quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Balanço De 2010

No final de cada ano é sempre mais fácil fazer um balanço dos acontecimentos mais marcantes, e desportivamente este ano de 2010 foi recheado de casos.

Fevereiro
Depois da expulsão no túnel da Luz, ainda em 2009, Hulk e Sapunaru tiveram de esperar até saber qual seria o castigo, só o souberam em Fevereiro.

Março
O FC Porto chegou à final da Taça da liga, mas perdeu o troféu para o Benfica.
Neste mês o CJ da federação diminuiu os castigos aplicados, a Hulk e Sapunaru, que cumpriram jogos de castigo a mais.

Maio
O FC Porto viu o Benfica sagrar-se campeão, cinco anos depois. Os dragões acabaram por ocupar o terceiro lugar do pódio.
Neste mesmo mês os portistas venceram a Taça de Portugal.
Pinto da Costa foi reeleito.
Jesualdo saiu do FC Porto

Junho
Realizou-se, na África do Sul o campeonato do mundo, a Espanha foi a vencedora. Portugal não passou dos oitavos de final, caiu aos pés dos espanhóis.
André Vilas-Boas assinou contrato com o FC Porto, passando a ser o mais jovem treinador a orientar os dragões.

Julho
Surpreendentemente o FC Porto contratou João Moutinho ao rival Sporting.

Agosto
Rebentou o caso Queiroz.
Bruno Alves e Raul Meireles saíram do FC Porto depois de alguns anos de ligação.
Os portistas venceram a Supertaça cândido de Oliveira ao Benfica.

Outubro
Paulo Bento assumiu o comando técnico da selecção portuguesa.

Novembro
O FC Porto ganhou ao Benfica 5-0, um jogo a contar para o campeonato.

Dezembro
O FC Porto é campeão de Inverno, com oito pontos de avanço sobre o segundo classificado, o Benfica.
André Vilas-Boas renovou contrato com o FC Porto.


A todos os leitores deste blog desejo um 2011 em grande, com tudo o que há de melhor: paz, saúde, felicidade e que o FC Porto seja campeão!


No blog
www.artigosonlineanaandrade.blogspot.com
encontram o balanço de outros acontecimentos deste ano.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

“ANDRÉ VILLAS-BOAS RENOVA CONTRATO POR MAIS UM ANO

O treinador do FC Porto, André Villas-Boas, renovou esta terça-feira o seu contrato com o clube por mais um ano. A assinatura do novo vínculo, que decorreu
no Auditório José Maria Pedroto, no Estádio do Dragão, estende a ligação entre as partes até ao final da época 2012/13.

Foi o presidente dos Dragões, Jorge Nuno Pinto da Costa, quem anunciou a prorrogação do contrato, referindo que este gesto não deveria ser tornado público
«dentro de um gabinete», mas sim num espaço com o nome de José Maria Pedroto. Esteve ainda presente a restante equipa técnica, administração, órgãos sociais
e directores das várias empresas do FC Porto.

«Quando, no começo da época, apresentámos no nosso estádio o André Villas-Boas como nosso técnico, não foi um acto de coragem ou de arrojo. Conheço-o desde
os 15 anos, não era uma esperança, mas sim uma certeza. Só existe um voto de confiança renovando o contrato, alargando o tempo do vínculo. Esperamos que
seja apenas um dos muitos contratos que vamos renovar», referiu Jorge Nuno Pinto da Costa.

«Este é um voto de confiança e apreço pelo nosso trabalho, ainda para mais num dia especial para o presidente. Estamos a meio de um percurso longo e esperamos
chegar ao sucesso nesta época, a todos os níveis. É um privilégio para mim ter uma equipa técnica, médica e auxiliar desta competência. Espero conseguir
pô-la ao serviço do sucesso do clube. Continuaremos a acreditar no nosso compromisso com a vitória e a segui-lo passo a passo», afirmou André Villas-Boas.”

Em
www.fcporto.pt

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Helton Ao OJOGO

“"Villas-Boas mexeu com este grupo"

PEDRO MARQUES COSTA

Na primeira grande entrevista desde que é capitão do FC Porto, Helton falou do presente e do futuro, mas recusou-se a abordar a fundo algumas questões do
passado. Por exemplo, elogiou o novo treinador, André Villas-Boas, que diz ter trazido "mais liberdade" aos jogadores, mas nunca quis falar do último,
Jesualdo Ferreira. Quanto ao resto, destacou as qualidades do plantel, mas, mais do que isso, o espírito de grupo que impera no Dragão, tendo pegado em
Mariano para exemplificar a união no balneário. Sobre o campeonato, recusa-se a dá-lo como conquistado, mas sempre foi dizendo que viveu um dia memorável
na goleada sobre o Benfica.


Imagina-se a treinar, por exemplo o FC Porto, na próxima época?

Eu, a treinar o FC Porto? Essa é boa [risos]. De onde surgiu essa ideia?

É apenas uma brincadeira para sublinhar o facto de André Villas-Boas só ter mais um ano do que o Helton...

Bem, vou falar por mim. Quando tive a certeza de que ele seria o nosso míster, procurei colocar em prática os ensinamentos da minha família, que sempre
me ensinou a separar uma eventual amizade das questões profissionais. Isso significa que tenho de ter respeito pelas pessoas. Ele podia ser mais novo do
que eu ou poderia ter o triplo da minha idade que eu iria tratá-lo sempre com respeito. Aliás, nunca o tratei por André; sempre que me dirijo a ele, digo
"míster". E quando preciso de conversar com ele, muitas vezes na condição de capitão, bato à porta do seu gabinete e pergunto se posso entrar. Em nenhum
momento pensei na sua idade, mas sim na pessoa e na sua qualidade. Para além disso, ele tem ambição, respeita os jogadores e oferece-nos liberdade.

