segunda-feira, 25 de abril de 2011

João Moutinho em Entrevista Ao OJOGO

Muito boa, gostei muito da entrevista do pequeno grande jogador.

“João Moutinho

"Já tenho saudades de ganhar títulos"

CARLOS GOUVEIA/PEDRO MARQUES COSTA

Era a entrevista que faltava e se exigia depois da brilhante exibição no Estádio da Luz. De resto, é a primeira grande entrevista de João Moutinho desde
que assinou pelo FC Porto. Sem pressas, Moutinho conversou com O JOGO e não deixou nenhum tema sem resposta, ainda que tenha evitado ser polémico quando
abordou o passado de leão ao peito. Assinar pelo FC Porto, a 4 de Julho de 2010, revelou, "foi o grande salto e a melhor decisão" da sua carreira, tomando-a
para somar títulos. Ele que nos seis anos em Alvalade venceu apenas duas Taças de Portugal e duas Supertaças Cândido de Oliveira. No FC Porto pode igualar
esse número de troféus logo na primeira época. Aliás, festejou um na estreia oficial com a camisola 8 dos dragões: a Supertaça Cândido de Oliveira. No
início de Abril, garantiu o título nacional - o primeiro do currículo - e logo no Estádio da Luz, palco onde, na última quarta-feira, fez o golo que abriu
o marcador numa "remontada" da Taça de Portugal que considerou histórica. Foi apenas o segundo golo da época do médio que admitiu ter de melhorar no aspecto
da finalização.

A ambição de João Moutinho não conhece limites e, menos de um mês depois dos festejos na casa do grande rival, já colocou o contador a zeros. "Queremos
sempre mais e espero dar continuidade". Uma afirmação curiosa, que, sublinha, espelha bem o sentimento do todo o grupo de trabalho do FC Porto. "É como
diz o nosso autocarro: 'este é o nosso destino'", lembrou, admitindo que, mesmo depois de todas as provas de qualidade, "toda a gente está à espera de
um tropeção do FC Porto".

Por isso, a concentração continua a ser absoluta para o embate com o Villarreal e a definição da Taça de Portugal, com o Guimarães, as duas provas que ainda
estão em aberto para os dragões. Com um percurso praticamente imaculado na Liga Europa, o médio admite que será uma enorme desilusão não chegar a Dublin,
onde não tem preferência pelo adversário, mas alerta para a dificuldade que será defrontar uma equipa "que está a fazer um grande campeonato em Espanha".


Quando assinou pelo FC Porto, imaginava uma época assim?

Sabia que em todas as competições iríamos fazer o melhor para conquistá-las. Felizmente, logo no início da época conseguimos uma, a Supertaça, e com algumas
jornadas por disputar garantimos o título. Agora, temos mais duas competições superimportantes que queremos conquistar.

Puxando o filme atrás, ainda se recorda do primeiro dia no clube?

Lembro-me de que senti uma grande vontade de treinar e de ir para dentro do campo para me ambientar da melhor forma e estar bem para ajudar o clube.

E, nessa parte inicial da mudança, não estranhou deixar de lado a responsabilidade de ser o capitão? Não sente saudades disso?

Não. Estamos muito bem entregues com o Mariano, o Helton e o Falcao. Tenho é saudades de ganhar títulos.

Saudades? Mas o último ganho foi só há três semanas...

Pois, mas já tenho saudades. Como estamos a tomar-lhe o gosto, espero dar continuidade. É isto que nos leva a evoluir. Queremos sempre mais, há sempre objectivos
para atingir.

"Aqui aprende-se rápido a ser um jogador à Porto"

Pinto da Costa já o achava, em 2008, um jogador à Porto. O médio garante que aprendeu rápido a sê-lo e que nunca sentiu nas costas o peso dos milhões da
sua contratação.

Assinar pelo FC Porto foi a melhor decisão da sua carreira?

Sem dúvida. Felizmente tomei esta opção e agora quero dar continuidade para ajudar o FC Porto.

Chegou a sentir o peso da responsabilidade dos milhões da sua contratação?

Não. Aquele valor foi o que os clubes acharam que era o indicado. Só tenho de trabalhar; não para justificar o dinheiro que o FC Porto pagou por mim, mas
para justificar por que razão estou aqui, uma vez que nem todos podem vir para o FC Porto. Eu tenho esse privilégio.

