quinta-feira, 31 de maio de 2018

Um Olhar sobre o plantel 2017-2018


Depois de uma revisão da época; depois da carta aberta a Sérgio Conceição; é o momento de olhar para o plantel.
O plantel portista para a época 2017-2018 era considerado fraco e com poucas soluções, por isso o FC Porto partia como sendo o menos favorito dos três grandes a chegar ao título.
Guarda-redes
Casillas e José Sá foram os donos do lugar. O espanhol durante mais tempo que o Português, é certo, mas quanto a mim ambos cumpriram bem as suas funções. Contudo, durante aquele período em que casillas foi para o banco, sentia-se que a defesa tinha alguma falta de coordenação, talvez porque o entrosamento do quarteto defensivo com o guarda-redes não era o mesmo. A experiência faz toda a diferença.
Defesa
Costuma-se dizer que o melhor ataque começa na defesa e, de facto, isso pode ser uma grande verdade, sobretudo quando a defesa consegue ser consistente. A dupla de centrais Marcano e Filipe foi uma constante esta época, acompanhados por Alex Telles na lateral esquerda e Ricardo ou Maxi na direita. Reyes teve oportunidade de jogar algumas vezes, sobretudo quando Marcano ou filipe estavam indisponíveis. Osório chegou em Janeiro, fez apenas um jogo e não deixou boas recordações junto dos adeptos portistas. Não quero com isto dizer que o venezuelano é mau defesa, simplesmente faltou-lhe, talvez, ritmo de jogo e entrosamento e fez um jogo que não correu bem. Ricardo Pereira conseguiu impor-se na equipa. Maxi teve menos minutos de jogo, ainda assim, sempre que foi chamado cumpriu. Alex Telles é o nosso rei das assistências e um jogador consistente e importante para a equipa. Por isso quando, naquela segunda parte do jogo no Estoril, Alex Telles se lesionou, o nosso nível de preocupação disparou, isto porque era evidente a falta de soluções para a lateral esquerda. No entanto Sérgio Conceição conseguiu arranjar a solução para o problema, colocou a jogar Diogo Dalot no lugar do brasileiro e correu bem.
Meio campo
Sempre achei que este era o setor que tinha mais soluções, no entanto, havia uma posição, a de médio defensivo, que parecia-me ser mais complicado colmatar a ausência do titular absoluto. Desde que chegou ao FC Porto, Danilo é aquele jogador que é o pilar a meio campo e que é indispensável no onze e esta época não estava a ser diferente. Por isso, quando Danilo se lesionou com gravidade o nosso sistema de alerta de adeptos preocupados com a falta de soluções disparou, mas o tempo veio provar que não havia razões para tanta preocupação. É que Herrera e Sérgio Oliveira deram bem conta do meio campo. André André teve menos minutos de jogo esta época. Herrera protagonizou um dos momentos mais importantes do campeonato, o golo na Luz. Talvez por isso – e não só – o mexicano conseguiu, finalmente, cativar os adeptos portistas e terminou a época sendo ovacionado e ouvindo o seu nome cantado nas bancadas. Parece que finalmente passou de jogador que gostávamos de ver sair a jogador indispensável. Sérgio Oliveira foi surpresa no onze no Mónaco e foi uma boa surpresa, fez uma época interessante e teve um papel importante na equipa. Óliver teve esta época menos minutos de jogo, no entanto, ficou-me sempre a sensação que quando o espanhol entrava dava outras soluções à equipa. Otávio é um jogador que me deixa com a sensação que conseguia fazer mais e melhor.
Avançados
Os regressos de Marega e Aboubakar ao Dragão deixaram-nos (adeptos atentos e preocupados) muito reticentes. Mas não foi preciso muito tempo para que ambos nos provassem que estavam dispostos a serem jogadores importantes. Ambos marcaram golos (Marega foi o melhor marcador da equipa); ambos se lesionaram em diferentes momentos, deixando-nos preocupados com a indisponibilidade para jogar; e ambos terminaram a época a ouvir os seus nomes cantados pelos adeptos nas bancadas, como talvez nunca imaginaram que fosse acontecer. Brahimi foi aquele jogador de quem se espera tudo e que se sabe que num jogo é capaz de fazer coisas muito boas e coisas que nos vão deixar os nervos em franja, porque não tomou a melhor opção. Corona é aquele jogador que acho sempre que podia dar mais. Soares marcou golos e deixou muitos por marcar. Gonçalo Paciência regressou em Janeiro e, embora não tenha conseguido marcar, considerei o seu regresso como algo positivo.
Como já referi no post de revisão da época: Vou ter saudades desta equipa do FC Porto; vou ter saudades destes jogadores que deram tudo o que tinham e o que não tinham para conseguir este campeonato; vou fazer figas para que não saiam muitos, para que não seja necessário construir tudo do 0.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Resultados da Semana Azul e Branca


