quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Crónica e Análise: FC Porto 3 – Belenenses 0


1 – Crónica

Na noite desta quarta o FC Porto recebeu o Belenenses, em jogo a contar para a 19ª jornada da I Liga. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 3-0.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por Casillas; Éder Militão, Felipe, Pepe e Alex Telles; Herrera, Óliver, Corona e Brahimi; Soares e Marega.
O FC Porto entrou bem em jogo e ao minuto 5, Brahimi ativou o marcador. O Belenenses demorou a reagir e ao minuto 18 criaram perigo, com a bola a passar muito perto da baliza à guarda de Casillas. Ao minuto 29, Éder Militão aumentou a vantagem portista no marcador. E pouco antes do intervalo Corona ficou perto do golo.
No segundo tempo o Belenenses quis procurar entrar na discussão do resultado, dando algum trabalho à defesa portista e a Casillas. Numa dessas ocasiões, a bola chegou mesmo a bater na rede, mas do lado de fora, embora tenha dado sensação de golo. Não marcaram os azuis do restelo, marcaram os azuis da invicta, ao minuto 71, por intermédio de Soares. Antes disso, Óliver tinha ficado perto do golo.
Com esta vitória o FC Porto mantém a liderança no campeonato, agora com 49 pontos, mais 5 que o Benfica, que ocupa o segundo lugar; mais 6 que o Sporting de Braga, que ocupa o terceiro posto; e mais 10 que o Sporting, quarto classificado.

2 – Análise

Foi o regresso ao campeonato depois da Taça da Liga e o regresso ao Dragão, depois de uma sequência de jogos fora. Tendo em conta o sucedido nos três encontros anteriores entre ambas as equipas esta época, não se esperava um jogo fácil e, de facto não o foi. O FC Porto fez uma primeira parte interessante – tendo em conta o relvado – e ao fazer dois golos, praticamente resolveu o jogo. Mas no segundo tempo o Belenenses tentou contrariar esse facto e, porque o FC Porto permitiu, deu algum trabalho à defesa portista. Sérgio Conceição refrescou a equipa e acabou por surgir o terceiro golo. Depois desse, pelo menos mais dois golos poderiam ter surgido. Destaco Brahimi, Éder Militão e Soares, pelos golos que fizeram e que permitem manter distâncias para os adversários que vem atrás.
Em suma, não foi um jogo fácil, mas foi uma vitória justa. Segue-se uma difícil deslocação a Guimarães, vamos Porto! 

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Antevisão da 19ª Jornada da I Liga


1 – Aqui está a antevisão de Sérgio Conceição do jogo da 19ª jornada da I Liga, frente ao Belenenses.

“"ESTAMOS SUPER MOTIVADOS PARA O OBJETIVO PRINCIPAL DA ÉPOCA: O CAMPEONATO"

Sérgio Conceição perspetivou a receção ao Belenenses, referente à 19.ª jornada da Liga