Quando chegou ao FC Porto, encontrou aquilo que esperava?

Não. Para ser sincero, superou as minhas expectativas. Conhecia o FC Porto de fora, e apenas pelo que me diziam jogadores que passaram por esta casa. Existe
uma organização muito grande em prol do mesmo objectivo: as vitórias do FC Porto. Todos trabalham no dia-a-dia, seja quem for, para ajudar o clube a ser
melhor. Não quero com isto dizer que não aconteça noutros lados, mas aqui acontece com mais força. Deram-me tudo o que preciso para desenvolver o meu trabalho.


Sente-se um jogador à Porto, como dizia Pinto da Costa?

Todos os que chegam a este clube aprendem rapidamente a ser um jogador à Porto. Temos demonstrado isso ao longo da época: um grupo coeso, unido e fechado,
com o único objectivo de sermos os melhores em tudo. Felizmente, é o que temos demonstrado. Mas precisamos continuar da mesma forma para tornar esta época
histórica.

Quando Pinto da Costa disse publicamente que o achava um jogador à Porto, imaginava que chegaria a jogar no clube?

Nunca pensei nessa hipótese. Fiquei satisfeito com os elogios, mesmo sendo, na altura, de um presidente de um clube rival. Mas, naquele momento, não passou
disso mesmo. No entanto, agora que se concretizou, sinto que foi a melhor solução para mim.

Falou-se muito, quando estava no Sporting, da possibilidade de sair para o estrangeiro. Assinar pelo FC Porto foi o grande salto da sua carreira ou continua
com vontade de experimentar outras ligas?

Este foi o grande salto. Não quero dizer que não possa haver mais, mas estou supersatisfeito no FC Porto que, como dizem as estatísticas, é um dos melhores
clubes do mundo. Por isso, quero continuar a dar o meu melhor para conquistar mais títulos. Quanto a situações futuras, não sei de nada.

Acha possível cumprir no Dragão um ciclo de seis anos como no Sporting?

Tenho cinco anos de contrato... Só se depois renovar [risos]. Espero cumprir o contrato. Depois, só admito sair se agradar a todas as partes.

Conquistou quatro títulos em seis anos de Sporting. No FC Porto já leva dois em poucos meses. Qual é a diferença entre os dois clubes?

A mensagem que está no autocarro do FC Porto é importante e diz: 'este é o nosso destino'. Ou seja, vencer é o nosso destino. Se lá está, por alguma razão
é. Como já referi, aqui toda a gente trabalha em prol do mesmo objectivo e assim tudo se torna mais fácil.

Sente que está toda a gente à espera de um tropeção do FC Porto?

Sinto, mas isso dá-nos ainda mais força para continuar a ganhar. Vamos provar a essas pessoas que estamos fortes e que queremos vencer mais títulos até
ao final da época.


"Maçã podre? Já todos perceberam que era mentira"

José Eduardo Bettencourt acusou-o de ser uma maçã podre no Sporting, mas pouco tempo depois também disse que o João era um excelente profissional. Consegue
explicar esta bipolaridade de opiniões?

Só ele a pode explicar. Tudo o que fiz e que tenho feito é para ajudar o clube que represento. Dei o máximo no Sporting, tal como estou a dar o máximo no
FC Porto. Essas palavras, só o presidente Bettencourt as poderá explicar. Se assim entender...

Mas, na altura, ficou magoado com essas declarações?

Não tenho muito a dizer sobre isso. Ele disse o que achou que devia dizer.

Acha que terá sido uma tentativa de Bettencourt explicar a sua saída aos adeptos do Sporting?

Se calhar, mas só ele é que poderá confirmá-lo. Aqui, no FC Porto, fiz com que todos percebessem que era mentira. Aliás, os meus companheiros sabem o quanto
os ajudei enquanto lá estive. Tenho muitos amigos no Sporting e continuo a conviver com eles. Sou e sempre fui a mesma pessoa.

Escreveu-se que não era respeitado enquanto capitão e que forçou a saída. Isso corresponde à realidade?

Houve muita especulação. Depois de tudo o que foi dito, mentalizei-me que tinha de demonstrar dentro do campo que era tudo mentira. Foi o que fiz e estamos
a realizar uma grande temporada. Já ultrapassei isso, coloquei tudo para trás das costas e, na altura, pensei apenas no futuro e nunca no passado. Uma
coisa é certa: vou continuar a trabalhar sempre da mesma forma.

