quinta-feira, 28 de maio de 2015

III Reflexão: O Campeonato



E de volta às reflexões, chegamos ao campeonato.
Sim, é verdade que este foi o grande objetivo falhado da época. Sim, todos nós sabemos que houve fatores que influenciaram – e de que maneira! – o desfecho da prova. Mas também é verdade que o FC Porto cometeu erros em jogos que não podia ter cometido. Vou dar alguns exemplos, aqueles que para mim foram mais relevantes.
Jogo com o Benfica no Dragão
O jogo com o Benfica no Dragão é daqueles jogos em que o vencedor beneficia de dois grandes golpes de sorte, de muita sorte. O FC Porto não jogou mal, somou oportunidades de golo suficientes para vencer o jogo por uma boa margem. Mas esse foi um jogo de sorte e azar, e a sorte não quis nada com o FC Porto. O Benfica em dois golpes de sorte fez dois golos e venceu o jogo.
Jogo com o marítimo na Madeira
Este jogo é daqueles que se desse para repetir no dia seguinte seria fantástico, mas, pois claro, com a condição de não se repetirem os mesmos erros! Foi daqueles jogos em que tudo correu mal ao FC Porto. E pior ainda, faltou atitude, querer e espírito de luta. E, a sorte, foi o facto do Benfica ter perdido no dia seguinte o seu jogo, caso contrário, as contas podiam ter ficado complicadas, muito complicadas.
Jogo com o Nacional na Madeira
O FC Porto entrou em campo sabendo que o Benfica tinha perdido o jogo, logo, uma vitória aproximava – e de que maneira – os dragões da liderança e colocava preção no líder. O FC Porto até foi para o intervalo a vencer, mas o Nacional acabou por empatar a partida. E os dragões não conseguiram somar os três pontos. Nesse jogo faltou garra e determinação. Caso a vitória tivesse sorrido ao FC Porto a liderança ficava a apenas e só 1 ponto.
Jogo frente ao Benfica na luz
Este jogo devia ter acontecido uma semana depois do que aconteceu. Isto porque surgiu após uma eliminatória da Liga dos Campeões em que o FC Porto passou do sonho ao pesadelo numa semana. Não deve ter sido nada fácil motivar as tropas, mas devia ter sido, porque nesse jogo jogava-se tão somente a possibilidade de ficar com os mesmos pontos e quiçá a história hoje seria outra. Os dragões não conseguiram mais do que um empate e deixaram de depender de si próprios na luta pelo título.
Jogo com o Belenenses no restelo
E, por fim, chegamos aquele jogo que podia e devia ter sido diferente. É verdade que motivar uma equipa para vencer um jogo que nada altera o rumo das coisas não é tarefa fácil. Mas cabia aos jogadores lutarem com todas as forças até ao fim, cabia aos jogadores manterem a chama da esperança acesa, por muito que apenas conseguissem retardar a festa. E o FC Porto esteve a vencer até quase ao final, mas não conseguiu segurar a vitória, porque faltou arte, faltou engenho, faltou querer, faltou garra de Dragão. Sobrou um empate que permitiu ao Benfica fazer a festa.
No final as contas que se fazem são negativas pelo facto do objetivo não ter sido conquistado, mas a verdade é que houve pontos positivos a reter. O FC Porto fez bons jogos, como, por exemplo, o jogo entre o FC Porto e o Sporting no Dragão, que os azuis e brancos venceram por 3-0. E outro bom exemplo é o número de pontos alcançado, bem como o facto de ter a defesa menos batida e de no ataque estar o melhor marcador da prova.
Que os erros que deram origem aos pontos perdidos sejam bem analisados e que não se repitam na próxima época é o que se deseja.


terça-feira, 26 de maio de 2015

Xenofobia? Ou Apenas Estupidez?