Futebol:
Juniores A – no sábado os sub19 receberam o Leixões, em jogo a contar para a 13ª jornada da fase final do campeonato nacional de juniores A. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 3-2, sendo os golos portistas apontados por João Mário (2) e Vítor Ferreira.
Juniores B – no sábado os sub17 deslocou-se ao terreno do Belenenses, em jogo a contar para a 4ª jornada da fase final do campeonato nacional de juniores B. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 0-1, com golo de Rafael Pereira.
Juniores C – no domingo os sub15 receberam o Benfica, em jogo a contar para a 8ª jornada da fase final do campeonato nacional de juniores C. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 0-1.

Andebol:
No sábado o FC Porto defrontou o Sporting, em jogo a contar para a meia final da taça de Portugal. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 30-21.

Hóquei:
No sábado o FC Porto recebeu a Oliveirense, em jogo a contar para a 24ª jornada do campeonato nacional. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 4-1.

Basquetebol:
Na sexta o FC Porto deslocou-se ao terreno do Benfica, no 1º jogo das meias finais dos playoffs da liga portuguesa de basquetebol. No final do encontro verificou-se uma vitória dos Dragões por 79-90.
No domingo os portistas deslocaram-se ao terreno do Benfica, no 2º jogo das meias finais dos playoffs da liga portuguesa de Basquetebol. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 77-75.


