sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Calendário do FC Porto Para a I Liga 2020-2021

Realizou-se esta sexta o sorteio da I Liga 2020-2021. Eis os jogos do FC Porto jornada a jornada.

 

1ª jornada - FC Porto-SC Braga

2ª jornada - Boavista-FC Porto

3ª jornada - FC Porto-Marítimo

4ª jornada - Sporting-FC Porto

5ª jornada - FC Porto-Gil Vicente

6ª jornada - Paços de Ferreira-FC Porto

7ª jornada - FC Porto-Portimonense

8ª jornada - Santa Clara-FC Porto

9ª jornada - FC Porto-Tondela

10ª jornada - FC Porto-Nacional

11ª jornada - Vitória de Guimarães-FC Porto

12ª jornada - FC Porto-Moreirense

13ª jornada - Famalicão-FC Porto

14ª jornada - FC Porto-Benfica

15ª jornada - Farense-FC Porto

16ª jornada FC Porto-Rio Ave

17ª jornada - Belenenses-FC Porto

 

 

            

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Sobre a época 2019-2020

   Depois de ter escrito sobre o plantel e sobre o treinador, é o momento de fazer uma retrospetiva da época 2019-2020.

 

A época 2019-2020 foi longa, difícil e inconstante, é o melhor adjetivo que encontro para caraterizar o desempenho do FC Porto ao longo desta época. Vamos por partes.

 

Liga dos Campeões/Liga Europa

Os Dragões precisaram de jogar o acesso à prova rainha do futebol europeu. Contudo, falharam redondamente no objetivo e caíram com estrondo para a Liga Europa. Foi um tiro num dos objetivos da época, mas também um grande corte nas receitas que entrariam nos cofres do Dragão. 

A fase de grupos da Liga Europa revelou-se mais complicada do que seria de esperar para os azuis e brancos. No entanto, com mais ou menos dificuldades, conseguiram carimbar a passagem para os 16avos de final da Liga Europa. A sorte não estava com os Dragões, quando no sorteio ficou definido que defrontariam uma equipa vinda da Liga dos Campeões, o Bayer Leverkusen. E a eliminatória não correu nada bem. 

Já escrevi sobre isto uma vez. Na minha opinião a equipa não conseguiu digerir o seu próprio falhanço ao ser despromovida da liga dos Campeões para a Liga Europa. Foi como se a equipa estivesse presa ao insucesso que representou a despromoção e de certa forma se sentisse incompetente.

 

A Taça da Liga 

Foi sem surpresa que o FC Porto garantiu a presença na final a quatro da prova. Na meia final conseguiu dar a volta ao Vitória de Guimarães. Mas na final viria a perder com o Sporting de Braga, que marcou em tempo de descontos. 

No final desse jogo, Sérgio Conceição deu um murro na mesa, ao referir a falta de união no clube e colocou o seu lugar à disposição do Presidente. Felizmente Pinto da Costa é um dirigente que consegue ver mais além, deu o seu apoio a Sérgio Conceição e não aceitou outro cenário que não fosse a continuidade do treinador. 

Este episódio foi importante no desenrolar do resto da temporada, porque, por certo, o mais fácil seria o Presidente tirar o tapete ao treinador, mandá-lo à sua vidinha e contratar outro para o seu lugar (como aliás, muito se faz neste futebol português). Se o tivesse feito, provavelmente, o FC Porto não teria sido campeão, nem vencido a Taça de Portugal. Contudo Pinto da Costa manteve o treinador no seu lugar, deu-lhe confiança e o FC Porto continuou o seu caminho na época. 

 

O campeonato 

A prova mais importante para o FC Porto, aquela cuja conquista é, sempre, o objetivo máximo, não começou nada bem para os azuis e brancos, que entraram a perder em Barcelos, frente ao regressado Gil Vicente. Mas dias depois venciam, sem margem para dúvidas, na Luz e parecia que tudo ia ser diferente daí para a frente. Não foi bem assim.