Vou interromper as minhas reflexões acerca da época 2014-2015, para abordar um assunto que, confesso, incomoda-me.
Começo a ficar farta da Xenofobia de alguns portistas dirigida, concretamente, aos elementos espanhóis que vem para o FC Porto. Comecei a reparar em tal fenómeno com Lopetegui e com os jogadores espanhóis que integraram o plantel da época que agora findou. Mas ontem, ao ler alguns comentários da notícia referente ao anúncio do novo treinador de hóquei – mas quem me manda ler comentários? – vi alguns infelizes criticar a escolha só porque era mais um espanhol. Quer dizer, se o senhor fosse italiano, brasileiro ou inglês já não tinha problema? E reações semelhantes na notícia acerca da contratação de Alberto Bueno – bem-vindo e boa sorte! – Sabem o que vos digo, tenham dó! 
Lembram-se da armada argentina que fez parte de um, ou de mais do que um, plantel portista a alguns anos atrás? Então, objetivamente, qual é a diferença?
Quero lá saber se são espanhóis, checos, romenos, franceses, brasileiros, colombianos, argentinos ou chineses, o que me interessa é que defendem as cores do meu clube e, por isso, passam a ser parte da família portista. Será que esta malta não percebe que está a ser ridícula?



segunda-feira, 25 de maio de 2015

II Reflexão



Nesta segunda reflexão, vou abordar a prestação portista na Liga dos Campeões.
Obviamente que fazer uma boa Liga dos Campeões é algo que nunca pode ser descartado. E não pode ser descartado por diversas razões: pelo prestígio, pelo dinheiro, e por ser a mais importante prova de clubes. Mas é sempre preciso ter a noção da realidade e do sonho. Na Liga dos Campeões estão os melhores clubes e também os mais ricos. Logo, para alcançar a final é preciso ter uma boa dose de sorte. Sorte nos sorteios e nas eliminatórias.
O FC Porto fez uma boa Liga dos Campeões – quem não sonhou com a passagem às meias-finais da prova? Mas terminou o sonho de forma abrupta.
Nunca é de mais recordar que o FC Porto nem passaporte tinha para a Liga dos Campeões, conquistou-o com todo o mérito numa eliminatória frente aos franceses do Lille – depois disseram que o Lille era fraco, quando antes disseram que o FC Porto não tinha hipóteses.
Veio depois a fase de grupos, o FC Porto ficou no grupo H, com os ucranianos do Shakhtar Donetsk; os espanhóis do Atl. Bilbao; e os bielorrussos BATE Borisov.  Os portistas fizeram uma ótima fase de grupos – nem me venham dizer que o grupo era fraco, era isso sim, equilibrado – conquistando com todo o mérito o primeiro lugar do grupo.
Seguiu-se o Basileia nos oitavos de final. No jogo da primeira mão o jogo terminou com um empate. Mas a segunda mão, em casa, foi um jogo fantástico. Os dragões venceram por 4-0 e carimbaram, inequivocamente o passaporte para os quartos-de-final.
Chegados aos quartos-de-final da prova, o sorteio não foi muito amigo do FC Porto, isto porque os alemães do Bayern Munique, um dos favoritos à vitória na prova, com um orçamento muito superior ao dos portistas cruzaram o caminho dos Dragões. Mas o FC Porto entrou em campo sem medo e, mesmo depois do que se passou na segunda mão, nada apagará da história do clube a memorável noite do jogo da primeira mão dos quartos-de-final, o jogo que o FC Porto venceu por 3-1, mas que podia ter vencido por mais, o jogo em que os portistas obrigaram os alemães a respeitar uma equipa portuguesa. No final desse jogo todos nós queríamos sonhar que seria possível eliminar o colosso.
Mas o sonho virou pesadelo. Na segunda mão os alemães arrancaram decididos a quebrar a desvantagem e conseguiram-no com relativa facilidade. Nesse jogo a equipa portista cometeu erros na defesa e esses erros custaram caro, custaram a eliminação na prova. A bem dizer foram os alemães quem provocaram esses erros, tal como na semana anterior os jogadores portistas tinham feito. E sejamos realistas, nenhum de nós esperaria que o Bayern entrasse passivo, era espetável que forçassem ao máximo até conseguirem desfazer a desvantagem.
Em suma, o FC Porto fez uma boa Liga dos Campeões, – algo que, no início da  época era impensável. E tudo isto com apenas uma derrota, aquela que atirou o FC Porto para fora da prova e, quiçá, que deixou marcas no plantel.
A boa campanha portista na mais importante prova de clubes é, por certo, aquela parte onde se pode retirar o que de melhor foi feito, para que se repita. Mas não podemos com essa boa caminhada, tapar tudo o resto. Não, nem todo o resto foi mau, mas em tudo o resto surgiram erros que não se podem repetir. É nessa medida que digo que esta boa caminhada europeia não pode servir para abafar tudo o resto.





