quarta-feira, 30 de maio de 2012

E Continua A Faltar Uma Resposta

Para a bendita pergunta: Porque não foi Vítor Baía convocado para o Euro 2004? Ó sr. Scolari, da próxima vez invente uma história mais credível, é que esta da culpa ser do SR Presidente Pinto da Costa dá para rir.

Vamos lá a ver.

«"Em 2003, quando cheguei, tive um encontro com o técnico, presidente e outros dirigentes do FC Porto e passaram-me que o Vítor Baía não estaria nos planos do FC Porto, que não iria jogar porque estava em conflito com o treinador e com a Direção. Foi o presidente que me disse isso", atirou, admitindo, como tal, que passou "a olhar o jogador com outros olhos". Depois, optou por "fazer as mesmas perguntas" a pessoas ligadas à Federação e a perspetiva mantêve-se. "Ouvi umas histórias sobre o balneário, sobre comando, sobre liderança, e a partir daí decidi que não iria convocá-lo", disse».

Esta foi a resposta de Scolari. Então não seria de pessoa inteligente convocar o jogador para verificar se o que, supostamente, lhe disseram era verdade? E que interesse tinha o FC Porto em desvalorizar um activo seu? Mas o melhor ainda está para vir! Atente-se na seguinte explicação do OJOGO…

«Baía teve, de facto, um conflito com o então treinador do FC

Porto, José Mourinho, mas logo no início dessa temporada de 2002/03, numa altura em que Scolari ainda não se encontrava em Portugal.

Vítor Baía acabou por tornar-se titular indiscutível no FC Porto nessa época, mas isso já não mudou a opinião do técnico, que garantiu à RTP ter assistido a um jogo entre o Belenenses e o FC Porto em que o titular da baliza portista fora Nuno Espírito Santo, precisamente como consequência dos ditos conflitos de Baía com o clube. Após a sua chegada ao nosso país, o primeiro confronto entre as duas equipas foi no Restelo e terminou com vitória dos dragões por 3-1. A baliza destes esteve entregue a Vítor Baía!»

Perante isto eu pergunto: Será que Scolari sabe mesmo quem é Vítor Baía?

«De consciência tranquila, o técnico não vê "necessidade de pedir desculpa a Vítor Baía". "Não estou arrependido. Tanto o Ricardo como o Quim fizeram excelentes jogos", frisou,…»

Ah pois claro. Quer dizer, nunca convocou aquele que foi considerado, nem mais nem menos, o melhor guarda-redes da Europa; não dá uma explicação logicamente aceite e diz que não está arrependido?

Mas meus caros, Scolari disse mais!

«"Já tinha a minha ideia e os meus guarda-redes. Depois disso, fui atacado imensas vezes pelas mesmas pessoas que me deram a primeira informação que não o convocava", anunciou Felipão, revelando que não esclareceu o assunto mais cedo porque ia "ter uma briga como um dos maiores dirigentes" do futebol português, de quem recebeu "muitas influências". "Numa conversa interessante com o presidente da Federação, pode opinar sobre um jogador, sugerir a ideia de jogar aqui ou lá...", realçou, admitindo agora que a "grande influência" de Pinto da Costa motivou "uma rixa" com o líder azul e branco, que "terminou" quando deixou o cargo.»

O quê? Confesso que esta parte deixou-me a fazer uma revisão às memórias dessa época. Não sei se eu estou a ficar tola, mas se bem me lembro se a selecção não jogasse com a equipa base do FC Porto jogava com que jogadores? E teria ido até onde?

Enfim … Ó sr Scolari, ?porque no te callas?

(O texto entre «…» foi retirado deJ

www.ojogo.pt

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Entrevista de Vítor Pereira ao OJOGO

A entrevista é relativamente grande, mas vale a pena lê-la até ao final.

“Se entrasse de chicote durava dois meses

Jorge Maia / André Viana

Admite não ter a capacidade oratória de Villas-Boas, mas garante que o que diz no balneário é lei. Sem negar que teve dificuldades iniciais, explica que começou de mansinho para poder terminar melhor do que a concorrência ao sprint, mas reconhecendo que as principais adversidades até estiveram dentro de portas. No final, conclui agora, os resultados validaram a sua liderança.

Na sua apresentação como treinador, apelou à tranquilidade dos adeptos e prometeu "qualidade de jogo e resultados". Sente que cumpriu?

Em termos de qualidade de jogo, tivemos momentos em que a apresentamos, outros em que não. Mas procuramos sempre, no trabalho, comportamentos que nos pudessem dar um jogo circulado, de pressão. Por circunstâncias várias, houve alturas em que não fomos capazes de o apresentar, de ter essa intensidade.

Consegue especificar essas circunstâncias?

Tenho a noção clara. Primeiro, as expectativas elevadíssimas dos jogadores depois de uma época como a que tínhamos feito. Isso elevou as expectativas de toda a gente e o foco e a concentração dispersaram-se um bocadinho. Não foi fácil assentar e focar os jogadores no nosso jogo e nos nossos objetivos, o que é natural no ser humano. Depois de uma época brilhante, perspetivavam para a sua vida outros campeonatos, mais competitivos. Houve mais do que um momento em que isso, para mim, foi notório.

De que momentos é que se está a lembrar?

Logo no início, que se foi prolongando, e na reabertura do mercado. São coisas que mexeram com a nossa época. Acrescente-se a isto uma perda fundamental na dinâmica de jogo, que foi a perda do Falcao, a nossa referência. Deixou-nos sem tempo e o Kléber, apesar da sua qualidade, precisava desse tempo. Faltou-nos a referência para o jogo interior, alguém com quem as coisas já saíam naturalmente, permitindo uma qualidade de jogo na área... Foram aspetos fundamentais, para mim, e que nos fizeram oscilar.

O presidente disse, já no final da temporada, que o Vítor Pereira teve de lidar com jogadores que se achavam os melhores do mundo. Porque é que essa revelação só foi assumida a posteriori e que trabalho teve o treinador durante a época na gestão destes egos?

Basta irmos ao passado para percebermos que esta questão é intrínseca ao ser humano. É naturalíssimo. Depois de grandes conquistas, os jogadores sentem-se valorizados, sentem que é a oportunidade deles. Eu não posso apontar rigorosamente nada em termos de profissionalismo aos meus jogadores, nada. Mas admito que, inconscientemente, perceberam que o mercado funciona e que, depois da saída do Falcao, houve uma certa dispersão. Nós vivemos com isso e lutámos contra esse problema. Procurámos resolvê-lo, acredito que houve momentos em que isso nos afetou, mas acabámos consistentes e, nos jogos em que foi preciso que aparecêssemos, as coisas acalmaram e provámos claramente a nossa competência.

Concorda que tem dificuldades em passar, mediaticamente, uma mensagem forte e cativante?

Percebo claramente essa crítica. Não sou um grande orador, sou uma pessoa reservada e gosto de estar sozinho, preservo a minha pacatez e não posso mudar a minha personalidade, não posso representar. O André [Villas-Boas] tem um discurso diferente, é uma pessoa diferente, até porque tem menos dez anos do que eu. Mas o André tem uma forma de comunicar forte e eu não sou um comunicador do nível dele. Se calhar, deixei-me influenciar e quis ser algo que não sou. Não estava à vontade naquele papel e falhei. Cometi erros de comunicação no início, eu próprio olhava para mim e dizia: 'Tu não és assim'. Admito que, inicialmente, não respeitei a minha natureza. Em relação a discurso forte, para dentro, se não o tivesse nem chegava ao FC Porto. Perguntem aos jogadores que eu liderei. Quando o barco navega em águas calmas, qualquer um é líder. O problema é ter liderança em contextos de adversidade. Se eu tivesse sido mais agressivo, tinha durado dois meses no FC Porto, não tinha passado disso. Tive de ser flexível até as peças do puzzle se juntarem.

Teve sempre esse controlo interno? Houve episódios com dimensão pública, nomeadamente algumas reações a substituições...

Mas no ano anterior não houve? Não foi uma, foram várias. Mas não se falou, porque se ganhava. Todos querem jogar e quem anda emocionalmente instável tem reações emocionais desproporcionadas. Asseguro que não estive perante uma situação muito grave. Trabalhamos nos limites da emoção, da pressão, da competitividade, os jogadores são animais competitivos, uma ou outra vez têm de extravasar. Vindo de uma II Liga, se chego ao FC Porto com uma liderança de chicote, tinha durado dois meses. Não tenho dúvidas nenhumas disso. Fui flexível.

Cheguei a ler que até um macaco seria campeão

Durante o ano foi muitas vezes anunciada a sua saída inevitável ou acordos com o presidente no sentido de só ficar se fosse campeão. Houve alguma conversa com Pinto da Costa sobre isso?

