No dia seguinte à reeleição de Pinto da Costa na presidência
do FC Porto e no dia em que se celebram nove anos da conquista da segunda Liga
dos campeões, essa inolvidável final frente aos franceses do Mónaco, a quem o
FC Porto venceu por 3-0; dedico um post a Vítor Pereira,, o treinador bicampeão
que ainda não se sabe se vai continuar a comandar o FC Porto na próxima época.
Nos últimos dois anos, Vítor Pereira conduziu a equipa, com
mais ou menos dificuldades, à conquista de dois campeonatos. A esses, junta-se
o primeiro da sequência, conquistado com Vilas-Boas ao leme, mas com Vítor
Pereira como adjunto.
É verdade que Vítor Pereira não é um treinador consensual, é
verdade que muitos portistas não gostam dele, que nem todos os portistas
concordam com os seus métodos, que nem todos apreciam a sua forma de comunicar.
Como tal, surgem muitas críticas, muitas delas demasiado duras e demasiado incompreensíveis.
No entanto, Vítor Pereira é o treinador que venceu os dois últimos campeonatos
e de forma limpinha, limpinha, limpinha.
Vítor Pereira assumiu a equipa aquando da saída de
Vilas-Boas, numa altura em que não deve ter sido nada fácil gerir o grupo.
Venceu o bicampeonato e acabou ficando mais uma época. Sem ter de enfrentar
algumas das dificuldades da sua primeira época como treinador principal do FC
Porto, enfrentou outras batalhas e, mais uma vez, conduziu a equipa à conquista
de mais um campeonato, o seu segundo como treinador principal e o terceiro
consecutivo da equipa. Mais uma vez o FC Porto foi campeão sem derrotas, tal
como havia acontecido no primeiro campeonato da sequência do tri. É também de
salientar, que, durante as duas épocas em que Vítor Pereira
foi treinador do FC Porto, a equipa apenas sofreu uma derrota, derrota essa que
todos nós nos lembramos bem como foi. E, mais uma vez, Vítor Pereira fez muitos
dos seus críticos engolirem as críticas e voltou a provar que é treinador para
o FC Porto.
As duas principais críticas dirigidas ao treinador
prendem-se com a sua forma de comunicar e a forma como coloca a equipa em campo. Ora, no que à
primeira diz respeito, verificaram-se melhorias, comparativamente à época
anterior, ainda que eu continue a achar que não me parece assim tão importante
a forma como o treinador comunica com os jornalistas, porque a mesma será, por
certo, diferente da forma como comunica com os jogadores; e afinal de contas, é
a segunda que mais importa. Quanto à forma da equipa jogar, também se
verificaram melhorias, visto que a equipa praticou melhor futebol e jogou mais
como um todo. E isto tendo em conta que Vítor Pereira viu sair Hulk já depois
do fecho do mercado em Portugal, tal como, na época anterior, tinha visto sair
Falcao dias antes do mercado fechar.
Assim, se o FC Porto tem um treinador que consegue conduzir
a equipa à conquista do campeonato, em duas épocas consecutivas, na primeira
com apenas uma derrota, na segunda sem derrotas, então, é legítimo pensar que
será justo que este continue a ser o treinador do FC Porto. Não se sabe o que
vai acontecer, até porque, pelo que percebi da entrevista do presidente, a
continuidade de Vítor Pereira parece não ser um dado adquirido. Por mim, Vítor
Pereira Fica.
E enquanto não se sabe o que vai acontecer, agradeço, desde
já a Vítor Pereira a forma como conduziu a equipa rumo à conquista destes dois
campeonatos, esperando, sinceramente, poder agradecer-lhe muitos mais;
agradeço-lhe por ser um adepto como qualquer um de nós, por festejar como nós
as vitórias e por sofrer como nós.