sábado, 31 de março de 2012

Crónica e Análise: FC Porto 2 – Olhanense 0

1 – Crónica

FC Porto Vence e Volta à Liderança

No final de tarde deste Sábado o FC Porto recebeu o Olhanense no Estádio do Dragão, em jogo a contar para a vigésima quinta jornada da Liga. No final do encontro verificou-se a vitória dos dragões por 2-0.

O FC Porto entrou em campo sabendo que a vitória era o resultado que mais interessava. E começou a mostrar cedo esse objectivo, mas já lá vamos. Antes disso. Vítor Pereira optou por fazer Maicon regressar à equipa em detrimento de Rolando e fez Fernando voltar à titularidade por troca com Defour. Agora sim, vamos ao jogo.

O FC Porto entrou de rompante à procura do golo, Hulk, aos vinte segundos de jogo, deu o primeiro aviso. Maicon deu o segundo aviso e, ao minuto 24 Lucho activou o marcador. A equipa não baixou os braços e continuou a procura de golos. James, na marcação de um livre fez a bola bater no poste e João Moutinho viu o guarda-redes parar um remate. FC Porto dominador e controlador das operações, mesmo nos primeiros minutos. Basta dizer que segundo as estatísticas – e segundo a minha memória – na primeira parte, o olhanense fez um único remate à baliza de Helton, mas, nos primeiros minutos de jogo, os avançados dos de Olhão chegaram a testar a defesa portista.

No segundo tempo, o rumo do jogo continuava exactamente a ser o mesmo: o FC Porto a procurar o golo. Hulk, Sapunaru e Otamendi estiveram perto de ampliar o marcador. Aliais, o incrível esteve perto de marcar por diversas vezes, mas o guarda-redes adversário, que fez uma grande exibição no Dragão, levou sempre à melhor. Ao minuto 66 James marcou o segundo golo da noite. Nos minutos finais o jogo começou a ter um ritmo mais baixo, mas a vitória dos dragões nunca esteve em risco. E assim foi a vitória número 100 do estádio do Dragão, para o campeonato.

Por causa desta vitória e por causa da vitória do Benfica frente ao Sporting de Braga, o FC Porto voltou à liderança do campeonato, com um ponto de vantagem para o segundo e dois sobre o terceiro.

2 – Análise

Afinal o FC Porto ainda está “vivo”! Ainda não ganhou nada, é certo, mas está no caminho mais seguro. Pelo menos é o que parece, se bem que neste campeonato nem tudo é o que parece nem como parece. Adiante. O FC Porto fez um bom jogo, com boa nota artística. Somou os três pontos num jogo em que foi dominador e controlador das operações. Eu gostei do jogo e concordo, tanto com as alterações que o treinador fez no onze inicial, como com as substituições, se bem que gostava que Iturbe jogasse mais, mas como há razões que a razão desconhece, não vou por aí. Percebo que Vítor Pereira tenha retirado Lucho, ainda que também perceberia se tivesse retirado Fernando. E por causa desta vitória - a centésima para o campeonato no Dragão - e por causa do resultado na luz voltou à liderança do campeonato. Vamos lá ver se à terceira agarra-a de vez... mas também dizem que não há duas sem três… Continuando. Vou fazer alguns destaques: Maicon – está um defesa de mão cheia, na minha opinião fez-lhe bem passar pelo lado direito da defesa portista. João Moutinho – que dizer deste pequeno grande jogador? Levou a equipa às costas e não se preocupou com as dores de coluna que o peso por vezes provoca. É deste João Moutinho que o FC Porto tanto precisa. E, caros portistas, esta final está ganha, agora é preparar o jogo de Braga, que não vai ser nada fácil.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Convocados para a Vigésima Quarta Jornada da Liga

Aqui está a lista de convocados de Vítor Pereira para o jogo da vigésima quarta jornada da Liga.

Helton, Bracali, Lucho, Maicon, Alvaro, João Moutinho, Kléber, Hulk, Rolando, Varela, James, Sapunaru, Fernando, Alex Sandro, Iturbe, Janko, Otamendi e Defour.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Vítor Pereira Em Antevisão da Vigésima Quinta Jornada da Liga

Aqui está a antevisão de Vítor Pereira do jogo da vigésima quinta jornada da Liga, frente ao Olhanense.

“VÍTOR PEREIRA: "NO FINAL FAREMOS O BALANÇO DA ÉPOCA"

O FC Porto recebe o Olhanense este sábado às 19h00, em jogo da 25.ª jornada da Liga. Em conferência de imprensa, Vítor Pereira sublinha a competitividade do campeonato mas coloca as atenções no jogo deste fim-de-semana e garante que a equipa vai jogar para conquistar os três pontos.

Faltam seis jogos para a final do campeonato. Tem a noção que precisa de uma melhor equipa para conseguir alcançar seis vitórias?

Tenho noção que o campeonato esta competitivo e é preciso elevar a prestação em cada jogo. Mas neste momento estamos focados no Olhanense. É uma equipa bem organizada, agressiva, com transições rápidas e qualidade técnica. É neste adversário que temos de nos concentrar.

Quando o Benfica estava a frente do campeonato disse que não gostava de outra equipa no primeiro lugar. Mantém o mesmo sentimento perante o Braga?

Não há treinador nenhum no mundo que goste de ver outra equipa à sua frente. A resposta a essa pergunta é óbvia.

A que atribui a irregularidade que o FC Porto tem apresentado nesta época?

Os números traduzem uma diferença de um ponto para o primeiro classificado e estamos totalmente dependente de nós próprios para voltar para voltar à liderança.

O jogo entre o Benfica e o Olhanense serviu para preparar este encontro?

Quando preparamos um jogo, observamos os adversários. Vimos que o Olhanense colocou bastantes dificuldades. É uma equipa compacta e agressiva que explora

a velocidade dos jogadores e queremos controlá-la. Com maiores ou menores dificuldades vamos vencer.

Há algum resultado que lhe de mais jeito no Benfica-Braga?

Vou ficar satisfeito com a nossa vitória. É o jogo com o Olhanense que queremos controlar e não o de qualquer outro adversário.

Haver um jogo entre o Benfica e o Braga torna o encontro com o Olhanense mais importante?

Estamos conscientes que este campeonato é extremamente competitivo. A equipa que conseguir ser mais consistente será a que terá mais possibilidades de vencer. O jogo deste sábado é tão importante como outros.

Tem tido uma postura serena em relação à arbitragem. Pensa que se pode arrepender no final da época?

Antes de qualquer jogo, nunca coloquei em causa qualquer arbitragem. Nos finais dos encontros, quando acho que tenho de comentar um ou outro lance, faço-o mas nunca me ouviram colocar em causa a seriedade de seja quem for.

O Lucho tem jogado como 10. A que se deve isso?

Ele tem feito boas exibições. O nosso triângulo é dinâmico e por isso pretendo que ele baixe no terreno para ir buscar jogo. O importante é manter dinâmica e atingir o jogo ofensivo.

O Fernando começou o jogo em Paços de Ferreira no banco. Isso deve-se ao princípio da chiclete?

O Fernando veio de uma paragem e quando isso acontece, os jogadores não se encontram com o ritmo desejado. Ele é o único jogador com as características de número 6 mas veio de uma lesão e precisa de ritmo.

Considera que a crítica é mais exigente com o FC Porto do que com as outras equipas?

Acho que não. Temos de saber viver com a crítica. No final, faremos o balanço da época e avaliaremos a equipa que ganhou o título. Somos a equipa com menos golos sofridos no campeonato e isso não é noticiado. Como treinador, tenho que avaliar o desemprenho da minha equipa.”

Em

www.fcporto.pt

quarta-feira, 28 de março de 2012

Entrevista de Janko à Revista Austríaca "SportWoche"

Aqui fica a entrevista à revista austríaca "SportWoche".