O presidente foi o primeiro a manifestar-me total confiança no nosso trabalho. Acho estranhíssimo que se pense que uma pessoa que se distingue pela inteligência e pela intuição, que tem ganho títulos uns atrás dos outros, fosse apostar em mim a pensar que eu ia falhar. Dá para acreditar nisto? Olho para o meu trajeto e não estranho que, de fora, me coloquem em dúvida, porque eu sei de onde vim, a última equipa que eu tinha treinado foi o Santa Clara, da II Liga. Eu presto provas todos os dias, sei que tenho de ganhar mais, sei que há muita gente que gostaria de treinar o FC Porto. Pôr em causa o treinador é uma forma de desestabilizar um clube que tem ganho tantos títulos, porque o ganhar desgasta, mas desgasta os outros e não se olha a meios para atingir fins. Sei que era eu que estava mais à mão, eu é que vim de adjunto... Às vezes entristece-me que se diga que na época passada se ganharam tantos títulos e parece que eu não estive cá. Vim de férias, vim de qualquer lado, caí de paraquedas... Falam como se não tivesse estado, mas estive e ajudei.

Sentiu-se um alvo fácil?

O que estava mais à mão, o mais fácil. Mas isso torna-me muito mais forte. Sem competência não há quem resista; a estrutura pode ser muito forte, mas sem competência não há hipótese... Eu cheguei a ler coisas... Não me dói por mim, porque sei bem no meio em que estou. Agora, os meus filhos... Os meus filhos e os amigos dos meus filhos também veem televisão, também leem jornais. Os meus filhos chegaram a casa a dizer: 'Ó pai vais sair, eu até chorei". Isso é que me custa. Eu cheguei a ler que até um macaco seria campeão. Isso é a maior falta de respeito pelos outros adversários todos. Isso pode-se pensar, mas não se pode dizer. É uma vergonha. Hoje estou mais preparado, mas houve momentos em que pensei que era de mais. Estive firme nas convicções, só assim conseguimos chegar ao fim e ganhar o campeonato. Com mérito. Não é só demérito dos outros. O Real Madrid não ganhou também com o demérito do Barcelona? Aqui o campeonato foi competitivo enquanto teve o Benfica na frente, continuou espetacular quando foi o Braga, depois passou o FC Porto para a liderança e lá se foi a qualidade num campeonato nivelado por baixo. Depois vejo que tivemos mais golos marcados, menos golos sofridos... É esta a equipa que foi martelada todo o ano porque jogava mal? Temos de ser coerentes e não nos deixar levar na onda. No final da época, tiveram de se engolir muitos sapos.

Há dez anos já dizia que treinaria o F.C.Porto

Há dias, o presidente disse que "os contratos não se rasgam, renovam-se". Vai renovar?

Estamos a trabalhar na próxima época, com tranquilidade. O futuro vai-se construindo. Nunca tive medo do futuro, eu sou treinador, treino em qualquer lado. A mim ninguém me tira este sonho. Tenho muito orgulho em ser treinador do FC Porto, sempre disse que aqui chegaria, perguntem aos meus jogadores de há dez anos. Eu disse-lhes que ia ser treinador do FC Porto, portanto eu estou onde quero estar. Enquanto me quiserem, aqui estarei.

Há a possibilidade de ir para o Olympiacos?

Estou num grande clube, mas é como para os jogadores. Fico satisfeito, nada mais do que isso. Quero conquistar muito mais títulos neste clube.

A noção de carreira está nas suas palavras. Vê-a chegar até onde?

Tenho 43 anos e estou em aprendizagem.

Até onde pensa treinar?

Até onde Deus me levar. Vou treinar enquanto o futebol for a minha paixão. Não consigo viver sem isto, se estiver um mês ou dois sem futebol começo-me a desequilibrar emocionalmente e a minha mulher já me começa a dizer 'vai que eu já não te aturo'. Chegamos cansados, mas não conseguimos viver sem isto.

Há dez anos dizia aos seus jogadores que ia treinar o FC Porto. Hoje, onde se vê daqui a dez anos?

A treinar, não sei que clube, mas a treinar, de certeza absoluta. É como respirar, se não treinar sinto que não estou a viver. Viver é treinar.

O que disse sobre Jesus fez-me pior a mim

Retratou-se de um discurso mais duro que teve, inicialmente, para com o treinador do Benfica. Porquê?

Não fui autêntico, provavelmente por defesa. Estava numa perspetiva defensiva, porque os pontos de interrogação começaram logo no início e eu fechei-me e fui reativo, reagia com agressividade. Um treinador amigo dizia-me que amigos dele lhe comentavam que eu me tinha tornado agressivo e arrogante e ele achou estranho. Acho que aconteceu inconscientemente, para me defender. Não estava preparado para ser atacado por toda a gente, quase que me senti humilhado, parece que tinha deixado de perceber de futebol. Aquele Vítor que muitos perspetivavam que pudesse ir longe, parecia que tinha deixado de existir. Depois percebi que as pessoas não me conhecem e passei a encarar as coisas com naturalidade. Quando disse o que disse sobre o Jorge Jesus, não fui eu próprio e aquilo fez-me mal. Provavelmente, fez-me pior a mim do que a ele. Nunca mais me senti bem comigo próprio, porque não posso avaliar as pessoas e eu avaliei o Jorge Jesus como pessoa. Não posso fazê-lo, porque não o conheço como pessoa. Não fui correto e por isso pedi desculpa e fiquei muito melhor comigo próprio. Vou continuar a cometer erros, mas a refletir sobre eles para que não voltem a acontecer.

James não tem medo de assumir

Face à ameaça de perder Hulk, Vítor Pereira recusa-se a atirar a pressão para cima de James, mas admite que o colombiano já tem bagagem para não minguar nos grandes jogos. O treinador perde-se em elogios...

Já percebeu onde é que o James se sente melhor?

Se eu pedir ao James para jogar num corredor, ele não consegue...

Mas não foi isso que lhe pediu na maior parte dos jogos?

É claro que sim, mas não quero que ele nos dê sempre banana ou maçã a comer. Eu quero é que ele nos dê aquilo que os outros não esperam. Quero que seja ele a procurar, sem desequilibrar a equipa... Quando a dinâmica na frente é grande, essa fatura paga-se no momento da perda de bola. É preciso rigor posicional, mas eu dizer-lhe 'James, tu vais jogar só num corredor'? Nunca na vida. Não posso é permitir que ele se lembre de se juntar ao Hulk na direita, porque, se o fizer, desequilibra a equipa na perda. Eu só tenho de organizar em função do que ele me dá, mas não pode ser a anarquia total nos três homens da frente. Nunca lhe disse para jogar sempre no corredor, mas também nunca lhe disse para jogar sempre dentro, porque essa alternância entre o dentro e o fora, o alto e o baixo, é que cria a diversidade, a qualidade de jogo. Tem é de ser ele a procurá-la, eu deixo que o seu talento seja exposto em prol da equipa, não o deixo é desequilibrar a equipa.

Isso explica que, muitas vezes, tenha preferido o Varela?

Motivou críticas, mas é preciso encontrar equilíbrios na equipa. A função de um treinador é aproveitar o talento sem colocar em causa a equipa. A própria equipa o exige, quando sente que o desequilíbrio está a surgir por incumprimento tático aqui ou acolá, a equipa não gosta disso, a equipa começa a perceber que alguém está a falhar e se alguém está a falhar tem de se chamar a atenção para isso.

O James vai ser o quê?

O James é um jogador de grande talento, que cresceu do ponto de vista defensivo, porque o seu grande problema era não ter essas preocupações. Retirava-nos qualidade do ponto de vista defensivo, mas percebeu que é preciso ser agressivo na perda de bola, é preciso jogo posicional defensivo, que não podia haver anarquia... Foi aprendendo, é inteligente; para mim não é um ala puro, mas tem que lá aparecer também, porque tem um cruzamento de grande nível, cria situações de rutura sem precisar de velocidade, de ir para cima, de rasgar. Tem uma capacidade de decisão enorme e uma capacidade técnica enorme, mas tem de pôr ao serviço do coletivo o jogo dele. Não o podemos amarrar, porque é entre o meio e a ala que ele se sente bem.

Já é produto tático acabado?

Vai continuar a evoluir, a ganhar peso e estatuto. Só espero que isso não lhe retire a humildade, porque com isso perderia tudo.

O James está preparado para pegar na equipa como o Hulk pegou esta época?

É diferente do Hulk, mas tem maturidade suficiente e já o provou. Chegou muito novo, mas não tem medo de assumir as coisas. Há uns meses sentíamos que ainda tinha dificuldades nos jogos grandes, mas neste momento acho que está preparado para jogar contra qualquer equipa.

Tenho de estar preparado para a saída de Hulk

Depois dos dois golos marcados por Hulk à Dinamarca, os seus primeiros pelo Brasil, é natural que a sua cotação no mercado dispare mais um pouco. Assim sendo, é inevitável que seja transferido?