"Não me lembro de ter recusado treinar com Paulo Sérgio"

No meio das muitas linhas que se escreveu sobre João Moutinho nos últimos tempos no Sporting, chegou a falar-se sobre uma alegada recusa do médio em participar
num treino sob as ordens de Paulo Sérgio. A resposta sobre o assunto foi vaga. "Não me lembro disso. Tenho uma boa relação com o Paulo Sérgio, que até
me enviou recentemente uma mensagem de felicitações. É um treinador que aprecio e que, infelizmente, não teve sucesso no Sporting", limitou-se a afirmar.

"Nós é que tornámos o campeonato fácil"

A Liga foi tão fácil de ganhar como os números deixam entender?

Isso é uma ideia errada. Nós é que o tornámos mais fácil por tudo o que mostrámos e pela vontade que tivemos em ganhar os jogos. Só temos dois empates,
o que é fantástico. A nossa ambição e qualidade tornou tudo mais fácil. Sem dúvida.

Qual foi o momento decisivo para a conquista do título de campeão?

Cada vez que íamos passando mais uma etapa, a confiança aumentava, assim como a certeza de que seríamos campeões. Todos os jogos foram importantes mas,
por exemplo, o jogo em Olhão foi muito complicado. Chegámos ao intervalo empatados e fizemos um grande esforço. Também há aqueles em que ganhámos por 1-0,
mas que foram importantes para fortalecer o grupo.

Um dos méritos foi precisamente esse: vencer mesmo quando a equipa não jogava bem?

Acho que sim. Lá está, é a nossa vontade de vencer. Damos tudo e temos conseguido ganhar.

Quem é o melhor jogador do campeonato?

A melhor equipa é o FC Porto... jogadores são alguns. Posso destacar o Hulk e o Falcao.


"Reviravolta na Taça de Portugal foi histórica"

O FC Porto melhorou na segunda parte do jogo da Luz. O que aconteceu ao intervalo?

Entramos para todos os jogos com o intuito de vencer, mas tínhamos uma grande desvantagem para anular no campo de um dos grandes rivais. Tentámos controlar
o jogo, sabendo que se o Benfica marcasse nos traria ainda mais problemas. Não arriscámos tanto na primeira parte, mas na segunda entrámos com tudo, até
porque não tínhamos nada a perder. Tudo nos saiu bem e conseguimos uma vitória histórica.

Por ter sido uma "remontada", este triunfo da Taça foi mais saboroso do que o do campeonato na Luz?

Todas as vitórias são saborosas, seja em que campo for. Claro que esta foi boa, porque nos colocou na final da Taça, para além de nunca se ter visto uma
reviravolta desta magnitude. Isto dá-nos ainda mais confiança e moral para os próximos desafios.

Uma provocação: deu-lhe mais prazer festejar às escuras ou com as luzes acesas?

[risos]. Cada uma à sua maneira, foi uma enorme alegria. Numa conquistámos o campeonato, na outra o acesso à final da Taça. Ambas foram festejadas com grande
euforia.

"Tenho de marcar mais golos"

Esta é a sua melhor época a nível individual?

Não sei. Pelo menos é uma das melhores. No Sporting também fiz boas épocas, estivemos muito perto de conquistar algumas coisas, mas nunca com a actual série
de vitórias ou ainda com os jogos de elevado nível que temos feito. Mas ainda falta muito para ser considerada a melhor...

Fábio Coentrão disse há tempos que o golo apontado no Dragão foi o que lhe tinha dado mais gozo marcar. E o seu, foi na Luz?

Não. Foi um golo importante, mas apenas porque abriu o marcador e deu-nos a esperança de passar a eliminatória. Não foi o melhor. Espero que os melhores
venham mais tarde.

Mas esse foi o seu melhor jogo com a camisola do FC Porto...

Foi um jogo bem conseguido, tanto da minha parte como da equipa, mas não sei se foi o melhor. O golo deu-me mais confiança, mas a minha exibição só ganhou
importância a partir do momento em que passámos a eliminatória porque, seguramente, se tivesse feito o mesmo jogo e não tivéssemos ganho, não teria sido
considerado o melhor em campo. Há que realçar é a nossa vitória.

Admite que um médio com as suas características tem de marcar mais golos?