O FC Porto fez o campeonato como se estivesse numa constante montanha russa: alternou boas exibições, com outras menos boas, com outras más, e ainda com outras em que conseguiu passar pelos 3 estados num só jogo. O campeonato é uma prova de obstáculos. Sim, o FC Porto, ao longo do percurso, tropeçou algumas vezes, mais do que gostaríamos que tivesse acontecido. E neste contexto, tal aconteceu porque houve jogos em que o problema da falta de eficácia voltou a marcar presença, o que deixava-nos, adeptos, à beira de um ataque de nervos. Um exemplo dessa falta de eficácia ocorreu na Vila das Aves, já na parte final do campeonato. Outras vezes, também mais do que gostaríamos, a equipa ultrapassou obstáculos de forma menos brilhante. Mas o facto é que o mais importante é conseguir somar os 3 pontos. 

A verdade é que em janeiro, quando o FC Porto ficou a 7 pontos de distância do Benfica, muitos já entregavam o título aos encarnados, esquecendo-se que ainda faltava uma segunda volta para jogar. Sim, nós portistas também ficamos descrentes, porque na verdade parecia uma missão quase impossível. Só que não foi. Foi preciso forças para, primeiro, desfazer a desvantagem de 7 pontos, que começou quando o FC Porto venceu em casa o Benfica, reduzindo a distância para 4 pontos. E de jogo em jogo, passo a passo, os Dragões somaram pontos e colocaram-se na liderança do campeonato. 

Depois o corona vírus fez tudo parar. Na incerteza se o campeonato retomaria ou não, o FC Porto colocou os seus atletas a cumprir planos específicos de treino em casa, de modo a não perderem a forma física. Não sendo a mesma coisa do que manter o ritmo no relvado, foi melhor do que colocar os jogadores de férias. 

Confesso que estava reticente com o regresso do campeonato num cenário de pandemia, porque não me parecia prudente jogar quando o vírus circulava. Para além disso parecia-me impossível garantir que jogadores ou staf de uma qualquer equipa não corriam riscos de ficar infetados. Para além disso todos sabíamos que se o campeonato voltasse a parar, não seria retomado. Não estava de acordo mas recomeçou, com jogos à porta fechada, e acabou por correr tudo bem, com alguns percalços pelo meio com alguns, poucos na verdade, jogadores a testar positivo.

Na retoma do campeonato, frente ao Famalicão, o FC Porto não entrou bem, perdeu os 3 pontos e correu sérios riscos de perder a liderança do campeonato, contudo, tal não aconteceu e conseguiram consolidar a liderança. 

Em suma, o FC Porto fez uma segunda volta em contra relógio, com o foco no objetivo máximo. Chegou a ter 7 pontos de desvantagem, recuperou-os e ainda conseguiu somar mais 5, os que ditaram a vantagem portista no final do campeonato. Portanto, o FC Porto ganhou ao Benfica 12 pontos para sagrar-se campeão. Há que referir que os Dragões sagraram-se campeões com uma vantagem de 8 pontos sobre o Benfica, segundo classificado. Sim, o Benfica foi incompetente por não conseguir segurar a vantagem de 7 pontos, mas o FC Porto teve de ser muito competente para aproveitar os deslizes do Benfica. É que se o FC Porto não aproveitasse esses deslizes, não ganharia nada com as escorregadelas do Benfica. Sim, foi difícil, mas o título é do FC Porto de forma justa. 

 

A Taça de Portugal

O FC Porto realizou uma prova mais ou menos tranquila, com uma meia final teoricamente fácil que quase complicava a vida dos Dragões.

Este ano a final foi diferente, não só porque não teve público nas bancadas, mas também porque, ao contrário dos outros anos, jogou-se em Coimbra.

Na final o FC Porto defrontou o Benfica num jogo em que não se esperava fácil, mas que ao intervalo parecia ainda mais complicado. Os Dragões ficaram reduzidos a 10, devido à expulsão de Luis Diaz e sem o seu treinador no banco, devido a expulsão. Mas a equipa não deu por perdida a final, uniu-se, fez das fraquezas forças, marcou dois golos, aproveitando da melhor forma dois lances de bola parada e defendeu-se bem. No final a Taça veio para o Dragão. Foi à Porto! Contra tudo e contra todos!

 

Para concluir, volto ao episódio na final da Taça da Liga, em Braga, para agradecer e a Pinto da Costa, por ter permitido que Sérgio Conceição continuasse no Dragão e acreditar que com ele seria possível recuperar o título de campeão e a Taça que já escapava há demasiado tempo; a Sérgio Conceição, por nunca ter desistido de acreditar que seria possível alterar o rumo dos acontecimentos e terminar a época com os títulos de campeão e de vencedor da Taça de Portugal; e aos jogadores, por nunca terem desistido de lutar (lutaram como irmãos).