"O Hulk é super, é um jogador de um nível elevadíssimo. Neste momento é nosso jogador, trabalho a pensar que ele fica, mas tenho de estar preparado para a sua saída. Gostaria que continuasse, mas se não for possível teríamos de nos dinamizar de outra forma", desviou Vítor Pereira, que não consegue comparar uma eventual saída de Hulk à perda de Falcao no último verão:

"São dois jogadores excecionais, um mais no espaço central, envolvido em toda a dinâmica, e o Hulk sobretudo no corredor, ainda que o tenha usado algumas vezes ao meio, sendo fortemente criticado por isso, mas ganhando o campeonato." O treinador não deixa de reconhecer, porém, que a saída do Incrível teria implicações na forma de definir os lances de ataque.

Pensei que contaria com Falcao e Kléber

Pelo que disse anteriormente, deduz-se que a saída do Falcao foi uma surpresa...

O FC Porto forma jogadores, consegue adquiri-los quando não estão na plenitude das suas capacidades, forma-os, ganha títulos e sistematicamente tem sobre si os olhos de clubes de outros campeonatos... É natural que nunca se saiba bem que jogadores saem, depende das propostas e da procura.

Mas desde inícios de julho que parecia quase inevitável a saída do Falcao. Não trabalhava precavendo esse cenário?

Pensei que contaria com o Falcao e com o Kléber, com tempo, num processo de adaptação natural que lhe permitisse, depois, revelar o seu potencial.

Nesse sentido de evolução, o Kléber será uma opção diferente na próxima época?

O Kléber tem qualidade. É um jovem, precisa do seu tempo. Não pode ser imediatamente posto à prova, mas foi o que aconteceu porque houve necessidade de que isso acontecesse. Acredito num Kléber mais maduro, mais habituado a este tipo de pressão e que nos dará muito mais na próxima época.

É um dado adquirido que fica para a próxima temporada? Que salto perspetiva que ele possa dar na equipa?

Não o posso dizer com certeza absoluta. A este nível, não é possível, depende do mercado. Fundamentalmente, espero-o mais tranquilo.

Precisamos de um ponta-de-lança

Sente necessidade de outro tipo de soluções para além de Kléber e Janko?

Julgo que é consensual que precisamos de uma alternativa, vamos procurá-la e trabalhar nesse sentido.

O Jackson Martínez pode ser esse jogador?

O Jackson Martínez ou outro jogador qualquer que o clube entenda que tem qualidades que acrescentem alguma coisa.

Mas conhece-o? Que opinião tem?

Como deve calcular, observo jogadores durante todo o ano. Mas só falo dos meus jogadores e o Jackson Martínez não é um dos meus jogadores.

Identificou carências no plantel?

Está equilibrado, mas precisamos de um ponta de lança sim, que tenha características diferentes, que não diminua os pontas de lança que já temos.

Que características são essas?

Quero um jogador que possa ir no espaço, mas que também possa vir em apoio. Um jogador que consiga ser explosivo, o que não é fácil encontrar, mas é isso que procuramos, um jogador que na área seja capaz de finalizar pelo ar e no chão.

Que papel desempenha o treinador para que um jogador consiga essa tranquilidade?

Há coisas que nós não podemos fazer pelos outros, por mais confiança que possamos transmitir. Há coisas que tem de ser o próprio a ir buscar. Isso é uma coisa que é dele, o nosso trabalho é dar-lhe ferramentas para que ele esteja mais forte. O resto é interior.

Jogadores dão-me muito mais do que sou capaz de imaginar

O que o levou a insistir com Hulk a ponta de lança?

Porque senti que era ali que ele mais nos poderia ajudar. Às vezes ouço críticas e questiono-me... Eu toda a minha vida refleti futebol. Se quisermos falar sobre futebol, eu falo e argumento, seja com quem for. Porque experimento e reflito no terreno. Estranharia é se eu não conseguisse ver que o Hulk é muito mais forte à direita, naquele tipo de movimento em que ele é um desequilibrador. Seria estranho não ver isso, ainda para mais trabalhando todos os dias com ele. Mas se entendia que a equipa precisava mais dele ao meio, foi porque a dinâmica que faltava naquele momento o exigia ao meio, mesmo sabendo que ele rende mais à direita. Decidi em função das necessidades da equipa e o Hulk é humilde. No meio, deu-nos o que esperei, essencialmente nos jogos de decisão, que vencemos.

Perante as críticas de que falou, e que foram recorrentes e transversais, nunca vacilou nas suas convicções?

De outra forma não teria ganho o campeonato.

Mas não reconheceu validade em algumas críticas?

A utilização do Maicon à direita, por exemplo. Respondo da mesma forma. Então eu não sei que o Maicon é muito mais central do que lateral? Naquele momento, senti que não tinha uma solução que me transmitisse mais confiança do que ele, pela forma de trabalhar, por estar focado no nosso jogo e nos nossos objetivos... Senti que o Maicon, naquele momento, era a melhor solução, mesmo que não me desse, ofensivamente, aquilo que uma equipa como o FC Porto precisa. Eu não vejo menos do que os outros.

São questões de balneário, portanto...

São questões de trabalho. Quem me transmite confiança no trabalho, eu conto com ele. Naquele momento, os outros não me transmitiam confiança. E ponto final. Só isso. Eu é que tenho de decidir, e hoje decidiria exatamente da mesma forma.

Pensa que isso foi importante para o crescimento dele?

Não tenho dúvidas absolutamente nenhumas. Deu-lhe a confiança que lhe faltava, para sentir que tinha espaço e que tinha qualidade.

O Maicon é o seu troféu pessoal mais emblemático? Os treinadores gostam de reclamar méritos no crescimento dos jogadores...

Há treinadores que gostam, mas eu não gosto.

Porquê?

Porque o mérito é do jogador. O treinador trabalha aquilo que é coletivo, depois há o talento e o mérito dos jogadores, integrados na nossa dinâmica de jogo e com as correções que temos de fazer.

Exclui-se desse salto?

O crescimento que eu tenho de promover é o crescimento coletivo. Eu não estou com o Maicon a fazer trabalho específico, o meu trabalho é coletivo e dentro dele há jogadores que crescem mais e que aproveitam as oportunidades.

Com 31 anos, fisicamente diferente do jogador que chegou à Europa em 2005, Lucho pode aguentar a próxima época a um nível alto?

Claramente. Fui criticado pelo triângulo do meio-campo, a questão do duplo pivô. O Moutinho será sempre um 8 que gosta de vir atrás, pegar no jogo a partir de trás. Nunca na vida será um pivô. A minha perspetiva de treino não é organizar o meu jogo. Se assim fosse, estaria limitado àquilo que sou capaz de imaginar, mas, na verdade, os jogadores conseguem dar-me muito mais. Eu só organizo aquilo que eles me podem dar. O Moutinho movimenta-se em função da qualidade que tem e eu não quero formatá-lo, não quero que ele jogue o meu jogo, não quero dizer-lhe que ele tem de fazer isto ou tem fazer aquilo. Só ajudo a organizar esse jogo. Com o Lucho é a mesma coisa. Quem sou eu para lhe dizer para não baixar, para não receber entrelinhas, para não jogar nas costas do adversário? Mas quem sou eu para dizer ao Fernando para aparecer na área a finalizar? Eu só vou modelando e, para mim, essa é a função do treinador. Só tenho de tirar partido do potencial de cada um. Se sentir que há desequilíbrios, vou equilibrando... Isto para mim é treinar.

Lucho comunica, mas sem falar

Reforço de inverno, Lucho pareceu capaz de congelar a emotividade do balneário. Foi mesmo assim?

"O Lucho não é de falar muito, comunica muito mais sem falar. O Lucho é sério, encara a sua profissão com seriedade, e trouxe-nos tranquilidade, experiência acumulada e qualidade", respondeu o treinador.

Fomos o nosso principal adversário

Nem Benfica, nem Braga, muito menos Sporting. Para ser campeão, Vítor Pereira teve de olhar para dentro e cerrar fileiras. Sabe, porém, que a concorrência quer dar o salto e que isso vai exigir mais de um dragão que também quer crescer na Europa.

O FC Porto não falhou nos jogos decisivos em Portugal. Tendo escorregado em outros, isso tem que ver com a tal descompressão que apontava?

Quando se sente que o desafio não é desafiante, temos um problema. Foi o nosso maior problema, aliás, dar uma dimensão desafiante aos jogos teoricamente menos complicados. Não tenho qualquer problema em admiti-lo e penso que os jogadores têm consciência disso.

Em que momento da época é que acha que a mensagem passou de forma definitiva?

Ganhámos em Coimbra 3-0 para o campeonato e as coisas aconteceram naturalmente nesse jogo, nem tivemos de acelerar muito. Isso foi um problema e quando lá fomos jogar para a Taça pensávamos que o jogo do campeonato iria repetir-se. Deixámos correr o tempo, fomos afastados e foi esse o momento em que tomámos consciência.