Curiosamente, muitos jogadores têm utilizado a palavra "liberdade" quando falam de André Villas-Boas. Isso significa que não havia liberdade com Jesualdo
Ferreira?

Eu falo apenas do André, do míster André...

E quais são as vantagens e as desvantagens de ter alguém tão novo a treinar uma equipa como o FC Porto?

Muitos poderiam ver a idade como uma desvantagem; eu, não. A idade muitas vezes não condiz com a mente. Existem pessoas mais velhas que muitas vezes não
conseguem ser respeitados pelos mais novos. Quanto às qualidades - e não quero com isto dizer que as pessoas mais velhas não são assim -, destaco a forma
como ele está sempre em sintonia com os jogadores, para além de conseguir passar mais rapidamente as ideias que tem. Se repararem, também não há muitos
velhotes no nosso plantel [risos]...

Houve alguma palestra emblemática de André Villas-Boas?

No final de todas as palestras que ele faz, os jogadores param para pensar. Podem ter a certeza de que não há nenhuma que não seja assim, e isso é óptimo.
Há uma coisa que este grupo tem: pensamento positivo. Nunca desistimos, mesmo quando parece que algo vai correr mal. Temos um grande espírito de grupo,
e ninguém está preparado para abrir mão disso.

Pinto da Costa afirmou, numa entrevista a O JOGO, que sentia a equipa acomodada e que a chegada de Villas-Boas também serviu para abanar com o grupo. Concorda?


[pausa prolongada] É verdade que o míster André mexeu com este grupo. Ele tem ideias e métodos bem diferentes daquilo a que estávamos habituados. Na vida,
temos de estar sempre à procura de novas formas de nos motivarmos. O incentivo passa por procurar algo diferente, mas sem fugir à base que, aqui no FC
Porto, são as vitórias. Já viram há quantos anos estou aqui no FC Porto? Esta será a minha sexta época... E, durante este tempo, já fui quatro vezes campeão...


Já agora, a saída de Bruno Alves, o capitão, fragilizou de alguma forma o balneário?

O Bruno sempre teve uma grande postura no clube, sempre demonstrou seriedade, empenho e prazer pelo que fazia. Era uma referência para muitos que cá estavam,
mas também para quem chegava. Se fragilizou o balneário? Não vemos as coisas desse modo. Sabemos que, se tivesse ficado, nos estaria a ajudar, mas aqueles
que cá estão conseguiram ocupar, e bem, o espaço do Bruno. Obviamente estamos sempre ao lado dos amigos, sobretudo daqueles que nos ajudaram a ser felizes,
mas entendo que ambas as partes têm de estar em sintonia. Nesse sentido, acredito que o que aconteceu foi bom para ele, mas também para o clube.

"Houve alturas em que um colega falhava um golo e a culpa era do Helton"

O facto de ser o capitão de equipa serviu para o incentivar?

Vou fazer uma retrospectiva da minha carreira no FC Porto. No primeiro ano, fiz 11 jogos e sofri apenas um golo, por sinal de penálti, mal assinalado, marcado
pelo João Tomás, na altura no Braga. Fiz um bom final da temporada, e a prova disso é que no ano seguinte mantive a titularidade. Foi passando o tempo,
e nunca tinha sido capitão, nem nunca tinha sido comentada essa possibilidade, nem tão-pouco tinha sido destacada a minha importância. Mesmo assim, nunca
deixei de trabalhar. Algumas vezes colocaram em causa o meu trabalho, quase sempre sem eu ter culpa. Aliás, e em jeito de desabafo, por vezes um colega
perdia um golo em frente à baliza e a culpa era do Helton. Mas pela minha personalidade e vontade de triunfar, por tudo aquilo que já passei no futebol
- e não falo apenas do FC Porto, porque também conquistei títulos no Brasil -, nunca deixei de acreditar nas minhas qualidades. Nos momentos mais difíceis
tive pessoas do meu lado que me ajudaram e que me diziam que, muitas vezes, algumas pessoas se esqueciam daquilo que eu já tinha feito. Voltando à pergunta
sobre se a braçadeira de capitão me incentivou... Posso dizer que falei com uma pessoa à qual disse o seguinte: "Muito obrigado, o senhor fez-me voltar
a gostar de jogar futebol..."

Mas quando foi isso? E quem é essa pessoa?

Isso não vou revelar....

Imagina-se a acabar a carreira no FC Porto?

Isso é um assunto interno... Ainda tenho 32 anos, mas porque não?

Falou-se recentemente da possibilidade de ir para o Fluminense. Gostava de regressar ao Brasil?

Bem, se fosse por vontade de alguns amigos, que são tricolores, de certeza que já lá estava [risos]. Mas tenho trabalho, contrato até 2012, sinto-me feliz
no FC Porto e tenho a minha família adaptada à vida em Portugal. Neste cenário, só ponderava o regresso se os dirigentes do FC Porto me dissessem que não
contavam mais comigo. Para já, a minha prioridade é o FC Porto e nem sequer penso no resto. É verdade que se comentou sobre a possibilidade de ir para
o Fluminense, mas nunca passou disso mesmo.

Pinto da Costa considerou-o o melhor guarda-redes em Portugal. Concorda? E se não concordar, quem é o melhor guarda-redes do campeonato?