Sérgio Conceição garante que a sua equipa está preparada para a receção de quarta-feira (21h15) ao Belenenses, em jogo referente à 19.ª jornada da Liga 2018/19. O treinador promete FC Porto extremamente motivado para dar mais um passo na caminhada rumo ao bicampeonato.
Em conferência de imprensa realizada no Olival, Sérgio Conceição recordou ainda a final da Taça da Liga e deixou elogios ao Belenenses, o próximo adversário dos Dragões.
Um desafio interessante e importante
“A vitória é sempre importante para toda a gente que trabalha nesta casa. O Belenenses, nos jogos fora para a Liga, só perdeu em Alvalade. É uma equipa bem orientada, com qualidade individual e bem trabalhada coletivamente. Vai ser um desafio interessante e importante para nós. São três pontos importantes na nossa caminhada, naquele que para nós é o objetivo mais importante para época.”
Sem oscilar perante as dificuldades
“Estamos preparados para todos os cenários. Estamos sempre tranquilos e conscientes de que há muito trabalho a fazer, mesmo quando os resultados são positivos. Nestes momentos menos positivos é exatamente da mesma forma. Há sempre a mesma exigência e o mesmo rigor. Não oscilamos consoante os media, os resultados ou uma dificuldade que nos aparece pelo caminho. Não é diferente em nada do que é o trabalho que desenvolvemos sempre na preparação dos jogos.”
Um árbitro extremamente defensivo
“É incrível como pegam sempre em situações negativas e as transformam em casos, que parecem casos incríveis, únicos no futebol português. Isso vende, infelizmente. É o futebol que temos. Fala-se muito de futebol e do que está à volta do futebol. Antes de mais, parabéns ao Pedro Proença e às pessoas da Liga que organizam esta competição. Cada vez os clubes querem ganhar mais a prova. Mas há coisas a melhorar. Depois podemos falar se os jogadores do Sporting não partiram para insultos aos nossos adeptos, se não arrastaram o jogo, se foi uma boa arbitragem ou não. Acho que o árbitro foi extremamente defensivo, apitava por tudo e mais alguma coisa. Já o VAR esteve muito bem no penálti. Pena é que o VAR (ou o duplo VAR que na altura não houve e desta vez houve), há um ano, nas Aves, o Bruno Esteves, não tenha assinalado igualmente penálti. Ainda bem que melhorou. Não foi uma arbitragem positiva. O jogo quer-se rápido e intenso
mas esteve constantemente interrompido.”
A falta de condições no final do jogo
“É mau para a equipa que perde ter de subir uma escadaria enorme onde estão os adeptos adversários. É uma situação a rever pela Liga. O insulto gratuito e as cuspidelas já não existem no futebol e todo o nosso staff levou com isso. Ou havia uma zona neutra para recebermos as medalhas com alguma tranquilidade, ou então recebíamos no relvado. Depois de uma derrota, e perdemos da forma que perdemos, levar com insultos, com cuspidelas, com todo o tipo de mimos dos adeptos do Sporting, para nós não era fácil ficar no relvado e ainda levar com isqueiros e moedas. Se foi bonito? Não foi. Se é condenável o ato do Diamantino
Figueiredo? Claro que é. As pessoas têm de assumir as suas responsabilidades e vamos resolver a questão internamente. Não há justificação para o que aconteceu mas houve provocação. O Diamantino é uma pessoa extremamente tranquila, nunca aconteceu algo do género. E depois falam de fair-play. Mas que fair-play é que existe no futebol português? Como diz o outro, é uma treta. Claro que tenho mau perder, o FC Porto contratou-me precisamente porque não gosto de
perder. Estranho era se ficasse contente por perder. Não sei perder, assumo isso. Se já quando ganho estou maldisposto, ainda pior quando perco.”
Pensamento no principal objetivo
“Não fizemos tudo bem. Se tivéssemos feito tudo bem, tínhamos ganho a Taça. Acho que foi uma primeira parte equilibrada e muito por culpa nossa. Depois, foi uma segunda parte mais à nossa imagem, a controlar o jogo, sempre por cima, e a fazer o golo. Depois, numa situação de desespero do Sporting, já com um central a ponta-de-lança, há uma bola que está para sair, que não saiu, e surgiu ali um penálti do nada. Animicamente, a equipa sentiu, claro momentaneamente, mas não serve de nada ficar a pensar nesse momento mau. O pensamento depois desse jogo foi preparar da melhor forma o jogo de amanhã. Temos de estar super motivados para o objetivo principal da época, que é o campeonato..”
Desembrulhar o Belenenses
“Esperamos uma equipa com uma dinâmica interessante, com e sem bola. Estamos precavidos para isso. Cabe-nos desembrulhar esse embrulho, algo que não será nada fácil se fazer. Mas temos de o conseguir fazer, porque somos o FC Porto.”
O duelo tático com Marcel Keiser
“Cada treinador tem a sua forma de ver o futebol, os seus princípios. Acredito que o treinador do sporting, quando chegou a uma realidade diferente, pensou que as suas ideias serviriam no nosso futebol, mas não é bem assim. Este é um campeonato onde as equipas não grandes trabalham muito bem, cada vez mais, e viu-se que as coisas mudaram um bocadinho em relação ao que inicialmente ele tinha preparado. No jogo em Alvalade apanhámos um Sporting diferente do que tinha jogado até então, na forma de se posicionar, se abordar o seu momento sem bola, etc. Nesta final foi um pouco diferente. Na primeira parte ainda sentiu que podia discutir o jogo, mas na segunda parte teve noção de que nós iriamos colocar muitos problemas. Não causámos tantos como queríamos, mas
tivemos oito ou nove remates para um do Sporting. De qualquer forma, a verdade é que no fim o jogo acabou empatado. Não posso dizer que fui taticamente superior porque não consegui vencer os dois jogos.”
O mercado de transferências
“De mercado, costumo dizer que fica sempre à porta do Olival. Vai continuar a ficar. O que tem de ser discutido, é discutido internamente com o presidente e com o Luís Gonçalves. Se tiver de entrar ou sair alguém, até quinta-feira vocês vão ver.”
O penálti cometido por Óliver
“Perdemos todos. Naquele pontapé do Óliver, em que não viu ninguém e estava focado na bola, estava a equipa toda. Foi o que lhe disse. Não tinha de justificar em público algo que não tem de justificar. Eu também pergunto o que podia ter feito mais e vou à procura de tudo em que posso ser mais forte. Não foi o Óliver que fez o penálti, foi a equipa que perdeu a Taça da Liga.””