Mas mais à frente, em Barcelos, viu-se uma exibição muito parecida...

Basta situarmos o jogo no tempo. Foi a nossa única derrota, era mais bonito ser campeão invicto, mas não foi possível. Lembro-me de que foi a três dias do fecho do mercado; esse momento mexeu com os jogadores, percebi isso claramente. Mas isso é intrínseco ao ser humano. Por exemplo, até no jogo em Alvalade: foi um mau jogo, um jogo de transições constantes, com as equipas sempre partidas, sem sequências de quatro ou cinco passes que fosse. E quando foi esse jogo? No início de janeiro...

Houve jogadores que tremeram em janeiro?

É outra vez a questão das expectativas. Não mexe só com os jogadores do FC Porto, mexe com todos os jogadores, em todo o mundo.

Fazendo um balanço de tudo o que disse até agora, o FC Porto foi o seu maior adversário?

Acho que sim. Não tenham dúvidas nenhumas. Não foi o Benfica, não foi o Sporting, não foi o Braga, foi a própria equipa, fomos nós o nosso principal adversário. Por todos estes motivos. E temos consciência disso.

Eliminando o efeito novidade, de onde espera que venham as dificuldades na próxima época?

Espero uma época mais forte do que esta, mais tranquila também. Os jogadores do FC Porto são constantemente procurados por outros clubes, esse é um ciclo que se repete, mas pela experiência adquirida, pelo conhecimento que temos uns dos outros, acredito que faremos uma época mais forte e mais consistente.

Nessa linha evolutiva, de que jogadores espera mais na nova época?

De todos eles. E de mim próprio. Quero um jogo que nos permita ser mais fortes na Liga dos Campeões e na Taça de Portugal, naquelas competições onde queremos estar em melhor nível.

Foi uma desilusão a época europeia do FC Porto?

Se no jogo com o Zenit em casa tivéssemos concretizado metade das oportunidades que criámos, teríamos sido primeiros no grupo. Foram pormenores, decisões no último momento... Na Liga Europa, a eliminatória com o City foi disputada de igual para igual e conseguimos impor o nosso jogo em grande parte dos confrontos, mas cometemos erros em momentos cruciais que ditaram o nosso afastamento. Não posso negar que foi uma frustração para mim e para todos.

Os jogos europeus colocam desafios muito diferentes?

Na Liga, vivemos de dois momentos: a posse e a transição defensiva, a reação agressiva na perda de bola. Na Europa, temos de ser consistentes na organização defensiva e nas transições ofensivas, assim como nas bolas paradas. A Europa obriga-nos a ser uma equipa culta e adulta nos vários momentos do jogo.

Que desafios espera de Benfica, Braga e Sporting na próxima época?

O Benfica já não cometeu os mesmos erros do ano anterior; o Sporting já não ficou a trinta e tal pontos; o Braga aproximou-se. A época anterior foi uma época atípica, por mérito do FC Porto, mas muito demérito dos outros também. Este ano foi taco a taco, com grande desgaste, mas a tendência é para que as equipas que não ganharam já estejam a trabalhar no pormenor, no que falhou. Nós temos de fazer o mesmo.

Se tivesse entrado com o André teria saído com ele

A esta distância, compreende a decisão do André Villas-Boas há um ano?

O André é um portista, atenção... Daqueles portistas! Ganhou tudo, sair do clube do coração bem por cima deve ter pesado um bocadinho. Se fez bem ou mal, só ele o poderá dizer. Não faço ideia do que faria no lugar dele, ficava-me bem dizer que teria ficado, mas não posso dizer. Só quando confrontados com as situações é que percebemos. Eu decidi ficar consoante o que senti no momento, senti que devia cá estar. É preciso que se saiba que eu vim para o FC Porto convidado pelo FC Porto, não pelo André. Se fosse ao contrário, e isso digo-o com certeza absoluta, se fosse o André que me tivesse convidado, se eu tivesse entrado com ele, teria saído com ele, disso podem ter a certeza absoluta, porque só estou na vida desta forma, não estou para aproveitar as oportunidades que outros me criaram. Tenho uma relação de amizade com o André porque foi tudo feito com clareza.

Por que sentiu que devia ficar?

Porque esta era a equipa que eu queria treinar, sabendo que seria uma época muito difícil. Mas seria fácil para algum treinador do mundo? Não seria, de certeza. Apesar de os jogadores serem os mesmos, não eram os mesmos...

Senti que os jogadores andavam a ver o que tinham

Durante a entrevista, Vítor Pereira avaliou, expôs, argumentou. Ele próprio, porém, sabe que esteve também em análise, inclusive pelos próprios jogadores.

"Acho perfeitamente normal. Tinha estado por dentro de todo o processo, mas como colaborador. Eu vim de treinar o Santa Clara na II Liga, é natural que a minha competência noutras funções tenha sido avaliada, como eu avalio os jogadores que chegam. Naturalmente, passamos por um período em que senti que eles andavam a ver o que é que tinham", diz quem também ia avaliando a sua própria equipa técnica, ao ponto de ter promovido alguns ajustes: "Levámos tempo a perceber a dinâmica entre nós e o que cada um poderia dar. Quanto ao Quinta, precisamos de uma perspetiva de fora, de uma perspetiva mais tranquila. Depois surgiu o aproveitamento do Filipe, que já tinha alguns anos comigo e estava habituado à minha dinâmica. Quanto ao Paulinho, a ideia foi que, tal como o Semedo, pudesse ser importante no balneário, junto dos jogadores, num relacionamento de amizade e cumplicidade que ele nos conseguiu dar.

Se com 16 não se cumpre...

Como vê o panorama competitivo em Portugal? Está em causa a sustentabilidade do futebol português depois de situações como a do Leiria, associada ao incumprimento salarial de outros clubes?

Há que tomar medidas que credibilizem o futebol, premiando quem cumpre e penalizando quem não cumpre.

Há margem para alargamento?

Eu vejo tantos incumpridores que não entendo como seria possível. Se com 16 não se cumpre, com mais vai-se cumprir ainda menos. Neste país tomam-se medidas rápidas, soluções rápidas e com consequências gravíssimas, porque adiam problemas e criam novos problemas. Está a ser tudo feito em cima do joelho e nada disso beneficia o futebol. Isto vai ter custos.

O autorretrato de quem tenta fugir da exposição

Tem 43 anos, nasceu, cresceu e vive em Espinho e sagrou-se campeão nacional na época de estreia na I Divisão. Vítor Pereira dá-se a conhecer no futebol, mas preserva a privacidade fora dele. A O JOGO, porém, garante que a sua vida não se prolonga muito para além do treino. "Tenho uma vida pacata, Olival-casa, casa-Olival. Vou ao cinema uma vez por outra", diz este pai de três filhos, todos rapazes (entre os 10 e os 15 anos), que não veem no futebol mais do que um hóbi. "Já chegam os custos que o futebol tem numa família, aquilo que eu lhes retiro já chega. Tenho pouco tempo para eles", queixa-se, apontando a família como o seu refúgio, o escape que lhe permite afastar-se do lado mediático da sua profissão e do qual prefere abstrair-se: "Estou bem em Espinho, junto aos pescadores, é o meu habitat natural. Não me sinto bem nos Globos do Ouro, não é a minha praia." Vincada nos discursos dos momentos mais marcantes esteve sempre a sua religiosidade, que Vítor Pereira não renega nem esconde, mas que não gostou de ver exposta. "No percurso a Fátima, não fui respeitado. Aquilo não é futebol, são as minhas convicções, a minha fé", apontou, incomodado com a presença de fotógrafos no percurso que fez no final da época, na companhia da mulher. Deus entra na casa de Vítor Pereira, mas fica à porta do Olival e dos estádios onde os dragões jogam. "Sou católico, de muita fé, mas só fui a Fátima pedir saúde para os meus filhos e para a minha família. Não peço títulos a Deus, não misturo futebol com religião", remata quem prefere não deixar a sua sorte em mãos alheias. Por isso, as palavras trabalho e competência andam de mãos dadas no discurso de Vítor Pereira, um antigo professor de Educação Física, futebolista frustrado que se serviu da carreira de jogador unicamente para pagar os estudos e chegar onde sempre sonhou: ser treinador do FC Porto.

Agradeço aos adeptos

A relação de Vítor Pereira com os adeptos flutuou ao sabor dos resultados. Feitas as contas, o treinador não o esquece no balanço. "Quero deixar uma mensagem de agradecimento aos adeptos e às claques, que muito nos apoiaram neste percurso", vincou, revelando que as abordagens que tem tido são muito positivas.”

Em

www.ojogo.pt

Retirada de:

www.dragaodoente.blogspot.com

Muito boa a entrevista do treinador do FC Porto e, mais uma vez, nota-se como foi difícil esta época.

domingo, 27 de maio de 2012

Viena À 25 Anos

Quem nunca ouviu falar do golo de calcanhar de Rabath Madjer? Ou do capitão João Pinto que não largou a taça? Pois é, momentos que fazem parte da história de um momento muito importante na história do FC Porto e por consequência do futebol português. Falo, pois claro, da final de Viena.

