quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Crónica e Análise: FC Porto 1 - Bayer Leverkusen 3


1 – Crónica

No final de tarde desta quinta, o FC Porto recebeu o Bayer Leverkusen, em jogo a contar para a 2ª mão dos 16 avos de final da Liga Europa. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 1-3.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por Marchesin; Corona, Mbemba, Marcano e Alex Telles; Sérgio Oliveira, Uribe e Otávio; Luis Diaz, Zé Luis e Marega.
O FC Porto entrou bem em jogo, rondou a área contrária, contudo, ao minuto 10, o Bayer Leverkusen colocou-se em vantagem no marcador. Os Dragões procuraram reagir, mas sem criar real perigo junto da baliza contrária. Com a saída de Luis Diaz, por lesão e a entrada de Nakajima, para o seu lugar, o FC Porto ganhou outra capacidade para dar trabalho ao adversário. Otávio ficou perto de empatar, não fosse a bola um tudo ou nada ao lado.
Os Dragões entraram pressionantes no segundo tempo, em busca do golo. No entanto, ao minuto 50, os Alemães marcaram o segundo golo. O FC Porto demorou a procurar reagir e no entretanto, ao minuto 57, o Bayer Leverkusen fez o terceiro golo. Com a eliminatória completamente resolvida, ao minuto 65, o FC Porto, por intermédio de Marega, reduziu a desvantagem. Depois ao minuto 69, Marcano ficou perto de marcar, mas atirou por cima. E ao minuto 79, foi Marega quem teve tudo para voltar a marcar, no entanto, dominou mal a bola.
Com esta derrota o FC Porto está fora da Liga Europa.

2 – Análise

O FC Porto entrou em campo sabendo que trazia da 1ª mão uma desvantagem de 2-1, ou seja, para passar teria de marcar, pelo menos 1 golo, sem sofrer. Não se esperava um jogo fácil, apesar de saber-se que não era impossível virar a eliminatória. E, de facto, não foi fácil. O FC Porto até entrou bem em jogo, no entanto, sofreu golo cedo e complicou-se a tarefa portista. Ainda assim, os Dragões tentaram reagir, mas a lesão de Luis Diaz obrigou o treinador a alterar a estratégia para o jogo. Por um lado a entrada de Nakajima foi positiva, uma vez que o japonês deu algum trabalho à equipa adversária e conseguiu ganhar algumas faltas. Contudo, sobrou a sensação que o reposicionamento de Otávio deixou o meio campo mais desprotegido. Por isso e porque tinha de arriscar tudo, Sérgio Conceição apostou numa estratégia alternativa para o segundo tempo. Entrou Pepe para o lugar de Uribe; Corona avançou no terreno; e a defesa passou a ser a 3. No meu ponto de vista, tendo em conta que era necessário arriscar, Sérgio Conceição fez bem. O FC Porto entrou mais pressionante no segundo tempo, com muita vontade de procurar o golo, mas os Dragões nem tiveram tempo para testar esta nova fórmula à séria, já que os Alemães voltaram a marcar. Foi um balde de água fria e os azuis e brancos quebraram, demoraram a reagir e o Bayer Leverkusen voltou a marcar. Se a perder por 2 golos a missão tornava-se difícil, a perder por 3 tornava-se impossível. Os Dragões ainda marcaram, mas já não havia nada a fazer.
É difícil ver o FC Porto sair nesta fase da Liga Europa. É verdade que o sorteio foi ingrato para os azuis e brancos, é que apanhar pela frente uma equipa alemã, despromovida da Liga dos Campeões, com um futebol mais forte, pragmático e calculista, não é fácil. Depois, sejamos realistas, infelizmente, o FC Porto não tem plantel suficiente para disputar, palmo a palmo, duas competições em simultâneo, campeonato nacional e Liga Europa. É no campeonato que o FC Porto tem de centrar todas as atenções a partir de agora. Vamos Porto!






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