Fico feliz por ele ter dito isso, ainda para mais vindo do presidente. Mas temos de reconhecer que, neste caso, a opinião dele é suspeita [risos]. Não me
considero o melhor; limito-me a trabalhar para ser o melhor. E não vou escolher ninguém, porque poderia falhar, apesar de considerar que tudo depende do
momento. Reconheço que estou a atravessar um bom momento, mas a equipa também me tem ajudado muito.

Mas o Helton também foi, por exemplo, um dos melhores jogadores em campo em Paços de Ferreira...

Lá está, estamos aqui uns para os outros. É o nosso espírito. Aqui não são o Hulk, o Falcao ou o Varela que têm dado o máximo; são o Hulk, o Falcao, o Walter,
o Ukra, o Castro, o Guarín, o Fernando, o Rolando, o Otamendi, o Maicon... Somos todos.

Vítor Baía afirmou que a melhor época do Helton foi quando ele ainda estava no FC Porto. Concorda?

É verdade que tive uma época brilhante quando ele esteve aqui. Foi uma pessoa que me ensinou a gostar do FC Porto, a lutar pelo FC Porto, que me fez ver
muitas coisas. Ele, o Jorge Costa, o Pedro Emanuel... Estou muito grato por aquilo que aprendi com eles e não posso deixar de concordar que vivi uma grande
época quando ele cá estava. Mas agora pretendo fazer ainda melhor. E isso depende de mim.

"Não ouvi o apito de Elmano Santos"

Ouviu o apito de Elmano Santos no penálti no jogo com o Setúbal?

Ainda estou para perceber o motivo pelo qual vi um cartão amarelo nesse jogo... Houve uma substituição na nossa equipa, num canto contra nós, mas o árbitro
não deu tempo para o Sapunaru - que estava a entrar - chegar até à nossa área. Nunca tinha visto nada assim, e limitei-me a perguntar-lhe porque não o
deixou posicionar-se na nossa área. Vi um amarelo por isso, sendo eu o capitão.

E no lance do penálti, ouviu o apito?

Não ouvi apito nenhum. Sinceramente.

"Goleada ao Benfica foi um momento memorável"

Directos ao assunto: a vitória no campeonato está próxima?

Ora bem, vamos fazer contas. Faltam 16 jogos e cada um vale três pontos... Ou seja, ainda não ganhámos nada. Este campeonato está muito competitivo e, como
já deu para perceber, qualquer equipa pode perder a qualquer momento.

Perguntado de outra forma: seria complicado perder o campeonato depois de uma primeira parte de temporada com apenas dois empates?

Temos a oportunidade de conquistar o título, mas não há jogos fáceis e os maus resultados podem suceder a qualquer momento. Já repararam que tem sido complicado
assistir a goleadas? Isso é a prova da competitividade do campeonato. Não há equipas fracas e já tivemos jogos muito complicados com clubes de menor expressão.
Felizmente, temos conseguido vencer, mas apenas porque estamos com um colectivo muito forte.

Na equipa que foi mais vezes utilizada, apenas o Moutinho não fazia parte do plantel da época passada. Afinal, a que se deve esta diferença de rendimento?


Confesso que não gosto de fazer comparações. Para mim, importa destacar os méritos desta equipa, embora reconheça que também podemos aprender com os erros,
de forma a não os repetir. Para além disso, teria de falar de pessoas que não estão actualmente no clube, e isso não quero fazer. O importante é falar
do presente, das pessoas que cá estão, do grupo actual - que é fantástico - e de tudo o que já conseguimos alcançar nestes primeiros meses de competição.


Tendo em conta os elogios, considera que este é o melhor grupo que encontrou no FC Porto?

Posso dizer que é um excelente grupo. Sem dúvida. Mas, cada um teve as suas virtudes e defeitos, não tendo sido por acaso que fomos tantas vezes campeões
ao longo dos últimos anos.

Qual foi o momento mais importante desta época?

Todos reconhecemos a importância de começar a temporada com uma vitória, sobretudo frente ao campeão da época passada, e isto apesar de encararmos todas
as equipas da mesma forma. Sabemos que há jogos e jogos, mas respeitamos todas as equipas, porque isso é um sinal de humildade. Costumo dizer que a humildade
não se aprende na escola, mas que vem do berço. E, felizmente, pode dizer-se que a humildade passou um pouco por todos os berços aqui do clube.

E qual foi o jogo mais difícil até ao momento?

Tivemos dois jogos muito importantes, não só pela dificuldades impostas pelos adversários, mas também pelo estado do relvado. Foi em Coimbra, frente à Académica,
e em Viena. Foram duas partidas muito complicadas, porque com aquelas condições climatéricas não conseguimos controlar todos os aspectos do jogo.

E nem sequer estava para jogar em Viena. Nessa partida, estava a preparar-se para assistir ao jogo sossegado no banco...

Bem, sossegados nunca estamos. Nem no banco, nem em casa, quando não somos convocados. Aliás, às vezes até é bem pior, porque a ansiedade é maior. De fora,
vemos coisas que lá dentro nem nos apercebemos que estão a acontecer. Mas voltando a esse jogo, acabei por jogar devido a uma infelicidade do Beto. Ele
queria muito jogar aquele jogo, para demonstrar em campo toda a dedicação que tinha vindo a colocar nos treinos. Foi uma situação chata para ele, mas também
para mim, porque tive apenas cinco minutos para aquecer... Felizmente, correu tudo bem e conseguimos uma vitória importante.

E o jogo mais fácil, esta temporada, foi frente ao Benfica para o campeonato?

Fácil? Não, de maneira nenhuma. Não há jogos fáceis. Nesse encontro, limitámo-nos a não complicar e se marcámos tantos golos foi graças ao nosso empenho
e qualidade. Mas, reconheço, foi um jogo memorável. Nunca o FC Porto tinha vencido o Benfica por aqueles números em jogos do campeonato...

