segunda-feira, 14 de maio de 2012

Entrevistas de Fernando e de Defour

O post que hoje decidi publicar já vem um pouco atrasado, mas, não só por falta de tempo, mas também por uma questão de organização de posts, apenas publico hoje.

A entrevista de Fernando foi publicada na passada quinta-feira, dia 10 de Maio.

“Fernando: "Percebemos que o título não podia escapar"

Direto, conciso e sem medo das palavras, Fernando fez um balanço positivo de uma "época complicada", mesmo a nível pessoal. Numa entrevista a O JOGO, o médio também assumiu erros de um passado recente e admitiu ainda que Vítor Pereira não teve vida fácil no Dragão...

Foi a época mais complicada que teve no FC Porto?

Como vencemos o campeonato, todas essas dificuldades foram um pouco amenizadas. O ano mais difícil foi mesmo aquele em que perdemos o campeonato para o Benfica... Este ano, e apesar de a época ter sido complicada, a conquista do título acabou por nos trazer um maior conforto, até porque sabemos que a vitória na Liga sempre foi o nosso principal objetivo.

Fazendo a pergunta de outra forma: dos três campeonatos que já venceu no FC Porto, este foi o mais difícil?

Sim, sem dúvida que este título foi o mais complicado, porque nem sempre fomos regulares. Também vivemos um momento de transição de treinador e isso é sempre um pouco complicado. Para além disso, havia muitos jogadores que, no início, não estavam totalmente focados no clube, como foi o meu caso. Reconheço isso sem problemas. No entanto, conseguimos estabilizar a equipa para a segunda metade da época e acabámos por perceber que o título não nos podia escapar.

Depois da derrota em Barcelos, o FC Porto ficou a cinco pontos do Benfica. Nessa altura, ainda acreditava na vitória no campeonato?

Sabíamos que ia ser difícil, mas também sabíamos que se chegássemos perto eles iam tremer. Foi disso que fomos à procura a partir daquele momento. Ficámos à espera que eles errassem para nós aproveitarmos e eles erraram mesmo. Depois, acabámos por passar para a frente do campeonato e, a partir daí, não demos mais hipóteses.

O Benfica tem-se queixado das arbitragens nos últimos tempos, mas, para si, ficou provado no jogo da Luz que o FC Porto foi a melhor equipa do campeonato?

Claro que sim. Não só durante este ano, mas também nos últimos. Temos provado que somos a melhor equipa portuguesa, sem dúvida. Esta época, até pelo título conquistado, voltamos a demonstrar que somos a melhor equipa de Portugal. Agora, espero é que o clube continue nesta senda de vitórias por muitos mais anos.

Qual foi a importância que Lucho teve nesta conquista?

O Lucho foi muito importante. Não tenho dúvidas disso. Também não é segredo para ninguém que eu sou um fã do Lucho, não só do seu futebol, mas também da sua personalidade. Ele representou o FC Porto dentro do campo, com a qualidade e classe que todos lhe reconhecem, mas também foi fundamental no balneário, pelo pessoa que é e por tudo aquilo que representa. Ele transmite-nos sempre muita confiança antes dos jogos e foi uma contratação muito importante para todos, como acabou por ficar provado pela influência que ele teve na conquista deste campeonato.

"Não foi fácil gerir jogadores que tinham ganho tudo..."

Pediu publicamente para sair no final da última época. Como contornou essa situação?

Todos os jogadores trabalham para conseguir sempre mais para as suas carreiras, tal como acontece em todas as profissões. No final da última época, não estava a atravessar um bom período a nível pessoal e, naquele momento, disse que queria sair, algo que não devia ter feito. Aconteceu, não posso fazer nada. Depois disso, no início desta temporada, ainda passei por um momento confuso, um momento de desequilíbrio, mas consegui voltar a ganhar a mentalidade habitual. Ou seja, voltei a concentrar-me naquilo que realmente é importante e acredito que acabei por fazer uma excelente época. Não vou repetir declarações daquele género, porque tenho é de me concentrar no meu trabalho. Tenho mais dois anos de contrato e passei a dar ainda mais valor ao clube que me dá trabalho.

Sendo assim, os adeptos podem contar com o Fernando para a próxima época?