 

 

 

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Sobre Sérgio Conceição

J            á escrevi sobre o plantel, agora vou escrever sobre o mister.

Sérgio Conceição avançou para esta época, por certo, consciente das dificuldades que iria enfrentar ao longo da mesma. A primeira delas, garantir a presença na Liga dos Campeões, algo que a equipa não conseguiu concretizar. Para além disso, tinha como grande objetivo reconquistar o título de campeão nacional que na época anterior tinha fugido aos Dragões. Mas a meio da época atingir este objetivo parecia uma missão impossível. 


Nem sempre Sérgio Conceição terá tomado as melhores decisões. Outras vezes nós adeptos não as percebemos ou não concordamos com elas. Mas a verdade é que nós somos meros adeptos de bancada a quem é fácil escalar um 11 e definir substituições. Mas é Sérgio Conceição quem está diariamente com os jogadores e é ele quem sabe quem está em melhores condições, físicas e psicológicas, para enfrentar cada desafio. 


Sim, deu um murro na mesa no final da final da Taça da Liga, que terá feito soar os alarmes (pelo menos lembro-me que fiquei em alerta e a pensar que a porta de saída estava mais próxima). Felizmente não foi isso que se passou. Hoje sabe-se que nessa altura recebeu mensagens menos simpáticas por parte de alguns adeptos descontentes com as prestações da equipa. Depois disso, Sérgio Conceição teve o mérito de manter a crença que era possível chegar ao título, mesmo quando parecia impossível. Conseguiu transmitir essa esperança aos seus atletas e mantê-los unidos, motivados e focados, mesmo quando o campeonato parou durante 3 meses, para que lutassem dentro do campo pelo título de campeão Nacional. Por isso, o mérito deste título é de Sérgio Conceição, porque se o mister desistisse de acreditar, não teríamos festejado o título de campeão nacional, nem a conquista da Taça de Portugal. 


Obrigada mister por ser um de nós e por não virar a cara à luta, mesmo contra tudo e contra todos. E quanto aos que o criticaram, estou certa que entretanto já se arrependeram das críticas e que festejaram a dobradinha tanto quanto os que estiveram sempre ao lado do treinador e da equipa. 


Como não tenho dúvidas que Sérgio Conceição vai continuar a treinar o FC Porto, a missão para a próxima época não se avizinha fácil, mas o mister tem garra e fibra suficiente para enfrentar, outra vez, as dificuldades. A começar por reconstruir o plantel; transmitir, outra vez, a sua ideia de jogo; transmitir aos novos os valores do clube… e continuar a lutar contra tudo e contra todos. 



            

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Sobre o plantel 2019-2020

Agora que terminou a época mais longa da história do futebol, é o momento de fazer reflexões, retrospectivas, análises ou crónicas dos acontecimentos. Comecemos pelo plantel. 

