Vitória Sofrida
No início de noite deste Sábado o FC Porto recebeu o União
em jogo a contar para a 26ª jornada da Liga. No final do encontro verificou-se
a vitória dos Dragões por 3-2.
Para este encontro Peseiro apostou num onze composto por:
Casillas; Maxi, Layun, Chidozie e José Ángel; Ruben Neves, Herrera e Sérgio
Oliveira; Corona, Aboubakar e Brahimi.
O FC Porto entrou em jogo decidido a controlar e a dominar as
operações, procurando chegar à baliza adversária, ainda que com dificuldades,
pois o União, por seu turno, procurava defender-se o melhor possível. Foi Ruben
Neves o primeiro a conseguir rematar, de longe, no entanto, a bola acabou por
cima. Foi Aboubakar, ao minuto 24, quem ativou o marcador. Após o golo os
Dragões baixaram o rendimento, que na verdade, nunca foi muito alto, no
entanto, voltaram a ficar perto do golo numa ocasião, protagonizada por Aboubakar,
que não conseguiu fazer melhor do que atirar contra o guarda-redes adversário.
O União, na primeira vez que se aproximou com perigo da baliza defendida por
Casillas, quase chegava ao empate, não fosse a defesa aplicada do guardião
portista.
No segundo tempo os Dragões voltaram a entrar bem em jogo,
havendo mesmo um período, que durou alguns minutos, em que a bola esteve quase
em exclusivo na posse dos jogadores portistas. Herrera, ao minuto 51, fez o
segundo golo. Com dois golos de vantagem, o FC Porto preparava-se para gerir o
encontro, só que foi surpreendido. Aproveitando uma perda de bola, o união
conseguiu reduzir a desvantagem. Na resposta Herrera quase fazia o terceiro
golo, no entanto permitiu que o guarda-redes adversário defendesse. Como o mexicano
não conseguiu marcar, fizeram-no os Madeirenses. Com um empate no marcador que
não servia, de todo, aos interesses dos portistas, o FC Porto intensificou a
pressão, por vezes de forma atabalhoada e inconsequente. E foi já perto do
final do encontro, minuto 87, que Corona voltou a colocar o FC Porto em
vantagem no marcador.
Havia necessidade de tanto sofrimento? Se é verdade que se
esperavam dificuldades, também não é menos verdade que o FC Porto podia ter
evitado o sofrimento e o sufoco. Afinal de contas, o União não é nenhum
colosso, por muito respeito que se tenha pelos adversários e por muito que se
saiba que o futebol é feito de imprevisíveis – também é por isso que é tão
apaixonante – o FC Porto não pode perder o controlo desta forma em sua casa. A
ganhar por 2-0, de repente o União empata e aí é preciso voltar a correr atrás
do terceiro golo. Confesso que é um pouco difícil de perceber, ou aceitar, como
é que uma equipa estando a ganhar por dois golos, de repente está empatada,
sofrendo os dois golos do adversário em 6 minutos e novamente por causa de erros…
as perdas de bola causam um desequilíbrio incrível nesta equipa e os
adversários sabem bem disso. Gostava que este problema pudesse ser resolvido o
quanto antes, mas também tenho a noção de que é difícil resolver quando há a
necessidade, quase permanente, de fazer alterações na equipa devido a lesões ou
castigos.
Vou destacar, pela positiva, Aboubakar, pelo golo; Herrera
pelo mesmo motivo ; e Corona, por ter conseguido resolver a partida. Pela
negativa, vou referir, mais uma vez, os erros que voltaram a existir e que
colocaram a equipa numa situação complicada.
Em suma, foi uma vitória difícil e sofrida, por culpa
própria, mas importante para não permitir que a distância seja maior.
Com esta vitória o FC Porto mantém os mesmos 4 pontos para o
Sporting e fica à espera do resultado do Benfica para saber se fica tudo na
mesma ou se algo se altera.
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