Faz hoje 25 anos que o FC Porto foi campeão europeu pela primeira vez, derrotando o poderoso Bayern de Munique por 2-1. Assim, foi Viena a cidade que foi palco dessa conquista.

Esta final é um marco na história do clube, mesmo para quem, como eu, ainda não tinha nascido, porque foi esta a conquista que abriu a porta às conquistas internacionais que se seguiram.

Como ainda não era nascida, imagino a festa que houve na cidade, imagino a alegria dos portistas ao perceberem que o seu FC Porto era campeão europeu, que tinha acabado de derrotar um colosso europeu numa final, imagino a recepção à equipa…

Se hoje faz 25 anos que o FC Porto foi, pela primeira vez campeão europeu, ontem fez 8 anos que o foi pela segunda vez. Da segunda final da Liga dos Campeões lembro-me bem. Lembro-me dos nervos e da ansiedade que senti nesse dia, lembro-me dos golos, da festa no estádio, da festa na cidade do Porto e no resto do país, da recepção à equipa…

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Comunicado: “OS BURROS E A MUDANÇA”

Ora aqui está a resposta do FC Porto às tristes declarações do presidente do Benfica. Será que esta foi a resposta? Ou terá sido apenas a primeira resposta?

“OS BURROS E A MUDANÇA

1 - Um leitor aproveitou um dos raros momentos de satisfação para ler o que outros lhe escreveram, o que em si mesmo já não é notícia. Há pormenores que importa realçar, como o “orgulho, admiração e agradecimento” pelos gestos e insultos de um seu funcionário, o que é elucidativo do carácter do leitor e consiste no mais forte apelo à violência no desporto de que há memória em Portugal.

2 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que só tiram a cabeça da toca de vez em quando e que nunca são capazes de dar a cara nas repetidas derrotas.

3 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que se deixam levar por textos a fingir de anjos e arcanjos, enquanto o passivo dos nove anos de gestão do leitor galopou dos 83,9 para mais de 400 milhões de euros.

4 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que permitem a quem nunca mostrou competência alterar os estatutos às escondidas para que ninguém ouse disputar-lhe a presidência e assim possa continuar a enganá-los a todos.

5 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que se deixam contentar com dois campeonatos e uma taça enquanto o leitor enche pneus de inveja com os títulos nacionais e internacionais do FC Porto.

6 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que ainda levam a sério o leitor. Em 2003: “O Benfica será mais forte do que o Real Madrid”. Em 2005: “Vamos arrasar na Europa”. E em 2006: “Depois do Verão, seremos o maior clube do mundo”. Largos dias têm os Invernos…

7 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que pela força do hábito não sabem lidar com a vitória. Podem continuar a tentar ganhar eleições à nossa custa, mas continuam a ver o FC Porto ganhar camião de títulos. E nem o camião nem os títulos são roubados.

8 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que fecham os olhos à forma como o leitor enriqueceu. É o alpinismo social.

9 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que confundem risco com linha, ou que julgam que coca-cola só tem quatro letras.

PS: Aguardamos que a Procuradoria-Geral da República investigue o ataque à honra e à imparcialidade dos juízes e da polícia feito pelo leitor.”

Em

www.fcporto.pt

Nem mais!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Finalmente Tempo Para O BLOG!

Não tive uma semana fácil, a vida de estudante tem destas coisas, por isso não tenho publicado com a frequência que desejaria. Mas como finalmente tenho um tempinho para o blog, vou por a escrita em dia!

Ora bem … durante esta semana já aconteceram algumas coisas relevantes:

O FC Porto sagrou-se campeão de sub17; fez 9 anos que os dragões conquistaram a Taça UEFA em Sevilha; Vítor Pereira foi homenageado pela casa do FC Porto de Espinho; os dragões contrataram Fabiano Freitas, guarda-redes do Olhanense, onde vai continuar mais uma época; em basquetebol, infelizmente, os portistas não conseguiram revalidar o título…

E de resto, só se fala da selecção, que não me aquece nem arrefece.

PS. Acabei de entrar no site do OJOGO e deparei-me com umas declarações do senhor que preside o Benfica. Sim, o senhor voltou! Mas que grande palhaço, com muito respeito aos verdadeiros palhaços que fazem arte, este senhor não tem vergonha na cara, haja paciência para estas bocas que alimentam uma quantidade de adeptos daquele clube que acabam por levar a letra tudo o que este senhor diz. Em suma, o senhor mandou umas indirectas para o FC Porto e para o Presidente Pinto da Costa. Claro que voltou a rodar aquele CD antigo, aquele que já está gasto, o da fruta e afins. Enfim, haja paciência!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Dublin À Um Ano!

Faz hoje um ano que o FC Porto venceu a Liga Europa. Foi em Dublin; foi numa final portuguesa e nortenha, frente ao Sporting de Braga; o resultado final foi 1-0 e o golo foi de Falcao.

Aqui fica, para recordar, o onze inicial dos dragões.

Helton; Sapunaru, Rolando, Otamendi, Álvaro Pereira; Fernando, Guarín, João Moutinho; Hulk, Falcao e Varela.

Substituições: Guarín por Belluschi 73m, Varela por James Rodriguez 79m

Não utilizados: Beto, Maicon, Souza, James Rodriguez, Rúben Micael, Belluschi e Walter.

PS. Sei que não tem nada a ver com o assunto deste post, mas como ando com o tempo para o blog muito limitado, vou aproveitar este post para referir-me à transferência de Guarin. Os portistas chegaram a acordo com o Inter de Milão para a cedência do colombiano por 11000000 de euros. Parece-me um óptimo negócio

terça-feira, 15 de maio de 2012

Revisão e Reflexão da Época

Ponto prévio, esta época não foi fácil. E por isso o título tornou-se mais saboroso, as coisas quando são conquistadas com um grau de dificuldade maior sabem sempre bem. Uma vez que a época findou, é hora de rever e refletir sobre os acontecimentos da mesma. O post é grande, mas foi impossível ser mais pequeno.

Do sonho ao pesadelo

A época passada foi de sonho, o FC Porto conquistou tudo, ou quase tudo o que tinha para conquistar – foi campeão, venceu a Taça de Portugal e a Supertaça portuguesa e, a cereja no topo do bolo, a Liga Europa. Apenas faltou conquistar a Taça da Liga. Ora, com uma época de sonho assim, nós portistas começamos a ambicionar prolongar esse sonho, no fundo, bem lá no fundo, alimentávamos a esperança de se repetir o feito de 2003 e 2004. E, afinal de contas tudo parecia encaminhado para a tentativa de repetir esse feito.

Eis que, uma semana antes da pré-época começar, André Villas-Boas decidiu sair da “cadeira de sonho”. Aí, nós portistas sentimos que a esperança, o sonho de ver repetir-se a história, foi por água abaixo. E, porque no FC Porto o Presidente é quem assume as responsabilidades, perante a saída de Villas-Boas, promoveu Vítor Pereira de adjunto a treinador principal. Correu riscos? Claro, mas afinal parece-me que a aposta num treinador é sempre um risco. Na altura pareceu-me a melhor solução, Vítor Pereira já conhecia o grupo e o grupo já o conhecia, assim as coisas ficavam mais fácies para todos.

Resolvida a questão da sucessão do treinador, arrancou a pré-época, com aparente tranquilidade. Digo bem, aparente tranquilidade, porque a pré-época, início da época com o mercado de transferências aberto, foi terrivelmente turbulenta. As notícias de entradas e principalmente de saídas foram uma constante, foi necessário gerir a ansiedade de alguns jogadores que pretendiam sair e que acabaram por ficar. Para além disso, houve jogadores em prova ao serviço das seleções e, logo, não estiveram presentes no arranque dos trabalhos. Tudo isto não facilita o trabalho de nenhum treinador. Vítor Pereira ficou com esta “batata quente” nas mãos e teve de lidar com a situação.

O problema do avançado

A saída de Falcao foi mais uma complicação. O colombiano esteve na equipa até bem perto do fecho de mercado, o que não facilitou a situação. É verdade que Kleber já estava a treinar, mas quando foi contratado foi no intuito de ser suplente de Falcao. Assim Kleber tinha tempo de se adaptar sem pressas nem a preção de ser ele a decidir. Ora, com a saída do colombiano o brasileiro ficou com o peso e a preção sobre os seus ombros, não soube lidar com a exigência dos adeptos e acabou por não corresponder ao esperado. Esta é a minha visão do caso. Sim é verdade, a SAD errou, errou principalmente ao não ter conseguido arranjar uma forma para colmatar a saída de Falcao, a poucos dias do fecho do mercado de transferências. Talvez se tivesse conseguido contratar alguém a preção fosse repartida e as coisas seriam mais fáceis.

