quinta-feira, 28 de abril de 2011

Análise: FC Porto 5 – Villarreal 1

Falta um bocadinho assim para a final, Dragão!
Que dizer deste FC Porto? Faltam-me as palavras … Dar a volta a um resultado negativo e desta forma não é para todos, definitivamente não é para todos. Os adeptos presentes nas bancadas tiveram muito mérito nesta grande reviravolta, porque levaram a equipa ao colo, nunca deixaram de apoiar, mesmo quando as coisas pareciam complicadas. O FC Porto foi a perder para o intervalo, mas o segundo tempo foi completamente dominado pelos dragões, de grande penalidade Falcao empatou, Guarin completou a reviravolta, e por mais três vezes o avançado colombiano teve o prazer de festejar perante os adeptos portistas em delírio nas bancadas. Parece-me escusado, no entanto vou dizer: gostei do jogo, mais, muito mais da segunda parte que da primeira, mas creio que o primeiro tempo deve ser para lembrar sempre.
Tenho de destacar Falcao, marcar quatro golos num jogo não acontece sempre, aliais, esta foi a primeira vez que o avançado conseguiu tal proeza.
Falta pouco, muito pouco para o sonho da final ser uma realidade, mas é preciso manter a cabeça fria e os pés no chão, ainda falta a segunda mão destas meias-finais.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

João Moutinho em Entrevista Ao OJOGO

Muito boa, gostei muito da entrevista do pequeno grande jogador.

“João Moutinho

"Já tenho saudades de ganhar títulos"

CARLOS GOUVEIA/PEDRO MARQUES COSTA

Era a entrevista que faltava e se exigia depois da brilhante exibição no Estádio da Luz. De resto, é a primeira grande entrevista de João Moutinho desde
que assinou pelo FC Porto. Sem pressas, Moutinho conversou com O JOGO e não deixou nenhum tema sem resposta, ainda que tenha evitado ser polémico quando
abordou o passado de leão ao peito. Assinar pelo FC Porto, a 4 de Julho de 2010, revelou, "foi o grande salto e a melhor decisão" da sua carreira, tomando-a
para somar títulos. Ele que nos seis anos em Alvalade venceu apenas duas Taças de Portugal e duas Supertaças Cândido de Oliveira. No FC Porto pode igualar
esse número de troféus logo na primeira época. Aliás, festejou um na estreia oficial com a camisola 8 dos dragões: a Supertaça Cândido de Oliveira. No
início de Abril, garantiu o título nacional - o primeiro do currículo - e logo no Estádio da Luz, palco onde, na última quarta-feira, fez o golo que abriu
o marcador numa "remontada" da Taça de Portugal que considerou histórica. Foi apenas o segundo golo da época do médio que admitiu ter de melhorar no aspecto
da finalização.

A ambição de João Moutinho não conhece limites e, menos de um mês depois dos festejos na casa do grande rival, já colocou o contador a zeros. "Queremos
sempre mais e espero dar continuidade". Uma afirmação curiosa, que, sublinha, espelha bem o sentimento do todo o grupo de trabalho do FC Porto. "É como
diz o nosso autocarro: 'este é o nosso destino'", lembrou, admitindo que, mesmo depois de todas as provas de qualidade, "toda a gente está à espera de
um tropeção do FC Porto".

Por isso, a concentração continua a ser absoluta para o embate com o Villarreal e a definição da Taça de Portugal, com o Guimarães, as duas provas que ainda
estão em aberto para os dragões. Com um percurso praticamente imaculado na Liga Europa, o médio admite que será uma enorme desilusão não chegar a Dublin,
onde não tem preferência pelo adversário, mas alerta para a dificuldade que será defrontar uma equipa "que está a fazer um grande campeonato em Espanha".


Quando assinou pelo FC Porto, imaginava uma época assim?

Sabia que em todas as competições iríamos fazer o melhor para conquistá-las. Felizmente, logo no início da época conseguimos uma, a Supertaça, e com algumas
jornadas por disputar garantimos o título. Agora, temos mais duas competições superimportantes que queremos conquistar.

Puxando o filme atrás, ainda se recorda do primeiro dia no clube?

Lembro-me de que senti uma grande vontade de treinar e de ir para dentro do campo para me ambientar da melhor forma e estar bem para ajudar o clube.

E, nessa parte inicial da mudança, não estranhou deixar de lado a responsabilidade de ser o capitão? Não sente saudades disso?

Não. Estamos muito bem entregues com o Mariano, o Helton e o Falcao. Tenho é saudades de ganhar títulos.

Saudades? Mas o último ganho foi só há três semanas...

Pois, mas já tenho saudades. Como estamos a tomar-lhe o gosto, espero dar continuidade. É isto que nos leva a evoluir. Queremos sempre mais, há sempre objectivos
para atingir.

"Aqui aprende-se rápido a ser um jogador à Porto"

Pinto da Costa já o achava, em 2008, um jogador à Porto. O médio garante que aprendeu rápido a sê-lo e que nunca sentiu nas costas o peso dos milhões da
sua contratação.

Assinar pelo FC Porto foi a melhor decisão da sua carreira?

Sem dúvida. Felizmente tomei esta opção e agora quero dar continuidade para ajudar o FC Porto.

Chegou a sentir o peso da responsabilidade dos milhões da sua contratação?

Não. Aquele valor foi o que os clubes acharam que era o indicado. Só tenho de trabalhar; não para justificar o dinheiro que o FC Porto pagou por mim, mas
para justificar por que razão estou aqui, uma vez que nem todos podem vir para o FC Porto. Eu tenho esse privilégio.

Quando chegou ao FC Porto, encontrou aquilo que esperava?

Não. Para ser sincero, superou as minhas expectativas. Conhecia o FC Porto de fora, e apenas pelo que me diziam jogadores que passaram por esta casa. Existe
uma organização muito grande em prol do mesmo objectivo: as vitórias do FC Porto. Todos trabalham no dia-a-dia, seja quem for, para ajudar o clube a ser
melhor. Não quero com isto dizer que não aconteça noutros lados, mas aqui acontece com mais força. Deram-me tudo o que preciso para desenvolver o meu trabalho.


Sente-se um jogador à Porto, como dizia Pinto da Costa?

Todos os que chegam a este clube aprendem rapidamente a ser um jogador à Porto. Temos demonstrado isso ao longo da época: um grupo coeso, unido e fechado,
com o único objectivo de sermos os melhores em tudo. Felizmente, é o que temos demonstrado. Mas precisamos continuar da mesma forma para tornar esta época
histórica.

Quando Pinto da Costa disse publicamente que o achava um jogador à Porto, imaginava que chegaria a jogar no clube?

