Na segunda à noite houve uma Assembleia Geral do FC Porto,
que segundo quem lá esteve, foi mais concorrida do que as anteriores. Também
segundo quem lá esteve, houve oportunidade para colocar questões e para as ver
respondidas, tanto que o tempo definido para o efeito estendeu-se para lá do
previsto.
A maior afluência do que o verificado nas anteriores,
confirma que os sócios decidiram, e bem, que esta é uma boa hora para
manifestarem-se no local certo.
Entretanto ontem, e em resposta a notícias acerca da Assembleia
Geral, nomeadamente uma reportagem emitida pela RTP, o FC Porto emitiu o
seguinte comunicado:
“COMUNICADO
A Rádio e Televisão de Portugal, através dos seus canais RTP
1 e RTP 3, está a passar uma peça falsa sobre a Assembleia Geral do FC Porto de
ontem à noite. Diz a peça que os associados que quiseram participar
“encontraram uma sala pequena e quase cheia com funcionários do clube e
elementos das claques”. Baseia-se a RTP na afirmação “segundo a imprensa desta
manhã”.
É falso que a sala estivesse quase cheia com funcionários e
elementos das claques. Todas as pessoas que quiseram participar na Assembleia
Geral tiveram de fazer prova da sua condição de associado no gozo dos seus
direitos associativos e todos acabaram por poder participar, embora alguns o
tivessem que
fazer de pé.
A RTP é um canal público, pago por todos nós, a quem se
exige um especial cuidado no escrutínio da informação que emite. A boa informação
é sempre a informação verdadeira. E só essa.”
Em
E hoje saiu outro, desta feita em resposta ao sindicato dos
jornalistas.
“A INVESTIGAÇÃO DO SINDICATO DOS JORNALISTAS
O Sindicato dos Jornalistas emitiu ontem um comunicado por
causa de uma alegada agressão a um repórter de imagem no exterior do Estádio do
Dragão. O FC Porto estranha que o Sindicato dos Jornalistas se substitua a
qualquer investigação das autoridades e identifique os autores do incidente
como adeptos do nosso clube. Com que factos se suporta o Sindicato dos
Jornalistas para assegurar que se tratam de adeptos do FC Porto? Já não seria a
primeira vez que incidentes nas imediações do nosso estádio foram
protagonizadas por adeptos de outros clubes, como aconteceu, por exemplo, antes
de um FC Porto-Sporting em que um numeroso grupo de adeptos, que se veio posteriormente
a averiguar serem do Sporting, protagonizou vários episódios de violência.
O FC Porto condena todos os géneros de violência e este caso
deve ser tratado na esfera das autoridades policiais, as únicas com competência
para averiguar o que realmente aconteceu.
Pior é o Sindicato dos Jornalistas cometer o erro primário
de relatar factos que não viu, não confirmou e, ainda pior, sem ouvir uma das
partes visadas são regras elementares do jornalismo. Não é verdade que o
presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, ou qualquer outro dirigente, tenha tecido
“duras críticas à imprensa”, como refere o comunicado do Sindicato dos
Jornalistas. Mas mesmo que o tivesse feito, o que nunca aconteceu, o direito à
crítica, mais ou menos dura, é uma base da democracia e era só o que mais nos
faltava do que um sindicato dos jornalistas a defender um qualquer género de
censura. Um destes dias ainda sai um comunicado a condenar o S. Pedro pelo mau
tempo quando os jornalistas fazem a cobertura de tempestades.”
Em
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