Na véspera do início do estágio do FC Porto na Holanda,
decidi fazer uma reflexão sobre o que poderá acontecer nos próximos tempos.
Comecemos pelo treinador. Paulo Fonseca acaba de chegar ao
FC Porto, depois de ter conduzido o Paços de Ferreira ao terceiro lugar e,
consequentemente, à Liga dos Campeões. Ora, tal feito faz elevar a fasquia,
contudo, é preciso ter calma, porque Paulo Fonseca tem pela frente um longo e
árduo trabalho. Ou seja, é necessário ter a noção de que a equipa pode não
estar moldada às suas ideias desde logo e é preciso que nós portistas saibamos
esperar que tudo esteja conforme o treinador deseja, sem desatar a disparar
críticas em todas as direcções. Que é como quem diz, criticar o treinador
porque chove ou porque dá sol, como fizeram com Vítor Pereira.
Quanto ao plantel. Na teoria parece estar a formar-se um
plantel equilibrado, com duas soluções por posição. Mas na prática é preciso
esperar para confirmar tal ideia. É que para além do mercado ainda estar aberto
até Setembro, logo, ainda nada está definido; ainda há a questão dos novos
jogadores. Se os seis reforços provenientes do futebol português já conhecem
bem a realidade do campeonato, os dois mexicanos – e os reforços que poderão
vir ainda - nem por isso. E todos tem de se mentalizarem de que vão disputar
uma Liga dos Campeões. Logo, à que dar tempo aos reforços para se adaptarem e
encararem esta nova realidade de jogarem num clube grande que luta por
objectivos bem definidos. Poderão então dizer-me que é exactamente para isso
que serve uma pré-época. E eu respondo, claro que sim, é para isso que servem
os jogos de pré-época, mas não significa que quando arrancar o campeonato, ou
quando se disputar a final da Supertaça que tudo já vai estar a funcionar às
mil maravilhas, há pormenores que vão ficando mais claros com o decorrer das
competições.
A nós adeptos cabe-nos ter uma boa doze de paciência;
confiar em quem lá está; apoiar todos, os jogadores que cá estavam e os que
chegaram e não cair na tentação de fazer comparações, porque isso pode
tornar-se perigoso, cada jogador é como é e ninguém é igual a ninguém. Exigência
sim, mas com uma boa doze de realismo.
2 comentários:
caríssima Ana,
não poderia estar mais de acordo, sobretudo com o que é formulado no último parágrafo.
pena que nem todos os portistas sintam o mesmo, e optem pela crítica fácil (dita reflexiva)...
somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
cumprimentos
Miguel | Tomo II
não poderia
Caro Miguel,
Pois é, há portistas que escudam-se na exigência e esquecem o realismo. depois criticam porque é sempre mais fácil criticar... é pena, mas portistas assim há muitos...
Cumprimentos
Ana Andrade
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