Nunca pensei nessa hipótese. Fiquei satisfeito com os elogios, mesmo sendo, na altura, de um presidente de um clube rival. Mas, naquele momento, não passou
disso mesmo. No entanto, agora que se concretizou, sinto que foi a melhor solução para mim.

Falou-se muito, quando estava no Sporting, da possibilidade de sair para o estrangeiro. Assinar pelo FC Porto foi o grande salto da sua carreira ou continua
com vontade de experimentar outras ligas?

Este foi o grande salto. Não quero dizer que não possa haver mais, mas estou supersatisfeito no FC Porto que, como dizem as estatísticas, é um dos melhores
clubes do mundo. Por isso, quero continuar a dar o meu melhor para conquistar mais títulos. Quanto a situações futuras, não sei de nada.

Acha possível cumprir no Dragão um ciclo de seis anos como no Sporting?

Tenho cinco anos de contrato... Só se depois renovar [risos]. Espero cumprir o contrato. Depois, só admito sair se agradar a todas as partes.

Conquistou quatro títulos em seis anos de Sporting. No FC Porto já leva dois em poucos meses. Qual é a diferença entre os dois clubes?

A mensagem que está no autocarro do FC Porto é importante e diz: 'este é o nosso destino'. Ou seja, vencer é o nosso destino. Se lá está, por alguma razão
é. Como já referi, aqui toda a gente trabalha em prol do mesmo objectivo e assim tudo se torna mais fácil.

Sente que está toda a gente à espera de um tropeção do FC Porto?

Sinto, mas isso dá-nos ainda mais força para continuar a ganhar. Vamos provar a essas pessoas que estamos fortes e que queremos vencer mais títulos até
ao final da época.


"Maçã podre? Já todos perceberam que era mentira"

José Eduardo Bettencourt acusou-o de ser uma maçã podre no Sporting, mas pouco tempo depois também disse que o João era um excelente profissional. Consegue
explicar esta bipolaridade de opiniões?

Só ele a pode explicar. Tudo o que fiz e que tenho feito é para ajudar o clube que represento. Dei o máximo no Sporting, tal como estou a dar o máximo no
FC Porto. Essas palavras, só o presidente Bettencourt as poderá explicar. Se assim entender...

Mas, na altura, ficou magoado com essas declarações?

Não tenho muito a dizer sobre isso. Ele disse o que achou que devia dizer.

Acha que terá sido uma tentativa de Bettencourt explicar a sua saída aos adeptos do Sporting?

Se calhar, mas só ele é que poderá confirmá-lo. Aqui, no FC Porto, fiz com que todos percebessem que era mentira. Aliás, os meus companheiros sabem o quanto
os ajudei enquanto lá estive. Tenho muitos amigos no Sporting e continuo a conviver com eles. Sou e sempre fui a mesma pessoa.

Escreveu-se que não era respeitado enquanto capitão e que forçou a saída. Isso corresponde à realidade?

Houve muita especulação. Depois de tudo o que foi dito, mentalizei-me que tinha de demonstrar dentro do campo que era tudo mentira. Foi o que fiz e estamos
a realizar uma grande temporada. Já ultrapassei isso, coloquei tudo para trás das costas e, na altura, pensei apenas no futuro e nunca no passado. Uma
coisa é certa: vou continuar a trabalhar sempre da mesma forma.

"Não me lembro de ter recusado treinar com Paulo Sérgio"

No meio das muitas linhas que se escreveu sobre João Moutinho nos últimos tempos no Sporting, chegou a falar-se sobre uma alegada recusa do médio em participar
num treino sob as ordens de Paulo Sérgio. A resposta sobre o assunto foi vaga. "Não me lembro disso. Tenho uma boa relação com o Paulo Sérgio, que até
me enviou recentemente uma mensagem de felicitações. É um treinador que aprecio e que, infelizmente, não teve sucesso no Sporting", limitou-se a afirmar.

"Nós é que tornámos o campeonato fácil"

A Liga foi tão fácil de ganhar como os números deixam entender?

Isso é uma ideia errada. Nós é que o tornámos mais fácil por tudo o que mostrámos e pela vontade que tivemos em ganhar os jogos. Só temos dois empates,
o que é fantástico. A nossa ambição e qualidade tornou tudo mais fácil. Sem dúvida.

Qual foi o momento decisivo para a conquista do título de campeão?

Cada vez que íamos passando mais uma etapa, a confiança aumentava, assim como a certeza de que seríamos campeões. Todos os jogos foram importantes mas,
por exemplo, o jogo em Olhão foi muito complicado. Chegámos ao intervalo empatados e fizemos um grande esforço. Também há aqueles em que ganhámos por 1-0,
mas que foram importantes para fortalecer o grupo.

Um dos méritos foi precisamente esse: vencer mesmo quando a equipa não jogava bem?

Acho que sim. Lá está, é a nossa vontade de vencer. Damos tudo e temos conseguido ganhar.

Quem é o melhor jogador do campeonato?

A melhor equipa é o FC Porto... jogadores são alguns. Posso destacar o Hulk e o Falcao.


"Reviravolta na Taça de Portugal foi histórica"

O FC Porto melhorou na segunda parte do jogo da Luz. O que aconteceu ao intervalo?

Entramos para todos os jogos com o intuito de vencer, mas tínhamos uma grande desvantagem para anular no campo de um dos grandes rivais. Tentámos controlar
o jogo, sabendo que se o Benfica marcasse nos traria ainda mais problemas. Não arriscámos tanto na primeira parte, mas na segunda entrámos com tudo, até
porque não tínhamos nada a perder. Tudo nos saiu bem e conseguimos uma vitória histórica.

Por ter sido uma "remontada", este triunfo da Taça foi mais saboroso do que o do campeonato na Luz?

Todas as vitórias são saborosas, seja em que campo for. Claro que esta foi boa, porque nos colocou na final da Taça, para além de nunca se ter visto uma
reviravolta desta magnitude. Isto dá-nos ainda mais confiança e moral para os próximos desafios.

Uma provocação: deu-lhe mais prazer festejar às escuras ou com as luzes acesas?

[risos]. Cada uma à sua maneira, foi uma enorme alegria. Numa conquistámos o campeonato, na outra o acesso à final da Taça. Ambas foram festejadas com grande
euforia.

"Tenho de marcar mais golos"

Esta é a sua melhor época a nível individual?

Não sei. Pelo menos é uma das melhores. No Sporting também fiz boas épocas, estivemos muito perto de conquistar algumas coisas, mas nunca com a actual série
de vitórias ou ainda com os jogos de elevado nível que temos feito. Mas ainda falta muito para ser considerada a melhor...