““Quando Hulk liga o turbo tem de esperar por nós"

Janko concedeu uma longa entrevista à revista austríaca "SportWoche" em que revelou estar encantado com a mudança para o FC Porto e impressionado com a rivalidade existente entre os dragões e as águias. Entre elogios a Falcao e a Hulk, o avançado contou que quase teve um enfarte quando soube do interesse do vencedor da Liga Europa.De avançado para avançado, Janko não poupou nos elogios a Hulk. E usou do humor para o fazer. "Os meus novos colegas avisaram-me logo: quando ele liga o turbo com a bola nos pés, precisa de segurá-la na frente durante uns bons cinco minutos, até que os outros jogadores do FC Porto cheguem. Naturalmente que não é tão exagerado assim...", brincou. Do ponto de vista humano, o austríaco também ficou bem impressionado com Hulk. "Não tem mesmo tiques de estrela. Como brasileiro, vive apaixonado pela bola e tecnicamente é capaz das coisas mais fantásticas."Janko esteve uma época e meia no Twente, onde marcou 35 golos, registo que despertou o interesse do FC Porto, a equipa que tinha visto vencer a Liga Europa uns meses antes. Por isso, não escondeu a felicidade quando foi contactado por dirigentes portistas. "Quando recebi uma chamada do FC Porto, o meu coração futebolístico quase que tinha um enfarte. Se fosse preciso, até a pé vinha para o Porto. Quando se olha para o sucesso deste clube nos últimos anos vê-se que é um dos clubes mais bem sucedidos da Europa e do mundo. Venceu duas vezes a Liga dos Campeões e a Liga Europa. Isto é um excelente cartão de visita", considerou. A pressão que encontrou no Dragão é bem diferente da que deixou na Holanda, mas garantiu estar preparado. "Aqui, uma época sem um título de campeão nacional é uma época perdida. Ser campeão sem chegar aos quartos de final da Liga dos Campeões é aceitável, mas sem razões para euforias", referiu. Pela sua parte, Janko espera marcar muitos golos pelo FC Porto. "O tempo dirá, mas o meu objetivo de marcar golos só será conseguido se tivermos todos sucesso. A concorrência é feroz com o Kléber, por isso não posso adormecer. Quero deixar a minha marca neste clube", assegurou.

"É uma honra continuar o legado de Falcao"

Janko está consciente que não se livrará da sombra de Falcao, mas também não se mostrou preocupado. Pelo contrário. "A pressão existe e as expectativas são enormes, mas isto torna a profissão de futebolista em algo muito honrado, sobretudo quando me dão o voto de confiança para continuar o legado do Falcao.

Quando vi o triunfo do FC Porto da Liga Europa, pensei para mim: 'é uma loucura a maneira como ele consegue os golos mais incríveis", elogiou.

"Há uma rivalidade inacreditável aqui"

Janko já fez quatro jogos contra o Benfica esta temporada, dois pelo Twente e outros tantos pelo FC Porto. O avançado não escondeu que ficou impressionado com o nível da rivalidade entre os dois clubes portugueses. Muito maior do que a que experimentou nos outros clubes onde jogou, por culpa também das diferentes culturas desportivas. "Na Áustria não se sente verdadeiramente as emoções, ficam guardadas no nosso interior. Ódio é talvez uma palavra muito forte, mas a relação entre os rivais pode conotar-se com essa palavra. Isto tem a ver com a história de Portugal. No Norte, vivem os trabalhadores, no Centro, os académicos, e no Sul, vulgo Lisboa, gasta-se o dinheiro. Isto é a origem da rivalidade que se vive também no futebol. Por isso, até pedi à minha namorada para não vestir roupa vermelha no Dragão", revelou.

O que Janko não vai esquecer tão cedo são as viagens até Lisboa. "No autocarro a caminho de Lisboa tivemos 20 carros da polícia e motos a acompanhar, porque os adeptos fazem de tudo para nos tentar intimidar. No hotel foi a mesma coisa. Estava com proteção policial como se estivesse lá o chefe do governo. E nunca na minha vida vi tantos dedos do meio mostrados como no caminho do hotel para o estádio."

A rivalidade, contou, não fica por ali. O austríaco aproveitou para recordar um episódio que viveu através das redes sociais, tudo por causa de uma frase em que manifestou toda a sua satisfação por um mau resultado do Benfica. Os insultos dos adeptos encarnados não tardaram. "Infelizmente [riu-se] aprendemos sempre os insultos em primeiro. O mais impressionante disso tudo, foi que para os adeptos do Benfica poderem comentar, primeiro tiveram de clicar no 'gosto' de um jogador do FC Porto. Mas o que desencadeou isto tudo, foi um 'post', onde mostrava estar satisfeito com uma derrota do Benfica", explicou. A onda de reações foi crescendo que o obrigou a encerrar a conta por uns tempos. "Tivemos de deixar de aceitar mais comentários durante algum tempo, porque o servidor quase entrou em colapso. Mas criou-se uma verdadeira guerra cibernética, porque os adeptos do FC Porto responderam e defenderam-me. Foi uma imagem inacreditável da rivalidade que se vive", vincou.

O bombardeiro dos Alpes preferia ser Marc

A escolha do nome a usar na camisola do FC Porto fez hesitar Janko alguns instantes. Esteve para optar por Marc, como sempre foi conhecido, mas depois de ponderar deixou que ficasse Janko. A verdade é que o avançado prefere que lhe chamem Marc e, com o tempo, os seus companheiros de equipa já perceberam isso. "No início não era Marc, mas sim Janko, porque em Portugal tratam os jogadores pelo nome que têm inscrito nas camisolas. Assim como para o Hulk ou para o Álvaro, que na verdade se chama Pereira. Mas quando o 'team manager' perguntou que nome queria pôr na camisola, por um momento pensei em Marc, mas depois deixei estar. O que é realmente interessante, é que durante toda a minha carreira nunca tive um apelido de goleador espetacular. Na Holanda, por acaso, chamavam-me bombardeiro dos Alpes, mas isso era por causa da cor da camisola. Aqui, naturalmente, esse nome seria impossível. No entanto, os meus colegas começam a perceber aos poucos, que prefiro que me chamem Marc."

Luta contra os moinhos de vento

Avançados e as críticas são muitas vezes duas faces da mesma moeda, Janko já teve a sua dose e parece não estar para se incomodar mais com o que possam dizer dele. O austríaco apenas desejava que reconhecessem o seu valor: "Mesmo num bom momento como este, os críticos conseguem sempre encontrar algo negativo, por isso esta luta contra os moinhos de vento seria sempre em vão." Janko até aproveitou para refrescar a memória dos mais esquecidos: "Em 69 jogos, fiz 35 golos pelo Twente. Que avançado conseguiria fazer isto na sua primeira época fora do seu país? Aos críticos só posso dizer: reconheçam os factos, apesar de eu respeitar a vossa opinião."

Mais descontraído no Olival

Janko encontrou diferenças entre o FC Porto e o Twente também nos treinos. "Aqui as coisas são bem mais descontraídas. Até na questão da pontualidade. Na Áustria ou na Holanda é tudo muito preciso, havia logo confusão se alguém se atrasasse uns minutos. No FC Porto, os treinos começam às 10h30 e como são à porta fechada e ninguém sabe o que se passa", referiu.”

Em

www.ojogo.pt

Retirado do blog

http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com

Aconselho a leitura da carta aos jogadores do FC Porto que se encontra neste Link:

http://laemcasamandoeu.blogspot.com/2012/03/aos-jogadores-do-porto.html

segunda-feira, 26 de março de 2012

Desabafo…

O FC Porto acaba de perder a liderança da Liga, o Sporting de Braga venceu a Académica e, por isso, está um ponto à frente dos dragões.

Perante este facto, é com desilusão que vou dizer o seguinte: temo que a partir de agora as coisas fiquem um pouco mais complicadas, porque temo que o Sporting de Braga agarre com unhas e dentes o primeiro lugar. Mas também tenho de ser realista. O FC Porto perdeu a liderança por culpa própria. Depois de voltar ao primeiro lugar, por duas vezes perdeu pontos em jogos que não podia perder, primeiro frente à Académica e agora frente ao Paços. Depois da vitória na Luz, eu e tantos portistas acreditávamos que a equipa ia, com garra, agarrar todos os pontos necessários. Mas, não foi assim. Pelas razões que já apontei, os 4 pontos perdidos revelam-se hoje num segundo lugar.

Não, não vou apontar o dedo a ninguém, até porque acho que isso não é o melhor a fazer agora. Também não vou começar a desfiar um role de ses que não vão servir de rigorosamente nada, até porque não sabemos, nunca saberemos o que teria acontecido caso os ses fossem outros. É inútil ir por aí, prefiro ser objectiva e tentei sê-lo no parágrafo anterior. Se continuo a apoiar? Claro que sim, até ao fim.

E vou finalizar com o seguinte. Ainda nada está perdido, ainda há seis jogos para jogar, um deles frente ao Sporting de Braga. Por isso, pede-se aos jogadores do FC Porto que façam o possível para não perder pontos de forma infantil, lutem até ao final de cada jogo para manterem o objectivo da revalidação do título de campeão presente. Pois o FC Porto ainda depende de si próprio.

domingo, 25 de março de 2012

Crónica e Análise: Paços de Ferreira 1 – FC Porto 1

1 – Crónica

Dragão Deixou Fugir Dois Pontos

No início de noite deste Domingo, Paços de Ferreira e FC Porto defrontaram-se na Mata Real em partida a contar para a vigésima quarta jornada da Liga. No final do jogo verificou-se um empate a 1.