segunda-feira, 21 de maio de 2018

Carta Aberta a Sérgio Conceição


Caro Mister Sérgio Conceição,
Antes de mais, muito obrigada por ter feito o FC Porto campeão! Obrigada por, com essa conquista, possibilitar-nos festejar um título que há muito esperávamos e desejávamos!
Quando, no ano passado, começou a falar-se do seu nome para treinador do meu, nosso, FC Porto, confesso que fiquei com algumas dúvidas. Na altura, recordo-me de comentar com familiares portistas que não sabia se você seria a melhor opção. Veio depois a confirmação e a sua apresentação como treinador do FC Porto. Apesar de ainda não estar convencida, gostei do seu discurso na apresentação e, lembro-me perfeitamente, de desejar fortemente que em maio pudéssemos estar todos a festejar o tão desejado título que nos fugia há quatro anos.
A época começou e, confesso, aos poucos a minha opinião foi mudando. De repente dei por mim a acreditar que seria possível lutar pelo título, mesmo contra tudo e todos. O espírito à porto que você conseguiu incutir na equipa, tão visível nas rodas no final dos jogos - aquele momento imagem de marca deste seu FC Porto – conseguiu agregar a massa adepta, transformá-la num imenso mar azul que foi uma presença constante em casa e que acompanhou a equipa fora de portas. E eu também fui levada nessa maré. De facto esta época sentiu-se uma forte união entre todos e isso, para além de ser fantástico, bonito e incrível, esta época fomos todos Porto; é, claramente, mérito seu.
Por causa das condicionantes financeiras impostas pela UEFA, você viu-se obrigado a resgatar jogadores que tinham sido emprestados e que muitos de nós gostaríamos, seguramente, de os ver bem longe do Dragão, porque a ideia que tínhamos de alguns não era muito boa – estou a referir-me, por exemplo, ao Marega ou ao Aboubakar. Mas não, você conseguiu motivá-los, identificar os pontos mais fortes de cada um, potenciá-los e fez deles peças fundamentais deste xadrez azul e branco. Se em maio do ano passado alguém me dissesse que esta época o Marega iria ser importante para a equipa, que iria ser aplaudido por todos os adeptos, que o seu nome iria ser cantado a plenos pulmões nas bancadas do Dragão, que íamos quase rezar para que ele não se lesionasse quando o FC Porto mais precisava dele; garanto-lhe que não ia acreditar em tal coisa! Se me dissessem que Aboubakar iria voltar ao Dragão – depois de ter dito que nunca mais voltaria - e ser importante na frente de ataque; garanto-lhe que não ia acreditar em tal coisa! Se na mesma altura me dissessem que hoje estaríamos a clamar aos santinhos todos para que nenhum tubarão dessa Europa do futebol nos venha levar o Herrera, porque hoje sentimos que, de facto, ele é importante; garanto-lhe que não ia acreditar em tal coisa! Se no ano passado me dissessem que o Sérgio Oliveira haveria de ser importante na manobra da equipa; garanto-lhe que não acreditaria! Por isso, não é difícil atribuir-lhe o mérito. Hoje considero que qualquer um dos jogadores que referi anteriormente, mas não só, foram indispensáveis para a conquista do campeonato.
Mas sabe mister, nem sempre concordei com as suas opções. Ainda no último jogo da época não percebi porque retirou o Gonçalo do jogo para o substituir pelo Soares. Muitas vezes não percebi porque não jogava o Óliver, quando na minha cabeça parecia fazer todo o sentido que o médio espanhol jogasse. Sabe mister, algumas das suas opções, às vezes, pareciam-me teimosia, porque percebia-se perfeitamente que não ia dar certo, como aconteceu, por exemplo, em Paços de Ferreira ou no Restelo. Sabe qual foi o jogo que menos gostei da nossa equipa esta época? A 2ª mão das meias finais da Taça de Portugal. Sabe porquê? Porque nesse jogo em vez da equipa procurar reforçar a vantagem que trazia da 1ª mão, parecia querer proteger essa vantagem. Deu erro e lá se foi uma competição. E sabe mister, se eu pudesse, não teria tomado algumas das opções que você tomou nesse jogo. Mas que pretensão a minha, achar que as minhas opções seriam as melhores… não seriam, com certeza. Eu sei que falar no final é fácil, que faz parte os adeptos de bancada opinarem e acharem que teriam as opções certas. E eu não sou diferente, sou uma adepta de bancada que julga ter toda a teoria, aquém é fácil dizer o que faria se estivesse no seu lugar, porque de facto, na teoria tudo é fácil, permitido e resultaria na perfeição.
Sei que não foi fácil, nem sempre as coisas correram bem, mas o FC Porto é campeão! E isso podemos agradecer-lhe, porque você devolveu a alma a este Dragão; você pegou numa equipa composta por muitos jogadores que, apesar de quererem muito vencer, ainda não o tinham conseguido; capitalizou jogadores; e foi você que deu força ao imenso mar azul que formou uma simbiose perfeita com a equipa, que a empurrou, suportou e apoiou em todos os momentos, nos melhores e nos menos positivos. O mar azul que teve da equipa sempre a melhor resposta possível: procurar lutar dentro do campo por um título desejado.
Por isso, obrigada Mister!
Para o ano cá estarei para o apoiar, para o criticar construtivamente quando entender que o devo fazer (afinal de contas ser adepta de um clube também é isso), mas, sobretudo, para, tal como aconteceu esta época, sentir-me como parte importante e fundamental de um grande grupo que tem a missão de apoiar, empurrar e suportar uma equipa que queremos ver bicampeã!