Em

2 – O meu palpite para a equipa titular é
Casillas; Éder Militão, Felipe, Pepe e Alex Telles; Herrera, Óliver, Corona e Brahimi; Marega e Soares

3 – Sobre o jogo
Depois da Taça da Liga o campeonato está de regresso, bem como os jogos no Dragão. Não se esperam facilidades, até porque os Dragões já defrontaram o belenenses vezes suficientes esta época para saberem que não se espera um jogo fácil. Mas espera-se que os comandados de Sérgio Conceição transformem as dificuldades em facilidades. Para tal espera-se um FC Porto competente; concentrado; confiante; coeso; sólido; solidário; unido; determinado; motivado; ambicioso; rigoroso; empenhado; e eficaz tanto a defender como a atacar.
Força FC Porto!



sábado, 26 de janeiro de 2019

Crónica e Análise: FC Porto 1 – Sporting 1 / 1-3 (Grandes penalidades)


1 – Crónica

No início de noite deste sábado FC Porto e Sporting defrontaram-se no estádio Municipal de Braga, em jogo a contar para a final da Taça da Liga. No final do encontro verificou-se um empate a 1, com a derrota dos Dragões nas grandes penalidades por 1-3.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por Vaná; Éder Militão, Felipe, Pepe e Alex Telles; Herrera, Óliver, Corona e Brahimi; Marega e André Pereira.
A primeira parte foi muito disputada, com os leões a tentarem colocar em campo a sua estratégia de modo a anular os Dragões e os Dragões a não conseguirem criar perigo, apesar de terem mais bola. À semelhança do que se passou no jogo de Alvalade, (do qual só passaram duas semanas) na primeira parte não se registaram oportunidades de golo junto a ambas as balizas. A exceção, para cada lado, foi um remate de André Pereira, ao minuto 38, que falhou o alvo e, do outro lado do campo, já sobre o apito para o intervalo, os leões atiraram por cima.
O FC Porto entrou melhor no segundo tempo, a conseguir pressionar mais e, consequentemente, a dar mais trabalho a defesa do Sporting e ao seu guarda-redes. Até que ao minuto 79, Fernando Andrade ativou o marcador. Restava pouco tempo para o final do encontro e, como seria esperado, o Sporting procurou livrar-se da pressão portista e foi à procura do empate, embora sem criar real perigo, tal acabou por acontecer ao minuto 92, através de uma grande penalidade.
Com o empate no marcador no final dos 90 minutos regulamentares, a decisão foi para as grandes penalidades. Aí o Sporting levou a melhor e, consequentemente, levou a Taça para casa.
Com este resultado o FC Porto sai, mais uma vez, derrotado de uma final da Taça da Liga.


2 – Análise

A final da Taça da Liga, a terceira do FC Porto, colocou frente a frente dois grandes do futebol português e fazia antecipar um jogo complicado. E, de facto, não foi um jogo fácil. Na primeira parte o Sporting procurou por em campo a estratégia que utilizou há duas semanas quando ambas as equipas se defrontaram para a I Liga, ou seja, impedir que os Dragões conseguissem construir jogo. Cabia ao FC Porto surpreender e procurar contrariar esse objetivo dos leões. Contudo os Azuis e Brancos não conseguiram criar real perigo junto da baliza contrária. O FC Porto entrou melhor no segundo tempo, pressionou mais e não permitiu que o Sporting conseguisse subir. Foi fruto dessa pressão que surgiu o golo de Fernando Andrade. Sendo esta uma final, era óbvio que os leões iam procurar reagir de modo a fazer com que a decisão fosse para as grandes penalidades. E aí, na minha opinião, não esteve tão bem Sérgio Conceição ao retirar Corona e colocar Danilo. Com essa alteração a pressão baixou e o Sporting, beneficiando de uma grande penalidade, atirou a decisão da final para os castigos máximos.
Em suma, foi um jogo muito disputado, entre duas equipas que defrontaram-se duas vezes no espaço de duas semanas, em que os Dragões estiveram melhor na segunda parte mas que isso não foi o suficiente. Resta ao FC Porto seguir em frente e pensar no que ainda tem para vencer, a I Liga está aí à porta e é preciso voltar a apontar para ela todas as baterias, afinal de contas, esse é o grande objetivo dos portistas. Não há, por isso, tempo para lamentar ou para desanimar. Em frente, vamos Porto!