Depois do empate do Benfica em Olhão, os dragões sabiam que teriam de vencer este jogo para distanciarem-se, pelo menos de um dos adversários directos na luta pelo título. Por isso, Vítor Pereira fez regressar ao onze Helton, Otamendi, James e Janko. Vamos à história deste jogo.

No primeiro tempo o FC Porto teve mais posse de bola, mais remates e, como tal, mais próximo da área adversária. Lucho e Janko estiveram perto de festejar, mas o remate do argentino acabou por ser defendido pelo guarda-redes adversário enquanto que o do austríaco foi ao poste. À meia hora de jogo, Hulk obrigou o guarda-redes do Paços a fazer uma defesa, Janko podia ter feito o golo, mas chegou atrasado. O Paços esteve perto de marcar próximo do intervalo, mas Helton não permitiu. E da primeira parte está tudo dito.

No início do segundo tempo, Vítor Pereira lançou Fernando no jogo, por troca com Defour. E o FC Porto chegou à vantagem. Hulk levou a bola que desviou num defesa pacense e entrou na baliza. O FC Porto, por intermédio de Hulk, por diversas vezes, esteve próximo de ampliar a vantagem, mas o guarda-redes do Paços não permitiu. Nem o guarda-redes, nem o homem do apito. Hulk sofreu falta no interior da área, mas o árbitro mostrou-lhe o amarelo. A onze minutos do final, o Paços de Ferreira, conseguiu, através de um canto, chegar à igualdade.

Com este resultado os dragões permanecem na liderança do campeonato, com mais um ponto que o Benfica, mas, caso o Sporting de Braga vença amanhã o FC Porto passa para segundo.

2 – Análise

Ponto prévio, era muito importante somar os três pontos neste jogo, mas também eram esperadas dificuldades. Posto isto. Na minha opinião o FC Porto não fez um jogo mau, mas o Paços soube sempre defender. Mesmo a perder os pacenses nunca desmontaram a defesa e, mais uma vez, esse foi um problema para os dragões. O outro problema foi Lucho ter desaparecido de jogo, talvez aí Vítor Pereira tivesse errado ao deixar o argentino em campo até ao final. Mas não vou por aí, até porque os ses agora não valem de nada. É verdade, mais uma grande penalidade ficou por marcar, Hulk voltou a ver um amarelo depois de sofrer falta no interior da área, a história podia ter sido diferente. Mas também podia ter sido diferente caso Janko não tivesse acertado no poste. Agora não vale a pena chorar sobre o leite derramado, o que está feito, feito está, o FC Porto perdeu mais dois pontos, dois pontos que podem custar a liderança do campeonato caso o Sporting de Braga vença a Académica. Aguardemos.

sábado, 24 de março de 2012

Convocados para a Vigésima Quarta Jornada da Liga

Aqui está a lista de convocados de Vítor Pereira para o desafio da vigésima quarta jornada da Liga.

Helton, Lucho González, Álvaro Pereira, João Moutinho, Kléber, Hulk, Rolando, Varela, James Rodriguez, Sapunaru, Mangala, Fernando, Alex Sandro, Iturbe, Janko, Otamendi, Bracali e Defour.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Vítor Pereira Em Antevisão da Vigésima Quarta Jornada da Liga

Aqui esta a antevisão de Vítor Pereira do jogo da vigésima quarta jornada da Liga, frente ao Paços de Ferreira.

“"VENCER É FUNDAMENTAL"

Faltam sete jornadas para terminar o campeonato, pelo que a margem para errar é estreita. Vítor Pereira está consciente desse facto, mas sabe que o Paços de Ferreira (domingo, 20h15, 24.ª jornada da Liga) não vai facilitar a tarefa azul e branca. Em conferência de imprensa, o treinador destacou o “futebol rápido e agressivo” do adversário, especialmente na Mata Real. Fernando ainda está em dúvida.

Faltam sete jogos oficiais para o FC Porto acabar a época. Vê algum benefício em só jogar no campeonato?

As questões motivacionais superam as outras. Não vejo qualquer benefício.

Que tipo de jogo e de adversário espera na Mata Real?

O campo do Paços de Ferreira é pequeno e tem características muito próprias. A equipa joga um futebol rápido e agressivo, com transições aceleradas. É um adversário complicado mas queremos ultrapassar as dificuldades e estar ao melhor nível.

O que aconteceu entre Cristian Rodríguez e João Moutinho?

O Cristian está dispensado dos treinos para tratar de assuntos relacionados com o futuro dele. Tem a permissão do clube e do treinador. O desentendimento com o Moutinho é especulação vossa.

Quer comentar as declarações de Jorge Jesus sobre os bloqueios? Tem algum receio de que o árbitro seja influenciado pelas palavras do treinador do Benfica?

Eu não pretendo influenciar ninguém. Inicialmente os bloqueios eram disfarçados. Neste momento, e como estas faltas têm passado em claro, estão cada vez mais refinados. Agora, conseguem construir bloqueios e fazer barreiras a vários jogadores. Apenas constato que, observando as imagens, há um padrão claro. Se as coisas continuarem assim, o Benfica vai continuar a fazer golos de bola parada.

As suas palavras no final do jogo com o Benfica eram de alerta ou de pressão?

Ao ver o segundo golo do Benfica em câmara lenta, é notório o que aconteceu. Estou a constatar factos, não estou a pressionar ninguém. São faltas, obstruções.

As questões motivacionais dos jogadores vão ser uma preocupação até ao final da época?

O nosso grande objectivo é o campeonato e é nele que estão concentradas as nossas motivações. Quem está noutras competições também tem questões motivacionais.

Se conquistar o título, vai considerar que esta foi uma boa época?

Estamos concentrados no jogo com o Paços de Ferreira. Vencer é fundamental. No final, estaremos aqui para fazer o balanço da época.

Só conta com 19 jogadores disponíveis. Pensa que o plantel é curto?

Desde que não haja lesões e todos os jogadores estejam operacionais, o plantel chega e sobra para o que resta do campeonato.

O Fernando já está apto para o jogo de domingo?

Vamos ver. Espero que consiga recuperar porque é um jogador importante para nós.

Ainda pensa utilizar o Danilo esta época?

Espero que sim. Vamos ver se podemos contar com ele porque é um jogador de qualidade, mas isso é mais uma questão do departamento médico.”

Em

www.fcporto.pt

quinta-feira, 22 de março de 2012

Manipulação Rasca!

Portugal é um país livre? Eu tinha esperança que sim, mas …

“A MADRASSA DA ERICEIRA

Uma educadora de infância de uma escola pré-primária da Ericeira alterou a letra da popular canção infantil "Atirei o pau ao gato" e acrescentou-lhe no final "batata frita, viva o Benfica". A história soube-se porque um pai, adepto do FC Porto, apresentou uma queixa no Ministério da Educação.

O FC Porto saúda o civismo do pai e condena este proselitismo feito em escolas públicas, que em vez de ensinarem os valores da liberdade de escolha, ou de opinião, preferem ser uma espécie de "ayatollahs" das suas próprias preferências.

Mais grave é entretanto o FC Porto ter tido conhecimento que a adulteração da letra é prática diária e repetida três vezes ao dia não só no jardim-infância da Ericiera, mas também em todas as escolas do pré-escolar do agrupamento e também noutras dos concelhos de Lisboa e Cascais.

Urge, por isso, que o Ministério da Educação se pronuncie sobre estes fascistas do gosto e dê instruções para que em todas as escolas do país se acabem de uma vez por todas com práticas que fazem lembrar os tempos da outra senhora.”

Em

www.fcporto.pt

E pensava eu que vivia num país livre! Chamo a isto manipulação rasca. Espero que outros pais façam o mesmo que este fez, a ver se as educadoras, em vez de adulterar canções infantis, se começam a fazer dos Homens de amanhã pessoas civilizadas e com liberdade de escolha e de expressão.

terça-feira, 20 de março de 2012

Crónica e Análise: Benfica 3 – FC Porto 2

1 – Crónica

FC Porto Fora da Final da Taça da Liga

O Benfica recebeu o FC Porto em jogo a contar para a meia-final da Taça da Liga. No final do encontro verificou-se uma derrota dos dragões por 3-2.