Não é segredo para ninguém que a saúde financeira do FC Porto ja teve melhores dias e que por essa razão a UEFA está de olho nas contas. O que faz com que esteja fortemente condicionada a contratação de jogadores. 
No arranque desta temporada, foi necessário ajustar o plantel, visto que verificaram-se saídas de jogadores importantes, tais como: Iker Casillas, que tinha renovado com os Dragões, mas perante o seu grave problema de saúde, o FCPorto foi obrigado a procurar outro guarda-redes (e quantos foram colocados na rota do Dragão!); de Óliver; Éder Militão; Felipe; Herrera, que saiu a custo 0; Brahimi, também a custo 0; e Maxi. Todos jogadores que já estavam no Dragão à tempo suficiente para conhecerem os cantos à casa e para serem importantes para a equipa.
No sentido inverso, entraram Marchesin, que adaptou-se bem e rápido; Saravia, que aparentemente nunca conseguiu adaptar-se; Marcano, que regressou ao Dragão depois de na época anterior ter saído a custo 0; Uribe, que aparentou demorar um pouco a adaptar-se e deixou a sensação que podia fazer mais; Luis Diaz, jogador jovem e com talento, mas não fez uma época constante; Nakajima, um jogador em quem depositávamos esperanças, mas ficou muito à quém das espetativas; e Zé Luis, de quem se esperava mais. Para além de uma necessária aposta na formação do clube, com a inclusão de alguns miúdos no plantel principal, desde logo: Diogo Costa, que já fazia parte do plantel, mas que passou a assumir o posto de 2º guarda-redes e que teve oportunidade de realizar alguns jogos (ocupou as redes nas duas taças, bem como em 3 jogos do campeonato); Romário Baró; Tomás Esteves;; Fábio Silva; Vítor Ferreira; Fábio Vieira e João Mário.  
É normal os jogadores que chegam necessitarem de um período de adaptação a um novo clube, aos colegas, ao treinador, à realidade do futebol português. Este processo é mais demorado para uns do que para outros, o problema é que o tempo é inimigo de uma equipa de futebol que precisa competir ao mais alto nível. E alguns dos reforços pareceram ficar à quem do desejado e esperado. 
Não, este não foi, por certo, o melhor plantel da história do clube; não, este não foi, por certo, um plantel de sonho; não, este não foi um plantel perfeito ou equilibrado; mas foi o possível com o que o FC Porto podia gastar. E foi com estes que a equipa foi à luta pelos objetivos traçados. Nem tudo correu bem, é certo, mas foi com estes que o FCPorto conseguiu, não só resgatar o título de campeão nacional, mas também juntar-lhe a Taça de Portugal. Porquê? Porque conseguiram materializar a crença e a esperança do treinador dentro das 4 linhas. Foram estes que, em silêncio e juntos, lutaram como irmãos. E por isso estaremos sempre gratos a estes rapazes.

Agora vem aquela fase da época da qual não gosto nada, as entradas e saídas de jogadores. É mais ou menos óbvio que, infelizmente, será necessário reconstruir o plantel para a próxima época, porque o FCPorto necessita vender para equilibrar as contas (mesmo que a entrada direta na Liga dos Campeões seja uma boa ajuda). Por isso, é esperado que saiam jogadores importantes, embora todos nós esperamos que o FC Porto possa resistir a vender os jovens da formação, visto que são eles o futuro da equipa. 
Assim, sendo o mais realista possível, acredito que, infelizmente, há jogadores que, tendo mercado, estarão mais perto da saída. Dificilmente o FCPorto consegue chegar a um acordo para renovar com Alex Telles e a verdade é que não deve faltar pretendentes para contratar o lateral esquerdo portista. Vai ser uma grande perda, que fará com que o FCPorto tenha de contratar um bom lateral esquerdo. Corona, realizou uma boa época, talvez a melhor desde que cá chegou, foi lateral direito, jogou mais a frente, jogou a meio, marcou alguns golos e deu muitos a marcar. Talvez vai ser difícil segurar o mexicano no Dragão e isso significará uma perda relevante no xadrez azul e branco. Danilo, pelo jogador que é, por certo será difícil aos Dragões conseguirem manter os tubarões à distância do capitão. Otávio, também será um jogador com mercado e difícil de segurar, também pela época que fez. Mbemba, pelos jogos que fez, a calma que demonstra e pela qualidade, não duvido que não tenha interessados. 
Por outro lado, seria muito importante o FCPorto blindar o acesso dos tubarões a jogadores que podem tornar-se peças chave na manobra da equipa na próxima época. São os casos de: Diogo Costa, que será o futuro dono das redes portistas, sem dúvidas; Diogo Leite, que merece mais oportunidades para jogar; Tomás Esteves, lateral direito jovem, com muita margem de progressão; Romário Baró, que necessita ter mais oportunidades para mostrar o que vale (talvez tivesse sentido pressão por estar no plantel principal e isso o tenha atrapalhado); Vítor Ferreira, jovem com muita margem de progressão; Fábio Vieira, jovem, muita margem de progressão, bom pé esquerdo e nervos de aço; Fábio Silva, jovem, com margem de progressão; João Mário, margem de progressão e muito para mostrar. Para além destes seria importante manter Sérgio Oliveira, que tem sido importante para a equipa, para além de ser um jogador que conhece muito bem os cantos da casa; Luis Diaz, que num segundo ano pode dar mais do que conseguiu dar esta época e já mostrou que consegue; Uribe, tal como Luis Diaz, poderá dar mais numa segunda época. 

