portista tenha feito alterações no onze a
pensar em poupar jogadores para o clássico.
Em suma, não foi um jogo interessante, que o FC Porto empatou
e que deveria ter feito mais e melhor. Agora é olhar em frente, porque segue-se
o campeonato já no sábado. Vamos Porto!
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