Dragões e águias entraram em campo sabendo que disponham de apenas um jogo para resolver o acesso à final da prova. Vítor Pereira fez algumas alterações no onze inicial, fruto de uma óbvia gestão de plantel, uma vez que o campeonato é o principal objectivo. Voltando às opções do treinador portista, Vítor Pereira optou por adiantar Álvaro Pereira no terreno, fazendo entrar para defesa esquerdo Alex Sandro. Para além desta alteração, o treinador dos dragões deu a titularidade a Kleber, por troca com Janko. Hulk voltou ao onze depois de ter cumprido castigo no último jogo do campeonato. E Maicon foi para o banco por troca com Mangala. Posto isto, vamos à história do jogo.

O encontro começou aguerrido e o Benfica marcou cedo, mas o FC Porto reagiu da melhor forma. Aos 8 minutos, Lucho empatou o encontro, e ao minuto 17 Mangala foi o autor do segundo golo portista. Sapunaru esteve perto de fazer o terceiro, mas a bola acabou defendida por Eduardo. Este correspondeu a um bom momento dos dragões, que evitaram que o Benfica criasse perigo perto da baliza portista. Mas, naturalmente, os encarnados reagiram e começaram a aproximar-se da área. Bracali viu a bola bater no poste e na barra da sua baliza por três vezes, mas também viu a mesma entrar próximo do intervalo.

O segundo tempo começou com um empate a dois e com um jogo mais dividido. Ao minuto 77 o Benfica fez o terceiro golo. E, aí, o FC Porto para chegar ao empate tinha de arriscar, Vítor Pereira - que já tinha chamado a jogo James e Janko, por troca com Lucho e Kleber, respectivamente – fez entrar Iturbe para o lugar de Alex Sandro, mas os dragões não conseguiram chegar ao golo.

Assim, o FC Porto ficou de fora da final da Taça da Liga.

2 - Análise

Começo por dizer que concordo que a Taça da Liga não era o principal objectivo da época e, como tal, este jogo não assumia uma estrema importância. É verdade, uma verdade incontornável, o FC Porto não é ainda campeão, ainda tem sete finais para disputar e tudo pode acontecer, mas o campeonato é realmente o principal objectivo dos dragões, e é nesta prova que o FC Porto tem de dar o tudo por tudo. Posto isto, acrescento que não gosto que o meu FC Porto perca, nem que seja a feijões e tão pouco frente ao Benfica, como tal, não estou satisfeita com o resultado final do jogo desta noite. Não gostei do resultado mas, por outro lado, não desgostei do jogo. O FC Porto reagiu muito bem à desvantagem, mas depois o Benfica reagiu, como era esperado que reagisse. Quanto às opções de Vítor Pereira, nada a dizer, concordei com as opções iniciais e concordei com as substituições. Para mim, o FC Porto sai desta prova de cabeça erguida. Agora é reunir as tropas e centrar todos os esforços no campeonato.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Vítor Pereira em Antevisão das Meias-Finais da Taça da Liga e Convocados

Aqui está a antevisão de Vítor Pereira do jogo das meias-finais da Taça da Liga, jogo frente ao Benfica.

“"VAMOS COM O SENTIDO CLARO DE GANHAR"

O FC Porto volta à Luz, esta terça-feira (20h45), para defrontar o Benfica nas meias-finais da Taça da Liga. Em conferência de imprensa, Vítor Pereira antevê um jogo difícil e admite alterações na equipa, mas estes factos não são “justificações” para uma menor ambição. No entanto, o técnico azul e branco confessa que a prioridade é a conquista do título de campeão nacional.

O que espera deste desafio?

O jogo é importante e vamos para ganhar. Vamos fazer uma gestão inteligente do nosso objectivo que é passar mais uma fase desta competição. Não acredito no condicionamento das equipas pelo que se passou anteriormente. A história faz-se no próprio dia e o FC Porto está preparado para o jogo de amanhã.

Como vai gerir a equipa para este encontro?

A equipa que jogar amanhã é uma equipa preparada para disputar e ganhar o jogo. Este clube vai para qualquer lado com o sentido de vitória. Viemos de um encontro complicado e temos outro no domingo. Para esta meia-final, temos que fazer uma gestão inteligente.

Pretende levar a campo jogadores menos utilizados?

Vamos gerir o plantel, da forma que acharmos mais adequada. Vamos entrar em campo com uma equipa que nos dê confiança e nos permita ganhar.

O FC Porto já viu a Taça da Liga fugir numa final contra o Benfica. Este ano era importante vencer?

Importante e fundamental é ganhar o campeonato, mas amanhã vamos com a intenção de passar à fase seguinte.

Olha para a Taça da Liga de forma diferente da que olha para o campeonato?

Vou ter de fazer uma outra alteração na equipa, até porque estamos com algumas limitações. Mas volto a dizer que vamos com o sentido claro de ganhar. Sem justificações, sem desculpas, sem nada que nos faça encarar o jogo como tendo menor importância. Vamos jogar à Luz com o sentido de chegar à final de uma competição.

Ganhar a Taça da Liga pode substituir o título de campeão nacional?

Comparar uma Taça da Liga com um campeonato nacional não tem lógica absolutamente nenhuma. É uma competição que tem de ser encarada com seriedade, mas a nossa prioridade é o campeonato. Queremos ser campeões, queremos o título.

Não é a prioridade mas não deixa de ser um clássico. Que mensagem passou aos jogadores?

A mensagem neste clube está sempre relacionada com vencer. É um clássico e há uma motivação latente. A equipa quer continuar em prova e vai fazer tudo para o conseguir.

Neste jogo enfrenta dificuldades para gerir o meio campo. Um jogador com o perfil do Fernando faz falta?

O Fernando é um jogador de qualidade que nos faz falta. É um jogador importante no colectivo e nas funções que exerce. Para o seu lugar não temos grandes alternativas, mas vamos encontrar uma dinâmica que nos permita chegar à vitória.

O que falta à Taça da Liga para ter mais importância no futebol português?

Com tantas competições, numa altura destas, naturalmente as equipas estão desgastadas. Há uma necessidade de definir prioridades. A nossa equipa tem dificuldades no meio campo e temos que ter isso em consideração. Faltam sete jogos para acabar o campeonato e ganhando esses encontros somos de certeza campeões nacionais.

Esse é o objectivo que queremos alcançar. Não quero retirar importância nem seriedade à Taça da Liga, mas para nós não é ela que salva uma época ou que a torna positiva. Já ganhámos a Supertaça e queremos o título nacional. Se ganharmos a Taça da Liga ficamos satisfeitos porque nosso objectivo é somar títulos, mas a prioridade é o campeonato.”

Em

www.fcporto.pt

Aqui está a lista de convocados do treinador do FC Porto.

Bracali, Kadú, Lucho, Maicon, Alvaro, João Moutinho, Kléber, Hulk, Rolando, Varela, James, Sapunaru, Mangala, Alex Sandro, Iturbe, Janko, Otamendi e Defour.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Crónica e Análise: CD. Nacional 0 – FC Porto 2

1 – Crónica

À Que Saber Sofrer Para Vencer

No final de tarde início de noite desta Sexta-feira, o Nacional recebeu o FC Porto em jogo a contar para a vigésima Terceira jornada da Liga. No final do encontro verificou-se a vitória dos dragões por 0-2.

O FC Porto entrou em campo sabendo que para continuar líder teria, forçosamente, de ganhar na Choupana. Vítor Pereira não pôde contar com o contributo de Hulk - que cumpriu castigo – e fez entrar para o seu lugar Cristian Rodríguez; para o lugar de Fernando – que saiu lesionado no jogo frente à Académica – entrou o belga Defour. Posto isto, vamos ao jogo.

O Nacional entrou determinado a dificultar o jogo dos dragões, e durante os primeiros 15 minutos conseguiu. Mas Otamendi, na sequência de um livre, foi o responsável pela resposta portista à entrada dos Madeirenses. E, ao minuto 21, Janko activou o marcador, o avançado aproveitou da melhor forma um mau corte de um defesa do nacional que bateu em Álvaro Pereira. Dois minutos antes, Lucho tinha rematado com perigo. Ao minuto 34, o FC Porto ficou próximo de ampliar a vantagem, mas Rolando rematou por cima da barra. Cristian Rodríguez, ao minuto 40, também esteve próximo de marcar, mas o remate acabou por sair ao lado.

