Juro que gostava de perceber o que se passa com esta equipa,
porque oscila tanto entre o muito bom, o bom e a incapacidade de resolver?
Poderia dizer que é bipolar, no entanto não pode ser, pois para ser bipolar tem
de permanecer um determinado período de tempo deprimido ou eufórico. Bom mas
isso também não interessa nada para o caso, são contas de outro rosário.
Só se pode estabelecer termo de comparação entre os jogos
orientados por Luís Castro, porque o que está para trás já la vai e era outra
hera.
Como já tive oportunidade de referir cá no blog, com Luís
Castro ao comando notaram-se melhorias, principalmente no que diz respeito à
motivação. No entanto, essa motivação oscila tanto quanto as exibições. Se não
vejamos.
A equipa esteve bem nos dois jogos para a liga Europa,
referentes aos oitavos de final, sendo que no jogo de Nápoles sobressaiu a
solidariedade e a segurança. No entanto, frente ao Belenenses a equipa não foi
capaz de por em campo qualidade de jogo e demonstrou incapacidade de resolver o
encontro, vencendo-o pela margem mínima. Seguiu-se o Benfica para a Taça de
Portugal e o FC Porto apresentou uma boa qualidade de jogo, sobretudo no
primeiro tempo onde esteve mesmo muito bem. No entanto ontem, frente ao
Nacional a qualidade de jogo voltou a cair.
Não, não me esqueci do jogo frente ao Sporting, é que esse
tem outros pormenores. Nesse jogo, antes de mais, o FC Porto fez uma boa
primeira parte, onde poderia ter marcado em três ocasiões. Na segunda o Sporting
marcou, ainda que o golo tenha sido precedido de fora-de-jogo do jogador do
sporting que cruzou.
A primeira conclusão que se tira é que, com Luís Castro os
dragões perderam por duas vezes, frente a Sporting e Nacional, dois jogos com algo em comum, as razões de
queixa das arbitragens e que esses erros tiveram influência direta nos
resultados finais. Ou seja, foram seis pontos perdidos que podiam ter sido
quatro, ou quem sabe menos. Sim, eu sei que frente ao Nacional a exibição
também não foi muito boa, sobretudo no primeiro tempo, mas a verdade é que o
resultado poderia ter sido outro.
Posto isto, vamos ao facto da oscilação da equipa.
Será que a equipa para os jogos do campeonato desistiu de
lutar, por saber que o principal objetivo é impossível de concretizar, ainda
que matematicamente seja possível, realisticamente não – e por essa razão não
há motivação que resista? Se é, então fizeram mal, porque a cultura portista
mostra que é para lutar até ao final, até ser mesmo impossível, até matematicamente.
Depois ainda há o segundo lugar, e esse não me parecia assim tão impossível,
para tal o FC Porto tinha de ganhar todos os jogos e esperar que o Sporting
perdesse pontos algures. No entanto, até esse objetivo já parece condenado… mas
aguardemos, porque ainda há 15 pontos em jogo.
Quanto às restantes três competições, julgo que nessas a
equipa deverá manter a motivação no máximo, porque nada é impossível,
principalmente no que diz respeito à Taça de Portugal. No que se refere à Liga
Europa, é difícil, mas não impossível, no futebol não há impossíveis é dar o
melhor e esperar…
Em suma, a época ainda não acabou, ainda há competições em
jogo. E por isso, à que entrar em campo sempre com o pensamento na vitória, se
assim não for, então nada se consegue.