Aguardemos para ver o que nos reserva o mercado. Mas de uma coisa tenho a certeza, este plantel já faz parte da história do FC Porto. Parabéns rapazes! 



domingo, 2 de agosto de 2020

Crónica e Análise: Benfica 1 – FC Porto 2



1 – Crónica

No início de noite deste sábado, o FC Porto e o Benfica defrontaram-se no Estádio Cidade de Coimbra, em jogo a contar para a final da Taça de Portugal. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 1-2.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por Diogo Costa; Manafá, Pepe, Mbemba e Alex Telles; Danilo, Uribe e Otávio; Corona, Marega e Luis Diaz.
O FC Porto entrou bem em jogo e cedo criou perigo junto da baliza do Benfica por intermédio de Corona, minuto 4, mas o guarda-redes adversário negou-lhe o golo madrugador. Foi uma primeira parte pautada pelo escaço número de oportunidades de golo e pelo domínio e controlo portista, sobretudo nos primeiros 25 minutos, período em que somou vários cantos. Até que ao minuto 38 a história do encontro ficou, irremediavelmente, marcada pela expulsão, por segundo cartão amarelo, de Luis Diaz. Minutos depois, o senhor árbitro expulsou também Sérgio Conceição, ficando o FC Porto a jogar com 10 e sem o seu treinador no banco.
O segundo tempo iniciou-se com o primeiro golo do FC Porto, por intermédio de Mbemba, que deu a melhor sequência a um livre cobrado por Alex Telles, minuto 47. Minutos depois, minuto 59, novamente Mbemba acertou na baliza benfiquista, dando a melhor sequencia a mais uma bola parada desta feita cobrada por Otávio, aumentando assim a vantagem portista no marcador para 0-2. Na resposta, ao minuto 62, pela primeira vez no jogo, o Benfica procurou criar perigo junto da baliza portista, estava lá Diogo Costa para segurar com facilidade e tranquilidade. A partir deste momento, o Benfica procurou pressionar enquanto que o FC Porto procurou defender-se o melhor possível de modo a manter o perigo afastado da sua baliza. Ao minuto 84, através de uma grande penalidade, o Benfica reduziu a desvantagem no marcador. Minutos depois, já em período de compensação, os encarnados atiraram uma bola ao poste.
Com esta vitória o FC Porto garantiu a 17ª Taça de Portugal do seu palmarés, juntando-a ao campeonato, fazendo assim a tão desejada dobradinha.

2 – Análise

As finais não se jogam, ganham-se. O FC Porto levou esta regra à letra e ainda fê-lo contra tudo e todos. Foi um jogo difícil, muito difícil. É verdade que não se esperavam facilidades, porque numa final não as há, mas ao longo do jogo, sobretudo ao aproximar do intervalo, as dificuldades acentuaram-se, primeiro com a expulsão de Luis Diaz (não consigo perceber porque o vídeoárbitro não pode intervir nas decisões relativas aos cartões amarelos, se pudesse, quem sabe se o primeiro amarelo do colombiano tinha sido revisto? E assim teria sido evitada uma expulsão) e depois com a expulsão de Sérgio Conceição. Foi preciso união, determinação, inteligência, rigor, empenho, espírito de sacrifício e superação para conseguir a Taça. Foi um FC Porto sólido, solidário, guerreiro e eficaz a defender e a atacar, que ontem viu-se obrigado a jogar toda a segunda parte com menos 1, ou 3, ou 4… Os Dragões souberam aproveitar para marcar nos momentos certos, não desperdiçando dois lances de bola parada e depois souberam ser eficazes a defender. Em suma, foi uma vitória à Porto! Na raça! Destaco Mbemba, pelos dois importantes golos. A Taça vem para o Dragão, porque a equipa não desistiu de lutar perante as dificuldades. Isto é ser Porto!
É desta forma que os Dragões colocam um ponto final numa época que teve tanto de difícil, quanto longa. Valeu a pena sofrer, no final o sabor da vitória é melhor.

PS. Quando o Presidente da República preparava-se para entregar a Taça a Danilo, perante o compasso de espera, deduzi que estariam a espera de Casillas e não estava errada. Grande momento, grande gesto o do FC Porto para com Iker Casillas no momento de levantar a Taça! Isto é o Porto! Somos Porto!