Fábio Coentrão disse há tempos que o golo apontado no Dragão foi o que lhe tinha dado mais gozo marcar. E o seu, foi na Luz?

Não. Foi um golo importante, mas apenas porque abriu o marcador e deu-nos a esperança de passar a eliminatória. Não foi o melhor. Espero que os melhores
venham mais tarde.

Mas esse foi o seu melhor jogo com a camisola do FC Porto...

Foi um jogo bem conseguido, tanto da minha parte como da equipa, mas não sei se foi o melhor. O golo deu-me mais confiança, mas a minha exibição só ganhou
importância a partir do momento em que passámos a eliminatória porque, seguramente, se tivesse feito o mesmo jogo e não tivéssemos ganho, não teria sido
considerado o melhor em campo. Há que realçar é a nossa vitória.

Admite que um médio com as suas características tem de marcar mais golos?

Sim, claro. Sei disso e penso nisso. Na hora da verdade não arrisco tanto como devia. O trabalho que faço é para ajudar o FC Porto, tento tomar as melhores
opções e, contra o Benfica, senti que o melhor era rematar. Felizmente fiz golo. Como se costuma dizer, quem não arrisca não petisca, e eu tenho de arriscar
mais vezes...

Passou seis anos no Sporting a jogar em 4x4x2, mas o FC Porto privilegia o 4x3x3. Foi fácil a mudança?

Foi fácil porque antes de subir aos seniores sempre joguei em 4x3x3 nas camadas jovens. Com o mister Paulo Bento usávamos o 4x4x2 losango, mas, quando ia
à Selecção, voltava a jogar em 4x3x3. Identifico-me bem com os dois esquemas tácticos. Para além disso, quando cheguei ao FC Porto todos me ajudaram imenso
e essa é a forma mais fácil para nos ambientarmos.

Concorda com a ideia de que parece melhor jogador no FC Porto?

Sempre fui o mesmo. Se calhar as coisas estão a correr melhor aqui do que no Sporting. E a equipa também ajuda. Com a idade que tenho - e eu queria ser
mais novo [risos] - estou sempre a evoluir e a tentar aprender cada vez mais. E tenho de perceber, por exemplo, que posso arriscar para fazer mais golos.


Como é que aguenta fazer tantos jogos por época?

Não há segredo. Para o conseguir, tenho de descansar bem e ter uma boa alimentação nas horas certas, essa é a melhor forma para estar na máxima força. Depois
há a gestão feita pelo clube.


"Será uma desilusão não chegar a Dublin"

Qual é a expectativa para o jogo com o Villarreal?

Vamos entrar para ganhar, como sempre. Sabemos que vai ser uma eliminatória extremamente difícil, frente a uma equipa que está muito bem no seu campeonato.
Mas temos as nossas possibilidades e queremos fazer um bom resultado no Porto para podermos passar à final.

O FC Porto tem 12 vitórias em 14 jogos na Liga Europa. Seria uma frustração não chegar à final?

Depois de tudo o que fizemos, seria uma grande desilusão. Todos temos esse sonho, que é legítimo também para as outras três equipas ainda em prova. Nesta
altura, será uma desilusão para qualquer equipa não chegar a Dublin. Mantemos as nossas esperanças intactas, porque temos equipa para passar, mas é dentro
do campo que temos de demonstrar que podemos vencer este Villarreal.

É uma equipa muito diferente das russas...

Faltam alguns dias para o jogo e ainda temos tempo para aprofundar tudo ao pormenor. O mais importante passará por nos mantermos fiéis ao nosso estilo de
jogo, sem descurar, no entanto, os pontos fortes do nosso adversário. Vamos estudá-lo bem, mas, pelo que se vê e ouve, é uma grande equipa, com excelentes
jogadores.

Tendo em conta o momento, considera que o FC Porto parte como favorito?

Penso que é 50/50; temos as mesmas probabilidades do Villarreal. A excelente campanha que estamos a realizar não nos dá favoritismo. Teremos de demonstrar
em campo que somos mais fortes e vamos trabalhar para isso. Aproveito a oportunidade para pedir o apoio do nosso público para este jogo. Espero que encham
o estádio, porque ainda há muita coisa para conquistar.

São muitas as pessoas que dizem que este FC Porto pertence à Champions e não à Liga Europa...

Na próxima época vamos ser, de certeza, da Liga dos Campeões... Ganhá-la? É sempre imprevisível, não sabemos o que se vai passar. Neste momento, estamos
na Liga Europa, que é uma taça importante. Não vamos pensar já na próxima época, porque ainda há muito para vencer este ano se quisermos, realmente, entrar
para a história.

Braga ou Benfica. Que equipa prefere na final?

Todos têm as mesmas hipóteses. Mas o que eu queria mesmo era estar na final...


"Não sei qual é o perfume dos adversários"

Afinal, qual é o segredo de André Villas-Boas?

É o trabalho e a confiança que nos transmite para darmos o melhor em campo. Para além das questões técnico-tácticas, considero que isso é o mais importante.


Tendo em conta que ele foi observador, continua a preparar tudo ao pormenor?

Prepara-nos muito bem, mas não conheço o perfume dos adversários... Ele consegue sempre identificar os pontos fortes dos nossos rivais e, quando entramos
em campo, sabemos tudo o que temos de fazer para vencer os jogos.

No início, criou-lhe alguma confusão o facto de ele ser tão novo?

Não, da mesma maneira que aos jogadores jovens não faz qualquer tipo de confusão ter um treinador mais velho. Não me fez confusão nenhuma, até porque ele
já tinha demonstrado todo o seu valor na Académica, que estava a atravessar uma fase menos positiva antes de ele ter chegado. Para reforçar essa ideia,
basta ver o que ele está a alcançar no FC Porto, que é apenas mais uma demonstração do seu valor.


"Até a minha filha já sabe a música"

A contratação de João Moutinho foi recebida com entusiasmo pelos adeptos do FC Porto, de tal forma que o médio teve direito a uma música personalizada logo
no primeiro jogo que realizou pelos dragões. "Confesso que, quando a ouvi pela primeira vez, não percebi muito bem o que os adeptos estavam a cantar. Mas,
depois, quando acabou esse jogo, fui logo ver ao Youtube. Achei extraordinária e, felizmente, concretizou-se... Estou agradecido por tudo e prometo continuar
a dar o máximo para oferecer mais alegrias aos adeptos". E, agora, será que Moutinho já consegue cantar a música sem recorrer a uma cábula? "Claro que
sim. Já a sei de cor. Até a minha filha, que nem sabe falar, já a conhece porque eu estou sempre a cantar em casa".