É verdade que Walter fazia parte do plantel, aliais, até janeiro fez parte, mas o brasileiro não começou bem a época, devido a um problema de saúde da filha, não foi inscrito na UEFA – terá sido este mais um erro? – a verdade é que depois Walter acabou por ser emprestado. Este é um caso que, para mim, é uma grande incógnita.

Na reabertura de mercado e, perante o empréstimo de Walter, o FC Porto foi buscar Janko. Mas o austríaco não pôde ajudar a equipa na eliminatória da Liga Europa, logo, o problema na frente de ataque ficou resolvido apenas no que diz respeito ao campeonato. E agora eu pergunto: e se o FC Porto tivesse ido buscar Janko em Agosto? Será que alguma coisa teria mudado na Europa? Talvez sim, talvez não.

A “limpeza” de balneário na reabertura de mercado

Em Janeiro o FC Porto tratou de fazer uma espécie de limpeza no balneário. Belluschi, Guarin, Fucile, Souza e, como já referi, Walter, foram emprestados. Pretendiam jogar mais e não estavam a fazê-lo nos dragões. Na minha opinião o FC Porto fez bem em emprestar alguns deles.

As competições Europeias

Em Agosto o FC Porto marcou presença na final da Supertaça Europeia, frente ao Barcelona. Este jogo deixou uma excelente imagem de um dragão que parecia bem encaminhado para uma boa campanha europeia.

Entretanto veio a Liga dos Campeões. O FC Porto ficou inserido num grupo que muitos consideraram fácil, mas não foi bem assim. Os cipriotas do Apoel, que foram considerados a equipa mais fácil, ou pelo menos a menos complicada, decidiram tornar-se a revelação da prova. Frente a estes, o FC Porto perdeu pontos nos dois jogos. Sim, perdeu pontos por culpa própria, mas também é preciso lembrar que os dragões não passaram aos oitavos de final por asar, um jogo de asar. Seguiu-se então a Liga Europa, e aqui, a esperança de revalidar o título conquistado no final da época passada. Contudo o sorteio não foi nada meiguinho com os portistas e acabou por sair a fava, que é como quem diz, o Man City. Não considero que o FC Porto tenha jogado mal os dois jogos da eliminatória, mas, mais uma vez, ficou bem patente a falta de um avançado.

Se eu esperava mais da equipa nas competições europeias? Sim, claro que sim, do FC Porto espero sempre o melhor. Mas as coisas na Liga dos Campeões complicaram-se, muito por culpa da equipa, é verdade, mas também por falta de sorte. Perante a perspetiva de revalidar o título de vencedor da Liga Europa a despromoção da principal competição da UEFA até nem soava mal. Não soava até ao sorteio… e até sair o Man City. Mas como já referi, o FC Porto até nem jogou mal, faltou foi alguém que concretizasse as jogadas.

As competições internas

O FC Porto começou a época a ganhar, disputou e conquistou a supertaça de Portugal, numa final disputada frente ao vitória de Guimarães.

Outro momento complicado da época foi a eliminação precoce da Taça de Portugal, perante a Académica. Esse jogo foi terrivelmente mau, os jogadores pareciam não querer remar para que o barco chegasse a bom porto. E, nessa altura, muita gente supôs que Pinto da Costa ia mandar o treinador embora. Mas o Presidente não cedeu a preções externas e, segundo consta, quem terá ouvido – e bem - foram os jogadores.

Também aqui esperava mais, muito mais do FC Porto, mas nesse jogo a equipa esteve mais inclinada em fazer tudo mal. No entanto, este terá sido um jogo de viragem para o plantel.

Quanto ao campeonato, não foi fácil, os dragões tiveram altos e baixos; estiveram isolados na liderança; estiveram com a liderança repartida com o Benfica; estiveram a cinco pontos da liderança. E, neste momento andavam já grande parte dos tais supostos seis milhões convencidos de que iriam ser campeões. Contudo, no momento em que foi preciso a equipa portista reagir reagiu e, na Luz voltou a agarrar o lugar que era seu. No entanto, os dragões voltaram a ter uma escorregadela e, por uma jornada, o Braga foi Líder. Veio depois o jogo de Braga e aí sim, aí o FC Porto agarrou o primeiro lugar. E, a três jornadas do final os portistas puderam celebrar a conquista do bicampeonato , graças à vitória dos dragões no Funchal, perante o Marítimo, e ao empate do Benfica frente ao Rio Ave. Resta acrescentar que os portistas sagraram-se campeões no sofá!

Não foi fácil, mas também ninguém disse que as conquistas tinham sempre de ser fáceis, além disso, as mais difíceis sabem bem, sabem muito bem. E apesar da dificuldade, é importante salientar que os dragões perderam apenas um jogo para a liga portuguesa, um jogo, em que o árbitro foi o protagonista.

Se eu sempre tive esperança na conquista do campeonato? Bom, sempre acreditei que era possível, mesmo quando o FC Porto estava a cinco pontos da liderança. Claro que por vezes a razão fazia-me temer que não fosse possível, mas o coração pedia-me que acreditasse na equipa. Mas confeço que quando os portistas perderam a liderança para o Sporting de Braga, temi que os minhotos ambicionassem o campeonato de tal forma que não mais largassem a liderança e como ainda o FC Porto tinha de ir a Braga temi que as coisas complicassem-se. Contudo, a esperança continuava lá. Ainda bem que Em Braga o FC Porto ganhou e não mais escorregou. E ainda bem que mantive a esperança e a crença.

Sobre os jogadores

Hulk, Helton, João Moutinho, Maicon, Fernando, James e Lucho, foram, na minha opinião, cada um a sua forma, pedras fundamentais no xadrez de Vítor Pereira. Quantas vezes Hulk resolveu os jogos esta época? Quantas vezes Helton salvou a equipa? Quantas vezes Moutinho foi o motor? Quantas vezes Fernando foi fundamental? Pois é, todas as equipas tem jogadores determinantes e os que enumerei, na minha opinião, foram determinantes.

Hulk com os seus golos, deu vitórias, com os seus passes deu golos a marcar. O incrível está no FC Porto à tempo suficiente para nos habituar aos seus golos, as suas jugadas e a verdade, a verdade é que esta época foi ele o responsável por resolver jogos. E se Hulk sair? Bom, se Hulk sair o FC Porto perde um jogador determinante, mas a verdade é que não sei se o FC Porto conseguirá segurá-lo

Helton, com as suas defesas, tantas vezes salvou a equipa de perder pontos. Lembro-me claramente, do jogo dos dragões frente ao Nacional e como Helton foi determinante nesse jogo. Nesse e noutros. O número um portista inspira confiança à equipa e a nós adeptos.

Moutinho, bom, Moutinho não sabe ser mau jogador, por vezes pode é não estar em forma, mas é sempre um jogador importante para a equipa. Se sem estar em forma Moutinho é importante, quando está em forma, bom aí leva a equipa às costas.

Fernando, falou de mais no final da época passada, mas acabou por ficar e deu tudo à equipa. O médio é conhecido por o polvo, e realmente, Quando está em forma, varre a sua zona de ação.

Quanto a James, na minha opinião, foi melhor quando saía do banco, quando era chamado no meio dos jogos. Um exemplo disso foi o jogo da Luz. Mas o colombiano ainda tem muita margem de progressão e de maturação para ser cada vez mais decisivo na equipa.

Quanto a Maicon, como fez-lhe bem passar pelo lado direito da defesa, ficou um central mais concentrado. E ganha muito com essa concentração, ganha Maicon e ganha a defesa portista.

Lucho, bom Lucho voltou ao clube e de certa forma funcionou como um clique para a equipa, mas sobretudo para os adeptos.

Sobre Vítor Pereira

Como já referi, concordei com a opção tomada pelo Presidente Pinto da Costa, no início da Época. teria sido mais complicado se fosse outro treinador? Não sei, o que sei é que Vítor Pereira ficou com esta equipa nas mãos a uma semana do início da pré-época. Acredito que Vítor Pereira não teve vida fácil, teve de gerir ansiedade de uma equipa que vinha de uma época em que ganhou tudo o que tinha a ganhar e muitos pretendiam dar o salto para outro campeonato. Teve de lidar com as críticas vindas de todo o lado, até de portistas. É verdade que Vítor Pereira não é um excelente comunicador, mas é obrigatório o ser? Há muita gente, que atrapalha-se a falar em público, isso não é mal nenhum. E também não é preciso que Vítor Pereira seja um excelente comunicador, o que é preciso é que conduza a equipa a bom porto. Sempre defendi Vítor Pereira e por isso concordei com o Presidente ao nunca ter cedido a preções externas e que tenha mantido o treinador até ao fim, mesmo contra muita gente. E concordo com a continuidade de Vítor Pereira. Cá estarei na próxima época a defender o treinador do meu clube como fiz durante esta temporada.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Presidente Passou Época Em Revista

O Presidente Pinto da Costa foi hoje convidado do programa, do Porto Canal, Somos Porto. Nesta entrevista, o presidente falou da época que findou no passado fim-de-semana e, tocou em vários pontos.