Sim, claro. Sei disso e penso nisso. Na hora da verdade não arrisco tanto como devia. O trabalho que faço é para ajudar o FC Porto, tento tomar as melhores
opções e, contra o Benfica, senti que o melhor era rematar. Felizmente fiz golo. Como se costuma dizer, quem não arrisca não petisca, e eu tenho de arriscar
mais vezes...

Passou seis anos no Sporting a jogar em 4x4x2, mas o FC Porto privilegia o 4x3x3. Foi fácil a mudança?

Foi fácil porque antes de subir aos seniores sempre joguei em 4x3x3 nas camadas jovens. Com o mister Paulo Bento usávamos o 4x4x2 losango, mas, quando ia
à Selecção, voltava a jogar em 4x3x3. Identifico-me bem com os dois esquemas tácticos. Para além disso, quando cheguei ao FC Porto todos me ajudaram imenso
e essa é a forma mais fácil para nos ambientarmos.

Concorda com a ideia de que parece melhor jogador no FC Porto?

Sempre fui o mesmo. Se calhar as coisas estão a correr melhor aqui do que no Sporting. E a equipa também ajuda. Com a idade que tenho - e eu queria ser
mais novo [risos] - estou sempre a evoluir e a tentar aprender cada vez mais. E tenho de perceber, por exemplo, que posso arriscar para fazer mais golos.


Como é que aguenta fazer tantos jogos por época?

Não há segredo. Para o conseguir, tenho de descansar bem e ter uma boa alimentação nas horas certas, essa é a melhor forma para estar na máxima força. Depois
há a gestão feita pelo clube.


"Será uma desilusão não chegar a Dublin"

Qual é a expectativa para o jogo com o Villarreal?

Vamos entrar para ganhar, como sempre. Sabemos que vai ser uma eliminatória extremamente difícil, frente a uma equipa que está muito bem no seu campeonato.
Mas temos as nossas possibilidades e queremos fazer um bom resultado no Porto para podermos passar à final.

O FC Porto tem 12 vitórias em 14 jogos na Liga Europa. Seria uma frustração não chegar à final?

Depois de tudo o que fizemos, seria uma grande desilusão. Todos temos esse sonho, que é legítimo também para as outras três equipas ainda em prova. Nesta
altura, será uma desilusão para qualquer equipa não chegar a Dublin. Mantemos as nossas esperanças intactas, porque temos equipa para passar, mas é dentro
do campo que temos de demonstrar que podemos vencer este Villarreal.

É uma equipa muito diferente das russas...

Faltam alguns dias para o jogo e ainda temos tempo para aprofundar tudo ao pormenor. O mais importante passará por nos mantermos fiéis ao nosso estilo de
jogo, sem descurar, no entanto, os pontos fortes do nosso adversário. Vamos estudá-lo bem, mas, pelo que se vê e ouve, é uma grande equipa, com excelentes
jogadores.

Tendo em conta o momento, considera que o FC Porto parte como favorito?

Penso que é 50/50; temos as mesmas probabilidades do Villarreal. A excelente campanha que estamos a realizar não nos dá favoritismo. Teremos de demonstrar
em campo que somos mais fortes e vamos trabalhar para isso. Aproveito a oportunidade para pedir o apoio do nosso público para este jogo. Espero que encham
o estádio, porque ainda há muita coisa para conquistar.

São muitas as pessoas que dizem que este FC Porto pertence à Champions e não à Liga Europa...

Na próxima época vamos ser, de certeza, da Liga dos Campeões... Ganhá-la? É sempre imprevisível, não sabemos o que se vai passar. Neste momento, estamos
na Liga Europa, que é uma taça importante. Não vamos pensar já na próxima época, porque ainda há muito para vencer este ano se quisermos, realmente, entrar
para a história.

Braga ou Benfica. Que equipa prefere na final?

Todos têm as mesmas hipóteses. Mas o que eu queria mesmo era estar na final...


"Não sei qual é o perfume dos adversários"

Afinal, qual é o segredo de André Villas-Boas?

É o trabalho e a confiança que nos transmite para darmos o melhor em campo. Para além das questões técnico-tácticas, considero que isso é o mais importante.


Tendo em conta que ele foi observador, continua a preparar tudo ao pormenor?

Prepara-nos muito bem, mas não conheço o perfume dos adversários... Ele consegue sempre identificar os pontos fortes dos nossos rivais e, quando entramos
em campo, sabemos tudo o que temos de fazer para vencer os jogos.