"É preciso saber conquistar a Taça no relvado"

Nunca o FC Porto conquistou três Taças de Portugal consecutivas, mas depois de vencer o Benfica no Estádio da Luz, esse é um objectivo que ficou mais próximo.
No entanto, ainda falta discutir a final com o Guimarães. Moutinho não adivinha facilidades para esse jogo, nem tão pouco para todos os outros que sobram.
"Se nos desconcentrarmos dos nossos objectivos nesta fase final da época de certeza que ninguém falará de nós... Temos jogos importantes pela frente, a
começar já pelo da próxima quinta-feira", explicou, antes de falar especificamente das expectativas que tem para o embate do Jamor. "É mais uma final que
queremos vencer, tal como acontecerá com o Guimarães. Na forma que estamos actualmente, sabemos que temos capacidade para superar qualquer adversário,
mas não basta afirmá-lo. Não pode ser só uma convicção que sai da boca para fora. Por isso, temos de conquistar a Taça no relvado".


"Ausência do Mundial? Queiroz que explique, se quiser"

O que sentiu quando teve conhecimento que iria ficar de fora do Mundial da África do Sul?

Foi uma das maiores desilusões da minha carreira, juntamente com a derrota pelo Sporting na final da Taça UEFA; aliás, nessa época, podíamos ter vencido
o campeonato e a Taça UEFA no Sporting e perdemos tudo na mesma semana. Foi uma grande desilusão. Mas, e regressando à Selecção, sem dúvida que foi uma
grande frustração não ter ido ao Mundial, sobretudo depois de ter estado presente em todas as convocatórias da Selecção Nacional.

Carlos Queiroz admitiu recentemente que se arrependeu de não o ter levado ao Mundial...

Ele é que terá de justificar as suas palavras. Tentei olhar sempre para a frente porque e, sendo novo, acredito que ainda vou a tempo de ter mais oportunidades
para alcançar o objectivo de estar presente num Campeonato do Mundo.

Carlos Queiroz explicou-lhe por que não o chamou?

Não, nem tinha de o fazer. Foram as ideias dele. Fiz os possíveis por estar nessa convocatória, mas se achou que não era a melhor opção ele é que deve explicar
os motivos, se quiser.

Agora, com Paulo Bento, parece indiscutível na Selecção Nacional. Acredita que se fixou definitivamente?

Esse sempre foi o meu objectivo. Todos os jogadores que jogam num grande clube têm essa ambição. Trabalho diariamente para ajudar a minha equipa, mas quando
vou à Selecção tento manter o mesmo nível

Portugal vai conseguir a qualificação para o próximo Campeonato da Europa?

Claro que sim. Todos acreditamos nisso, sobretudo pelo que temos vindo a fazer desde que o mister Paulo Bento assumiu o comando técnico. Temos feito grandes
resultados e realizado grandes jogos. Queremos muito lá estar.”

Em
www.ojogo.pt

sábado, 23 de abril de 2011

Os Três Capitães Portistas Ao OJOGO

“"Vai ser assim até ao fim"

HUGO SOUSA / CARLOS GOUVEIA

Às três e meia da manhã de quinta-feira, o autocarro do FC Porto entrava finalmente no Dragão, concluindo a viagem que o trouxera da Luz. A festa, que tinha
começado no relvado, prolongara-se por mais de 300 quilómetros, desta vez sem os acordes de Helton. Mas só faltou mesmo o violão, porque, à chegada, Helton
estava lá. Não no autocarro, mas junto à porta que dá acesso ao corredor dos balneários, recebendo a comitiva com abraços. "Não tinha como dormir", justificava-se
ele. "Queria comemorar esta vitória tão importante, que foi o reflexo de um espírito colectivo e de um sentimento de família FC Porto". Resumindo: o travesseiro
podia esperar umas horas, o capitão não. "Quando acontece ultrapassarmos uma barreira como esta, temos de estar unidos na comemoração, porque trabalhamos
todos pelo mesmo objectivo", diz, reforçando a ideia com um exemplo concreto que lhe parecia duplamente apropriado. "Veja-se o caso do Mariano: não é por
ele estar aqui ao lado, mas, apesar de não jogar tanto este ano, tem contribuído muito mais. O trabalho no balneário, além do que faz no relvado, revela
o profissional que é."

Mariano, também ele capitão, estava de facto ali ao lado, a ouvir tudo. E também testemunhara do banco a passagem à final da Taça. "Não nos cansamos de
ganhar. Eu gosto de ganhar, já estou habituado", ri-se o argentino, sem deixar passar a provocação quando sugerem que se calhar já terá perdido a conta
ao que ganhou. "Não perdi, não! Sei muito bem o que ganhei desde que comecei a carreira e o que ainda quero ganhar. Quero sempre mais." Quer ele e Falcao.


O colombiano junta-se à conversa, transformada subitamente numa cimeira de capitães. Todos juntos, com o autocarro ainda próximo e a frase transportada
em letras garrafais a servir de cenário. "Este é o nosso destino", lê-se nos vidros. Os três aceitam sem reservas deixarem-se fotografar para O JOGO junto
desse lema, e Falcao até reforça a mensagem. "É esta a mentalidade de todos; é neste sentido que nos tentam incentivar. Já conseguimos o primeiro objectivo,
que era o campeonato, e demos um passo importante na Taça ganhando ao Benfica no seu estádio. Estamos com muitas 'ganas' na Liga Europa e com vontade de
conquistar tudo o que ainda temos pela frente." Mariano é rápido a completar a ideia. "Para nós, isto ainda não acabou". Falcao prossegue a deixa: "Prometemos
há tempos que nunca faltaria esforço em todos os jogos e acho que temos mantido essa promessa. Foi um pacto que fizemos com os adeptos e que tem sido cumprido
mesmo em situações adversas, como era o caso desta desvantagem com o Benfica. Vai ser assim até ao fim; não podemos perder a cabeça."

Pergunta-se aos três se a história desta época não lhes parece demasiado perfeita, considerando a coincidência de até haver o maior rival ligado às conquistas.
"Peço desculpa, mas não digo que as coisas foram fáceis. Este percurso comprova a história da humildade. E sabemos que a humildade não está ao alcance
de todos", defende Helton. Mariano dá corda à pergunta. "Esta época parece-me a prova de que os sonhos viram realidade", diz. Falcao vai pelo mesmo caminho,
concordando com a ideia de guião perfeito. "Sim, é verdade. E continuamos a sonhar, assim como os adeptos. Sonhar não custa nada."

Já passava das quatro da manhã. Sonhar (e dormir...) parecia uma boa ideia.

