Eis o excerto da entrevista de Chidozie à Revista Dragões de
Março, disponibilizado pelo site oficial do FC Porto.
““É UM ORGULHO PARTILHAR O BALNEÁRIO COM CASILLAS”
Central em entrevista à edição de março da revista “Dragões”
O ano mudou e tudo mudou na carreira de Chidozie. Começou a
época no FC Porto B, mas em janeiro foi chamado à equipa principal por José
Peseiro, que nunca mais prescindiu do nigeriano, campeão pelos Sub-19 na época
passada. “Chido”, como é tratado pelos companheiros, estreou-se nos grandes
clássicos do futebol português, na Luz, frente ao Benfica, e ajudou os Dragões
a vencer por 2-1. Na rubrica Lado B da edição da Dragões de março, o defesa
recorda esse jogo e a forma como “foi muito bem acolhido por todos” no
balneário que partilha diária e orgulhosamente com Iker Casillas.
Como é que se ajustou ao ritmo da equipa A, depois de alguns
meses a jogar pelo FC Porto B?
Para ser sincero, não senti grandes diferenças. Tudo é
profissional e o peso de representar a camisola é o mesmo. A intensidade é
maior, mas o trabalho que se desenvolve é semelhante.
Sentiu-se à vontade no balneário?
A partir do momento em que comecei a treinar regularmente
com eles, senti-me muito bem acolhido. O Herrera, por exemplo, brinca imenso
comigo; o Casillas também; o Brahimi e eu conversamos bastante... São todos
impecáveis. Aliás, no próprio dia do Benfica-FC Porto, deram-me muita força. O
Maxi alertou-me para o perigo dos movimentos dos pontas-de--lança do adversário
e disse que me ia apoiar. O Casillas ajudou-me a corrigir alguns movimentos.
São gestos que te fazem ter a certeza de que fazes parte do grupo.
Algum dia se imaginou a partilhar o vestiário com um dos
jogadores mais titulados de sempre, como é o caso de Iker Casillas?
Jogar na mesma equipa com o Casillas é um sentimento
fantástico. É um guarda-redes que todos conhecem, que já ganhou tudo, e é um
orgulho partilhar o balneário com ele.
Esta temporada, à data desta entrevista, já tinha
participado em cinco competições (Campeonato Nacional de Juniores A, UEFA Youth
League, Ledman LigaPro, Liga NOS e Taça da Liga), num total de 27 jogos e mais
de 2000 minutos. Conseguiu ajustar-se bem a cada uma delas?
Sim, sem problemas. Quero é jogar sempre, seja numa equipa
ou noutra. O mais importante é saber que contam comigo e que posso ajudar o
clube.
Chegou em janeiro do ano passado e entrou de imediato na
equipa de juniores, ainda a tempo de ser campeão, sob o comando de António
Folha, tendo inclusive contribuído com quatro golos para a conquistado título,
um deles no jogo decisivo, em Barcelos. Terão sido uns meses iniciais muito intensos.
Como se conseguiu adaptar tão rapidamente?
Com a ajuda de todos os que me rodeavam, desde o treinador
aos meus companheiros, sem esquecer os meus familiares, com quem falava
regularmente pelo telefone.
A estadia na Casa do Dragão, onde realizamos esta
entrevista, também foi importante?
Muito. Recebi um forte apoio das pessoas que gerem a Casa do
Dragão. O ambiente é bastante favorável para os jogadores. Falamos sobre os
treinos, sobre futebol, e acabamos por passar o tempo da melhor maneira
possível. Além disso, aprendi a falar português rapidamente, e isso contou
muito para mim.
Desde que chegou ao clube, já apontou cinco golos, quatro
deles nos juniores, de cabeça. É uma das suas especialidades?
Pode dizer-se que sim. Sou bom no jogo aéreo e gosto de
marcar golos de cabeça.
Em que outros aspetos se destaca enquanto jogador?
Os treinadores normalmente elogiam a minha velocidade e a
capacidade de cortar bolas nas alturas.Considero-me ainda um jogador
tecnicamente evoluído.”
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