No início, criou-lhe alguma confusão o facto de ele ser tão novo?

Não, da mesma maneira que aos jogadores jovens não faz qualquer tipo de confusão ter um treinador mais velho. Não me fez confusão nenhuma, até porque ele
já tinha demonstrado todo o seu valor na Académica, que estava a atravessar uma fase menos positiva antes de ele ter chegado. Para reforçar essa ideia,
basta ver o que ele está a alcançar no FC Porto, que é apenas mais uma demonstração do seu valor.


"Até a minha filha já sabe a música"

A contratação de João Moutinho foi recebida com entusiasmo pelos adeptos do FC Porto, de tal forma que o médio teve direito a uma música personalizada logo
no primeiro jogo que realizou pelos dragões. "Confesso que, quando a ouvi pela primeira vez, não percebi muito bem o que os adeptos estavam a cantar. Mas,
depois, quando acabou esse jogo, fui logo ver ao Youtube. Achei extraordinária e, felizmente, concretizou-se... Estou agradecido por tudo e prometo continuar
a dar o máximo para oferecer mais alegrias aos adeptos". E, agora, será que Moutinho já consegue cantar a música sem recorrer a uma cábula? "Claro que
sim. Já a sei de cor. Até a minha filha, que nem sabe falar, já a conhece porque eu estou sempre a cantar em casa".


"É preciso saber conquistar a Taça no relvado"

Nunca o FC Porto conquistou três Taças de Portugal consecutivas, mas depois de vencer o Benfica no Estádio da Luz, esse é um objectivo que ficou mais próximo.
No entanto, ainda falta discutir a final com o Guimarães. Moutinho não adivinha facilidades para esse jogo, nem tão pouco para todos os outros que sobram.
"Se nos desconcentrarmos dos nossos objectivos nesta fase final da época de certeza que ninguém falará de nós... Temos jogos importantes pela frente, a
começar já pelo da próxima quinta-feira", explicou, antes de falar especificamente das expectativas que tem para o embate do Jamor. "É mais uma final que
queremos vencer, tal como acontecerá com o Guimarães. Na forma que estamos actualmente, sabemos que temos capacidade para superar qualquer adversário,
mas não basta afirmá-lo. Não pode ser só uma convicção que sai da boca para fora. Por isso, temos de conquistar a Taça no relvado".


"Ausência do Mundial? Queiroz que explique, se quiser"

O que sentiu quando teve conhecimento que iria ficar de fora do Mundial da África do Sul?

Foi uma das maiores desilusões da minha carreira, juntamente com a derrota pelo Sporting na final da Taça UEFA; aliás, nessa época, podíamos ter vencido
o campeonato e a Taça UEFA no Sporting e perdemos tudo na mesma semana. Foi uma grande desilusão. Mas, e regressando à Selecção, sem dúvida que foi uma
grande frustração não ter ido ao Mundial, sobretudo depois de ter estado presente em todas as convocatórias da Selecção Nacional.

Carlos Queiroz admitiu recentemente que se arrependeu de não o ter levado ao Mundial...

Ele é que terá de justificar as suas palavras. Tentei olhar sempre para a frente porque e, sendo novo, acredito que ainda vou a tempo de ter mais oportunidades
para alcançar o objectivo de estar presente num Campeonato do Mundo.

Carlos Queiroz explicou-lhe por que não o chamou?

Não, nem tinha de o fazer. Foram as ideias dele. Fiz os possíveis por estar nessa convocatória, mas se achou que não era a melhor opção ele é que deve explicar
os motivos, se quiser.

Agora, com Paulo Bento, parece indiscutível na Selecção Nacional. Acredita que se fixou definitivamente?

Esse sempre foi o meu objectivo. Todos os jogadores que jogam num grande clube têm essa ambição. Trabalho diariamente para ajudar a minha equipa, mas quando
vou à Selecção tento manter o mesmo nível

Portugal vai conseguir a qualificação para o próximo Campeonato da Europa?

Claro que sim. Todos acreditamos nisso, sobretudo pelo que temos vindo a fazer desde que o mister Paulo Bento assumiu o comando técnico. Temos feito grandes
resultados e realizado grandes jogos. Queremos muito lá estar.”

Em
www.ojogo.pt

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