Mensagens de capitão

"Gostaria de lembrar que torcer pelo FC Porto qualquer um pode, mas ser Porto não está ao alcance de qualquer um. Ser Porto é dedicação; é entrega total,
como se viu também da parte dos adeptos, que são o nosso 12º jogador"

Helton


"Gostaria de dizer aos meus companheiros que me sinto orgulhoso por fazer parte desta equipa que tem feito um trabalho que há-de ficar na história e nunca
me esquecerei. Vou ter o que contar aos meus filhos e netos. Faltam dois títulos e não podemos deixar passar essa oportunidade"

Falcao


"Ser capitão é ser mais um. Não há ninguém dentro dos 24 que somos agora, ou dos 26, contando com o Castro e o Ukra, que tenha feito um trabalho mais importante.
Todos o fizemos. Lutamos por jogar, não vamos ser hipócritas ao ponto de dizer que não queremos jogar, mas o interesse maior é fazer do FC Porto vencedor"


Mariano


Mariano

"Tivemos 14 gajos que deram tudo"

O comentário de Mariano à vitória na Luz não podia usar palavra mais portuguesa. "Tivemos onze gajos que deixaram tudo em campo. Ou melhor, foram 14 que
deram tudo...", diz, entre sorrisos. A época não tem sido fácil para ele. "Estas vitórias compensam", diz. "Há muita coisa que não está à vista dos adeptos,
muito esforço por detrás do jogo e recompensado agora"


Helton

"Não sou jogador de ténis..."

Esta é a melhor época de Helton? "Não consigo ser perfeito se não tiver o contributo dos outros; não sou jogador de ténis, esses é que fazem tudo sozinhos.
Mas, claro que o êxito colectivo é feito também da soma de êxitos individuais. Concordo que as minhas defesas têm sido importantes, mas há sempre mais
10 a ajudar-me. Começa no Falcao, no Hulk, no Varela ou Cristian. Acredito que sim, sem falsas modéstias; tem sido uma boa época"



Falcao

"Volta olímpica em casa do rival é único

Falcao não desdenha ser o goleador da Liga Europa. "Era bom, mas o mais importante é ganhar os torneios", diz. Ganhar tem sido um hábito que o colombiano
quer manter, admitindo que as festas na Luz foram especiais. "Dar uma volta olímpica na casa do rival é único, ainda para mais numa situação em que eles
tinham uma grande vantagem. Esta reviravolta teve um grande significado para o grupo"


Relvado, banco e casa: vitória em três actos

No fim de tudo, a festa foi a mesma, mas, até lá chegar, Falcao, Mariano e Helton tiveram experiências bem diferentes. "Sofre-se mais no banco do que em
campo, ainda mais com a pressão do ambiente na Luz. Tenho a certeza de que a sentíamos mais nós, no banco, do que quem estava em campo", diz Mariano. Falcao
garante que sim, que nunca perdeu a tranquilidade."Era uma situação desfavorável e ia piorando à medida que passavam os minutos. Não marcámos logo no início
da segunda parte, mas mantivemos a firmeza até chegar ao golo, com a certeza de que, daí em diante, o adversário acabaria por abrir-se mais um pouco. Estávamos
a jogar bem, mantendo sempre a posse de bola. Com o golo, a equipa conservou a tranquilidade e continuou a abordar o jogo com calma, controlando as coisas
com maturidade." Em casa, Helton não roía as unhas por pouco, talvez porque lhe fazem falta para o violão. "Rapaz, sofri bastante. Não tem jeito. Mas não
deu vontade de calçar as luvas, porque sabia que a baliza estava bem entregue ao Beto."

A festa só terminou no Dragão. "Ter os adeptos aqui, de madrugada, é uma prova de gratidão. É o reconhecimento do trabalho, não só daqueles 14 que estiveram
no jogo, mas dos 24 ou 26 jogadores que trabalharam todo o ano, os treinadores, o presidente, os dirigentes, os médicos, os roupeiros. Há tanta gente.
Para mim, vê-los aqui é uma prova de gratidão", remata Mariano.

Helton

"Não sou bruxo, mas apostei 3-1"

Palpites há muitos, o de Helton... estava certo. "Convidei o Serginho, que é meu amigo e que até já jogou aqui no FC Porto, para assistir ao jogo comigo.
Disse-lhe: 'vai ficar 3-1 e o golo que sofremos é de penálti'. Mas atenção que não sou bruxo", diz Helton à gargalhada. O apagão na passagem pela Luz merece-lhe
poucos comentários. "Ainda estou à espera é de reconhecimento pela nossa vitória. Mas estou esperando sentado..."

Mariano

"Tinha dito que ficava 3-0"

Mariano errou o palpite por pouco. "Eu disse que ganharíamos por 3-0". A final está garantida, mas o Guimarães "é difícil". Ainda assim, não falta ambição:
"Temos mais objectivos, estamos a cumprir passo a passo: ganhámos a Supertaça, ganhámos o campeonato, que era o que que queríamos, garantimos uma final
e ainda queremos conquistar os dois títulos que faltam."

Falcao

"Só sabia que íamos ganhar..."

Falcao confessa que não arriscou no resultado. "Só sabia e tinha a certeza de que íamos ganhar, não disse por quantos." Reencontrar o Benfica na final da
Liga Europa é uma possibilidade. "Estamos preparados para os enfrentar ou para enfrentar qualquer equipa", diz. "Não será fácil ganhar a Liga Europa, é
preciso manter os pés na terra."



Capitães brindaram a um 2011 com título

Na passagem de 2010 para 2011, os três capitães do FC Porto brindaram, com o patrocínio de O JOGO, a um novo ano com "muitas vitórias". Na altura, Helton,
Mariano e Falcao anunciaram a intenção de "manter o ritmo na segunda parte da temporada" e preenchê-la com a conquista de "muitos títulos". Os portistas
garantiram, até ao momento, a conquista do campeonato, depois de também já terem vencido a Supertaça. Mas ainda há mais: uma meia-final da Liga Europa
e uma final da Taça de Portugal. Os capitães do FC Porto parece que adivinharam o futuro. Ou será que comeram as passas?”

Em
www.ojogo.pt


PS.
Hoje faz 29 anos que o nosso presidente assumiu o cargo. De então para cá o FC Porto tem somado títulos e reconhecimento. Um reconhecimento mais a nível internacional que nacional, porque neste rectângulo à beira mar plantado infelizmente só há reconhecimento para alguns. Mas com ou sem reconhecimento nacional, o nosso FC Porto vai somando vitórias e títulos.