Começou por falar da não abertura das portas da câmara ao FC Porto, mas referiu que seja quem for o próximo presidente abrirá as portas aos festejos portistas. Falou da saída de Villas-Boas e da passagem de Vítor Pereira de adjunto a treinador principal. Falou de uma conversa que teve, no Dubai, com o presidente do Barça, sobre a opção de Pinto da Costa por Vítor Pereira para treinador principal. Falou de arbitragens, mas sem fazer da arbitragem a única causadora das duas derrotas, na Taça de Portugal e do campeonato. Fez referência ao castigo que teve e que outros, que fizeram acusações mais graves, não têm. Falou do jornal abola e da influência deste na união do grupo de trabalho e, até, ridicularizou alguns dos supostos jornalistas desse suposto jornal. Falou dos jogadores que foram emprestados em Janeiro e da contratação de Lucho e Janko. Parece-me que o FC Porto deixa a porta aberta à saída de Hulk, ainda que o Presidente saliente que não tem vontade de o ver sair. Pinto da Costa falou ainda da atual situação na Liga Portuguesa de Futebol.

Em suma, foi mais uma entrevista de Pinto da Costa, à Pinto da Costa, logo, sem papas na língua.

Entrevistas de Fernando e de Defour

O post que hoje decidi publicar já vem um pouco atrasado, mas, não só por falta de tempo, mas também por uma questão de organização de posts, apenas publico hoje.

A entrevista de Fernando foi publicada na passada quinta-feira, dia 10 de Maio.

“Fernando: "Percebemos que o título não podia escapar"

Direto, conciso e sem medo das palavras, Fernando fez um balanço positivo de uma "época complicada", mesmo a nível pessoal. Numa entrevista a O JOGO, o médio também assumiu erros de um passado recente e admitiu ainda que Vítor Pereira não teve vida fácil no Dragão...

Foi a época mais complicada que teve no FC Porto?

Como vencemos o campeonato, todas essas dificuldades foram um pouco amenizadas. O ano mais difícil foi mesmo aquele em que perdemos o campeonato para o Benfica... Este ano, e apesar de a época ter sido complicada, a conquista do título acabou por nos trazer um maior conforto, até porque sabemos que a vitória na Liga sempre foi o nosso principal objetivo.

Fazendo a pergunta de outra forma: dos três campeonatos que já venceu no FC Porto, este foi o mais difícil?

Sim, sem dúvida que este título foi o mais complicado, porque nem sempre fomos regulares. Também vivemos um momento de transição de treinador e isso é sempre um pouco complicado. Para além disso, havia muitos jogadores que, no início, não estavam totalmente focados no clube, como foi o meu caso. Reconheço isso sem problemas. No entanto, conseguimos estabilizar a equipa para a segunda metade da época e acabámos por perceber que o título não nos podia escapar.

Depois da derrota em Barcelos, o FC Porto ficou a cinco pontos do Benfica. Nessa altura, ainda acreditava na vitória no campeonato?

Sabíamos que ia ser difícil, mas também sabíamos que se chegássemos perto eles iam tremer. Foi disso que fomos à procura a partir daquele momento. Ficámos à espera que eles errassem para nós aproveitarmos e eles erraram mesmo. Depois, acabámos por passar para a frente do campeonato e, a partir daí, não demos mais hipóteses.

O Benfica tem-se queixado das arbitragens nos últimos tempos, mas, para si, ficou provado no jogo da Luz que o FC Porto foi a melhor equipa do campeonato?

Claro que sim. Não só durante este ano, mas também nos últimos. Temos provado que somos a melhor equipa portuguesa, sem dúvida. Esta época, até pelo título conquistado, voltamos a demonstrar que somos a melhor equipa de Portugal. Agora, espero é que o clube continue nesta senda de vitórias por muitos mais anos.

Qual foi a importância que Lucho teve nesta conquista?

O Lucho foi muito importante. Não tenho dúvidas disso. Também não é segredo para ninguém que eu sou um fã do Lucho, não só do seu futebol, mas também da sua personalidade. Ele representou o FC Porto dentro do campo, com a qualidade e classe que todos lhe reconhecem, mas também foi fundamental no balneário, pelo pessoa que é e por tudo aquilo que representa. Ele transmite-nos sempre muita confiança antes dos jogos e foi uma contratação muito importante para todos, como acabou por ficar provado pela influência que ele teve na conquista deste campeonato.

"Não foi fácil gerir jogadores que tinham ganho tudo..."

Pediu publicamente para sair no final da última época. Como contornou essa situação?

Todos os jogadores trabalham para conseguir sempre mais para as suas carreiras, tal como acontece em todas as profissões. No final da última época, não estava a atravessar um bom período a nível pessoal e, naquele momento, disse que queria sair, algo que não devia ter feito. Aconteceu, não posso fazer nada. Depois disso, no início desta temporada, ainda passei por um momento confuso, um momento de desequilíbrio, mas consegui voltar a ganhar a mentalidade habitual. Ou seja, voltei a concentrar-me naquilo que realmente é importante e acredito que acabei por fazer uma excelente época. Não vou repetir declarações daquele género, porque tenho é de me concentrar no meu trabalho. Tenho mais dois anos de contrato e passei a dar ainda mais valor ao clube que me dá trabalho.

Sendo assim, os adeptos podem contar com o Fernando para a próxima época?

Claro que sim. Podem, claro. Enquanto tiver contrato com o clube podem contar sempre comigo, porque vou estar sempre a lutar pelo FC Porto e a dar o máximo todos os dias. Não vão ouvir mais pedidos para sair, nem este ano, nem nunca mais, seja no FC Porto ou noutro clube qualquer. Vou respeitar sempre a instituição que me dá trabalho. Foi um erro que não se repetirá. Não devia ter falado com a Imprensa sobre esse assunto; devia, antes, ter conversado calmamente com as pessoas do clube. Mas é mesmo assim: ainda sou novo e vou continuar a aprender com a vida.

Foi muito difícil gerir as vitórias do ano passado? E acredita que Vítor Pereira sofreu com isso?

Reconheço que foi muito complicado para ele. Não é fácil gerir jogadores que, no ano anterior, tinham ganho tudo o que havia para ganhar. Por vezes, os jogadores deixam a humildade um pouco de lado e cada um começa a olhar para o seu umbigo. Para o Vítor Pereira foi muito complicado, mas a verdade é que ele conseguiu dar a volta à situação da melhor forma; conseguiu manter o grupo unido e ainda conquistámos o campeonato. Considero que o principal mérito é dos jogadores, mas muito desse mérito também é do treinador, porque conseguiu voltar a focar os jogadores no essencial, que são as vitórias.

"Festejos na expulsão? Foi como um desabafo"

Que festejo foi aquele no momento da expulsão no jogo com o Sporting?

Foi um momento de euforia, de alegria, foi como libertar tudo o que passei durante esta época. Naqueles segundos, expressei tudo o que estava guardado, foi algo que aconteceu no momento. Agora que vejo as imagens, acho que vai ficar para a história (risos). Fiquei feliz por ter realizado uma excelente temporada e por ter ajudado o FC Porto a conquistar um título muito importante, embora espere que aquele festejo por um cartão vermelho não se volte a repetir. Quero é festejar mais títulos e muitos golos.

Mas, então, foi um momento em que se libertou da pressão de uma época que considerou complicada?

Foi exatamente isso. A época foi muito desgastante, com muitos altos e baixos, e tivemos um ano muito difícil. Acho que aquele momento foi como um desabafar de tudo o que estava guardado. Acredito que foi algo saudável, que me expressei de uma maneira divertida, sem maldade, e ainda acho que pus muitos adeptos a rir, o que é sempre bom.

Hulk, o incrível também é "fantástico"

A pergunta surgiu enrolada no meio de tantas outras, mas Fernando não hesitou nem um segundo quando foi convidado a escolher o melhor jogador do campeonato. "Foi o Hulk, claro", atirou de pronto, antes de passar a explicar de uma forma entusiasmada uma opção que até parece óbvia. "Ele foi o melhor, sem sombra de dúvidas. E foi o melhor pela forma como jogou, como decidiu os jogos, pela potência que tem... Ele é incrível. Tem um talento fantástico e voltou a ser o melhor jogador do campeonato com uma diferença muito grande para todos os outros", afirmou o médio, que também considerou o Hulk como o "jogador mais difícil de anular" de todos os que foi encontrando ao longo da carreira.”

in "ojogo.pt"

Retirado de:

http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.pt/

A entrevista de Defour foi publicada na Sexta-Feira, dia 11 de Maio.