Foi um momento de afirmação da superioridade do FC Porto no campeonato?

A equipa tem demonstrado um espírito muito bom. O grupo está em sintonia, mesmo aqueles que são menos utilizados ou até os que não são utilizados. Aliás,
tenho de destacar o caso do Mariano que, por uma infelicidade, não foi inscrito para a primeira fase da época. As pessoas não sabem, mas o que ele tem
feito é algo de verdadeiramente impressionante. Ele é um companheiro, um amigo, e a atitude dele no dia-a-dia tem sido impressionante, até pelo que ele
representa no balneário. E estes actos servem para explicar muito do que se passa este ano, porque ele nem sequer tem jogado.

Conhece Dublin?

Não conheço, mas conto lá ir [risos]...

Mas então o FC Porto é mesmo candidato a vencer a Liga Europa?

Estamos a fazer o nosso trabalho e o melhor é deixarem-nos quietinhos, no nosso canto, a fazer o nosso trabalho. Lá mais para a frente se verá se somos
ou não candidatos. Uma coisa é certa: temos os nossos objectivos e no FC Porto pensamos sempre em grande.

"Roberto? Temos de gostar do que fazemos"

Considera o Roberto, do Benfica, um bom guarda-redes?

Não falo dos meus colegas de trabalho...

Faço então a pergunta de outra forma: é complicado para um guarda-redes sobreviver às críticas, tal como aconteceu com o Roberto no início da época?

E como aconteceu comigo no passado... É complicado. Muito complicado. Temos de gostar muito do que fazemos, porque, caso contrário, fica muito difícil superar
determinadas situações.

E como se dá a volta a esses momentos?

Com trabalho. Não há outra forma. Não adianta pensar que chegamos a casa, fazemos um chazinho e que tudo vai melhorar. Não é assim que acontece.

E foi muito difícil reagir aos golos sofridos, por exemplo, frente ao Chelsea e Atlético de Madrid para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões?

Se tivermos a consciência tranquila de que fizemos o nosso melhor, não ficamos muito afectados, independentemente de quem critica. Aliás, às vezes essas
críticas dão moral e ânimo, dependendo de quem vem... Se vierem de algumas pessoas... Bem, aí é que vai dar vontade de trabalhar ainda mais. Pensamos:
"Ai ele não gostou do que eu fiz; legal, vou trabalhar ainda mais".

"Hulk vai acabar por se fixar na selecção"

A selecção do Brasil é um caso encerrado para si?

É complicado falar sobre isso. Cada treinador tem as suas ideias e nem todos confiam nos mesmos jogadores. É normal. Sinceramente, nunca me preocupei com
a selecção. E quando digo preocupar, estou a querer dizer que nunca foquei aquilo como primeiro plano. Ou seja, a selecção foi e será sempre a consequência
do trabalho que faço no meu clube. Não adianta pensar na selecção se não estiver bem no clube.

Ficou surpreendido pelo facto de Hulk ter ficado de fora das últimas convocatórias?

Sou suspeito para falar, porque trabalho com ele todos os dias. É óbvio que temos de respeitar aqueles que vão no lugar dele, porque também são bons jogadores.
Apesar disso, acredito que o Hulk ajudaria muito esta selecção, tal como tem ajudado o FC Porto. Ele está em grande forma e, conhecendo bem a selecção
do Brasil, acho que é uma questão de tempo até se fixar em definitivo naquela equipa, até porque qualidade para isso não lhe falta.

Os remates de Hulk mas também de... James

Quem é o jogador do FC Porto que remata melhor? A pergunta parece ter uma resposta óbvia: Hulk. No entanto, Helton, que trabalha todos os dias com o plantel,
faz questão de acrescentar mais nomes à lista. "Ora aí está uma pergunta difícil... O melhor... Bem, com esta bola todos os remates são complicados. Se
piscar os olhos, já fui [risos]. Agora mais a sério: o Hulk, o Guarín, o Belluschi, o James... O James remata muito bem, cuidado com ele. Mas é complicado
escolher só um, porque todos têm uma maneira diferente de bater na bola. Uma coisa é certa: eles fazem-me a vida negra nos treinos", contou.

O agradecimento a Moutinho

A mudança de João Moutinho para o FC Porto apanhou de surpresa muitas pessoas ligadas ao futebol, mas Helton confessa que encarou a transferência com naturalidade.
"Sinceramente, não pensei nada de especial quando vi a notícia nos jornais. Depois, quando o encontrei pela primeira vez, limitei-me a dizer-lhe que se
precisasse de alguma coisa, estaria aqui para o ajudar. Nada mais." Apesar disso, o guarda-redes reconhece que não existe a tradição de haver trocas de
jogadores entre os grandes, muito menos um capitão de equipa. "Sim, sim. Eu sei disso. Mas aconteceu e ainda bem para nós. Foi uma grande contratação e
já tive a oportunidade de lhe agradecer pessoalmente por ele ter vindo para o FC Porto."

O sonho da música e as brincadeiras no balneário

Helton realizou um sonho: no passado dia 13, apresentou, em plena Casa da Música, o novo CD do seu grupo musical, Ministério Shalom, perante cerca de 500
convidados, entre os quais a quase totalidade do plantel do FC Porto. "Foi um grande dia para mim e confesso que fiquei surpreendido por terem ido todos.
Caramba, foi mesmo muito bom, ainda mais sendo a realização de um sonho. Houve até amigos que mudaram o dia das suas viagens para me irem ver. Foi fantástico".
E no balneário, qual foi a reacção no dia seguinte? "Bem, tive de aguentar as brincadeiras do costume. Houve até quem dissesse que o bombo já estava ensinado
[risos]".”