Parabéns presidente por estes 29 anos de presidência, e que a estes se juntem mais uns quantos. No próximo ano há inauguração do Museu, o nosso espaço de glória.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Análise: Benfica 1 – FC Porto 3

Mais uma vez estava escrito nas estrelas!
FC Porto na final da Taça de Portugal, esta equipa faz-nos sonhar cada vez mais! Grande, grande, grande FC Porto! Que reviravolta fantástica numa eliminatória que parecia perdida! Gostei do jogo, mais da segunda parte que da primeira. O FC Porto parece-me que quis deixar o Benfica fazer o seu jogo, e no segundo tempo tratou de resolver a questão sem dar tempo de reacção aos encarnados. Um grande destaque para os três marcadores, Moutinho; sem dúvida que veio para vencer; Hulk; mais um golo na luz; e Falcao; o inevitável avançado colombiano; os três homens que fizeram gelar a luz e os adeptos portistas delirar. A todos os jogadores do FC Porto que hoje entraram em campo agradeço a enorme alegria que mais uma vez deram! Que podemos pedir mais a estes jogadores e equipa técnica? No mesmo mês foram a luz duas vezes, ganharam ambas e se na primeira festejaram o título, na segunda carimbaram o passaporte para a final da Taça. São simplesmente os maiores! E mais nada!
Não queria falar do senhor árbitro, mas parece-me que é inevitável, tudo bem que o golo do Hulk é em fora de jogo, mas a grande penalidade assinalada a favor do Benfica é escandalosa, além dos cartões que ficaram por mostrar, nomeadamente ao Carlos Martins. Enfim, já era previsível que algo do género acontecesse.
Agora a final é contra o Guimarães, e numa final tudo é possível.

domingo, 17 de abril de 2011

Análise: FC Porto 3 – Sporting 2

Já cá canta mais uma vitória, Dragão …
Já está, mais uma vitória indiscutível, mesmo que o adversário tenha arranjado desculpas para justificar o injustificável, mas isso são contas de outro rosário. O FC Porto somou hoje a 25ª vitória na liga e continua a perseguir o objectivo de terminar a época sem derrotas.
Gostei do jogo e gostei da atitude dos atletas portistas, mesmo depois da deslocação a Moscovo e tudo o que ela representou; desgaste físico, viagem longa, variações de temperatura e terem jogado num sintético; o que fizeram hoje foi simplesmente fantástico, quem pode pedir mais a esta equipa? Quantos jogos estes jogadores tem nas pernas? São sem dúvida os melhores! Começar a perder e dar a volta com toda a classe não é para todos, é preciso grande suporte emocional, e isso parece-me que esta equipa tem de sobra. Destaque para os marcadores da noite, Falcao, por duas vezes e Walter. Destaque também para Ruben Micael, parece-me que desta vez aproveitou bem a oportunidade dada pelo treinador. De lamentar a lesão de Helton, depois de na passada Quinta Fucile ter fracturado o ombro, hoje foi Helton, esperemos que a lesão no joelho não seja nada de grave.
Agora vêm aí a meia final da Taça de Portugal na luz, esperemos que corra tudo bem, mas à que ter a noção que a tarefa será complicada.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Análise: Spartak de Moscovo 2 – FC Porto 5

Muito bem campeão!
Mesmo com a eliminatória praticamente decidida, devido à vitória da primeira mão 5-1, o FC Porto entrou decidido a resolver a questão de forma bem mais esclarecedora, e não se fez rogado, mais 5 golos foram fabricados pelos dragões, e nem o sintético estragou as expirações portistas. Gostei do jogo e gostei do resultado, o FC Porto mostrou que nunca dá nada por antecipadamente vencido, e isso é bom. Hulk, Rodriguez, Guarin, Falcao e Ruben Micael foram os marcadores da noite. Os Russos chegaram a reduzir, sem nunca a vantagem dos dragões estar em risco. No conjunto das duas mãos o FC Porto venceu 10-3, inequívoco, quem podia esperar mais?
Segue-se agora as meias finais, frente ao Vila Real, a tarefa não se adivinha fácil, mas eu acredito que o FC Porto vai conseguir levar a melhor.


PS. Parabéns às outras equipas portuguesas, é muito bom para o futebol português ter três equipas nas meias finais da Liga Europa.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Topo e Fundo

Topo
A conferência de imprensa que o FC Porto deu ontem para analisar a arbitragem vergonhosa do clássico. Muito bem FC Porto, não deixar essa gente impune, à que demonstrar que no dragão ninguém anda a dormir. Deixo aqui os quinze pecados de Duarte Gomes.

“Os lances da polémica

2 minutos: Assinalada falta de Otamendi num lance em que nem sequer toca em Saviola. Aimar protestou e viu cartão amarelo.
5 minutos: Fábio Coentrão bloqueia Hulk com o braço na área do Benfica. Não foi assinalada qualquer infracção.
6 minutos: Saviola atinge Helton já sem hipóteses de chegar à bola. Sem admoestação.
6 minutos: Aimar escapa, sem explicação, ao segundo cartão amarelo, após entrada dura, pelas costas, sobre Falcao.
15 minutos: Penalti assinalado contra o FC Porto, Otamendi e Jara estão ambos em contacto, mas só foi visto pelo assistente o contacto do jogador do FC
Porto.
21 minutos: Sidnei atinge intencionalmente Falcao na face, com o cotovelo. Com a perna direita, ainda pontapeou o jogador do FC Porto. Não aconteceu nada.
31 minutos: Jara teatraliza lance na área do FC Porto, sai impune e Fucile vê amarelo.
34 minutos: Jara joga a bola intencionalmente com o braço, tentando enganar o árbitro.
36 minutos: Jara repete, na cara de Duarte Gomes, e, mesmo tendo o árbitro a certeza da segunda tentativa de engano, não mostra nunca o respectivo amarelo.
62 minutos: Entrada perigosa em tackle lateral de Fábio Coentrão. Já tinha visto o amarelo aos 21 minutos. Era expulsão por acumulação de amarelos.
67 minutos: Agressão inequívoca, ao pontapé, de Javi Garcia a Varela. Só viu amarelo.
69 minutos: Segundo amarelo a Otamendi num lance de corpo a corpo, junto à linha lateral, num claro exagero disciplinar, ainda mais tendo em conta o critério
utilizado durante todo o jogo.
71 minutos: Agressão de César Peixoto a pontapé a Guarín. Sem castigo disciplinar.
78 minutos: César Peixoto, de novo, sobre João Moutinho. Rasteira clara. Árbitro nada assinalou e Peixoto acabou o jogo sem amarelo.
78 minutos: Cardozo tenta atingir Helton de forma brutal. Tentativa de agressão passa impune.”


Fundo
Aqui fica o comunicado que conta uma bela história, daquelas que ninguém esperava …

“DESCER MAIS DE NÍVEL É IMPOSSÍVEL

O desporto em geral e o futebol em particular suscitam paixões que muitas vezes são difíceis de controlar, mas tudo tem que ter um limite e o Benfica desceu
ao nível mais baixo de sempre, através da Benfica TV, ao colocar um comentador do programa Debate, chamado Sérgio L. Bordalo, a desejar a morte do presidente
do FC Porto.