No início do segundo tempo o FC Porto beneficiou de duas boas oportunidades de golo, uma protagonizada por James e a outra por Janko. Entretanto o Nacional foi à procura do golo do empate, mas o guarda-redes do FC Porto respondeu sempre presente às situações mais complicadas. Ao minuto 86, o FC Porto voltou a ter dupla oportunidade de golo, no seguimento de um livre, cobrado por James, Maicon e Rolando cabecearam ao poste. O Nacional continuava à procura do golo do empate, mas foi o FC Porto quem conseguiu marcar. João Moutinho iniciou um contra-ataque que james tentou concluir, mas quem acabou por marcar foi Alex Sandro, o brasileiro aproveitou da melhor forma uma defesa incompleta do guarda-redes nacionalista.

Com esta vitória o FC Porto mantêm-se na liderança do campeonato.

2 – Análise

Foi uma vitória sofrida, mas foi uma vitória, o FC Porto soma mais três pontos e aconteça o que acontecer é líder. Que dizer do jogo? Não foi mau mas podia ter sido muito melhor. O Nacional deu luta o que tornou as coisas mais complicadas. Eu não esperava um jogo fácil, porque na Choupana os jogos raramente, muito raramente, são fáceis e este não seria excepção. O FC Porto sofreu mas soube sofrer, para ganhar os jogos também é preciso saber sofrer. Na minha opinião, a primeira parte foi um pouco melhor que a segunda, pelo menos foi menos sofrida. Grande Helton, mais uma vez foi grande a salvar … E quanta falta faz o Fernando … espero que no próximo jogo já esteja disponível. Se me permitem, deixo aqui umas linhas da crónica do jogo do site do FC Porto, reflecte exactamente o que eu penso. “No Sítio da Choupana, localidade onde se encontra o estádio do Nacional e onde por vezes o nevoeiro é de cortar à faca, muitas equipas poderosas caem. Esta sexta-feira, o FC Porto teve de sofrer para bater os madeirenses, por 2-0, com golos de Janko e Alex Sandro, ao cair do pano. Numa partida em que os Dragões apelaram mais à alma do que à técnica, garantiu-se o mais importante: os três pontos e a liderança da Liga. Alguém esperaria vencer na Madeira sem sofrimento? A luta pelo título continua em Paços de Ferreira (domingo, 25/03, 20h15), na Mata Real, outro terreno complicado. Provavelmente, será novamente necessário um jogo de esforço e períodos de menor beleza estética. Porém, o que mais interessa é chegar ao fim na frente: esta missão está cumprida, venha a próxima. Faltam sete "finais".” Nem mais…

E, para finalizar, resta-me acrescentar que: eu estive lá …

quinta-feira, 15 de março de 2012

Convocados Para a Vigésima Terceira Jornada da Liga

Aqui está a lista de convocados de Vítor Pereira para o desafio da vigésima terceira jornada da Liga, frente ao Nacional.

Helton, Bracali, Lucho, Maicon, Álvaro Pereira, João Moutinho, Cristian Rodríguez, Kléber, Rolando, James, Sapunaru, Mangala, Alex Sandro, Iturbe, Janko, Otamendi, Defour e Mikel.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Vítor Pereira em Antevisão da Vigésima Terceira Jornada da Liga

Aqui está a antevisão de Vítor Pereira do jogo da vigésima terceira jornada da Liga, frente ao Nacional.

“"VAMOS TER DE ESTAR NO NOSSO MELHOR"

Na luta pelo título, o FC Porto tem pela frente um obstáculo duro de roer. A Choupana, terreno do Nacional, oferece dificuldades a qualquer equipa, pelo que, na sexta-feira (19h00), os Dragões vão ter de estar num nível alto para vencer. Em conferência de imprensa, Vítor Pereira garantiu que os portistas não vão repetir os erros cometidos na recepção à Académica.

Como perspectiva a partida frente ao Nacional?

É um jogo fundamental, em que queremos os três pontos. Sabemos que a Choupana não é um terreno fácil para qualquer equipa. Vamos ter de estar no nosso melhor para vencer.

Como é que a equipa trabalhou durante a semana?

Trabalhou bem. Reflectimos sobre o jogo com a Académica, tirámos ilações e vamos tentar rectificar o que não fizemos bem.

Sente que a equipa está comprometida com a luta pelo título?

Quem defende estas cores tem de estar comprometido em cada jogo, treino e momento de vivência do clube.

Como reagiu a equipa ao facto de ter dito que ela se “pôs a jeito” para perder pontos?

Podia ter ido pelo caminho mais curto, que é o da arbitragem. Vamos jogar com o Nacional sem o Hulk, de uma forma injusta. Não optei por esse caminho, mas sim por olhar para dento e para o que não fizemos tão bem. Já vimos e revimos o jogo e percebemos até onde foi o nosso demérito e o mérito do adversário. As ilações estão tiradas e fizemos o nosso trabalho semanal para rectificar os erros. Vamos fazer um jogo diferente na Choupana, de certeza.

A margem reduzida de um ponto de vantagem condicionou o trabalho? Sentiu os jogadores abalados?

Não. Este ponto de diferença reflecte a competitividade do campeonato. É uma distância curta, que impõe que estejamos atentos, concentrados e focados no jogo seguinte. Se estivéssemos a cinco pontos do primeiro lugar estaríamos na mesma focados no Nacional, assim como não demos nada por garantido quando tínhamos três pontos de vantagem. Temos de jogar sempre com o sentido na vitória, essa é a nossa obrigação.

Qual a razão desta inconstância de resultados, que resultou num empate em casa depois da vitória na Luz?

As outras equipas também vão falhar. O FC Porto jogou com o Benfica e depois com a Académica, não são jogos comparáveis em termos de dinâmica e da forma como as equipas se posicionam. Sabemos que não estivemos ao melhor nível frente à Académica, nomeadamente na primeira parte. Temos de fazer um jogo completo de qualidade e é natural que quando isso não acontece se percam pontos. Mas eu não quis dizer que os jogadores não quiseram, apenas que não conseguiram. A Académica é passado e o que nos interessa é o próximo jogo. Não éramos campeões com três pontos de vantagem e o campeonato também não estava perdido há três ou quatro jornadas atrás.

De que forma olham para as últimas oito jornadas, face à hipótese de não existirem descidas de divisão?

É de uma enorme irresponsabilidade querer argumentar de alguma forma a favor da justiça de uma decisão dessas. Só se se quiser um campeonato da mentira. Nem me passa pela cabeça essa possibilidade.

Dadas as ausências de Hulk e Fernando, como vai preparar a equipa?

Lamentamos essas baixas, mas quem entrar em campo vai fazer um bom jogo e dar a resposta que esperamos.

Como viu reacção do Rolando quando ele foi substituído, frente à Académica?

O que está na essência dessa atitude tem a ver com a vontade do Rolando querer ajudar a equipa e ter sido retirado numa altura daquelas. Em relação à forma como se reage, estou aqui para frontalmente falar com o jogador e equipa. A situação está ultrapassada. Quem anda no futebol sabe que a reacção do momento, muitas das vezes, nem sequer transparece o que sentimos por dentro.

O FC Porto tem vantagem em, pela segunda semana consecutiva, jogar antes do Benfica?

Sinceramente, penso que não.”

Em

www.fcporto.pt

domingo, 11 de março de 2012

FC Porto, Equipa Bipolar?

Não escrevo este texto com a finalidade de criticar quem quer que seja, escrevo sim para tentar perceber o que é que se passa afinal com este plantel.

Como é possível esta equipa, na semana passada, ter feito o jogo que fez na Luz, ter mostrado a garra que mostrou e esta semana foi o que se viu, nada de garra, nada de velocidade, uma apatia imensa. O que é que se passa? O treinador é o mesmo da semana passada, os jogadores também. Porquê a mudança de atitude? Será este FC Porto uma equipa bipolar? Será excesso de confiança? Será ansiedade por jogarem perante os seus adeptos? O que quer que seja todos juntos, equipa técnica e jogadores tem de perceber o que é que está a acontecer e como contrariar a situação.