Claro que sim. Podem, claro. Enquanto tiver contrato com o clube podem contar sempre comigo, porque vou estar sempre a lutar pelo FC Porto e a dar o máximo todos os dias. Não vão ouvir mais pedidos para sair, nem este ano, nem nunca mais, seja no FC Porto ou noutro clube qualquer. Vou respeitar sempre a instituição que me dá trabalho. Foi um erro que não se repetirá. Não devia ter falado com a Imprensa sobre esse assunto; devia, antes, ter conversado calmamente com as pessoas do clube. Mas é mesmo assim: ainda sou novo e vou continuar a aprender com a vida.

Foi muito difícil gerir as vitórias do ano passado? E acredita que Vítor Pereira sofreu com isso?

Reconheço que foi muito complicado para ele. Não é fácil gerir jogadores que, no ano anterior, tinham ganho tudo o que havia para ganhar. Por vezes, os jogadores deixam a humildade um pouco de lado e cada um começa a olhar para o seu umbigo. Para o Vítor Pereira foi muito complicado, mas a verdade é que ele conseguiu dar a volta à situação da melhor forma; conseguiu manter o grupo unido e ainda conquistámos o campeonato. Considero que o principal mérito é dos jogadores, mas muito desse mérito também é do treinador, porque conseguiu voltar a focar os jogadores no essencial, que são as vitórias.

"Festejos na expulsão? Foi como um desabafo"

Que festejo foi aquele no momento da expulsão no jogo com o Sporting?

Foi um momento de euforia, de alegria, foi como libertar tudo o que passei durante esta época. Naqueles segundos, expressei tudo o que estava guardado, foi algo que aconteceu no momento. Agora que vejo as imagens, acho que vai ficar para a história (risos). Fiquei feliz por ter realizado uma excelente temporada e por ter ajudado o FC Porto a conquistar um título muito importante, embora espere que aquele festejo por um cartão vermelho não se volte a repetir. Quero é festejar mais títulos e muitos golos.

Mas, então, foi um momento em que se libertou da pressão de uma época que considerou complicada?

Foi exatamente isso. A época foi muito desgastante, com muitos altos e baixos, e tivemos um ano muito difícil. Acho que aquele momento foi como um desabafar de tudo o que estava guardado. Acredito que foi algo saudável, que me expressei de uma maneira divertida, sem maldade, e ainda acho que pus muitos adeptos a rir, o que é sempre bom.

Hulk, o incrível também é "fantástico"

A pergunta surgiu enrolada no meio de tantas outras, mas Fernando não hesitou nem um segundo quando foi convidado a escolher o melhor jogador do campeonato. "Foi o Hulk, claro", atirou de pronto, antes de passar a explicar de uma forma entusiasmada uma opção que até parece óbvia. "Ele foi o melhor, sem sombra de dúvidas. E foi o melhor pela forma como jogou, como decidiu os jogos, pela potência que tem... Ele é incrível. Tem um talento fantástico e voltou a ser o melhor jogador do campeonato com uma diferença muito grande para todos os outros", afirmou o médio, que também considerou o Hulk como o "jogador mais difícil de anular" de todos os que foi encontrando ao longo da carreira.”

in "ojogo.pt"

Retirado de:

http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.pt/

A entrevista de Defour foi publicada na Sexta-Feira, dia 11 de Maio.

“Defour: "Quando não ganhamos é um desastre"

Defour chegou, viu e venceu o... campeonato, mas já pensa na próxima época: para além de querer jogar mais, também sonha juntar pelo menos uma taça ao título de campeão. "É assim no FC Porto", diz.

Qual é a sensação de conquistar o campeonato logo no primeiro ano em Portugal?

Não podia ser melhor. Sinto-me bem, muito feliz e muito orgulhoso por ter conseguido um título importante na minha carreira. Quando cheguei, sabia que o FC Porto era uma grande equipa, mas vim encontrar algo ainda maior. O FC Porto é uma máquina de vitórias, é um clube vencedor por natureza e onde só se pode pensar em ganhar todos os dias e cada vez mais.

Quando chegou, o que mais o surpreendeu no clube?

O nível de profissionalismo. Tudo é pensado ao pormenor. Sabia que estava a chegar a um grande clube, mas nunca pensei que fosse assim tão grande nos pormenores. Tudo está organizado como nas melhores equipas do mundo.

E o que espera do futuro?

Quero ganhar mais títulos, muitos títulos. Quero vencer tudo. Liga dos Campeões? Sim, claro. Tudo é possível. Se o FC Porto já a venceu no passado, e nem foi assim há tantos anos, por que motivo não a pode voltar a ganhar na próxima época? É preciso acreditar.

