Sexto jogo da pré-época, sexta vitória e desta vez perante os
adeptos portistas em pleno Estádio do Dragão. O jogo de apresentação não poderia
ter tido outro resultado.
Tudo começou com a festa de apresentação, cujas incidências seguem
descritas tal como se encontram no site oficial do FC Porto, visto que não me
foi possível assistir às mesmas.
“DAS VIAGENS AO PASSADO AO BOM AUGÚRIO PARA O FUTURO
Está
oficialmente apresentado o plantel do FC Porto para a época 2013/14. Numa
cerimónia com toda a pompa e circunstância, o tricampeão nacional deu a conhecer
aos seus adeptos todas as armas com as quais vai atacar o tetracampeonato, e as
demais competições onde os Dragões alimentam legítimas aspirações. Serão estes
os obreiros do(s) sonho(s).
Coube a
Paulo Fonseca a honra de abrir a festa que antecedeu o jogo frente ao Celta de
Vigo. O novo técnico do FC Porto acordou o Dragão e deu-lhe asas para voar. Num
momento que se tornou um ritual no arranque de cada época desportiva, o relvado
do recinto portista voltou a servir de palco à célebre Dança do Dragão, uma
tradição chinesa muito ligada a ocasiões de bom augúrio. Para os menos
familiarizados com este tema, acredita-se que os dragões trazem boa sorte às
pessoas, sendo que as suas maiores qualidades incluem o poder, a dignidade, a
fertilidade, a sabedoria e o bom augúrio.
Subido o
pano sobre a cerimónia, desfilaram pelo relvado do Dragão 12 telas referentes a
momentos ou personagens emblemáticos e indissociáveis da história do FC Porto,
provocando um emocionante regresso ao passado a todos os presentes. O fundador
António Nicolau d’Almeida, o treinador José Maria Pedroto e o presidente Pinto
da Costa foram recordados, assim como as conquistas europeias, o “penta” e o
recente “tri”.
Estas 12
telas, depois de expostas, confluíram para uma imagem comum, formando
conjuntamente o símbolo do FC Porto e aquele que assinala os 120 anos de existência
do clube. Depois de descidos os pendões representativos dos 73 títulos oficiais
conquistados até ao momento pelo FC Porto, seguiu-se a apresentação individual
dos elementos que compõem o plantel para a época que se avizinha, ao som dos DJ
The Bigger Banger Theory.
Assim, esta
será a numeração do FC Porto versão 2013/14: 1 – Helton, 2 – Danilo, 3 – Lucho,
4 – Maicon, 5 – Fucile, 6 – Castro, 7 – Iturbe, 8 – Josué, 9 – Jackson, 10 –
Quintero, 11 – Ghilas, 12 – Reyes, 15 – Izmaylov, 16 – Herrera, 17 – Varela, 18
– Licá, 20 – Carlos Eduardo, 21 – Ricardo, 22 – Mangala, 23 – Abdoulaye, 24 –
Fabiano, 25 – Fernando, 26 – Alex Sandro, 28 – Kelvin, 30 – Otamendi, 35 –
Defour, 36 – Tiago Rodrigues e 41 – Kadú. A equipa técnica é constituída, como
já se sabia, pelo treinador Paulo Fonseca e pelos adjuntos Nuno Campos, Pedro
Moreira, Paulinho Santos e Wil Coort.
Conhecidos
os protagonistas azuis e brancos, para a nova temporada, o writer portuense, e
portista de coração, Mr. Dheo deu a conhecer a sua mais recente obra-prima, em
que eterniza os três jogadores que mais vezes vestiram a camisola do FC Porto:
João Pinto (587 jogos), Vítor Baía (566) e Aloísio (478).
As três antigas glórias portistas foram presenteadas com uma camisola
comemorativa dos 120 anos do clube, com o respectivo nome e número de jogos
estampados nas costas.
Depois de
anunciada a abertura da votação para o melhor 11 de sempre da história
portista, que decorrerá na página oficial do clube no Facebook, resta salientar
que o núcleo privilegiado de treinadores que conquistou títulos internacionais
pelo FC Porto será eternizado no banco de suplentes da equipa, onde passarão a
estar inscritos os seguintes nomes: Artur Jorge, Tomislav Ivic, José Mourinho,
Victor Fernández e André Villas-Boas.”
Do jogo há a referir que Paulo Fonseca apostou num onze
composto por jogadores que já são velhos conhecidos dos portistas, apostando,
entre eles, nos regressados Fucile e Iturbe.
Não me foi possível assistir aos primeiros minutos de jogo, no
entanto consta-me que foi durante esses minutos que os dragões praticaram um
melhor futebol. E, foi também, durante esses primeiros minutos, concretamente
ao minuto 13, que Jackson ativou o marcador, ainda que em fora de jogo. O cansaço
de pré-época faz-se sentir, e
principalmente após uma digressão à América do Sul, tal refletiu-se no ritmo de
jogo, que decresceu, refletindo-se, por consequência, nas ocasiões de golo. Por
isso, no primeiro tempo só há a registar mais um lance de Jackson, ao minuto
31. O colombiano ultrapassou o guarda-redes e tentou fazer com que Lucho
fizesse o segundo golo da noite, contudo o guardião impediu-o.
Do outro lado, os Espanhóis viram Helton negar-lhes o empate
com uma bela defesa, ao seu estilo, depois de Mangala não ter conseguido
completar um corte.
À entrada para o segundo tempo, Paulo Fonseca decidiu
promover alterações, sendo que nas primeiras fez entrar Fabiano, Josué e Kelvin
para os lugares de Helton, Defour e Iturbe. Os espanhóis não abandonaram a sua
postura defensiva com aposta no contrataque, que em alguns momentos esteve
próximo do sucesso. O FC Porto, por seu lado, procurava chegar com sucesso à
baliza adversária, contudo, num ritmo baixo. Os defesas Abdoulaye e Mangala, já
próximo do final, estiveram muito perto de fazer o segundo golo da noite.
Há ainda a destacar a estreia do mais recente reforço portista,
o colombiano Quintero.
Em suma, foi um bom teste, tendo em conta a realidade do
futebol português, em que a esmagadora maioria dos adversários do FC Porto
jogam grande parte do encontro à defesa explorando os contrataques. Neste jogo
também ficou claro que ainda há arestas a limar no que diz respeito à defesa e
ao meio-campo. Paulo Fonseca tem ainda muito trabalho pela frente, ainda que a
equipa esteja cada vez mais competitiva.