Se na semana passada Vítor Pereira esteve muito bem nas substituições que fez esta semana já há quem diga que não esteve bem. É verdade que por vezes ter mais gente no ataque não é sinónimo de eficácia, mas o treinador tinha de fazer qualquer coisa, tinha de arriscar. Já vi em comentários noutro blog, pessoas que sugerem retirar Lucho da equipa e passar James para o meio. Não sei se essa é a solução para que as coisas voltem a correr melhor dentro de campo, o que sei é que Vítor Pereira tem forçosamente que fazer alterações no onze no próximo jogo. Em relação a Lucho, se é verdade que Lucho não tem vinte anos, também é verdade que não precisa de os ter para pensar o jogo. Se lucho não está a jogar no lugar onde prefere, a verdade é que não deverá estar longe dele e é algo que terá, julgo eu, solução. Logo, não concordo que o argentino salte para o banco. Quanto a James,, como ontem referi, no meu post sobre o jogo: » na minha opinião o jovem colombiano agarra melhor o jogo quando entra no meio do mesmo, talvez a titularidade pese demasiado. É algo que o jogador tem de ultrapassar, mas que ultrapasse rápido, porque entretanto o FC Porto precisa dele.» É inegável que James tem qualidade, mas também já não é a primeira vez que o colombiano é titular e não consegue ser tão influente como quando entra no meio dos jogos. Será melhor James continuar a ser o trunfo de Vítor Pereira? Com toda a sinceridade, eu prefiro que James continue a ser o trunfo do treinador e que ao entrar ajude a equipa. E a razão já a expliquei anteriormente.

Depois de escrever tudo isto, sobram as seguintes perguntas. Qual é então o problema? E a solução? Infelizmente não tenho resposta nem para uma nem para outra pergunta, o que sei é que vou continuar a apoiar e a acreditar que é possível revalidar o título. Afinal o FC Porto é líder isolado e por isso, continua a depender de si próprio. O que não pode voltar a acontecer é dar minutos ao adversário, não pode acontecer mesmo, porque assim o dragão arrisca-se a ser penalizado. E o pior é que é autopenalizado. Como acredito que no Dragão ninguém é masoquista, eu acredito que esta equipa é capaz de mais e melhor do que aquilo que ontem apresentou. E digo que acredito, porque na semana passada foi capaz, logo, numa semana não se deixa de saber jogar… e por isso na Sexta estarei na Choupana a apoiar incondicionalmente, com receios, é verdade, mas a apoiar sempre. Sinceramente, digo que tenho receios, mas não temo as opções do treinador, temo a atitude dos jogadores.

sábado, 10 de março de 2012

Crónica e Análise: FC Porto 1 – Académica 1

1 – Crónica

FC Porto Empata, Mas Mantêm Liderança Isolada

No início de noite deste Sábado o FC Porto recebeu no Estádio do Dragão a Académica, em jogo a contar para a vigésima segunda jornada da Liga. No final do encontro verificou-se um empate a 1.

O FC Porto voltou a casa, depois de na jornada passada ter recuperado a liderança isolada no campeonato. E, do outro lado, Pedro Emanuel visitou uma casa que tão bem conhece. Em relação ao onze apresentado na passada semana na Luz, Vítor Pereira deu a titularidade a Sapunaru e a James. Vamos aos acontecimentos do encontro.

O FC Porto entrou tarde no jogo, a lentidão dos portistas fez com que a Académica pusesse em campo a sua estratégia com tranquilidade. Ainda no primeiro tempo Vítor Pereira foi obrigado a fazer entrar Defour para o lugar de Fernando, devido a lesão. Mas nada mudou, o FC Porto continuava lento, sem ideias, sem inspiração, sem chama, sem soluções para chegar à baliza da Académica. E perto do intervalo, minuto 39, os estudantes activaram o marcador.

No segundo tempo o FC Porto tinha de alterar o rumo dos acontecimentos e, por isso, Vítor Pereira arriscou ao retirar Rolando para fazer entrar Kleber e Sapunaru para fazer entrar Djalma. Os dragões começaram a criar mais perigo junto da baliza da briosa, mas sem eficácia. João Moutinho esteve próximo do golo na cobrança de um livre, mas a bola embateu na barra. Janko também esteve próximo de festejar. Mas é de salientar que ficou uma grande penalidade por assinalar falta sobre Hulk, em vez disso o brasileiro viu amarelo que o impede de jogar a próxima jornada. Já próximo do final do desafio, minuto 90, os portistas beneficiaram de uma grande penalidade que Hulk encarregou-se de a converter e empatar o encontro.

Com este empate o FC Porto permanece na liderança isolada do campeonato, um ponto à frente do Sporting de Braga, que já jogou e venceu.

2 – Análise

Não houve nota artística nem vitória. Eu não estava à espera de um jogo fácil, mas o maior problema foi o FC Porto ter chegado tarde ao jogo e isso é algo que não pode acontecer a uma equipa que quer ser campeã. Acho que começo a perceber porque é que o James funciona como trunfo para Vítor Pereira. É que na minha opinião o jovem colombiano agarra melhor o jogo quando entra no meio do mesmo, talvez a titularidade pese demasiado. É algo que o jogador tem de ultrapassar, mas que ultrapasse rápido, porque entretanto o FC Porto precisa dele. E que dizer mais? Uma primeira parte lenta, terrivelmente lenta. Uma segunda parte mais rápida, mas sem eficácia. Hulk, depois de ter falhado a grande penalidade frente ao Feirense, hoje voltou a converter um castigo máximo e como foi importante esse golo … Entretanto, aconteça o que acontecer até ao fecho da jornada, o FC Porto é líder isolado. E termino dizendo o seguinte: espero que o plantel aproveite os treinos desta semana para reflectir bem sobre este jogo para que não voltem a entrar tarde nos próximos, é que pode ser demasiado penalizador.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Convocados para a Vigésima Segunda Jornada da Liga

Aqui está a lista de convocados de Vítor Pereira para o encontro da vigésima segunda jornada da Liga, frente à Académica.

Helton, Lucho, Maicon, Álvaro Pereira, João Moutinho, Cristian Rodríguez, Kléber, Hulk, Rolando, James, Djalma, Sapunaru, Fernando, Alex Sandro, Janko, Otamendi, Bracali e Defour.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Vítor Pereira em Antevisão da Vigésima Segunda Jornada da Liga

Aqui está a antevisão de Vítor Pereira do jogo da vigésima segunda jornada da Liga, frente à Académica.

“VÍTOR PEREIRA: "ESTAMOS FOCADOS EM VENCER A ACADÉMICA"

Vítor Pereira quer bater a Académica para manter o FC Porto rumo ao "objectivo fundamental da época, que é vencer o campeonato". Alheio a polémicas, o treinador do FC Porto diz que não interessa dizer quem é o melhor, mas "sê-lo de facto".

Que lhe parece a polémica sobre o clássico da última jornada?

Quem ganhou o último jogo foram os jogadores e ponto final.

Como encara a recepção à Académica, que eliminou o FC Porto da Taça de Portugal?

Este jogo por todos os motivos deve-nos lembrar o jogo da Taça de Portugal. Uma Académica bem organizada, com bons jogadores. Uma Académica que vem para fazer o seu jogo, para dificultar a nossa tarefa ao máximo, mas temos um FC Porto que está determinado, concentradíssimo no objectivo fundamental da época, que é vencer o campeonato. Será fundamental entrarmos fortes e mantermo-nos fortes e bem focados, em estado de alerta, com muita confiança e com a confiança dos nossos adeptos, vencer e somar os três pontos.

Sentiu a equipa mais tranquila esta semana, após recuperar o primeiro lugar?

A equipa trabalhou esta semana exactamente da mesma forma, acreditando no título, como acreditávamos antes. Conscientes das dificuldades, mas muito confiantes, sabendo que o jogo se prepara durante a semana, com um ritmo forte de treino.

Qual é a equipa que joga melhor futebol em Portugal?

Em minha opinião a equipa mais forte será aquela que no final ganhar o campeonato. Os campeonatos não se ganham nem no início, nem no meio. Conscientes de um campeonato muito competitivo, o que nós queremos não é dizer às pessoas que somos os melhores, mas sê-lo de facto, no fim, vencendo o campeonato. É esse o nosso objectivo. Essa questão para mim é para embalar. Não queremos ser embalados.

Maicon foi muito criticado e você também, afinal onde ele rende mais, a lateral ou a central?

O Maicon nunca foi tão falado. Continuo a responder da mesma forma, acredito no colectivo e acredito no talento individual e acredito em decisões tomadas em consciência, sempre para o melhor da equipa.

Não acha grave um treinador dizer que um árbitro assistente não assinalou porque não quis?

Não vou comentar. Excelente jogo, resolvido pelo talento dos jogadores, só isso. Não sou eu que tenho de avaliar a gravidade.

Desde Janeiro houve várias mudanças, chegaram Lucho e Janko, pôs um adjunto na bancada, Paulinho Santos integrou a equipa técnica, o FC Porto recuperou a liderança. Em dois meses mudou muita coisa...

