sábado, 11 de maio de 2013

Crónica e Análise: FC Porto 2 – Benfica 1



1 – Crónica

Vitória sobre Benfica Dá Liderança ao FC Porto

No início de noite deste Sábado o FC Porto recebeu o Benfica em jogo a contar para a vigésima nona jornada da Liga. No final do encontro verificou-se a vitória dos dragões por 2-1.
Para aquele que foi apelidado por muitos como o jogo do ano, Vítor Pereira fez regressar Alex Sandro, recuperado de lesão, ao lado esquerdo da defesa e, assim, Mangala regressou ao centro. De resto, o treinador portista manteve a aposta nos jogadores que defrontaram o Nacional na passada jornada. Posto isto, vamos à história deste clássico.
Com 50.117 privilegiados  espectadores na bancada do Dragão, o FC Porto entrou decidido a não permitir festejos alheios no seu estádio e, simultaneamente, agarrar a hipótese de ultrapassar o adversário na classificação. Como tal, Danilo e Fernando deram os primeiros avisos. Contudo, foi o Benfica quem activou o marcador. O golo surgiu de um lançamento lateral e depois de tantos ressaltos a bola acabou dentro da baliza portista. Com dezanove minutos jogados, ainda muito haveria para fazer e o FC Porto procurou reagir da melhor forma. E reagiu, visto que a vantagem dos encarnados durou apenas e só seis minutos, pois Varela tratou de repor a igualdade no marcador. Desta forma o intervalo chegou com um resultado que interessava ao Benfica, mas não interessava nada ao FC Porto.
No segundo tempo os dragões continuaram a manifestar a intenção de chegar ao golo, no entanto, faltou a definição dos lances na hora h. Um exemplo flagrante foi o remate de James, já próximo do final do jogo, que parou no poste da baliza do Benfica. E eis que chegou o minuto de Kelvin voltar a ser herói, o herói improvável. Decorria já o tempo de compensação, quando Liedson, também ele saído do banco, assistiu Kelvin para este marcar e permitir uma explosão de alegria nas bancadas do dragão.
Com esta vitória o FC Porto passa a liderar o campeonato, com um ponto de vantagem sobre o agora segundo classificado, o Benfica. Na próxima jornada os dragões deslocam-se a Paços de Ferreira onde tem, obrigatoriamente, de vencer para agarrar o título.



2 – Análise

Um clássico é sempre um clássico e deste não se esperavam facilidades, visto que estava ali em jogo uma época, como tal, esperava-se que o FC Porto vencesse para evitar a festa alheia no nosso palco de sonhos. E assim foi, o FC Porto venceu, passou a comandar a liga e depende exclusivamente de si próprio para revalidar o título. Mas há que ter calma, muita calma, há mais uma final em vista e sem a ganhar não há título azul e branco. A realidade é esta, por muito que esta vitória tenha sido saborosa, porque o foi sem qualquer dúvida.
Os encarnados activaram o marcador e o FC Porto reagiu da melhor forma, devolvendo o empate ao jogo ainda na primeira parte. No segundo tempo o FC Porto procurou chegar a baliza adversária, mas como em tantas outras vezes, faltava a definição final dos lances, além de invariavelmente esbarrarem numa muralha defensiva. Até que o herói improvável, Kelvin, entrou para resolver a questão já tão perto do final do encontro. No que diz respeito a destaques, vou destacar, pois claro, Kelvin, pelo golo e, por mais uma vez, ter saltado do banco para resolver uma partida. E vou destacar o número 8  portista, mais uma vez grande Moutinho, o nosso pequeno grande jogador carregou a equipa às costas e fê-lo com classe. Que vai ser de nós sem ele? De resto, todos estiveram bem, ainda que James pudesse ter estado melhor. Em suma, foi uma importante e incontestável vitória, frente ao rival directo e que permitiu aos azuis e brancos passarem para a frente da competição. E agora falta um jogo, um jogo que vai decidir tudo, nele, tem de estar todos juntos equipa e adeptos numa simbiose perfeita, todos a remar para o mesmo lado. É assim que terá de ser na última final que falta jogar. Vamos a isso rapazes, falta só mais uma vitória, só mais uma.



1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Houve muito Proença e ainda bem. Ninguém pode acusar o árbitro de Lisboa de ter favorecido o F.C.Porto, pelo contrário. Proença arbitrou condicionado, pressionado, na dúvida, sempre contra a equipa dos Dragões.

Houve muita emoção, entusiasmo, muito público e muito apoio, um final que deixou marcas positivas e para mais tarde recordar nos portistas e marcas que se tudo correr normalmente, os benfiquistas tão cedo não esquecerão, mas não foi um grande jogo.

E houve pouco Porto. Pressionado pela necessidade de ganhar, frente a um adversário que jogou apenas para empatar, o F.C.Porto esteve ansioso, nervoso, pouco esclarecido, acusou a importância do jogo, não esteve inspirado. Se se juntar a isso, o facto de alguns dos seus principais jogadores não estarem numa noite feliz, estão explicadas as razões para a vitória, justa, mas muito difícil do F.C.Porto. Foi uma vitória na amarra, da crença, da alma e de um espírito consolidado. É a marca do Dragão, aquilo que mais ninguém tem e que nos leva a acreditar e nunca desistir, mesmo quando as coisas parecem perdidas. Foi assim nesta parte final do campeonato, em particular depois de ficarmos a 4 pontos da liderança, foi assim hoje, quando o sonho parecia estar a fugir-nos . Não estava. Mais uma vez, o herói improvável, Kelvin, entrou e a passe de Liedson - o Levezinho não decidiu, mas ajudou a decidir -, resolveu.

É verdade que tivemos mais bola, quisemos mais ganhar, mas nunca fomos uma equipa dominadora, organizada, profunda, contundente. Não seria fácil, o tempo corria a favor do clube do regime, o maior desgaste físico e mental foi de quem só lhe servia a vitória, é verdade, mas e como já disse, faltou brilho e qualidade à exibição portista. Faltou, principalmente, o talento de James e o Jackson da 1ª volta. Valeu o mal amado Varela - grande bofetada de luva branca está a dar o Dragba da Caparica a alguns portistas ...- e tal como frente ao S.C.Braga, o puto Kelvin, capaz de perder bolas fáceis, mas também capaz de tirar coelhos da cartola.

Estamos no nosso habitat natural a uma jornada do fim e quando assim é, não costumamos facilitar. Mas termino como comecei: calma e caldos de galinha, não fazem mal a ninguém. É esse o nosso lema. Quando não se embandeira muito em arco nas vitórias e não se dramatiza muito as derrotas, estamos sempre protegidos e as desilusões, mesmo as mais difíceis de suportar, duram apenas um ou dois dias.

Bjs