O FC Porto só hoje tomou conhecimento que Sérgio L. Bordalo, desde há muito comentador do referido programa, proferiu a seguinte frase na emissão da passada
semana: “Eu desejo muito sinceramente que o presidente do FC Porto festeje o próximo título junto daqueles a quem dedicou este”.

Todos sabem que Jorge Nuno Pinto da Costa dedicou o título de campeão a Pôncio Monteiro, falecido em Dezembro de 2010, e a José Maria Pedroto, falecido
em 1985. Sérgio L. Bordalo, na Benfica TV, órgão oficial do Benfica, revelou um inaceitável e indesculpável mau gosto, ao não ter respeito pelos mortos
e ao desejar a morte de outro ser humano.

São estes valores, ou a falta deles, a que a direcção do Sport Lisboa e Benfica dá antena no seu canal oficial de televisão. Já todos sabíamos que a Benfica
TV destila ódio ao FC Porto e aos seus adeptos, o que não imaginávamos é que a Direcção de um clube centenário dê-se cobertura a desmandos deste tipo,
isto a pouco mais de uma semana de o nosso clube jogar de novo no Estádio da Luz.

O FC Porto está seguro de que a maioria dos adeptos do Benfica não se revê nestes comportamentos, mas responsabiliza a sua Direcção. Uma coisa é a Direcção
do Benfica fingir que não teve nada a ver com o apagão, outra coisa será fazer de conta que também não tem nada a ver com a Benfica TV. Que se saiba, o
Benfica não está em auto-gestão.

O FC Porto questiona as autoridades, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social, o Ministério Público e o Governo da República se é para o incitamento
ao ódio que se atribuem licenças de televisão?

O FC Porto aguarda um pedido de desculpas formal por parte da Direcção do Benfica.”

Em
www.fcporto.pt


Ainda dizem que não contribuem para o mau ambiente entre FC Porto e Benfica… serão estes comentadores capazes de descer mais baixo ainda?

domingo, 10 de abril de 2011

Análise: Portimonense 2 – FC Porto 3

Estava difícil!
O regresso ao campeonato depois da conquista do mesmo fez-se com mais uma vitória, a décima quarta consecutiva, a vigésima quarta da prova. Antes de mais, não gostei nada da primeira parte, foi lenta, completamente desinteressante. O segundo tempo foi o oposto, foi mais rápido, houve golos e indefinição no resultado. Hulk, Falcao e Maicon marcaram os golos portistas, pelo meio, o portimonense empatou por duas vezes. Em suma, se não gostei da primeira parte, gostei da segunda. O FC Porto continua a conquistar vitórias e a manter a invencibilidade.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Análise: FC Porto 5 – Spartak de Moscovo 1

Grande Resultado!
Se havia dúvidas que os jogadores portistas pudessem ter exagerado nos festejos do título, elas dissiparam-se com 5 respostas eficazes. Se um resultado positivo era conseguir ganhar em casa, ganhar por 5-1 é fantástico. Diria que temos a passagem para as meias numa mão, só falta agarrá-la com as duas! Os marcadores deste jogo, Falcao; por três vezes; Varela e Maicon deixaram o Dragão ao rubro! Destaque para o avançado colombiano, muito bem Falcao, marcar três golos não acontece sempre! Agora na segunda mão o relvado sintético vai ser mais um adversário, mas a vantagem é boa, é preciso geri-la bem.

PS. Grande ambiente nas bancadas do Dragão!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Reacções Em Grande

O FC Porto, felizmente, tem feito ouvir-se com comunicados a desmentir falsas informações. É de louvar os comunicados directos. À já muito tempo que esperávamos por isto.
Aqui ficam alguns exemplos desses comunicados.

06/04/2011
“OS MENTIROSOS

Pode enganar-se toda a gente durante um certo tempo, pode mesmo enganar-se algumas pessoas todo o tempo, mas nunca se conseguirá enganar toda a gente sempre.
Vem isto a propósito de mais uma mentira cirurgicamente posta a circular nos últimos dias pelo habitual ministério da propaganda com o simples objectivo
de limpar a imagem de quem não tem vergonha e, ao mesmo tempo, manchar a imagem do FC Porto.

E o que diz a nova propaganda que na noite de segunda-feira chegou ao programa Dia Seguinte da SIC Notícias e que ontem prosseguiu no programa Trio de
Ataque da RTPN? Simples, que o FC Porto apagou a iluminação do Estádio do Dragão logo após o final do jogo com o Benfica, para a Taça de Portugal, disputado
a 2 de Fevereiro, com o objectivo de impedir os jogadores adversários de festejar a vitória com os seus adeptos.

É mentira e quem o diz, caso não se retrate, só tem um nome: mentiroso. O objectivo, está bom de ver, é mitigar os efeitos da transformação do Estádio
da Luz no Estádio das Trevas no último domingo. Correu-lhes mal, queriam impedir a festa, mas apenas a tornaram ainda mais inesquecível e planetária, tantas
as notícias que correram o mundo, porque, como diz o outro, para alguns “o fair play é uma treta”. Agora, andam desesperados, a inventar mentiras. Só que
nós estamos atentos e vigilantes e havemos de os denunciar sempre.

A atestar a verdade podem ser questionados os senhores Álvaro Albino, secretário-geral da Federação Portuguesa de Futebol e benfiquista, e Rui Pereira,
chefe de segurança do Benfica. Ambos, na companhia de Luís Silva, Director de Campo do FC Porto, deslocaram-se mais de uma hora depois do final do jogo
e já depois da saída do estádio dos adeptos do Benfica, ao sector visitante para contabilizarem os estragos causados pelas claques ilegais do Benfica.
Estes senhores podem atestar que nessa altura as luzes continuavam ligadas. Mas com certeza que também os próprios jogadores do Benfica – ou a polícia
–, podem atestar que a iluminação se manteve a funcionar.

Sejamos razoáveis. Alguém no seu perfeito juízo acredita que caso a iluminação do Estádio do Dragão tivesse sido desligada um décimo de segundo antes do
habitual o assunto não tivesse sido de imediato denunciado à UEFA, à FIFA e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas? Que não tivesse reunido o comité
de emergência, constituído por notáveis das artes, do jornalismo, da política (só faltam mesmo os entendidos em futebol), que um ou mais ministros não
tivessem já recebido em pomposa audiência o presidente e o seu arcanjo da guarda? Claro que não.