As reestruturações que fizemos foram no sentido de nos tornarem mais fortes e julgo que foi isso que aconteceu. O Janko veio trazer, a par do Kléber, uma presença forte nas zonas de definição. O Lucho veio trazer liderança, tem qualidades intrínsecas de liderança. O Paulinho porque achamos que precisávamos de uma pessoa com o perfil e a personalidade do Paulinho no seio do grupo. O professor Quinta porque achámos que era importante ter uma visão num plano diferente. Achamos que funcionaria melhor se tivéssemos alguém num plano superior. Foram reestruturações no sentido de nos fortalecer.

Como é que viu afastamento de Villas-Boas?

O afastamento do André é o afastamento de um amigo, que me entristece, depois de uma pessoa muito competente. Já conversámos, mas nesta altura julgo que o André quer estar resguardado, tranquilo, para rapidamente voltar ao activo.”

Em

www.fcporto.pt

terça-feira, 6 de março de 2012

Uma Vez Pinóquio, Sempre Pinóquio

Há coisas que nunca mudam, por muito que passe tempo, por muito que o FC Porto ganhe. Aqui fica o comunicado do FC Porto que denuncia mais uma mentira desse comentador fantástico que é o Rui Santos.

“O PINÓQUIO

A verdade desportiva de um mentiroso. Para Rui Santos dizer a verdade sobre o FC Porto é inversamente proporcional às nossas vitórias. Quanto mais ganhamos mais Rui Santos mente e se lhe crescesse o nariz a cada mentira que diz...

Do alto do púlpito que lhe oferece a SIC Notícias, Santos inventou agora que não houve controlo antidoping no jogo Benfica-FC Porto. Mentira. Mais uma. Houve sim senhor, os jogadores João Moutinho e Sapunaru foram controlados.

De resto, ainda na semana passada, como foi amplamente noticiado pela comunicação social, quatro jogadores do FC Porto foram controlados no final de um treino. O mesmo aconteceu após o jogo com o Feirense ou após ambos os jogos com o Manchester City, só para falar dos mais recentes.

O FC Porto orgulha-se de estar na primeira linha da luta antidoping, tem atrás de si um passado, no futebol e nas outras modalidades, que outros não podem exibir, e nunca deixará de desmascarar mentirosos que julgam assim beliscar as nossas vitórias.”

Em

www.fcporto.pt

segunda-feira, 5 de março de 2012

Entrevista de Maicon ao OJOGO

“"Somos melhores do que o Benfica"

ANDRÉ MORAIS

Ao terceiro ano no FC Porto, a primeira entrevista. MAICON não tem tiques de vedeta. O golo ao Benfica fê-lo saltar definitivamente para a ribalta e entender a dimensão do que é ser jogador do FC Porto. Vencer em casa do Benfica é um prazer especial, admite, e diz ter sido a prova em campo do estatuto de melhor equipa portuguesa que Jorge Jesus reclamou para a sua algumas vezes. Ele é também a prova de que a persistência pode vencer a crítica Maicon não hesita quando fala e assume sem rodeios sonhos que há alguns meses poderiam parecer brincadeira. Em estado de graça, contesta quem diz que a época não está a ser boa e defende com toda a força o clube que deseja, um dia, capitanear. O problema, garante, foi a fasquia colocada na época passada...

O golo ao Benfica foi o mais importante da sua carreira?

Sem dúvida. Valeu uma vitória que nos levou à liderança isolada e foi o meu primeiro num clássico. Vai ficar marcado na minha vida. Sonhei com isto durante toda a carreira. Estou numa fase excelente. Os meus colegas e os treinadores têm-me apoiado ao máximo e isso ajuda bastante.

Além dos golos, nunca tinha tido uma sequência tão boa de jogos. Este é também o seu melhor momento?

Acho que sim. Estou numa fase muito boa. Tenho feito boas exibições, não só eu como a equipa toda. Apanhei o FC Porto num momento crescente. A equipa está agora muito compacta e todos estão a ajudar.

Tem noção de que nunca foi tão consensual e famoso como agora?

Sim. Agora senti mesmo o que é ser jogador do FC Porto. Para um defesa é mais difícil ser estrela...

Jorge Jesus disse que o Benfica é a equipa que melhor joga em Portugal. Vítor Pereira acha que no final é que se vê. E a sua opinião, qual é?

Desde a época passada, e mesmo noutras anteriores, eles dizem que são os melhores. O FC Porto não tem de falar, mas sim trabalhar. Estamos a mostrar dentro de campo, e já ao longo de muitos anos, quem são os melhores. Acho que o FC Porto está num momento muito bom.

Considera injustas as críticas recebidas em determinada fase da época?

Pegaram um pouco pesado connosco. A equipa estava num momento de adaptação. Houve uma mudança de treinador, que ao longo do tempo foi acertando, e graças a Deus encontrou a equipa ideal. Ele está com o grupo e o grupo está todo com ele. As críticas são naturais, porque no ano passado fizemos uma época inesquecível.

Não concorda, então, que este FC Porto seja mais fraco que o da época anterior...

Não. Somos os mesmos. São fases. Nem sempre tudo dá certo. Há jogos difíceis e, por termos feito uma época tão boa no ano passado, os adversários estão mais preocupados connosco e jogam mais recuados. Isso prejudica-nos.

Sentem mais respeito dos adversários do que há um ano, é isso?

Sim. As equipas defendem do meio para trás e roubam-nos espaços. Isso prejudica o futebol da nossa equipa.

Depois desta vitória na Luz, criou-se uma grande euforia. O título está garantido?

O futuro só Deus sabe. Vamos dar o melhor e, se depender de mim, dos colegas e treinadores, os adeptos podem esperar muito trabalho. Depois desta vitória, só pensamos no título. Mas, como Hulk disse, temos nove finais.

E qual delas será mais complicada?

Todas. Não faço distinção. Todas as equipas terão receio do FC Porto, porque sabem que estamos num momento bom.

Na época passada o Maicon começou como titular, mas depois perdeu o lugar para Otamendi. Porquê?

Eu procuro fazer o meu trabalho. Não tinha perdido quando saí da equipa, mas respeito as opções do antigo treinador. Só tenho de lhe agradecer as oportunidades que me deu. Graças a Deus dei a volta por cima e consegui novamente o meu lugar.

Este ano aconteceu o mesmo...

É uma opinião do treinador. Ele tentou o melhor para a equipa. Eu continuei firme e a trabalhar até aparecer nova oportunidade. Quando chegou, agarrei-a com unhas e dentes.

Ao longo deste tempo nunca pensou em sair do FC Porto para jogar mais?

Claro que não! Mesmo não estando a jogar, o FC Porto sempre me apoiou bastante e acreditou no meu potencial. Isso foi fundamental.

A que se deveu a quebra entre a altura em que perdeu o lugar para Otamendi e o regresso às primeiras opções?

Também tive problemas fora de campo. Tive um divórcio muito conturbado e isso prejudicou-me. Além de várias lesões no tornozelo. Nada que me possa desculpar. Se joguei mal foi por minha culpa, mas, se não aconteceu o melhor, não foi por não querer. Porém, dizem que joguei mal na época passada e só perdi um jogo como titular. Dei a volta e agora, junto com a equipa, estamos em grande.

Mas o Maicon já foi um dos elos mais criticados. Como lidou com isso?

A crítica só me fez crescer e ajudou-me a chegar onde cheguei. Soube absorver as críticas e dei a volta por cima. As críticas vieram por bem e em nenhum momento fiquei chateado.

E Vítor Pereira, mereceu ser criticado?

Não, claro que não. Ele não teve culpa de nada. O futebol tem fases. Na época passada conquistámos tudo e claro que a cobrança agora iria ser maior. Está a fazer um bom trabalho e toda a gente vê que está a crescer a cada jogo.

Prepararam este jogo com o Benfica de forma diferente?

Não. Clássico é clássico, mas preparámos como qualquer jogo. Claro que tem um sabor especial...

O Benfica tinha uma vantagem de cinco pontos e os adeptos acreditavam que o título não lhes fugiria. Isso reforçou a vossa motivação?

Sem dúvida que nos ajudou e deu-nos mais ânimo para ir jogar lá. Há 12 dias eram líderes, com cinco pontos de avanço. Depois ficaram iguais e sabíamos que se ganhássemos teríamos três de avanço. Isso foi importante para nós.

Acredita que o FC Porto é mais forte psicologicamente do que o Benfica?

Com toda a certeza. Provámos isso dentro de campo.

Têm festejado muito na Luz. Acreditam que isso tem influência no Benfica quando recebe o FC Porto?

Todas as equipas têm medo de jogar com o FC Porto. Independentemente de ser casa ou fora. Todos respeitam o FC Porto.

