1 – Crónica
No final de tarde desta quinta, o FC Porto recebeu o Bayer
Leverkusen, em jogo a contar para a 2ª mão dos 16 avos de final da Liga Europa.
No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 1-3.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto
por Marchesin; Corona, Mbemba, Marcano e Alex Telles; Sérgio Oliveira, Uribe e
Otávio; Luis Diaz, Zé Luis e Marega.
O FC Porto entrou bem em jogo, rondou a área contrária,
contudo, ao minuto 10, o Bayer Leverkusen colocou-se em vantagem no marcador.
Os Dragões procuraram reagir, mas sem criar real perigo junto da baliza
contrária. Com a saída de Luis Diaz, por lesão e a entrada de Nakajima, para o
seu lugar, o FC Porto ganhou outra capacidade para dar trabalho ao adversário. Otávio
ficou perto de empatar, não fosse a bola um tudo ou nada ao lado.
Os Dragões entraram pressionantes no segundo tempo, em busca
do golo. No entanto, ao minuto 50, os Alemães marcaram o segundo golo. O FC
Porto demorou a procurar reagir e no entretanto, ao minuto 57, o Bayer
Leverkusen fez o terceiro golo. Com a eliminatória completamente resolvida, ao
minuto 65, o FC Porto, por intermédio de Marega, reduziu a desvantagem. Depois
ao minuto 69, Marcano ficou perto de marcar, mas atirou por cima. E ao minuto
79, foi Marega quem teve tudo para voltar a marcar, no entanto, dominou mal a
bola.
Com esta derrota o FC Porto está fora da Liga Europa.
2 – Análise
O FC Porto entrou em campo sabendo que trazia da 1ª mão uma
desvantagem de 2-1, ou seja, para passar teria de marcar, pelo menos 1 golo,
sem sofrer. Não se esperava um jogo fácil, apesar de saber-se que não era impossível
virar a eliminatória. E, de facto, não foi fácil. O FC Porto até entrou bem em
jogo, no entanto, sofreu golo cedo e complicou-se a tarefa portista. Ainda
assim, os Dragões tentaram reagir, mas a lesão de Luis Diaz obrigou o treinador
a alterar a estratégia para o jogo. Por um lado a entrada de Nakajima foi positiva,
uma vez que o japonês deu algum trabalho à equipa adversária e conseguiu ganhar
algumas faltas. Contudo, sobrou a sensação que o reposicionamento de Otávio deixou
o meio campo mais desprotegido. Por isso e porque tinha de arriscar tudo, Sérgio
Conceição apostou numa estratégia alternativa para o segundo tempo. Entrou Pepe
para o lugar de Uribe; Corona avançou no terreno; e a defesa passou a ser a 3. No
meu ponto de vista, tendo em conta que era necessário arriscar, Sérgio
Conceição fez bem. O FC Porto entrou mais pressionante no segundo tempo, com
muita vontade de procurar o golo, mas os Dragões nem tiveram tempo para testar
esta nova fórmula à séria, já que os Alemães voltaram a marcar. Foi um balde de
água fria e os azuis e brancos quebraram, demoraram a reagir e o Bayer
Leverkusen voltou a marcar. Se a perder por 2 golos a missão tornava-se
difícil, a perder por 3 tornava-se impossível. Os Dragões ainda marcaram, mas já
não havia nada a fazer.
É difícil ver o FC Porto sair nesta fase da Liga Europa. É
verdade que o sorteio foi ingrato para os azuis e brancos, é que apanhar pela
frente uma equipa alemã, despromovida da Liga dos Campeões, com um futebol mais
forte, pragmático e calculista, não é fácil. Depois, sejamos realistas,
infelizmente, o FC Porto não tem plantel suficiente para disputar, palmo a
palmo, duas competições em simultâneo, campeonato nacional e Liga Europa. É no
campeonato que o FC Porto tem de centrar todas as atenções a partir de agora.
Vamos Porto!
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