Em
www.ojogo.pt

sábado, 25 de dezembro de 2010

Pinto da Costa ao OJOGO

Em dia de Natal, deixo aqui um presente para os leitores deste blog, a entrevista de Pinto da Costa ao OJOGO.


“"Quem está na sua cadeira de sonho dificilmente aceita trocá-la"

MANUEL TAVARES E JORGE MAIA

Pinto da Costa não ganha sempre. No dia em que recebeu O JOGO no seu gabinete no Estádio do Dragão, tinha acabado de perder Pôncio Monteiro. "Um amigo de
todos os dias e de todas as horas", confessou com a mesma emoção que coloca no discurso sempre que fala do FC Porto, que ambos defenderam lado a lado.
Pinto da Costa não ganha sempre, mas não se consegue habituar a perder, e é por isso que aposta em voltar a ganhar tudo esta época. O campeonato e a Taça,
claro, mas também a Liga Europa, até porque acredita que, depois de Viena, o FC Porto pode voltar a ser feliz em Sevilha. Para o conseguir, conta com "uma
grande equipa", mas acima de tudo com um treinador que conhece "desde sempre": "Sei quem bem quem é o André e o que ele vale." É por isso que o presidente
do FC Porto tem a certeza de que Villas-Boas vai ficar no clube para além dos dois anos que tem de contrato.


Que importância teve André Villas-Boas neste arranque de temporada do FC Porto?

Teve a importância que atribuo sempre a um treinador. Um treinador é sempre uma peça-chave em qualquer equipa. A escolha do treinador é uma responsabilidade
que sempre assumi precisamente por isso. Para que, no caso de correr mal, seja da minha responsabilidade. Creio que 50 por cento daquilo que conseguimos
até agora é mérito do André Villas-Boas e da sua equipa técnica, que é excelente.

Havia dúvidas em relação à juventude dele. Nunca as partilhou?

Não. Nunca tive dúvidas, até porque se tivesse, não o tinha contratado. Acho que um indivíduo aos 32 anos, que era a idade que ele tinha, ou é bom ou não
é.

Qual é a primeira qualidade que procura quando escolhe um treinador?

A primeira de todas é a competência, e essa associada à liderança e à coragem. O que mais me irrita num treinador é ter consciência de que devia fazer algo
e não o fazer porque tem medo. Conheço o André desde os 15 anos e sei que ele fará sempre o melhor para que o FC Porto vença.

Sublinhou que Villas-Boas é uma aposta pessoal. Sentiu resistências dentro da SAD à sua escolha?

Não. Todos sabem que não há nenhuma decisão aqui que não seja tomada por consenso. Há apenas uma excepção: eu escolho o treinador. Foi sempre assim. Foi
assim com o Jesualdo, com o Mourinho, com o Robson e com todos. Quero ser eu a assumir essa responsabilidade e quero que o treinador saiba que é uma escolha
pessoal. Neste caso, foi uma escolha sem risco, porque conheço o André desde sempre; sei quem ele é e o que vale.

O FC Porto desempenhou algum papel no fracasso das negociações entre o Sporting e Villas-Boas?

Não. Quando o André Villas-Boas teve um acordo com o Sporting assinado no Gerês, com a presença do dr. José Eduardo Bettencourt, o FC Porto não teve nada
a ver com isso. O FC Porto nessa altura estava ainda lançado para o pentacampeonato, e não pensávamos em substituir o treinador. Tomámos conhecimento de
que ele tinha um contrato-promessa, achei que era uma boa solução e cheguei a dar essa opinião ao presidente do Sporting. Depois, num jogo em Coimbra,
o presidente da Académica disse-me que devia optar por ele e que não existia compromisso com o Sporting, porque havia uma cláusula que não fora cumprida.
Só quando decidimos que o Jesualdo saía é que partimos para a escolha de um novo treinador. Nessa altura era do conhecimento público a rescisão do acordo-promessa
que ele teve com o Sporting.

Dois anos de contrato é suficiente para um treinador que é falado como hipótese para clubes como o Inter de Milão ou o Liverpool?

Qualquer indivíduo que ganha é falado. Para isso corresponder à verdade, são necessárias duas coisas: a vontade de alguém contratar outra pessoa, e a vontade
dessa pessoa de ser contratada. O André tem manifestado de forma categórica que - e a frase é dele - a cadeira do FC Porto é a sua cadeira de sonho, e
quando um indivíduo está no seu clube, dificilmente aceitará uma troca.

O facto de ser portuense e portista é uma qualidade para um treinador do FC Porto?

É, sem dúvida. Nestes 28 anos como presidente, tive muitos treinadores. Tive quase sempre treinadores altamente competentes, cem por cento profissionais,
mas que não tinham o coração azul e branco. Tirando o Pedroto, o Artur Jorge e o Oliveira, nos últimos anos não tive um treinador do FC Porto. O Villas-Boas
acompanhou os sucessos do clube e compreendeu, com o Robson e com o Mourinho, o que era preciso lutar para ter sucesso. Se é um apaixonado pelo clube,
não foi por isso que o convidei, mas é um acrescento na minha satisfação saber que escolhi um treinador pela sua competência, pelo seu carácter e pela
sua liderança e que, ainda por cima, ele é dos nossos.

Acredita que Villas-Boas pode bater o recorde de quatro anos de Jesualdo?

Acredito. Acredito numa coisa com a certeza absoluta, que é que ele vai fazer mais do que os dois anos de contrato que tem agora.

Apesar do interesse...

