domingo, 17 de abril de 2011

Análise: FC Porto 3 – Sporting 2

Já cá canta mais uma vitória, Dragão …
Já está, mais uma vitória indiscutível, mesmo que o adversário tenha arranjado desculpas para justificar o injustificável, mas isso são contas de outro rosário. O FC Porto somou hoje a 25ª vitória na liga e continua a perseguir o objectivo de terminar a época sem derrotas.
Gostei do jogo e gostei da atitude dos atletas portistas, mesmo depois da deslocação a Moscovo e tudo o que ela representou; desgaste físico, viagem longa, variações de temperatura e terem jogado num sintético; o que fizeram hoje foi simplesmente fantástico, quem pode pedir mais a esta equipa? Quantos jogos estes jogadores tem nas pernas? São sem dúvida os melhores! Começar a perder e dar a volta com toda a classe não é para todos, é preciso grande suporte emocional, e isso parece-me que esta equipa tem de sobra. Destaque para os marcadores da noite, Falcao, por duas vezes e Walter. Destaque também para Ruben Micael, parece-me que desta vez aproveitou bem a oportunidade dada pelo treinador. De lamentar a lesão de Helton, depois de na passada Quinta Fucile ter fracturado o ombro, hoje foi Helton, esperemos que a lesão no joelho não seja nada de grave.
Agora vêm aí a meia final da Taça de Portugal na luz, esperemos que corra tudo bem, mas à que ter a noção que a tarefa será complicada.

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Até começamos a perder, fruto de uma má abordagem a um lance que estava controlado e sem que a equipa sportinguista fizesse qualquer coisa para merecer a vantagem. Mas não acusamos o toque e rapidamente arrepiamos caminho, fomos para cima deles, não os deixamos levantar a cabeça e só não empatamos, primeiro porque foi uma espécie de tiro ao boneco, depois, porque quando não batia no boneco, batia no post. Mas quem porfia sempre alcança e quem tem Radamel Falcao marca golos. Empatamos e quando chegou o intervalo, por tudo que se passou, o resultado era muito lisonjeiro para a equipa leonina.


Na segunda metade, novamente clara superioridade e domínio do F.C.Porto, que chegou merecidamente à vantagem, novamente por Falcao e apenas não dilatou a contagem porque S.Patrício continuou a fazer milagres. Estava o jogo assim, o terceiro ameaçava, quando Helton se lesionou e demorou vários minutos a recuperar. Com a paragem, cerca de oito minutos, a equipa de André Villas-Boas perdeu concentração e o Sporting foi tentando equilibrar, tornou-se mais perigoso, mas sem nunca ser tão ameaçador como o Campeão 2010/2011. Com o terceiro golo, por Walter - gostei do brasileiro. Acho que se tiver juízo e vontade, vai chegar lá... -, parecia tudo resolvido, mas novamente, na euforia que se seguiu ao golo, voltamos a facilitar e o Sporting reduziu, acreditou e acabamos o jogo com algum, muito pouco, sofrimento, que, pela forma como o jogo se desenrolou, não mereciamos.
Resumindo: vitória clara e justíssima do F.C.Porto, que teve mais domínio, jogou muito melhor, nas oportunidades goleou, como goleou nos cantos, oito a zero.

Fazer uma análise a um jogo em que houve esta superioridade de uma equipa em relação à outra, baseando a análise num pretenso erro do árbitro, de uma ou outra falta mal assinalada, ou porque o banco devia estar noutro lado, é tapar um sol com a peneira e não ajuda o Sporting. E não ajuda, porque desresponsabiliza os profissionais e ninguém consegue ter sucesso, se quem joga não sentir a exigência de quem dirige. O F.C.Porto é um grande exemplo, mas e infelizmente, é um pequeno oásis no meio de um imenso deserto de lamúrias.
Meus amigos, jogamos na Rússia na quinta-feira, com tudo o que isso implicou e que dei conta no post de antevisão do jogo, mas apesar disso, hoje demos uma lição de querer, de raça, de competência, qualidade e, principlamente, profissionalismo. 25 vitórias e 2 empates, segundo jogo ultrapassado e faltam apenas três para fazermos história. Quem tem gente feita desta massa, pode confiar.

Beijinhos