Mas é capaz de ser um sítio muito especial para ganhar...

Com certeza. Sem dúvida que, nos últimos jogos, [o Estádio da Luz] tem sido um um lugar muito bom para festejar.

"Villas-Boas? Só pode ter sido culpa dos jogadores"

André Villas-Boas foi hoje [ontem] despedido do Chelsea. Surpreendido?

Sim, um pouco. Vivia um momento difícil, mas não podemos esquecer que é um excelente treinador. Teve um começo de carreira brilhante aqui no FC Porto. É um treinador e um amigo muito querido por todos. Tenho a certeza de que todos os portistas ficaram muito tristes com a notícia.

Como é que se explica que, depois de um ano tão bom no FC Porto, agora tudo lhe tenha corrido mal?

É como eu disse a propósito da época atual do FC Porto: há alturas em que as coisas simplesmente não correm bem. Ele tinha no Chelsea um plantel de nível mundial, com internacionais por seleções de nível superior. O treinador não tem culpa; os jogadores são os principais responsáveis. Se o Villas-Boas escolhe bem a equipa e tem grandes jogadores e as coisas não correm bem, então concluo que os jogadores têm muita culpa.

E gostava de voltar a trabalhar com ele?

Agora o Vítor Pereira é que é o meu treinador. Se voltasse a trabalhar com Villas-Boas, iria gostar de certeza. Mas não há porque pensar nisso. Dou-me muito bem com o Vítor, que é um homem sério e trabalhador. Não acho que faça sentido falar em Villas-Boas , ou num regresso, porque o Vítor Pereira está muito bem e não precisamos de um novo técnico. Independentemente do que fizemos na época passada, oatual treinador também está muito bem.

Admira Bruno Alves e Rolando e quer ser a próxima referência

Há quem compare Maicon com Pepe, mas é de Bruno Alves e Rolando que o brasileiro mais gosta entre os centrais que o antecederam no clube.

"Pepe só se for pela aparência, pois somos os dois carecas [risos]. Como jogadores somos diferentes. E eu não procuro espelhar-me em ninguém, apenas trabalhar para ser eu", frisou. "O Bruno Alves era um modelo para mim. Felizmente tive o privilégio de trabalhar com ele.

Mas o Rolando também é uma referência", revela, embora negando que seja ao seu lado que prefere jogar. "Desde que esteja entre os titulares, qualquer um serve", riu-se. No futuro, gostaria de usar a braçadeira de capitão e, à semelhança de muitos outros centrais do passado recente do clube, tornar-se um símbolo. "Espero ser o próximo a tornar-me uma referência. Vou dar o máximo para isso", garantiu.

Guerreiro inspirado no filme "300"

Além da religião, é no cinema que Maicon carrega baterias quando não está a treinar. Recentemente gostou de o "Cavalo de Guerra", de Steven Spielberg, mas é outro filme bélico que está no topo das suas preferências: "300." A película, realizada por Zack Snyder, conta a história de um pequeno exército de 300 espartanos que enfrentaram e venceram dezenas de milhares de guerreiros do Império Persa e prova a importância da união e a garra na disputa de qualquer batalha. É muito daí que vem a inspiração do portista e a imagem de guerreiro implacável quando está a jogar. Apesar da preferência, Maicon vê qualquer tipo de filmes.

"Ainda agora fico receoso antes de ouvir onde vou jogar"

É curioso que tenha recuperado um lugar a central depois de boas prestações a lateral. Foi uma surpresa essa adaptação?

Sem dúvida. Nunca tinha jogado a lateral. Jogar num clube de dimensão mundial, numa posição que não é a minha, foi uma surpresa muito grande. Mas estou à disposição para jogar em qualquer posição. Não tenho medo.

Foi sendo preparado para isso ou ficou completamente surpreendido quando Vítor Pereira comunicou a equipa em Olhão?

Fui tendo alguma preparação. Ainda agora, em todos os jogos, fico receoso antes de ouvir onde vou jogar [risos]. Mas o mais importante é jogar...

Não parece gostar de ouvir o treinador dizer que vai ser lateral...

Gosto. Estar entre os onze do FC Porto é sempre uma satisfação muito grande.

Que lhe disse Vítor Pereira, quando lhe comunicou pela primeira vez essa decisão?

Perguntou-me se estaria à disposição para ser lateral e eu respondi: 'Claro. Sou profissional, tenho contrato e o que você precisar de mim, pode contar. Darei o máximo para ajudar.'

Hoje já se sente um lateral ou ainda acha estranho aquele espaço?

Eu sou central. Mas, se me colocarem a lateral, faço com muito orgulho e darei o melhor.

Não lhe custa ouvir críticas pelo desempenho numa posição que não é a sua, sabendo que se está a sacrificar pessoalmente pela equipa?

Não acho que tenham sido injustos. Se acharam que joguei mal, é porque joguei mal. A partir do momento em que assumo a responsabilidade de jogar a lateral direito, tenho de ser lateral. Não me desculpo por não estar na minha posição. Eu sei que tentei sempre dar o melhor. Procurei defender mais do que atacar e fazer o que o treinador me pediu.

Ainda é muito difícil fazer a linha toda?

Claro. Estou acostumado a ficar atrás. Passar o tempo todo no flanco, ir e voltar, é difícil. Mas acho que até correu bem. Se tiver de ser, fico lá até ao final da época. Mas lembrando sempre que sou central, até porque como lateral não terei hipótese de chegar à seleção.

Um pastor pessoal guia-o no sucesso

Qual foi a primeira coisa que lhe veio à cabeça depois do golo ao Benfica?

Foi um momento marcante na minha vida e até já tinha comentado com a minha esposa que iria marcar. Mas foi de Deus que me lembrei imediatamente. Ele está presente em todos os momentos da minha vida. E pensei na vitória, pois faltava pouco tempo para terminar o jogo.

Já disse que agradeceu o golo a Deus. Agarrou-se também à religião nos momentos mais complicados da sua carreira?

Procuro muito Deus e, com tantos colegas em cima de mim, aquela foi a posição que encontrei para lhe agradecer o golo. Sem ele não estaríamos aqui nem seríamos ninguém. Acredito muito e rezo todos os dias. Aliás, tenho o meu próprio pastor evangélico.

Como assim? Um pastor "privado" ?

Não é bem privado. Ele tem uma igreja na Madeira. Chama-se Comunidade Evangélica da Ilha da Madeira. Conheci-o quando joguei no Nacional. Ajuda-me muito.

Ajuda-o como?

Vai a minha casa de 15 em 15 dias e lá fazemos o culto, mas falo com ele todos os dias por telefone. É uma pessoa que está muito presente na minha vida.

Em que consiste esse culto?

Falamos de tudo. Religião, Deus, vidas pessoais. É como se fosse um pai para mim. No culto, é aprofundada a palavra de Deus.

Ele disse-lhe alguma coisa especial antes do jogo com o Benfica?

Ele passa-me sempre muita energia. Ligo-lhe antes de todos os jogos para me abençoar. É uma pessoa muito querida.

Acredita que esse é o segredo da boa forma?

É o principal elemento desta minha fase, mas também o meu trabalho. Acho que mereço. Os meus companheiros e a equipa técnica também me passam energia positiva.

Há outros colegas a participar nesses cultos?

O Souza era o que mais participava. Em minha casa, geralmente, é só com a família, mas Fernando e Kléber também aparecem às vezes.

Teve direito a um insulto especial

Maicon reconhece que nunca foi tão famoso como agora e ainda durante a entrevista foi abordado por algumas pessoas que lhe fizeram questão de dar os parabéns. Aos autógrafos dados nos últimos dois dias perdeu a conta, mas há um insulto que não esquece. Uma benfiquista apanhou-o na rua e, depois de se queixar do golo em fora de jogo, ainda o mimou com um insulto valente. Maicon sorriu. Afinal, a reação devia-se ao facto de o FC Porto ter ganho...

"Tenho condições para jogar pelo Brasil"

A seleção brasileira é um objetivo assente na dimensão do FC Porto. "Quem joga aqui pode jogar em qualquer sítio", atira, ele, que olha para Hulk, Danilo, Alex Sandro e Kléber como exemplos de que o selecionador Mano Menezes está atento ao que acontece em Portugal. Mais do que um sonho, existe a real convicção de que não lhe falta valor para tal: "Agora estou numa fase boa e posso sonhar. Acho que tenho condições para jogar pelo Brasil. O FC Porto proporciona-me isso. Mas primeiro tenho de ganhar títulos e jogar sempre."”

Em

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