Apesar do interesse, seja de quem for. Aliás, admira-me é que haja tão poucos interessados.

Então vai renovar com ele?

Isso é algo para discutir mais adiante.

"Saídas? Temos é jogadores de topo a pedirem para voltar ao FC Porto"

Vai ser possível manter jogadores como Hulk e Falcao na próxima época?

Acredito que sim. O Hulk tem uma cláusula de 100 milhões e se alguém bater esse dinheiro, ele pode sair. Mas estou convencido de que para o ano poderemos
manter a estrutura da equipa actual.

Mas não há o risco de ficar com jogadores como Bruno Alves e Raul Meireles, que estiveram cá, mas tinham a cabeça noutro sítio?

Qualquer jogador tem objectivos. Os que jogam nos clubes mais pequenos querem jogar nos grandes, e os que jogam aqui sonham com o Barcelona e com o Real
Madrid. Mas posso dizer-lhe que não sinto vontade de sair em nenhum jogador. O que temos, e não quero mencionar nomes, é jogadores de topo a pedir-nos
para voltar ao FC Porto.

Disse que não há jogadores negociáveis durante a abertura de mercado em Janeiro. Nem Cristian Rodríguez ou Fucile?

O que eu disse foi que nenhum dos jogadores que o treinador considerar importantes sairá, seja por que preço for. Agora, se houver jogadores que não jogam
e aos quais faça bem rodar quatro ou cinco meses num clube diferente, poderemos analisar essas situações.

Não tem propostas concretas nesse sentido?

Há vários clubes interessados em um ou dois jogadores, mas ainda não definimos o que vamos fazer.

Há a hipótese de se proceder a algum reajuste do plantel pelo lado do seu reforço?

Não há. Há dois anos havia uma lacuna no lado esquerdo que hoje não há - não vejo melhor jogador que o Álvaro Pereira. Depois, com o meio-campo que temos,
também não é fácil ver que jogador poderia entrar no FC Porto. O Messi talvez conseguisse, mas não lhe podemos chegar...

No início da época falou-se na hipótese da contratação de Kléber, do Marítimo. Essa porta está fechada?

Completamente.

"Eticamente, a Liga está errada"

Como tem visto a actuação de Fernando Gomes na Liga de Clubes?

Acho que tem feito um grande esforço e, em termos administrativos e empresariais, a Liga está no bom caminho. Embora entenda que, eticamente, a Liga está
errada e o campeonato viciado. Qualquer empresa que entra no desporto como patrocinador, é para ganhar; parece-me mal que o patrocinador da Liga seja também
o patrocinador de um dos clubes concorrentes. Da mesma forma que a Revigrés quer que o FC Porto vença, que a Super Bock quer que o Sporting ou o FC Porto
vençam, também o patrocinador da Liga quer que o Benfica ganhe, e isso é eticamente reprovável. Aliás, quando fui presidente da Liga o engº Roque ofereceu-se
para a patrocinar com a Revigrés. Decidimos que sim, mas que o FC Porto teria de abdicar do patrocínio e arranjar outro patrocinador. Só que o engº Roque
disse que não abdicava do FC Porto e que desistia de apoiar a Liga. Penso que o que se passa agora é incorrecto.

Mas acredita que, considerando a dimensão do mercado português, há alternativa aos actuais patrocinadores?

Tem de haver - a Liga tem de os procurar. Agora, parece-me incorrecto que o patrocinador da Liga seja o mesmo de um dos concorrentes, porque corremos o
risco de viciar a competição. Acho que é eticamente incorrecto e já manifestei essa opinião junto de quem de direito.

Sente-se aliviado com a saída de Ricardo Costa da Comissão Disciplinar da Liga?

Quem se deve sentir aliviado são as vítimas das suas decisões. Já falámos no Hulk, que foi injustamente castigado com 17 jogos, quando devia ter cumprido
três. Imagino que seja um alívio para ele e para o Sapunaru, que nem sequer pôde jogar.

Jesualdo Ferreira disse que, mais do que as ausências, esse processo influenciou negativamente o estado de espírito do plantel. Partilha dessa opinião?


Partilho, porque, perante uma injustiça tão clara, tão unânime entre os juristas que consultámos, instalou-se um clima de revolta e de impotência perante
a inevitabilidade de jogar um campeonato que estava decidido à partida.

"Jesus é grande treinador e muito inteligente"

Jorge Jesus considerou anteontem os elogios que lhe dirigiu uma tentativa de dividir a família benfiquista, questionou a capacidade de Villas-Boas para
resistir à pressão e duvidou do êxito do FC Porto sem a ajuda de terceiros. Era a resposta que esperava?

Só tenho uma objecção: é que fico admirado por ele não considerar um jogo de pressão a final da Supertaça contra um campeão nacional em título. Aí fico
admirado; de resto, entendo perfeitamente. Essas declarações só reforçam o que disse: além de ser um grande treinador, é muito inteligente. Acho que o
único falhanço dele foi ter considerado jogos sem pressão os dois FC Porto-Benfica que já disputou, um até para a final de uma Taça.

"Fernando Seara a presidente, Eduardo Barroso como vice"

Fala-se de eleições para a FPF. Ainda recentemente se falava na hipótese de Fernando Seara avançar com Octávio Machado. Tem seguido essa corrida?