Já não há pachorra para estas mentiras sucessivas, num decalque da propaganda nazi que acreditava que uma mentira repetida mil vezes se tornava verdade.
Não torna, nunca tornará, e o FC Porto não permitirá que uns quaisquer que não sabem perder – apesar da vasta experiência na matéria – possam beliscar
o clube que tanto invejam.

A vida é como os interruptores, uns dias para cima, outros para baixo, mas no FC Porto continuamos “on” como o clube de toda a Europa com mais troféus
no sec. XXI.

PS: O FC Porto equipa de azul e branco, toda a gente o sabe. Recusou, é verdade, entrar em campo com crianças equipadas à Benfica, porque, também toda
a gente o sabe, sempre que se faz este género de iniciativas, equipam-se as crianças com os equipamentos dos dois clubes e cada um entra em campo com as
crianças com as cores adversárias. O Benfica recusou-o, como confirmou através da chamada telefónica que fez ontem para o programa Trio de Ataque. E dizer
que tinha proposto, como alternativa, camisolas brancas ou cinzentas só mostra hipocrisia. A última coisa que esperávamos era que se instrumentalizassem
crianças, mas há, de facto, quem não tenha limites à estupidez.”


03/04/2011
“A MÁSCARA CAIU

O FC Porto é campeão nacional. Um campeão justo. Um campeão invicto em 25 jogos, com 16 pontos de vantagem sobre o segundo classificado. No jogo da consagração
mostrou, como em todos os outros, que é de longe a melhor equipa da competição.

No desporto há que saber ganhar e há que saber perder. O que aconteceu hoje no Estádio da Luz, quando se apagaram as luzes e se accionou o sistema de rega,
é o exemplo mais vivo do fair-play de alguma gente que gosta de parecer muito educada, mas a quem, mais tarde ou mais cedo, cai a máscara. Ela iria sempre
cair, foi hoje como podia ser noutro dia qualquer.

Estamos certos de que a maioria dos benfiquistas não se reconhece neste comportamento, mas o FC Porto, sempre na vanguarda, deixa um conselho: a luz devia
ter sido desligada duas horitas mais cedo, sempre dava para escapar a mais um banho de bola.”


01/04/2011
“SÓ NO DIA 1 DE ABRIL

O FC Porto não pode deixar de manifestar estranheza quando se anuncia publicamente que a lei será desrespeitada, como hoje mesmo fez o Benfica através
da publicação de uma nota no seu site oficial, em que anuncia como irreversível o impedimento de os adeptos do FC Porto e das suas claques oficiais entrarem
no Estádio da Luz com adereços alusivos ao nosso clube.

Facto I: Segundo o regime jurídico do combate à violência, à xenofobia e à intolerância nos espectáculos desportivos, apenas os grupos de adeptos legalizados
podem ser alvo de apoio por parte dos clubes.

Facto II: Hoje mesmo, em entrevista a um jornal desportivo, João Pestana, Chefe do Núcleo de Informações Policiais do Comando Metropolitano de Lisboa da
Polícia de Segurança Pública, confirma que as claques do FC Porto estão devidamente legalizadas, enquanto as do Benfica continuam à margem da Lei.

Facto III: O FC Porto impede adereços alusivos a claques ilegais, inclusivamente com símbolos de inspiração neo-nazi, mas permite todos os alusivos ao
clube adversário.

Facto IV: O Benfica pretende impedir adereços alusivos às claques devidamente legalizadas, mas também ao próprio clube.

Só mesmo no dia 1 de Abril se pode invocar o princípio de reciprocidade, quando estamos a comparar a legalidade com a ilegalidade.

O FC Porto exige que as autoridades façam cumprir a Lei da República.”

Todas em
www.fcporto.pt

Continuem assim, não deixem que as mentiras e calúnias prevaleçam, façam com que seja a verdade sempre a vir ao de cima.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ser Portista

O prometido é devido, aqui está o que para mim é ser portista.

A primeira coisa que publiquei neste blog foi:
Para mim ser portista é um estado de alma, é uma paixão, tenho orgulho no FC Porto, orgulho nas vitórias, nacionais e internacionais, sofro com os jogos e sinto-me impotente nas derrotas. Quando ao meu lado dizem mal do FC Porto, sinto a necessidade de defender o meu clube contra tudo e contra todos.

Hoje, vou acrescentar mais umas coisas a esta definição.

Ser portista é sentir um imenso orgulho;
Ser portista é sentir uma imensa felicidade;
Ser portista é vibrar com as vitórias;
Ser portista é apoiar nas derrotas;
Ser portista é querer sempre mais e mais;
Ser portista é defender sempre o clube;
E, como diz a letra dos Filhos do Dragão:
“ser portista é uma bênção que não se pode partilhar…”

Pelo FC Porto sempre portista a cem por cento!

domingo, 3 de abril de 2011

Análise: Benfica 1 – FC Porto 2

CAMPEÕES!!!!!!! CAMPEÕES!!! NÓS SOMOS CAMPEÕES!!!!
Devo confessar, antes de mais, que é para mim complicado usar palavras que possam descrever realmente o que sinto, mas creio que todos vós portistas sabem bem do que estou a falar, simplesmente não há palavras para descrever a imensa alegria, o imenso orgulho que sinto nesta equipa. Obrigado ao Guarin e ao Hulk pelos golos que permitiram a vitória na Luz e com ela a confirmação de algo que já à muito que era sabido, o título não ia fugir a esta equipa que tem feito um campeonato muito, mas muito bom. Obrigado ao André Vilas Boas e a toda a equipa técnica, a todo o plantel e a direcção por mais esta alegria. Não queria falar deste assunto, mas é inevitável, o senhor árbitro ainda tentou evitar a vitória dos dragões, primeiro com uma grande penalidade inexistente, e depois a expulsão de Otamendi que não fez nada para merecer ser expulso. O importante é que contra a verdade desportiva o FC Porto mostrou porque é o maior, porque é o justo campeão. Ah, estava escrito nas estrelas que íamos ser campeões no estádio do nosso maior rival, só não sei se estava escrito nas estrelas que os primeiros festejos portistas iam ser feitos aos escuros, e que os jogadores iam ser brindados com o sistema de rega! É preciso ter muita lata, esta foi a maior prova de desportivismo que aqueles senhores tiveram nos últimos tempos.
No dia 3 de Abril de 2011, à jornada 25, o FC Porto conquistou o 25º título de campeão, no estádio da Luz, mais um capítulo da história deste clube. 23 vitórias e dois empates são o saldo desta equipa de campeões.
Neste momento estou a assistir, no Porto Canal e na RTPN, aos festejos portistas, como eu queria estar ali!

E ninguém cala este nosso amor!

PS. Amanhã vou escrever o que para mim é ser portista.