1 – Crónica
Foram precisos nervos de aço…
No final de tarde desta Quinta o FC Porto deslocou-se ao
terreno do Eintracht de Frankfurt em jogo a contar para a segunda mão dos
16-avos de final da Liga Europa. No final do encontro verificou-se um empate a
3.
Para este encontro, Paulo Fonseca apostou em Maicon e Carlos
Eduardo para os lugares de Abdoulaye e Josué.
Os alemães entraram melhor em jogo, mas aos poucos os
dragões foram procurando responder à entrada dos da casa e procurando controlar
o encontro. No entanto, oportunidades claras de golo não surgiram logo. E ao
minuto 37 os alemães ativaram o marcador. E foi com o FC Porto em desvantagem,
no jogo e na eliminatória, que chegou o intervalo.
os dragões sabiam que tinham 45 minutos para virar a eliminatória
a seu favor. No entanto, o Eintracht ampliou o marcador, ao minuto 52, num
lance onde se voltaram a verificar erros defensivos. O terceiro golo dos da
casa esteve a vista, mas Varela não o permitiu, retirando a bola antes que esta
entrasse na baliza portista. E ao minuto 58, Mangala reduziu a desvantagem
portista. E, novamente Mangala, ao minuto 71 reestabeleceu a igualdade. Nesse momento
bastava um golo para que o FC Porto estivesse na fase seguinte da prova. No entanto,
foram os alemães a passar, outra vez, para a frente do marcador, ao minuto 76.
Mas Ghil´´as, ao minuto 86, voltou a empatar. Foi um jogo de nervos…
Com este resultado o FC Porto carimbou o passaporte para os
oitavos de final da Liga Europa, onde vai defrontar o Nápoles.
2 – Análise
Depois de na primeira mão o jogo ter terminado empatado, depois
do FC Porto ter deixado escapar a vitória, não se esperava que o jogo em
território alemão fosse fácil. Sabia-se que seria preciso o FC Porto conseguir
marcar, sem sofrer golos, ou na pior das hipóteses empatar a 3. A tarefa era
complicada, mas como na vida, no futebol também não há impossíveis. E, depois
de estar três vezes em desvantagem, os dragões empataram sempre e, dessa forma,
conseguiram um resultado que permite continuar em prova. O jogo foi
emocionante, pela constante alteração no marcador, principalmente na segunda
parte, pela crença e garra que os portistas deixaram em campo, contudo, não me
pareceu um grande jogo de futebol, daqueles que chovem oportunidades de golo
para ambos os lados. Mas o importante foi o FC Porto ter sido capaz de deixar em
campo força, garra e crença. E lá marcaram presença os já, infelizmente,
habituais, erros defensivos – alguém é capaz de me explicar como uma equipa se
esquece como se defende? É que eu ainda não consegui entender como é que se
desaprendeu tanto em tão pouco tempo. Enfim… Obrigada Mangala e Ghilás, pelos golos que permitem ao FC Porto seguir em
frente e obrigada ao Paulo Fonseca por não ter apostado em Ghilas apenas ao
minuto 85/87. Segue-se o Nápoles, não vai ser fácil, mas pensemos nisso na
altura própria. Agora o que importa é que o FC Porto conseguiu um importante
resultado na Alemanha e esperemos que com este resultado a motivação da equipa
renasça, porque tanto na vida como no futebol, não há impossíveis.
PS. Parte do meu FC Porto está de volta! Aquela parte em que
virar a cara à luta não existe!