Não tenho, não. Acho que o presidente da Federação deve ter passado no futebol, obra feita no futebol. Ouvi há dias alguém dizer do doutor Fernando Seara
que é um homem do futebol. Não sei onde jogou, não sei onde treinou, não sei que clube dirigiu. Não sei se ir para a televisão falar de árbitros já define
um homem de futebol. Se for assim, proponho o Eduardo Barroso para vice-presidente, que ele também fala tanto de árbitros como o Seara. Mas o presidente
deve ser uma pessoa com passado e obra no futebol. E isenta. E quando digo isenta, é equidistante dos clubes. Alguém que assume as posições do Benfica
contra os outros, um indivíduo que é mandatário de campanha do presidente de um clube, acho que esse indivíduo não tem os requisitos de isenção para desempenhar
o cargo de presidente da FPF.

A recandidatura de Gilberto Madail seria uma boa solução?

O dr. Madail é simpatizante do Benfica, mas não há ninguém que não seja simpatizante de um clube ou de outro. Agora, não toma posições a favor de um lado
contra outros, não foi mandatário de ninguém em nenhum clube e, portanto, parece-me que esses requisitos, ele tem. Mas essa corrida não é nada comigo.
Acho é que o facto de alguém ser comentador na televisão não habilita essa pessoa para a presidência da FPF.

E quanto às eleições para a presidência da República, tem alguma posição?

Não tenho. Não devo tomar nenhuma posição. Enquanto presidente do FC Porto, não tenho posição, nem preferência, nem devo manifestar-me de qualquer forma.

"Paulo Bento conseguiu empatia com o povo"

Como analisa o trabalho de Paulo Bento na Selecção Nacional? E tem alguma explicação para a diferença de rendimento em relação a Carlos Queiroz?

O Paulo Bento está a fazer um bom trabalho, como o comprovam os três jogos que realizou. Conseguiu uma grande empatia com o povo, e o facto de ser um seleccionador
preanunciado pela comunicação social facilitou-lhe a vida e deu-lhe espaço para trabalhar à vontade e sem interferências. O trabalho do Carlos Queiroz,
não o acompanhei de perto e não sou capaz de o analisar.

Antes do anúncio de André Villas-Boas, falou-se na hipótese de Paulo Bento treinar o FC Porto. Essa hipótese foi real?

Não. Falei uma vez com o Paulo Bento quando ele ainda era jogador da Selecção. Nunca falei com ele enquanto treinador do Sporting e só voltei a falar muito
recentemente, quando ele já ocupava o cargo de seleccionador nacional. Nunca esteve em cima da mesa a hipótese de ele treinar o FC Porto, e sei que é absolutamente
falso que alguma vez tenha comprado casa no Porto ou inscrito as filhas num colégio da cidade. De resto, asseguro-lhes que não há nenhum treinador que
possa dizer que foi convidado pelo FC Porto a não ser o André Villas-Boas.

"Salgueiros e Boavista são vítimas de Rui Rio"

Como vê a situação dos clubes da cidade, em concreto o Boavista e o Salgueiros?

Vejo com tristeza, porque são dois clubes que marcaram uma época. O Salgueiros é um histórico da minha infância, e o Boavista não precisa de apresentações.
Ambos são vítimas do presidente da Câmara que temos. Tenho a impressão de que se isto acontecesse em Lisboa, já teria sido encontrada uma solução para
os seus estádios e para os seus problemas.

Curiosamente, o FC Porto tem prosperado com Rui Rio...

Temos prosperado porque, como nunca recebemos nada de ninguém, continuamos na mesma. A única coisa que o FC Porto recebeu dos anteriores presidentes foi
a deferência, respeito e atenção que deixou de receber com este. Não é o facto de se ser recebido na Câmara, de se vir aos jogos do FC Porto ou de se enviar
um telegrama a desejar felicidades que faz com que se ganhe ou perca. Mas é agradável. Um clube que ostenta o nome da cidade, que é seu embaixador em todo
o mundo, não ter o mínimo apoio e ser ignorado pela Câmara é uma coisa absurda, mas não é por isso que deixamos de ganhar.”

Em
www.ojogo.pt

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

A todos os leitores do meu blog, desejo um feliz Natal, com muita paz, saúde, felicidade e claro com presentes!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Faleceu Pôncio Monteiro

A família portista está de luto, pois ontem faleceu Pôncio Monteiro, um grande defensor do clube, um homem que nunca teve medo de dar a cara pelo FC Porto nem o corpo às balas, mesmo em situações complicadas.
Tenho a certeza que todos os portistas agradecem, ao SR. DR. Pôncio Monteiro, do fundo do coração, todas as vezes que defendeu o clube que tanto amou. E tenho também a certeza que não será esquecido.
À sua família as minhas condolências.
Que descanse em paz DR. Pôncio Monteiro

domingo, 19 de dezembro de 2010

Análise: Paços de Ferreira 0 – FC Porto 3

Terminar o ano com uma vitória
E vão 36 vitórias! E esta esteve meio complicada!
Estava à espera de um pouco mais, de qualquer forma, foi aceitável. Otamendi marcou o primeiro golo aos 11 minutos, outras vezes o segundo esteve à vista, mas não aconteceu. No segundo tempo a vantagem esteve em risco, mas Helton segurou a margem mínima. E, depois de fazer os portistas quase desesperar; pelo menos eu já estava a ficar um tanto ou quanto irritada com o facto do Paços estar a chegar perto da baliza portista com relativa facilidade, no entanto compreende-se que os pacenses tenham tentado atacar, já que estavam a jogar em casa e a bem dizer a lógica do futebol é ambas as equipas darem o melhor para tornar o jogo dinâmico. Mas o melhor é eu voltar ao jogo. Quase no final, apareceu a grande penalidade que deu origem ao segundo golo, Hulk foi o autor do mesmo e por fim, Walter fez o terceiro. Foi pena os dois golos não terem aparecido mais cedo.
E este ano de 2010 está desportivamente fechado e com mais uma vitória.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

FC Porto e Sevilha encontram-se nos dezasseis-avos

Hoje; na sede da UEFA, na Suíça; realizou-se o sorteio da Liga Europa. Sorteio que ditou o confronto entre o FC Porto e o Sevilha, cujo vencedor defrontará, nos oitavos de final ou os gregos do PAOK ou os russos do CSKA de Moscovo.
Assim, os dragões vão regressar a mais um palco de glória na sua história, o estádio onde em 2003 venceram a Taça UEFA.

