1 – Crónica
No final de tarde desta segunda, o FC Porto deslocou-se ao
terreno do Sporting de Braga, em jogo a contar para a 31ª jornada da Iliga. No
final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 1-0.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto
por: Diogo Costa; Pepê, Pepe, Mbemba e Zaidu; Grujic, Vitinha, Otávio, Fábio
Vieira, Taremi e Evanilson.
O FC Porto entrou bem em campo, no entanto esbarrou na boa
organização defensiva dos da casa. Logo ao minuto 3, Evanilson, derrubado pelo
guarda-redes contrário no interior da área, viu um defesa contrário afastar a
bola para canto. Mais tarde, minuto 25, Evanilson viu, novamente, um defesa
contrário afastar a bola, mas desta feita em direção à sua baliza, no entanto
estava lá o guarda-redes bracarense que impediu o golo dos azuis e brancos, com
a bola a bater na barra. Do outro lado do campo, minuto 40, os da casa
procuraram criar perigo, com a bola a ir à barra da baliza à guarda de Diogo
Costa. Depois, nova tentativa do ataque minhoto, com Diogo Costa a dizer
presente e a não permitir que os da casa fossem em vantagem para o intervalo.
No segundo tempo, Sérgio Conceição, à procura de algo
diferente na frente, fez entrar João Mário para o lugar de Evanilson e Pepê,
que ocupava a lateral direita, passou a ocupar terrenos mais avançados. E foi
Pepê o primeiro a criar perigo no segundo tempo, mas o guarda-redes do Sporting
de Braga respondeu ao seu remate com uma defesa. Mas quem marcou foi o Sporting
de Braga, ao minuto 53, numa saída rápida. O FC Porto procurou encontrar o
caminho para a baliza adversária, mas a boa organização defensiva bracarense,
reforçada após a vantagem, não deu espaço aos portistas. Ao minuto 78, Galeno
tentou concretizar, sem sucesso, visto que a bola foi por cima. Mais tarde, já
no final, Otávio dispôs de uma ocasião para criar perigo, mas também atirou por
cima.
Com este resultado o FC Porto mantém-se com 82 pontos, mais
6 que Sporting.
2 – Análise
Uma deslocação difícil, sempre difícil e que não tinha
porque ser mais fácil hoje, mas que se esperava que os comandados de Sérgio
Conceição conseguissem transformar as dificuldades em facilidades. Infelizmente
nos últimos dias vi nas redes sociais muitos adeptos portistas a darem como
dado adquirido a vitória na pedreira, no fundo, esta derrota serve para chamar
todos, adeptos e jogadores, à terra, o título está perto, mas ainda falta um
bocadinho e nada está ganho e enquanto assim for, o foco no campeonato não se
pode desligar nem por um segundo. Na primeira parte o Sporting de Braga montou
a sua estratégia de forma a procurar controlar e, sobretudo, condicionar a
pressão e as saídas da equipa do FC Porto para o ataque. No fundo, procuraram
impedir que os Dragões conseguissem por em campo a sua estratégia. E procurando
espreitar a baliza de Diogo Costa sempre que tal lhes fosse possível. O FC
Porto procurou impor-se, pressionar e obrigar a equipa contrária a errar.
Conseguiu de certa forma este objetivo, visto que teve mais bola e, de facto
obrigou os da casa a errar algumas vezes e a não conseguirem sair para o ataque
quanto desejariam. Só que faltou aos portistas velocidade na frente para
desmontar a defesa Bracarense. No segundo tempo Sérgio Conceição promoveu uma
alteração, fazendo entrar João Mário (para a lateral direita) fazendo avançar
Pepê para o lugar de Evanilson. O objetivo seria procurar ter mais velocidade
na frente e, lá está, forçar a defesa contrária ao erro. O problema foi que o
Sporting de Braga, numa transição rápida colocou-se em vantagem. Este facto fez
com que a equipa do Braga se fechasse mais na defesa. Sérgio Conceição promoveu
alterações e a equipa até teve oportunidades, não muitas é verdade, em que
podia ter conseguido o empate, mas faltou o engenho. É certo que, pelo menos,
uma grande penalidade ficou por marcar e que não sabemos, nunca saberemos, o
que teria acontecido. Não, não podemos colocar a culpa em exclusivo no árbitro,
mas realmente, parece que está na altura de alguém explicar como os senhores
que estão no VAR não alertam o senhor árbitro para um lance que deverá ser
revisto. Não, eu não estou a dizer que foi por isto que o FC Porto perdeu hoje
em Braga, foi por tudo o que escrevi anteriormente.
Em suma, um jogo difícil, num terreno difícil, frente a um
adversário difícil, ao FC Porto faltou mais velocidade e engenho no momento de
concretizar. Foram 58 jogos sem conhecer o amargo da derrota no campeonato.
Pois que os Dragões comecem aqui outro ciclo. Ainda nada está ganho, está quase
mas falta o quase e é importante que equipa e adeptos tenham consciência disso
para que o foco não se desligue nem por um segundo. Vamos Porto!