“Defour: "Quando não ganhamos é um desastre"

Defour chegou, viu e venceu o... campeonato, mas já pensa na próxima época: para além de querer jogar mais, também sonha juntar pelo menos uma taça ao título de campeão. "É assim no FC Porto", diz.

Qual é a sensação de conquistar o campeonato logo no primeiro ano em Portugal?

Não podia ser melhor. Sinto-me bem, muito feliz e muito orgulhoso por ter conseguido um título importante na minha carreira. Quando cheguei, sabia que o FC Porto era uma grande equipa, mas vim encontrar algo ainda maior. O FC Porto é uma máquina de vitórias, é um clube vencedor por natureza e onde só se pode pensar em ganhar todos os dias e cada vez mais.

Quando chegou, o que mais o surpreendeu no clube?

O nível de profissionalismo. Tudo é pensado ao pormenor. Sabia que estava a chegar a um grande clube, mas nunca pensei que fosse assim tão grande nos pormenores. Tudo está organizado como nas melhores equipas do mundo.

E o que espera do futuro?

Quero ganhar mais títulos, muitos títulos. Quero vencer tudo. Liga dos Campeões? Sim, claro. Tudo é possível. Se o FC Porto já a venceu no passado, e nem foi assim há tantos anos, por que motivo não a pode voltar a ganhar na próxima época? É preciso acreditar.

Qual é o seu principal objetivo a nível pessoal?

Quero jogar mais. Quando cheguei, percebi que precisava de algum tempo para me adaptar, porque estava a reforçar uma equipa que acabava de vencer a Liga Europa e que já estava montada. Percebi que teria que ser paciente e que precisava de tempo para me adaptar à equipa e a equipa a mim. No final, posso dizer que correu tudo bem. Foi um bom ano, especialmente no final da época, que foi quando consegui fazer os meus melhores jogos.

Qual foi o momento mais importante desta época?

O jogo com o Benfica, sem dúvida. E com o Braga também. Esses foram os momentos mais importantes. Antes de jogarmos com o Benfica, toda a gente dizia que eles eram a melhor equipa do campeonato e nós fomos lá ganhar. Depois, antes de defrontarmos o Braga, passou-se a dizer que eram eles a equipa que jogava melhor futebol em Portugal. Estávamos no primeiro lugar, mas mesmo assim ninguém falava do FC Porto. No entanto, também fomos lá vencer, num jogo em que fomos melhores em todos os aspetos.

Como é que os jogadores foram recebendo as críticas dirigidas a Vítor Pereira?

É muito difícil ser treinador depois de um ano em que o clube venceu tudo. O início da época até começou bem, mas depois de perdermos aquele jogo com a Académica para a Taça de Portugal as críticas intensificaram-se. Os adeptos acham que temos de vencer sempre, porque estão habituados a isso, e quando não ganhamos é um desastre. O treinador também teve que se adaptar a isso, mas fez um grande trabalho.

Como disse, os adeptos do FC Porto são exigentes e, por vezes, até fica a sensação de que ganhar o campeonato não é suficiente...

E não é. Aqui não chega. Na próxima época quero voltar a ganhar o campeonato, mas também quero vencer a Taça de Portugal, a Taça da Liga e até na Europa. Quero ganhar tudo. Estamos num grande clube e, apesar de os adeptos terem ficado muito contentes com a vitória no campeonato, sentimos que eles querem sempre mais. Aqui temos que vencer mais alguma coisa, seja uma Taça de Portugal, uma Liga Europa ou até uma Champions. Os adeptos do FC Porto querem ganhar, ganhar e ganhar ainda mais. E isso é bom.

Lucho para uma posição diferente

Defour voltou a assumir que gosta de ser "um seis ou um oito" no campo, "nunca um dez", isto para explicar que não sofreu assim tanto com a chegada de Lucho. "Naquela altura, não estava a atravessar um bom momento de forma. Tinha jogado mais adiantado em algumas ocasiões, não é essa a minha posição, mas fi-lo pela equipa. Apesar de Lucho ter chegado, continuei a ter oportunidades de jogar", referiu.++

Aparelho nos dentes tirou-lhe as dores

A época terminou e Defour aproveitou o momento para recordar um dos aspetos que o ajudaram a melhorar a condição física: o aparelho nos dentes que foi obrigado a colocar quando chegou ao FC Porto. "Tinha problemas no ombro e também já tinha partido o pé. Tive muitos problemas, porque o meu corpo já não estava igual. Tinha dores um pouco por todo o lado. Era muito difícil conseguir treinar sem dores. Depois, colocaram-me o aparelho aqui no FC Porto e tudo acabou agora. Pareceu uma coisa simples, mas foi muito eficaz. Nunca mais tive problemas", explicou o belga, na altura em que estava a dar mais um exemplo do profissionalismo que veio encontrar no clube.”

in "ojogo.pt"

Retirado de:

http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.pt/

domingo, 13 de maio de 2012

Não Houve Duas Sem Três!

Já diz o ditado “não há duas sem três” e o FC Porto ontem fez desse ditado uma realidade. Após o jogo de Vila do Conde, onde terminou a liga com mais uma vitória, os dragões desceram à avenida dos aliados, para, mais uma vez, a terceira desde que se sagraram bicampeões, festejar com os adeptos.

Num autocarro panorâmico a equipa recebeu mais um banho de multidão acompanhado por cânticos e cerveja, pois claro.

Foi mais uma bonita festa que, mais uma vez, eu acompanhei no Porto Canal.

sábado, 12 de maio de 2012

Crónica e Análise: Rio Ave 2 – FC Porto 5

1 – Crónica

Acabar a Época em Beleza, Com Uma Vitória

No final de tarde deste Sábado, o Rio Ave recebeu o FC Porto em jogo a contar para a trigésima e última jornada da Liga. No final do encontro verificou-se a vitória dos dragões por 2-5.

Já era uma certeza, Sapunaru e Fernando não podiam alinhar frente ao Rio Ave, por estarem a cumprir castigo, logo, o treinador dos dragões tinha, forçosamente, de mexer no onze inicial. Mas Vítor Pereira não ficou por aí, decidiu dar, no jogo final, minutos aos menos utilizados, bem como permitir que Bracali e Kadú se consagrassem campeões. Assim sendo, o FC Porto apresentou-se em campo com um onze diferente daquele que tinha entrado em campo nos últimos jogos, desse onze, sobraram apenas João Moutinho, James e Varela. Vamos ao jogo.

A primeira parte foi dominada e controlada pelos dragões, ainda que disputada em ritmo razoável. Logo no início os dragões, por intermédio de Kleber, deram um primeiro aviso. Seguiu-se uma boa oportunidade para o Rio Ave. Mas ao minuto 13 Djalma deu a vantagem aos bicampeões e quatro minutos depois James ampliou o resultado. Ao minuto 42, o Rio Ave reduziu a desvantagem através de uma grande penalidade.

No segundo tempo Vítor Pereira fez entrar Iturbe para o lugar de James. E o FC Porto, ao minuto 50 chegou ao terceiro golo, Kleber voltou a marcar. Vítor Pereira lançou Hulk em jogo, por troca com Varela que realizou uma boa exibição. Entretanto os vila-condenses voltaram a reduzir a desvantagem. Mas os dragões voltaram a marcar. Novamente Kleber, ao minuto 75 fez o quarto golo. E, o mesmo Kleber fechou as contas do jogo com o quinto golo já perto do final.

Com esta vitória os dragões terminam o campeonato a vencer, somam mais três pontos na tabela classificativa, terminaram com o melhor ataque e com a melhor defesa.

2 – Análise

E já está, este campeonato já está terminado e vencido. Os dragões foram a Vila de Conde vencer o Rio Ave e, assim, terminaram o campeonato em beleza. Este era um jogo sem pressões para qualquer uma das duas equipas, visto que ambas já tinham conquistado os seus principais objectivos, mas para o FC Porto vencer nunca é de mais. Exactamente por nenhuma das equipas ter nada a perder nem a ganhar, o jogo poderia ser mais monótono e, por isso, surgirem dificuldades. Não foi assim, ou por outra, o FC Porto tratou sempre de resolver a questão, nunca deixando que os de Vila do conde pusessem em risco a vitória portista. Por isso gostei do jogo, gostei da vitória e gostei que Vítor Pereira tivesse dado a oportunidade a Bracali e a Kadú de se sagrarem campeões, bem como de ter dado minutos aos menos utilizados. De salientar, também, o regresso de Kleber aos golos, pena que não foi mais cedo … E agora é hora de mais festa! Desta vez na avenida dos Aliados.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Convocados Para a Trigésima Jornada da Liga

Aqui está a lista de convocados de Vítor Pereira para a trigésima e última jornada da Liga.

Danilo, Lucho, Maicon, Alvaro Pereira, João Moutinho, Kléber, Hulk, Rolando, Varela, James, Djalma, Mangala, Alex Sandro, Iturbe, Janko, Bracali, Defour e Kadú.