Calendário de jogos:
Sevilha-FC Porto, 17 de Fevereiro, 20h05
FC Porto-Sevilha, 22 de Fevereiro, 17h00

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Análise: FCPorto 3 – CSKA Sófia 1

E vão 35 vitórias!
Este jogo já não mudava nada, a passagem à próxima fase já estava garantida e o primeiro lugar do grupo L assegurado. Por isso houve algumas mexidas no onze inicial, situação que já era de todo esperada.
Não vi a totalidade do jogo, quando entrei no carro o FC Porto marcou o golo, pelos vistos comecei a ouvir na hora h! Foi Otamendi a activar o marcador, praticamente a meio do primeiro tempo. No início da segunda parte os Búlgaros empataram, mas o empate não durou muito, Ruben Micael tratou de desfazer esse empate. Falcão voltou a falhar uma grande penalidade, ai, ai! as grandes penalidades e o colombiano parece que não se dão lá muito bem! E finalmente ao cair do pano James marcou o terceiro. Quase que as contas não ficavam por aqui. O jogo não foi nada assim de muito especial, mas não foi mau de todo.
Agora é esperar pelo sorteio de Sexta para ver quem será o próximo adversário.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Bicampeão do Mundo, A Seis Anos

Seis anos, faz hoje seis anos que o FC Porto sagrou-se bicampeão do mundo. Recordo-me perfeitamente desse jogo. Levantei-me cedo, preparei-me para sofrer um bocadinho, mas nunca pensei que fosse tão complicado. A bola teimava em não entrar, o tempo ia passando e o prolongamento aproximava-se. Até Vítor Baía deu-nos um grande susto. Depois vieram as grandes penalidades, mais uma grande doze de sofrimento. Confesso que já estava à beirinha do desespero, quando Pedro Emanuel acabou com aquele jogo. Nesse momento o sofrimento e os nervos deram lugar à festa e às lágrimas de alegria.
Vou sempre recordar este jogo como um dos jogos que mais sofri até hoje.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Análise: FC Porto 4 – Joventude de Évora 0

FC Porto nos quartos de final da Taça.
Infelizmente não pude ver o jogo na TV, nem acompanhá-lo, na totalidade, através da rádio, quando comecei a ouvir o FC Porto chegou ao terceiro golo minutos depois, até ao final ouvi-o. E é com base naquilo que ouvi, e na crónica do amigo Vila Pouca bem como a crónica do site oficial que digo que me parece que os dragões ganharam com toda a justiça. Falcão abriu o activo, João Moutinho; finalmente marcou com a camisola dos dragões; fez o segundo golo da noite, Álvaro Pereira elevou a vantagem para três e Walter fechou as contas do jogo.
Parece-me que perdi um jogo agradável.

PS.
Um recorde foi hoje batido, o FC Porto não perde à 34 jogos, esperemos que este número continue a crescer.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Análise: FC Porto 1 – Vitória de Setúbal 0

Vitória … contra o Vitória.
Depois de um jogo disputado num terreno super complicado, o FC Porto regressou a casa e ao campeonato português. Os dragões ganharam, mas não foi um jogo brilhante, como aliais já se esperava.
Infelizmente não pude assistir à primeira parte, e pelos vistos perdi o melhor, já que pelo que ouvi dizer a primeira parte foi melhor que a segunda. O que diga-se que não é totalmente estranho, visto que o jogo de Viena foi complicado, era de supor que durante a primeira parte as forças chegassem para fazer algo razoável. Hulk voltou a marcar, de grande penalidade, um golo que deu a vitória. No segundo tempo as forças baixaram e o rendimento também, o Vitória cresceu um pouco e criou alguns problemas, mas o FC Porto pareceu-me que nunca deixou de tentar contrariar esse ascendente sadino.
Este jogo não foi bom, acreditaremos que o próximo vai ser melhor.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Análise: Rapid de Viena 1 – FC Porto 3

Quanta neve!
Num palco de recordações imensas; para quem assistiu a esse grande feito que foi a primeira vitória do dragão na maior prova entre clubes da Europa, eu ainda não era nascida, mas pelo que já ouvi contar, foi um momento lindo; pois bem, o FC Porto voltou a vencer em Viena, desta feita para a Liga Europa.
É verdade, a neve dá sorte ao FC Porto, e hoje houve mais uma prova disso. Os dragões venceram o Rapid de Viena num campo de neve.
Não foi um bom jogo, mas também era difícil de o ser. Foram os austríacos a inaugurar o marcador, mas a persistência azul e branca conduziu os dragões para a reviravolta no marcador. Por um triz não se repetia o resultado de a 23 anos, mas Falcão quis aumentar ainda mais a vantagem.
Os jogadores do FC Porto foram enormes, grande prova de esforço foi aquela, mas saíram vitoriosos e isso compensa qualquer adversidade. Apenas vou destacar em particular Falcao, que não facilitou e marcou 3 golos, tornando-se no melhor marcador da prova.
Com esta vitória no gelo, os dragões consolidaram o primeiro lugar do grupo L da Liga Europa.
Apetece dizer:
Vai 3 copos de vinho do Porto? Sim, mas com muito gelo!