domingo, 24 de maio de 2015

I Reflexão



Agora que a época 2014-2015 chegou realmente ao fim, é hora de começar a refletir. E vou começar este conjunto de reflexões por fazer um apanhado geral da época, sendo que seguir-se-ão reflexões aprofundadas sobre alguns temas.
Esta foi uma época onde houve um misto de sentimentos. Depois do que aconteceu na época anterior, nós adeptos só queríamos voltar a ser felizes. E voltar a ser felizes significa, pois claro, ser campeões. Chegamos a sonhar e, num ápice tudo se esfumou.
Ser campeão nacional tem sempre de ser o principal objetivo do FC Porto, independentemente da importância financeira que é realizar uma boa Liga dos Campeões. A Taça de Portugal tem de entrar também nos principais objetivos, sendo, claramente, o terceiro deles. E dou de barato a Taça da Liga.
O FC Porto realizou uma boa Liga dos Campeões, fruto da qual arrecadou muitos milhões de euros. E não podemos negar que esse encaixe financeiro pode ser importante no orçamento da próxima época. Contudo, a boa prestação europeia não pode, de forma alguma, servir de consolo. É verdade que ajuda a tornar as coisas menos negativas, mas não pode servir para abafar tudo o resto.
Isto porque o principal objetivo desta época não foi alcançado, o título de campeão Nacional. É do conhecimento de todos nós os fatores que empurraram o Benfica para o título, mas também todos nós temos consciência que a equipa portista falhou em alguns jogos que não poderia ter falhado.
Quanto à Taça de Portugal, o FC Porto nem chegou a ter tempo de aquecer os motores, já que foi logo eliminado pelo Sporting. Num jogo em que, no meu entender, o objetivo da Liga dos Campeões se sobrepôs à Taça de Portugal.
E, por fim, no que se refere à Taça da Liga, diria que o FC Porto tinha tudo para chegar à final, mas acabou por deixar escapar essa possibilidade por pura infantilidade.
Foi mais uma época sem títulos, algo que nós portistas não estamos habituados. O FC Porto ensinou-nos a gostar de vencer e nós aprendemos bem. Agora não sabemos viver sem vitórias. Por isso queremos que o plantel e equipa técnica percebam o que não correu bem esta época, para que seja corrigido na próxima; ao mesmo tempo que queremos que o que de bom foi feito se repita. Isto porque queremos voltar a festejar algo em breve.



sábado, 23 de maio de 2015

Parabéns aos Campeões!



Este sábado duas das chamadas modalidades amadoras do FC Porto conquistaram o título de campeão. Primeiro foi o Basquete, que se sagrou bicampeão e depois o andebol que somou o sétimo título consecutivo, é, por isso, heptacampeão.

No que diz respeito ao basquete, o Dragon Force venceu a Proliga pela segunda época consecutiva. Estará no próximo ano de volta à primeira liga?

Quanto ao andebol, foi difícil, mas o título ficou no Dragão, merecidamente.
Foi preciso nervos de aço para aguentar dois prolongamentos, depois do Sporting ter empatado no último lance do tempo regulamentar. Mas como esta equipa de andebol portista tem alma e espírito de dragão, que se nota a léguas, não desistiu nunca e conseguiu, mais uma vez e outra vez, fazer história.
Ser heptacampeão não é, de todo, para todos!

Parabéns às duas equipas! Parabéns aos campeões!