Qual é o seu principal objetivo a nível pessoal?

Quero jogar mais. Quando cheguei, percebi que precisava de algum tempo para me adaptar, porque estava a reforçar uma equipa que acabava de vencer a Liga Europa e que já estava montada. Percebi que teria que ser paciente e que precisava de tempo para me adaptar à equipa e a equipa a mim. No final, posso dizer que correu tudo bem. Foi um bom ano, especialmente no final da época, que foi quando consegui fazer os meus melhores jogos.

Qual foi o momento mais importante desta época?

O jogo com o Benfica, sem dúvida. E com o Braga também. Esses foram os momentos mais importantes. Antes de jogarmos com o Benfica, toda a gente dizia que eles eram a melhor equipa do campeonato e nós fomos lá ganhar. Depois, antes de defrontarmos o Braga, passou-se a dizer que eram eles a equipa que jogava melhor futebol em Portugal. Estávamos no primeiro lugar, mas mesmo assim ninguém falava do FC Porto. No entanto, também fomos lá vencer, num jogo em que fomos melhores em todos os aspetos.

Como é que os jogadores foram recebendo as críticas dirigidas a Vítor Pereira?

É muito difícil ser treinador depois de um ano em que o clube venceu tudo. O início da época até começou bem, mas depois de perdermos aquele jogo com a Académica para a Taça de Portugal as críticas intensificaram-se. Os adeptos acham que temos de vencer sempre, porque estão habituados a isso, e quando não ganhamos é um desastre. O treinador também teve que se adaptar a isso, mas fez um grande trabalho.

Como disse, os adeptos do FC Porto são exigentes e, por vezes, até fica a sensação de que ganhar o campeonato não é suficiente...

E não é. Aqui não chega. Na próxima época quero voltar a ganhar o campeonato, mas também quero vencer a Taça de Portugal, a Taça da Liga e até na Europa. Quero ganhar tudo. Estamos num grande clube e, apesar de os adeptos terem ficado muito contentes com a vitória no campeonato, sentimos que eles querem sempre mais. Aqui temos que vencer mais alguma coisa, seja uma Taça de Portugal, uma Liga Europa ou até uma Champions. Os adeptos do FC Porto querem ganhar, ganhar e ganhar ainda mais. E isso é bom.

Lucho para uma posição diferente

Defour voltou a assumir que gosta de ser "um seis ou um oito" no campo, "nunca um dez", isto para explicar que não sofreu assim tanto com a chegada de Lucho. "Naquela altura, não estava a atravessar um bom momento de forma. Tinha jogado mais adiantado em algumas ocasiões, não é essa a minha posição, mas fi-lo pela equipa. Apesar de Lucho ter chegado, continuei a ter oportunidades de jogar", referiu.++

Aparelho nos dentes tirou-lhe as dores

A época terminou e Defour aproveitou o momento para recordar um dos aspetos que o ajudaram a melhorar a condição física: o aparelho nos dentes que foi obrigado a colocar quando chegou ao FC Porto. "Tinha problemas no ombro e também já tinha partido o pé. Tive muitos problemas, porque o meu corpo já não estava igual. Tinha dores um pouco por todo o lado. Era muito difícil conseguir treinar sem dores. Depois, colocaram-me o aparelho aqui no FC Porto e tudo acabou agora. Pareceu uma coisa simples, mas foi muito eficaz. Nunca mais tive problemas", explicou o belga, na altura em que estava a dar mais um exemplo do profissionalismo que veio encontrar no clube.”

in "ojogo.pt"

Retirado de:

http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.pt/

1 comentário:

Silva Pereira disse...

Bom dia

Sinceramente valorizo muito pouco as entrevistas dos jogadores no activo a cantar hinos á instituição que representam e aos seus colegas, o contrário já não é verdade. Mas por outro lado dou muito valor quando vejo um excolaborador do FCP mencionar e valorizar o bom que foi estar a representar o nosso clube como foi o último exemplo de Maniche.
Quem viu diz ora está uma pessoa que sabe estar na vida e tem como costumo dizer berço. Quando vejo pessoas que cospem namão que deu de comer está tudo dito.
Por isso é que registo as entrevistas positivas mas para mim não são relevantes, pois que já vi muitos depois quando estão no outro lado renegam 3 vezes antes de cantar o galo
Cumprimentos