segunda-feira, 31 de março de 2014

Há Coisas Que É Tão Difícil de Entender



Juro que gostava de perceber o que se passa com esta equipa, porque oscila tanto entre o muito bom, o bom e a incapacidade de resolver? Poderia dizer que é bipolar, no entanto não pode ser, pois para ser bipolar tem de permanecer um determinado período de tempo deprimido ou eufórico. Bom mas isso também não interessa nada para o caso, são contas de outro rosário.
Só se pode estabelecer termo de comparação entre os jogos orientados por Luís Castro, porque o que está para trás já la vai e era outra hera.
Como já tive oportunidade de referir cá no blog, com Luís Castro ao comando notaram-se melhorias, principalmente no que diz respeito à motivação. No entanto, essa motivação oscila tanto quanto as exibições. Se não vejamos.
A equipa esteve bem nos dois jogos para a liga Europa, referentes aos oitavos de final, sendo que no jogo de Nápoles sobressaiu a solidariedade e a segurança. No entanto, frente ao Belenenses a equipa não foi capaz de por em campo qualidade de jogo e demonstrou incapacidade de resolver o encontro, vencendo-o pela margem mínima. Seguiu-se o Benfica para a Taça de Portugal e o FC Porto apresentou uma boa qualidade de jogo, sobretudo no primeiro tempo onde esteve mesmo muito bem. No entanto ontem, frente ao Nacional a qualidade de jogo voltou a cair.
Não, não me esqueci do jogo frente ao Sporting, é que esse tem outros pormenores. Nesse jogo, antes de mais, o FC Porto fez uma boa primeira parte, onde poderia ter marcado em três ocasiões. Na segunda o Sporting marcou, ainda que o golo tenha sido precedido de fora-de-jogo do jogador do sporting que cruzou.
A primeira conclusão que se tira é que, com Luís Castro os dragões perderam por duas vezes, frente a Sporting e Nacional,  dois jogos com algo em comum, as razões de queixa das arbitragens e que esses erros tiveram influência direta nos resultados finais. Ou seja, foram seis pontos perdidos que podiam ter sido quatro, ou quem sabe menos. Sim, eu sei que frente ao Nacional a exibição também não foi muito boa, sobretudo no primeiro tempo, mas a verdade é que o resultado poderia ter sido outro.
Posto isto, vamos ao facto da oscilação  da equipa.
Será que a equipa para os jogos do campeonato desistiu de lutar, por saber que o principal objetivo é impossível de concretizar, ainda que matematicamente seja possível, realisticamente não – e por essa razão não há motivação que resista? Se é, então fizeram mal, porque a cultura portista mostra que é para lutar até ao final, até ser mesmo impossível, até matematicamente. Depois ainda há o segundo lugar, e esse não me parecia assim tão impossível, para tal o FC Porto tinha de ganhar todos os jogos e esperar que o Sporting perdesse pontos algures. No entanto, até esse objetivo já parece condenado… mas aguardemos, porque ainda há 15 pontos em jogo.
Quanto às restantes três competições, julgo que nessas a equipa deverá manter a motivação no máximo, porque nada é impossível, principalmente no que diz respeito à Taça de Portugal. No que se refere à Liga Europa, é difícil, mas não impossível, no futebol não há impossíveis é dar o melhor e esperar…
Em suma, a época ainda não acabou, ainda há competições em jogo. E por isso, à que entrar em campo sempre com o pensamento na vitória, se assim não for, então nada se consegue.



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